quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O QUE É MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO?

Carlos Escóssia

Instituído pela Lei n° 9503/97, o Código de Trânsito Brasileiro, buscou por vários meios criar mecanismos que proporcionassem ao trânsito brasileiro significativas mudanças, para compatibilizá-lo com as nossas necessidades, e com os atuais conceitos mundiais sobre a prevenção da vida e do meio ambiente.

Uma das inovações mais significativas foi a inclusão dos municípios no Sistema Nacional de Trânsito, atribuindo-lhes competências para atuar nessas áreas, atendendo aos interesses e peculiaridades locais, pois o Brasil possui mais de seis mil comunidades municipais, cada uma com características próprias e interesses diversificados.

A municipalização do trânsito implica em várias providências que devem ser adotadas pelo município para atuar na área de competência, e são obrigatórias, uma vez que a municipalidade passa a ser responsável por tudo aquilo que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) lhe atribui como competência, independente de delegação ou medida especifica.

A obrigatoriedade imposta pelo CTB, quanto à atuação do município na área do trânsito depende de certas providências inerentes ao próprio município, tais como: criação do órgão executivo de trânsito rodoviário; designação e preparação do corpo de agentes municipais de trânsito; implantação dos serviços de engenharia de tráfego, sistema de controle e análise de estatística e do programa municipal de educação de trânsito.

Além da competência para o gerenciamento do trânsito adequando-o a forma que lhe for mais conveniente, o município é contemplado com as seguintes vantagens: 1) aumento de receitas, tais como: implantação dos serviços de estacionamento regulamentado; taxas de cadastramento de ciclo motores e outros meios de transportes; multas municipais por infração à legislação de trânsito; serviços de remoção e guarda de veículos; taxas de circulação para cargas especiais e perigosas etc; 2) melhoria da qualidade do trânsito urbano e conseqüentemente melhoria da qualidade de vida da população; 3) redução dos custos hospitalares com a redução de acidentes; 4) formação mais adequada dos alunos de escolas municipais como usuários de trânsito; 5) possibilidade de profissionalização dos jovens do município, qualificando-os como técnicos em operação, fiscalização, administração e planejamento do trânsito; 6) abertura de novos empregos para a população.

NOTA DO BLOG:

Leia o presente artigo e faça um comparativo com o processo local da municipalização do nosso trânsito.

Amigas e amigos leitores, gostaria de sugerir para o início de suas comparações, a foto acima. Outro indicativo que facilitará a sua analise comparativa é a marca dos carros adquiridos e se existe ou não, alguma relação com a administração "Mossoró da Gente?"

SÓ O TRABALHO NÃO DIGNIFICA O HOMEM


O dinheiro não traz nenhuma satisfação quando se faz necessário trabalhar para ganhá-lo: pois que, trabalhando para coseguí-lo, não sobra tempo para gastá-lo.
Aldous Huxley

SINUCA DE BICO


Um homem cujas camisas estão sempre com botões faltando tem dois caminhos na vida: ou se casa ou se divorcia.
Paulo Mayr Cerqueira

MACONHA: É HORA DE LEGALIZAR

Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco?

O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista.

Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha e um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa - aquela que, na gíria, “dá barato” - se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.

Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política.

O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” - hoje considerada ingenuidade ou equivoco -, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.

Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na ultima década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos,o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão.

A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por AIDS. Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa.

A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex- presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria.

Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga - seus registros na China datam de 2723 a.C. -, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo.

O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade.

Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. “Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”.
Fonte: Revista Época

terça-feira, 29 de setembro de 2009

VEJA O QUE ESPERA A PREFEITA DE MOSSORÓ

Ele não aceita propina, conversa ao pé do ouvido, emissários e elogios graciosos.

Joaquim Barbosa, é aquele que ao vivo para todo país, peitou e mandou que o todo poderoso presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, saísse às ruas para sentir a revolta dos brasileiros com as suas decisões vergonhosas.

INSTALAÇÃO DO COMITÊ PIRANHAS-AÇU


Iberê preside cerimônia de instalação do Comitê Piranhas-Açu


Rio Grande do Norte e Paraíba, juntamente com a Agência Nacional de Águas (ANA), darão posse aos 80 membros do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Piranhas-Açu, amanhã, a partir das 14h, no município de Caicó (RN). O vice-governador e secretário estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídrico, Iberê Ferreira de Souza, preside o evento. “Este será um marco na gestão dos recursos hídricos brasileiro, pois estamos instalando o primeiro comitê instituído exclusivamente em território nordestino, em rio de domínio da União, que abrange dois Estados”, afirmou Iberê.


A Semarh preparou ainda, para o evento, uma exposição com todas as obras desenvolvidas. O CBH Piranhas-Açu foi criado por decreto do presidente da República em novembro de 2006. Empossado, o comitê começará a exercer competências relativas à gestão eficiente da água na bacia, a sua preservação e conservação.


“Esta é mais uma importante conquista do povo potiguar. As ações do Comitê terão impacto significativo sobre o desenvolvimento sócio-econômico da região”, disse ainda Iberê.


O órgão será formado por representantes da Sociedade Civil, através de ONGs e ourtas organizações com atuação na área de recursos hídricos, do poder público e por usuários da água bruta dos setores de irrigação, psicultura, indústria, mineração, abastecimento público e turismo que captem águas em açudes, rios e poços.


Ao todo, foram escolhidos 40 representantes para os 1,3 milhões de pessoas que vivem na área de atuação do Comitê. A bacia abrange uma área de aproximadamente 43 mil Km² e corta 146 municípios, dos quais 45 estão no Rio Grande do Norte.


Comitê


O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu foi instituído em um decreto presidencial de 29 de novembro de 2006, sendo o primeiro em território nordestino, em rio de domínio da União. O Comitê deverá atuar como um canal de intermediação entre o poder público, usuários de água e a sociedade civil na gestão compartilhada e participativa dos recursos hídricos da Paraíba e do Rio Grande do Norte.


O colegiado terá atribuições normativas, deliberativas e consultivas, no âmbito de jurisdição da bacia hidrográfica do rio Piranhas – Açu, sendo vinculado ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), que instituiu a Diretoria Provisória.


A Diretoria Provisória do CBH-Piranhas-Açu foi nomeada pela Presidente do CNRH, Ministra Marina Silva, no final de 2006, tendo como Presidente Interino, o vice-governador e secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte, Iberê Paiva Ferreira de Souza e como secretário interino, a presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), Cybelle Frazão Costa Braga.

Assessoria de Cominicação - Juliana Celli

ADMINISTRAÇÃO "MOSSORÓ DA GENTE?" CONTINUA NA CLANDESTINIDADE!

Na sessão desta terça-feira na Câmara Municipal de Mossoró, o vereador Lairinho Rosado (PSB) apresentou dois requerimentos solicitando ao poder executivo cópias de contratos da Prefeitura de Mossoró com duas empresas prestadoras de serviços.

No primeiro requerimento, Lairinho queria detalhes do contrato com West Construções que recebeu R$ 657.654,43 para construir unidades sanitárias nas ruas da cidade. O parlamentar queria saber quais as vias do município foram beneficiadas com o serviço.

No outro o vereador solicitou informações sobre o contrato com a MMF Intermediação Comercial que foi selecionada para emprestar dinheiro aos servidores públicos municipais.

Os dois requerimentos foram derrubados com os votos de Zé Peixeiro (PMDB), Maria das Malhas (PSL), Jório Nogueira (PDT), Cláudia Regina (DEM), Ricardo de Dodoca (PDT), Niná Rebouças (DEM), Claudionor dos Santos (PDT) e Chico da Prefeitura (DEM). Votaram a favor além de Lairinho os vereadores Francisco José Junior (PMN) e Genivan Vale (PR). Lamento que mais uma vez a Câmara Municipal abra mão de uma de suas prerrogativas que é fiscalizar o executivo. Fico eu, a bancada da oposição e principalmente a população de Mossoró sem saber o que é feito com o dinheiro público?, lamentou Lairinho.
Fonto: Assessoria de Comunicação

NOTA DO BLOG:

Se faz necessário e urgente que a administração "Mossoró da Gente?" sai da clandestinidade e que os nobres vereadores passem a respeitar seus eleitores e o conjunto da sociedade, que na verdade é quem paga os salários dos senhores vereadores.

É uma vergonha e já é repudiado por todos mossoroenses, a forma militarizada de votar, do grupo de vereadores, sempre, como marionetes acompanhando o voto da líder da bancada que dá sustentação a clandestina administração "Mossoró da Gente?" Acordem, Mossoró merece mais respeito.

DEU NO BLOG DO THURBAY


Virou a Conceição do Cauby

A funcionária contratada e exonerada pela Câmara Municipal de Mossoró, cunhada da vereadora Cláudia Regina, que é funcionária da Prefeitura Municipal de Jardim do Seridó, onde é educadora e conseguiu, por vários meses, quebrar a Lei da Física, estando em dois lugares distantes 230km um do outro ao mesmo tempo.

Como na canção imortalizada na voz do Cauby “ninguém sabe, ninguém viu” e, pior, ninguém mais fala sobre esse assunto. Tentaram, imbecil e inutilmente, caracterizar o fato amoral como uma “pegadinha”, quando se tinha publicado a contratação, exoneração e os comprovantes de pagamentos em valores superiores a mil reais, mensais.

Agora, o presidente da Câmara Municipal, vereador Claudionor Santos, quer que o Executivo faça uma “acomodação” financeira para tirar a chamada Casa do Povo”, habitada por fantasmas, (como comprovado), de uma”crise” que ele diz existir.

Não sei qual será a resposta da administração municipal, dela não faço parte, nem pretendo, mas se assim não o fosse aconselharia o presidente do legislativo a mandar bater tambor, acender velas, baforar charutos, sangrar galinhas pretas , dá uma de cana pro santo, ao pé do balcão, pois segundo um mãe de santo que mora aqui pertinho, minha amiga e protetora, é assim que se exorciza fantasmas e encostos. Sarava.

A MELHOR DIETA DO MUNDO!

Saiba quantas calorias você pode queimar fazendo sexo por 30 minutos em algumas das mais famosas posições e outras nem tanto.

Na Parede

O homem encosta na parede e segura a mulher de frente. Ela pode intercalar a perna sobre a coxa dele e os dois se mexem num vai e vem juntos.

Quantidade de calorias queimadas: 150

Músculos mais utilizados:
Homem: coxas, panturrilhas e braços
Mulher: barriga, quadris e abdômen

Deitado

O homem fica deitado na cama com os pés no chão. A mulher fica em cima e com o controle da ação.

Quantidade de calorias queimadas: 170

Músculos mais utilizados:
Homem: quadris
Mulher: coxas, quadris e pélvis

Perpendicular

Para executar esta posição você vai precisar de um banquinho ou uma cadeira. A mulher vai sentar neste banco e se curvar para trás. O homem vai se posicionar entre as pernas da mulher e segura-la pelas mãos ou quadris.

Quantidade de calorias queimadas: 140

Músculos mais utilizados:
Homem: quadris e parte superior do corpo
Mulher: braços e abdômen

Gangorra

Desta vez o homem senta em um banco e a mulher vai por cima e fica com as pernas esticadas e põe o torso para trás. O homem vai segurar a mulher pelos braços e a mulher pode fazer o mesmo para adquirir um maior balanço.

Quantidade de calorias queimadas: 120

Músculos mais utilizados:
Homem: braços e peito
Mulher: braços e coxas

Papai e Mamãe

Uma das mais velhas posições conhecidas da história. O homem fica por cima e a mulher por baixo, ela pode envolver suas pernas no homem e juntos vão determinando o ritmo da ação.

Quantidade de calorias queimadas: 100

Músculos mais utilizados:
Homem: quadris e braços
Mulher: abdômen e pelvis

Outras curiosidades

Um orgasmo pode queimar de 60 a 100 calorias.
30 minutos se beijando e ambos vão queimar 90 calorias.
A masturbação pode queimar de 100 a 150 calorias em 30 minutos.

Fonte: goodtoknow.co.uk


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

REPARTIÇÃO PÚBLICA


Teoria é quando se sabe de tudo e nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por quê. Neste recinto, conjugam-se teoria e prática: nada funciona e ninguém sabe por quê.

Cartaz em reparticção pública no Brasil


QUESTÃO DE PREFERÊNCIA


Os homens têm uma espécie de porteira na alma que impede a intimidade. Conheço
melhor as mulheres, elas falam.
Arhur Abelaira

ONTEM E HOJE

A classe operaria brasileira tem sua origem em meados do século XIX, em um contexto de decadência da utilização do trabalho escravo, onde a economia se baseava na produção de monocultura do café para exportação. Foi com o capital do café e subordinado aos interesses do capital financeiro inglês que surgiram as primeiras indústrias no Brasil.

O surgimento e desenvolvimento do capitalismo trouxeram consigo o surgimento de uma nova classe - o proletariado. Surgiram então as primeiras formas de organização da classe operária. Foram organizadas a Sociedades de Socorro Mútuo e Uniões Operárias, que tinham um caráter assistencialista e que acabaram por dar origem aos sindicatos.

O objetivo inicial era ajudar os associados no caso de doenças, invalidez, desemprego, pensões para as viúvas, etc. A Imperial Associação Tipográfica Fluminense, fundada em 1853, foi uma das mais antigas organizações profissionais surgidas no Brasil.

Em 1858, funda-se a Sociedade Beneficente dos Caixeiros. Em 1873, fundam-se a Associação de Auxilio Mútuo dos Empregados da Tipografia Nacional e a Associação dos Socorros Mútuos, chamada Liga Operária. A partir de 1900, aumenta a organização de associações e sindicatos. A Constituição de 24 de fevereiro de 1891 já assinalava a liberdade de associação.
Fonte: Liga Operária.

domingo, 27 de setembro de 2009

ENBLGORN - SUCESSO TOTAL

Carlos Escóssia

Ontem (26) estive na cidade de Lajes-Rn, participando do I Encontro de Blogueiros do RN, que por sinal, muito bem coordenado e organizado pelo amigo blogueiro Robson, o qual, eu gostaria de parabenizá-lo (e a toda sua equipe) pelo sucesso do evento e agradecer a acolhida dada a delegação de Mossoró, a qual eu gostaria de nominar a presença dos blogueiros: eu, Evanio Araújo, Carlos santos, Aclesivan Soares, Túlio Ratto, Polayrinho, Thurbay Rodrigues, Wilson Cabral (agora Santos, também), dentre outros.

O que chamou atenção dos presentes, foi a parte cultural do encontro dos blogueiros, que ficou sobre a responsabilidade do grupo Manaster de Dança e Nilo Braga e João Almeida de Afonso Bezerra.

Em Lajes, tive o prazer do encontro de um velho e dileto amigo, o conceituado e respeitado prof. Joanilson de Paula Rego, que estava abrilhantando o encontro dos blogueiros do RN.

Juntamente com o amigo Thurbay, já estamos iniciando os preparativos para realização, na segunda quinzenal de novembro do "I ENCONTRO MOSSOROENSE DE BLOGUEIROS" - EMBLOG. Maiores detalhes, em breve.

Confira na lente de Alex Polayrinho Brito, imagens do Evento.

IMAGENS DO ENCONTROS DE BLOGUEIROS - LAJES (RN)








PRÉ-REQUISITOS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E A FELICIDADE DAS PESSOAS

Francisco Castro*


A economia e a felicidade são duas palavras que deveriam sempre está uma ao lado da outra. Quando se tem a economia de um país ou de uma região andando bem, progredindo, tem-se a felicidade das pessoas que habitam esses lugares. Entretanto, quando a economia está levando ao desemprego, à queda nos lucros, aos prejuízos, à desagregação familiar, à queda da receita dos governos e consequentemente á oferta de serviços do governo, e muitas outras coisas nocivas às pessoas tem-se uma queda acentuada na felicidade geral.


Segundo Edward Gibbon, pode-se considerar o período que vai de 96 a. C até 180 d. C., como o período em que as pessoas viviam de forma mais prósperas e felizes. Isso ocorreu porque foi um período em que os imperadores utilizaram o seus governos com muita virtude e sabedoria levando, assim, à prosperidade e ao bem-estar das pessoas. Já naquela época tinha-se a idéia de que em tempo de paz o orçamento deveria ser equilibrado, a dívida pública, tanto a interna como a externa, deveria ser bastante reduzida, os governantes deveriam trabalhar em prol do povo com afinco sem nenhum comportamento de arrogância e prepotência e que as pessoas vivam dos rendimentos do seu próprio trabalho e não das benesses do Estado.


Tudo isso poderia muito bem ser estabelecidos como pré-requisitos para um processo de estratégia de desenvolvimento para o nosso país. As finanças públicas equilibradas, governo trabalhando forte e com humildade para o povo ofertando-lhe os serviços essenciais (saúde, educação, saneamento básico, etc.) em qualidade e quantidade adequada e dando as condições primárias para que o país possa vislumbrar o progresso e o sucesso em termos econômicos. É importante que se tenha em mente que crescimento econômico não é sinônimo de desenvolvimento econômico, o primeiro significa que o PIB está crescendo e o segundo significa que a sociedade como um todo está sendo beneficiada diretamente desse crescimento. Entretanto, sem crescimento econômico não é possível existir desenvolvimento econômico.


Existem inúmeras deficiências em nosso país que certamente emperram o desenvolvimento e, portanto, devem ser atacadas seriamente. Pode-se enumerar as principais: a alta dívida pública que consome uma parte muito grande do que o governo arrecada; distorções nos salários no setor público com pessoas no judiciário; no legislativo ganhando muito mais do que as pessoas em geral; alta carga tributária inibindo a produção de produtos e serviços; alta ineficiência da justiça, grande número de pessoas nos governos (nas três esferas: federal, estaduais e municipais) trabalhando por indicações políticas; segurança pública altamente ineficiente, pouca atenção á formação de capital humano altamente qualificado (os incentivos que se tem são direcionados para a quantidade e muita pouca atenção é dirigida para formação de pessoas com grandes qualificações); pouco incentivo às pessoas investirem em negócio próprio com o total apoio do governo quanto a financiamento, assistência técnica e de vendas; alteração no sistema previdenciário; e algumas outras que embora não sejam tão relevantes quanto estas mas que ajudam a emperrar o nosso desenvolvimento.


A nossa sociedade brasileira clama por seriedade dos nossos governantes e, principalmente, para que cuidem em realizar as ações mais importantes para o nosso desenvolvimento e para a felicidade das pessoas em geral que vivem no Brasil, não somente de apenas um pequeno grupo constituído por amigos dos “homens” do poder. As deficiências apontadas acima devem ser corrigidas com seriedade e muita vontade política. Os homens públicos deve abdicar da corrupção e passarem a perceber que trabalhar com seriedade para o bem geral de toda coletividade é muito mais importante do que buscarem a felicidade e a alegria para si próprios e para os seus amigos.


Para que possamos vislumbrar um horizonte de prosperidade, desenvolvimento e felicidade geral aos brasileiros o setor público (nas três esferas e no executivo, legislativo e judiciário) deve fazer a sua parte que é melhorar acentuadamente a sua eficiência, investir em educação de qualidade e em cursos profissionalizantes (principalmente de tecnologia), redução acentuada da nossa dívida pública, fazer com que a carga tributária seja diminuída sem prejudicar os investimento do setor público e nem comprometer o seus serviços à sociedade, melhorar a eficiência da justiça e da segurança das pessoas em geral, incentivarem as pessoas a investirem em negócios próprios com todo o respaldo do governo, extinguir as distorções em termos de salários no setor público e diminuição drástica dos apadrinhados nos órgão públicos. Enfim, todas as distorções devem ser eliminadas para todos nós sejamos desenvolvidos, felizes e prósperos de verdade.

* Economisata, especialista em Finanças Públicas e mestre em economia (www.fraanciscocastro.com.br/blog)

É UM TARADO!


Quanto mais conheço os homens, mais gosto das mulheres.
Barão de Itararé

FAMÍLIA DIVIDE O RANGO


Empresa não é família. Aliás, não conheço nenhuma família que corte 20 por cento dos membros quando entra em crise. Família divide o bife, põe mais água no feijão e não demite os filhos.
Maria Aparecida Rhein Schirato

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NOTAS...NOTAS...NOTAS...NOTAS...

UERN
O magnífico reitor da Uern, professor Miltom Marques de Medeiros anunciou na última quarta-feira (23), pequenas mudanças na equipe que fará parte do seu segundo mandato à frente da Universidade do Estado do rio Grande do Norte. Confiram, as mudanças: na chefia de gabinete sai Chagas Silva e assume Davi Leite; na pró-reitoria de ensino, sai a professora Caludionora Silveira e assume o prof. João Batista Xavier; na pró-reitoria de pesquisa sai Carlos Ruiz e entra Pedro Fernandes Neto.
A solenidade de posse ocorrerá no dia 28 de setembro, no teatro Dix-huit Rosado, às 19 horas, quando da Assembleia Universitária comemorativa dos 41 anos da nossa querida Uern.

FURACÃO VERDE
A prefeita de Natal, Micarla de Souza (PV), anunciou ontem que o deputado seresteiro Luiz Almir estará reforçando o Partido Verde, com a sua filiação. Com a chegada de Luiz Almir, o PV, passará a ter três representantes na Assembleia Legislativa, são eles: Paula Davin, Gilson Moura e no caso Luia Almir.

PORANDUBA
Já está circulando a nova edição do Jornal Poranduba de responsabilidade do amigo e jornalista Rubens Coelho. Não deixem de ler. Entre os vários assuntos que trata a revista, podemos destacar a entrevista com Paulo Gastão.

PARADA GAY
Está confirmado para o dia 11 de outubro, a parada gay de Mossoró, cujo tema será: "Ação Local, Pesamento Global". Maiores informações pelo e-mail nielson82@hotmail.com

ENBLORN
Será realizado neste sábado (26), o "I Encontro de Blogueiros do Rn - ENBLORN". O referido encontro será realizado na cidade de Lajes-RN. Estarei presente, juntamente com o amigo jornalista e blogueiros dos bons, Thurbay Rodrigues e Alex Palayrinho Brito.
Segundo os organizadores do evento, o vice-governador Iberê Ferreira de Souza e o senador José Agripino Maia já confirmaram presença.

CANIDÉ ALVES
O amigo e radialista Canidé Alves, faz sua estreia na rádio difusora de Mossoró, no próximo dia 4 de outubro. Canidé, leva para a rádio difusora o seu tradicional programa "Chapéu de Coura, Chapéu de Palha".
Parabéns e sucesso, você Canidé, é uma lenda na radiofonia de Mossoró.

PSDB - RN
Segundo o ex-deputado João Faustino o PSDB está mais do que afinado com os democratas, liderados aqui no Estado pela senador José Agripino Maia. Segundo Faustino, a candidatura ao governo da senadora Rosalba Ciarline é irreversível.

BRUNO BARRETO
O amigo jornalista Bruno Barreto está de parabéns. Nasceu o seu primeiro herdeiro e consequentemente aumentou a torcida vascaina, pois o bebê João Pedro, é o mais novo torcedor do Vascão aqui na terra de Santa Luzia. Desejo ao Bruno e ao João Pedro uma grande vitoria vascaina neste sábado.

ESSE PAÍS NÃO É SÉRIO
O ex-presidente Francês Charles De Gaulle, estava mais do que certo quando afirmou que o Brasil não era um país sério. Vejam a última do nosso senado federal: o ex-diretor geral do senado, Agaciel Maia, retornou às atividades no senado, e o que é pior, concedendo uma entrevista coletiva a grande midia nacional. Ninguém foi preso. Isso é uma vergonha!...

COPÃO
O atual e futuro reitor da UERN prof. Milton Marques de Medeiros, confirmou sua presença na reunião ordinária de hoje (25) da Confraria do "Copão", que será realizada no restaurante Picanha Grill.
Quem também confirmou presença foi o advogado Humberto Fernandes, atual presidente da OAB local e candidato a reeleição.

CAMÂRA PEDE ORAÇOES POR MONSENHOR AMÉRICO

Na sessão da Câmara Municipal de Mossoró de terça-feira (22), vereadores pediram orações ao monsenhor Américo Simonetti, internado em grave estado de saúde no Hospital Wilson Rosado, em Mossoroó. Em discurso na tribuna, o vereador Flávio Tácito (PSL) conclamou orações pela melhoria do quadro de saúde do sacerdote.

Monsenhor Américo tem quase 50 anos de dedicação a Mossoró, transformou a Festa de Santa Luzia num dos maiores eventos católicos do Brasil e mais doque nunca precisa de nossas orações para superar o momento difícilpelo qual passa, disse Flávio Tácito.

O pronunciamento de Flávio Tácito foi aparteado por vários vereadores. Todos enalteceram o papel do monsenhor Américo, reconheceram a dedicação dele por Mossoró e sugeriram homenagem ao sacerdote, através de denominação de espaço público, como forma de institucionalizar esse reconhecimento.

No final, todos se irmanaram em orações e pediram união de toda Mossoró em preces pela plena recuperação da saúde do monsenhor Américo Simonetti.
Nossa vontade é que ele se recupere a tempo de estar à frente da festa de Santa Luzia de 2009, a qual ele sempre dedicou amor e empenho, finalizou Flávio Tácito.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Regy Carte

NOTA DO BLOG
: "REPONDO A VERDADE"

Recebi ontem (24) visita do vereador Flávio Tácito (PSL). O motivo foi para esclarecer o mal entendido de uma notícia publicado na media local e comentada neste blog, de que o nobre vereador teria apresentado uma proposta para homenagear o Monsenhor Américo Simonetti pós morte.

Segundo o edil mossoroense, toda celeuma, ocorreu em virtude de um equívoco na sua assessoria de comunicação.

Para comprovar a veracidade, o vereador estava de posse da ata e a gravação da referida sessão plenária, que comprova o equivoco da notícia a qual eu transcrevi do blog do amigo Thurbay e comentei.

DEU NO MOSSOROENSE

Ana Paula Cadengue - Editor Geral

A Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno na noite da última terça-feira a Proposta de Emenda Constitucional - PEC dos Vereadores. Foram 380 votos a favor, 29 contra e duas abstenções. A Emenda Constitucional nº 58/09 foi promulgada ontem à noite pelo Congresso Nacional.

Com esta promulgação, aumenta em mais de 7 mil o número de vereadores nas Câmaras Municipais de todo o país. Em Mossoró, a Câmara Municipal deverá voltar a abrigar 21 edis. Para o presidente da Casa, vereador Claudionor dos Santos (PDT), a aprovação da PEC é muito bem-vinda. "Graças a Deus foi aprovada. Nós somos totalmente favoráveis a essa medida e vamos adaptar nossa estrutura para receber os novos colegas", afirmou.

Claudionor explicou que, apesar da satisfação com a aprovação da PEC, ainda existem alguns detalhes que devem ser observados. Segundo o presidente da Câmara, o momento agora é de esperar a promulgação da emenda e o pronunciamento dos Tribunais Superiores para saber se a medida valerá para este mandato.

O presidente do Legislativo mossoroense também já consultou a Assessoria Jurídica da Câmara Municipal para saber se há necessidade de mudanças na Lei Orgânica. Além disso, de acordo com Claudionor dos Santos, há que se verificar se pelo cálculo com base nas regras da PEC e nos dados sobre a população de Mossoró serão realmente mais 8 vagas de vereadores. "Precisamos saber se é esta a proporcionalidade exata e se Mossoró tem direito aos 21 parlamentares", declara.

Sobre a questão dos deputados federais terem aprovado também a PEC que reduz os gastos com os Legislativos municipais, o presidente da Câmara não vê grandes empecilhos para a entrada dos novos colegas: "Teremos que nos adaptar física e financeiramente à nova realidade", conclui Claudionor.

SUPLENTES

Com a aprovação da PEC dos Vereadores, oito novos parlamentares deverão assumir mandatos na Câmara Municipal. São eles: Arlene Souza (DEM), Manoel Bezerra (DEM), Cícera Nogueira (PSB), Luiz Carlos Martins (PT), Narciso Silva (PSL), Izabel Montenegro (PMDB), Vingt-un Neto (PDT) e Benjamin Machado (PTB).

OAB promete recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal

A Ordem dos Advogados do Brasil - OAB vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal - STF para evitar a posse de vereadores suplentes. A afirmação foi feita pelo presidente nacional da entidade, Cezar Britto, que classificou como um "precedente gravíssimo" retroagir as regras eleitorais para garantir a possibilidade de posse dos suplentes.

Cezar Britto considera que a emenda aprovada é uma "jogada contra a democracia", pois, segundo ele, uma das grandes conquistas da democracia brasileira "foi fixar o princípio da anterioridade no que se refere ao processo eleitoral. As regras eleitorais, por sua importância, devem ser conhecidas um ano antes dos pleitos. Jamais, em hipótese alguma, dois anos depois", afirmou.

Para Britto, a OAB vai recorrer ao Supremo para "fazer valer a Constituição Federal".

TRIBUNAIS SUPERIORES

Mas a posse dos suplentes não está ameaçada só pela decisão da OAB de recorrer ao Supremo. Após a aprovação da proposta em primeiro turno, no último dia 9, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, ministro Carlos Ayres Britto, afirmou que a ampliação do número de vereadores só deve entrar em vigor nas eleições de 2012, sem efeitos retroativos.

Na semana passada, foi a vez do presidente do STF se manifestar. Para o ministro Gilmar Mendes, é "extremamente difícil" que a PEC dos Vereadores produza efeitos imediatos, já que deve haver várias contestações judiciais sobre o tema.

Na ocasião da promulgação da emenda, o presidente da Câmara, Michel Temer, lembrou que as duas propostas passaram por uma longa discussão na Câmara, "com legítima pressão dos suplentes dos vereadores" e complementou: “Se problemas jurídicos houver, serão decididos pelo Poder Judiciário”.

VOCÊ É O CARA DEUS!



Deus criou o mundo em seis dias e, no domingo, descansou; quando criou a mulher, na segunda, ninguém mais descansou.
José Simão

AMIGO E CONFIDENTE


O melhor amigo do homem é o uísque. O uísque é um cachorro engarrafado.
Venício de Morais

O QUE É: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO?

Carlos Escóssia

É de extrema importância sabermos diferenciar crescimento econômico de desenvolvimento econômico, pois é possível uma cidade, região ou país, crescer sem alcançar um estágio de desenvolvimento econômico. Em síntese, crescimento e desenvolvimento econômico são duas coisas ou situações distintas.

Podemos definir crescimento econômico como o aumento da capacidade produtiva da economia (produção de bens e serviços). É definido basicamente pelo índice de crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB), per capita. O crescimento de uma economia é indicado também pelo crescimento da força de trabalho, pela receita nacional poupada e investida e pelo grau de aperfeiçoamento tecnológico.

Já o desenvolvimento econômico, podemos conceituá-lo como sendo o crescimento econômico (aumento do PNB per capita), acompanhado pela melhoria da qualidade de vida da população e por alterações profundas na estrutura econômica.

Como se pode ver, o conceito de desenvolvimento é mais qualitativo, pois inclui as alterações da composição do produto e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, violência, condições de saúde, alimentação, transporte, educação, higiene e moradia). Em suma, podemos afirmar que desenvolvimento econômico é algo que combina crescimento com distribuição de renda.

O Desenvolvimento de cada país depende de suas características próprias, tais como: situação geográfica, extensão territorial, passado histórico, cultura, população e riquezas naturais. A Organização das Nações Unidas (ONU) usa os seguintes indicadores para classificar os países, segundo o grau de desenvolvimento: índice de mortalidade infantil esperança de vida média, nível de industrialização, grau de dependência externa, potencial científico e tecnológico, grau de alfabetização, instrução e condições sanitárias.

De maneira geral, as mudanças que caracterizam o desenvolvimento econômico de uma cidade, região ou país, consistem no aumento da atividade industrial em comparação com a atividade agrícola, migração de mão-de-obra do campo para a cidade, redução das importações de produtos industrializados e das exportações de produtos primários e menor dependência de auxílio externo.

Para caracterizarmos um processo de desenvolvimento é fundamental observarmos ao longo do tempo a existência de: 1º crescimento do bem-estar econômico medita por indicadores, como, por exemplo: Produto Nacional Total e Produto, per capita; 2º diminuição nos níveis de pobreza, desemprego e desigualdades; 3º elevação das condições de saúde, nutrição, educação, moradia, etc.

Como citamos anteriormente, ser possível uma cidade, região ou país crescer sem se desenvolver economicamente, gostaria de citar como exemplo a cidade de Mossoró, que nos últimos anos apresentou um aumento significativo do fluxo comercial advindo do setor salineiro e do parque industrial impulsionada pela Petrobras, aumento razoável no nível de exportação de seus produtos primários, na cacinicultura, na verticalização do mercado imobiliário e no setor terciário (notadamente o comércio e a prestação se serviços), cujos recursos advindos deste crescimento não causaram modificações estruturais que pudessem induzir incremento complementar em outros setores ou segmentos da economia local e não implicaram em modificações institucionais que melhorasse a qualidade de vida da nossa população.

Sem dúvida, a economia de Mossoró tem apresentado um considerável índice de crescimento econômico, não impedindo que a cidade apresente um índice de desemprego galopante, já sendo visível o grande número de famílias que vivem abaixo da linha internacional de pobreza, apesar de ser expressivo o aumento de estabelecimentos comerciais no município. Falar em desenvolvimento econômico a nível de Mossoró é um grande equívoco ou desconhecimento total da nossa realidade, cujos índices de desemprego, violência, prostituição infantil e desigualdades sociais crescem em progressão geométrica.

O aspecto fundamental é que desenvolvimento econômico não pode ser analisado, somente, por meio de indicadores como crescimento do produto real ou crescimento do produto real per capita. Desenvolvimento econômico deve ser complementado por indicadores que representem, ainda que de forma incompleta, a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, bem como a elevação das condições de saúde, nutrição, higiene, moradia, dentre outras variáveis sociais.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ROYALTIES - SETEMBRO DE 2009 (Ref. Agosto)


Royalties do RN têm queda de 34% em relação a setembro

Os royalties pagos pela atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural na Bacia Potiguar tiveram queda de 32% no montante acumulado de janeiro a setembro, em comparação ao mesmo período de 2008. Neste ano, cerca R$ 191,6 milhões foram pagos ao governo estadual e 93 prefeituras do Estado. Desse montante, R$ 101,5 milhões foram destinados ao Governo do Estado e R$ 90 milhões aos municípios.

Em 2008, os royalties pagos ao Rio Grande do Norte nos nove primeiros meses do ano renderam R$ 281,7 milhões, cerca de R$ 90,1 milhões a mais que em 2009.

Segundo informações do site da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o repasse de setembro foi de R$ 24,8 milhões, sendo R$ 12,9 milhões destinados ao Estado do Rio Grande do Norte e R$ 11,8 milhões aos municípios. Apesar do grande volume, o mesmo mês também apresentou redução em relação a setembro de 2008: 34,89%.

No ano passado, o montante distribuído ao Estado e Municípios do RN no nono mês chegou a R$ 38,3 milhões. O valor está R$ 13,5 milhões acima do que foi pago em setembro deste ano.

A Petrobras, através de sua assessoria de imprensa, informou que a queda é explicada pelos efeitos da crise internacional que ainda não tinham sido sentidos no mesmo período de 2008. O cálculo dos royalties leva em consideração o preço do barril de petróleo – medido em dólares – e os relatórios da ANP se referem à produção de aproximadamente dois meses anteriores (neste caso julho). Por isso, nesta mesma época do ano passado, o câmbio ainda apresentava valores que permitiam um preço maior dos barris, antes da economia mundial ser atingida pela turbulência financeira.

Segundo informações da assessoria da Petrobras, Macau liderou o recebimento dos royalties no Estado, com o repasse de R$ 1,6 milhão. Guamaré ficou em segundo lugar, com R$ 1,53 milhão,
seguido de Mossoró, com R$ 1,5 milhão.

Veja o ranking dos 20 municípios do RN que mais receberam royalties do petróleo:
1° Macau
R$ 1.645.497,52
2° Guamare
R$ 1.536.632,32
3° Mossoró
R$ 1.500195,89
4° São Gonçalo do Amarante
R$ 857.390,30
5° Pendencia
R$ 795.934,27
6° Serra do Mel
R$ 657.817,28
7° Areia Branca
R$ 598.216,61
8° Goianinha
R$ 560.248,50
8° Ielmo Marinho
R$ 560.248,50
8° Macaiba
R$ 560.248,50
9° Apodi
R$ 339.206,36
10° Porto do Mangue
R% 281.433,15
11° Açu
R$ 267.544,46
12° Caraubas
R$ 267.466,80
13º Alto do Rodrigues
R$ 228.544,46
14° Upanema
R$ 160.796,28
15° Grossos
R$ 109.400,29
16° Carnaubais
R$ 98.169,70
17° Galinhos
R$ 92.855,85
Fontes: Jornal Tribuna do Norte e Agência Nacional de Petróleo

VIOLÊNCIA É TEMA DE DEBATE NA CÂMARA MUNICIPAL


Avanço da violência preocupa Câmara Municipal

O debate sobre avanço da violência em Mossoró começou com pronunciamento da vereadora Cláudia Regina (DEM), que conclamou união da sociedade contra o problema.

Segurança pública é responsabilidade de todos. Precisamos realizar ações conjuntas, porque a continuidade de medidas isoladas terá pouco resultado, alertou. A vereadora ressaltou a necessidade de trabalho preventivo, com ênfase no cidadão, para evitar a violência, o que tem sido buscado pelo Fórum Mossoró pela Paz. Só a repressão não é suficiente, advertiu. Vários vereadores apartearam o discurso de Cláudia Regina.

O vereador José Domingos Gondim, Zé Peixeiro? (PMDB), alertou para o avanço da violência também na zona rural; a vereadora Niná Rebouças (DEM) pediu mais pressa na instalação de câmeras em ruas para monitoramento eletrônico; o vereador Claudionor dos Santos (PDT) reivindicou mais ações da Polícia Militar em Mossoró.

A vereadora Maria Auxiliadora do Nascimento, Maria das Malhas (PSL), voltou a reivindicar instalação em Mossoró de Delegacia Especializada em Homicídios, a fim de apressar investigação de assassinatos, e o vereador Francisco Dantas da Rocha, Chico da Prefeitura? (DEM), sugeriu ações preventivas nas escolas, principalmente contra as drogas.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Regy Carte

É MAIS QUE UM ABSURDO É UM COICE

Carlos Escóssia

Está no blog do jornalista Thurbay Rodrigues.
Fiquei indignado.
Transcrevo na íntegra esse coice hediondo.

Apelo aos amigos bloqueiros da terra de Santa Luzia, que divulguem essa matéria publicada no blog do amigo jornalista combativo e blogueiro dos bons, Thurbay Rodrigues, para que toda Mossoró tome conhecimento do "rincho equínico" do vereador Flávio Não Sei de quer...
Vamos a matéria:

O “iluminado” vereador que pediu a relação de prédios próprios da municipalidade para, em um deles botar o nome do Monsenhor Américo, após sua morte, que ele, o vereador, dando uma de Deus, acha que vai morrer(o Monsenhor está internado) ou que já deveria ter morrido, é mesmo o que informei ontem: Flávio Tácito.

Sou informado de que esse vereador, com quem nunca conversei e sobre o qual raramente ouvia falar, tem um atuação pífia na Câmara e é o inventor da “Tenda Legislativa” mas é hoje o mais citado nas correspondências que recebo. Abro a caixa de mensagens, e só dá o “Flavinho”, como o infeliz é mais conhecido.

O absurdo, a desumanidade, falta de sentimento cristão, “preparar”o funeral para alguém que continua lutando pela vida, é coisa de nazista.

A frieza do requerimento, ante as preces da cidade, chocou toda a sua população.

Que Deus dê saúde ao Monsenhor e, em sua infinita bondade, devolva a alma do “Flavinho”, nem que seja para queimar no inferno.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ENCONTRO DE BLOGUEIROS DO RN - ENBLORN

Carlos Escóssia

Será realizado neste sábado(26) na cidade de Lajes(RN), o I Encontro de Blogueiros do RN - ENBLORN. Segundo os organizadores do evento já confirmaram presença: o vice-governador Iberê Ferreira de Souza, o senador José Agripino Maia, os deputados Gustavo Carvalho, Paulo Davin, Fernando Mineiro, além de vários prefeitos e vereadores da região.

Veja a Programação do I ENBLORN:

07h30min: Credenciamento e Café da Manhã
08h40min: Abertura com Autoridades Presentes e Apresentação Cultural
09h30min: 1º Palestra: Tema – O Fenômeno dos Blog’s diante dos grandes grupos de comunicação.
Palestrante: Everton Lima: Jornalista da Zumba Comunicação (Mossoró) e assessor de Imprensa da IFET - Ceará.
10h15min: Debate
10h30min: 2ª Palestra: Tema – As novas Tecnologias da Informação, o Texto na Internet e Layout, Usabilidade de Paginas Virtual, Marketing e Rentabilidade.
Palestrante: Profª. Taciana Burgus – Curso de Publicidade (UFRN).
11h15min: Debate
11h30min: Apresentação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação com Profº. Daniel Dantas (UNP/UFRN), Jan Varela (Assessor de Comunicação do PC do B/RN) e Yuno do Intervozes.
12h15min: Debate
12h30min: Almoço
13h30min: Apresentação da Interjato (Empresa que realiza em parceria com a prefeitura o projeto, “Lajes Digital”).
14h00min: Apresentação Cultural com o Escritor e Poeta Neto Braga (Literatura de Cordel).
14h30min: 3ª Palestra: Influência dos Blog’s no Meio Político.
Palestrante: Carlos Santos, jornalista e blogueiro (Blog do Herzog - Mossoró)
15h15min: Debate
15h30min: Coffee Bleak
15h45min: Apresentação da PHD Empreendimentos Virtuais sobre Design de Sites.
15h30min: Thaisa Galvão faz relato sobre trabalho Desenvolvido com seu Blog.
16h30min: Reunião em grupos para apresentar sugestões sobre a unificação de Blogueiros em todo o estado através da criação de uma Associação.
17h00min: Apresentação das Propostas e Definições
Observações: Inscrições custam R$ 20,00 (vinte reais). Devem ser efetuadas através de deposito bancário na Agência: 1588 - 1, Conta Corrente: 31.506 – 0 (Banco do Brasil) em nome de Robson Silva de Oliveira.
@ Toda a alimentação do durante o evento é de responsabilidade da coordenação. Café da Manhã, Almoço e Coffee Bleak.
@ As pessoas a fim de pernoitar em Lajes devem comunicar a coordenação para a reserva de apartamentos antecipadas. A hospedagem é por conta do participante do evento.
@ Emitiremos recibo de despesas no evento em nome da Associação Comunitária de Comunicação, Cultura e Educação de Lajes (ACCEL).
@ Será expedido um Certificado de Participação do Encontro assinado pela coordenação.

SÓ RINDO


MAIS UMAS PALAVRINHAS

O hoje aposentado juiz de Direito Assis Amorim no passado era um político com oratória invejável. Era capaz de ficar horas e horas falando diante de uma plateia, sem se cansar. E com repertório praticamente infinito e diversificado.

Em certa ocasião, o então deputado estadual pelo MDB, Assis Amorim, discursava perante considerável público, já impacientando os demais componentes do seu palanque. Cada um, mais fominha do que o outro, não via a hora de Assis Amorim largar finalmente o microfone para dar vez a alguém. Rezas, pedidos silenciosos aos céus e o que se imaginar estava sendo feito para tirá-lo do aparelho.

Mas não adianta nada. Assis continua seu discurso. A angustia já faz parte de muitos circunstantes, que não entendem como ele consegue passar tanto tempo numa oratória. Pelo visto, ninguém ia falar mais. Só Assis Amorim tem vez. Até porque ele não larga o microfone.

Lá para adiante acontece o imprevisto. De repente, o orador não aguenta o esforço hercúleo e desaba num desmaio, surpreendendo a todos. Isso, após um tempo incomensurável de blablablá.

Passado o susto, lentamente Assis vai se refazendo, após incontável tempo de discurso. E ai confirma o apetite por microfone: "Meu Deus! Passei mal logo agora que eu tinha mais algumas coisas para falar!"

HISTÓRIA DO SALARIO MINIMO NO BRASIL


O salário mínimo surgiu no Brasil em meados da década de 30. A Lei nº 185 de janeiro de 1936 e o Decreto-Lei nº 399 de abril de 1938 regulamentaram a instituição do salário mínimo, e o Decreto-Lei nº 2162 de 1º de maio de 1940 fixou os valores do salário mínimo, que passaram a vigorar a partir do mesmo ano.

O país foi dividido em 22 regiões (os 20 estados existente na época, mais o território do Acre e o Distrito Federal) e todas as regiões que correspondiam a estados foram divididas ainda em sub-região, num total de 50 sub-regiões. Para cada sub-região fixou-se um valor para o salário mínimo, num total de 14 valores distintos para todo o Brasil. A relação entre o maior e o menor valor em 1940 era de 2,67.

Esta primeira tabela do salário mínimo tinha um prazo de vigência de três anos, e em julho de 1943 foi dado um primeiro reajuste seguido de um outro em dezembro do mesmo ano. Estes aumentos, além de recompor o poder de compra do salário mínimo, reduziram a razão entre o maior e o menor valor para 2,24, já que foram diferenciados, com maiores índices para os menores valores. Após esses aumentos, o salário mínimo passou mais de oito anos sem ser reajustado, sofrendo uma queda real da ordem de 65%, considerando-se a inflação medida pelo IPC da FIPE.

Em dezembro de 1951, o Presidente Getúlio Vargas assinou um Decreto-Lei reajustando os valores do salário mínimo, dando início a um período em que reajustes mais freqüentes garantiram a manutenção, e até alguma elevação, do poder de compra do salário mínimo. Da data deste reajuste até outubro de 1961, quando ocorreu o primeiro reajuste do Governo de João Goulart, houve um total de seis reajustes.

Neste período, além de os reajustes terem ocorrido em intervalos cada vez menores (o último, de apenas 12 meses), ampliou-se bastante o número de valores distintos para o salário mínimo entre as diversas regiões. Deve-se ressaltar que nos dois primeiros reajustes deste período o aumento do maior salário mínimo foi muito superior ao do menor, com a razão entre eles atingindo 4,33 em julho de 1954, seu maior valor histórico.

A partir de 1962, com a aceleração da inflação, o salário mínimo voltou a perder seu poder de compra, apesar dos outros dois reajustes durante o Governo de Goulart. Após o golpe militar, modificou-se a política de reajustes do salário mínimo, abandonando-se a prática de recompor o valor real do salário no último reajuste. Passou-se a adotar uma política que visava manter o salário médio, e aumentos reais só deveriam ocorrer quando houvesse ganho de produtividade. Os reajustes eram calculados levando-se em consideração a inflação esperada, o que levou a uma forte queda salarial decorrente da subestimação da inflação por parte do governo.

Em 1968, passou-se a incluir uma correção referente à diferença entre as inflações esperadas e realizadas, sem, no entanto, qualquer correção referente às perdas entre 1965 e 1968. Neste período, que durou até 1974, houve ainda uma forte redução no número de níveis distintos de salário mínimo, que passou de 38 em 1963 para apenas cinco em 1974. Também reduziu-se a relação entre o maior e o menor salário mínimo, que atingiu a valor de 1,41 no final do período.

De 1975 a 1982, os reajustes do salário mínimo elevaram gradualmente seu poder de compra, com um ganho real da ordem de 30%. Em 1979, os reajustes passaram a ser semestrais, e em valores que correspondiam a 110% da variação do INPC. Além disso, manteve-se a política de estreitamento entre os distintos valores, que em 1982 já eram somente três, e com a razão entre o maior e o menor salário no valor de 1,16.

A partir de 1983, as diversas políticas salariais associadas aos planos econômicos de estabilização e, principalmente, o crescimento da inflação levaram a significativas perdas no poder de compra do salário mínimo. Entre 1982 e 1990, o valor real do salário mínimo caiu 24%. Deve-se destacar ainda que em maio de 1984 ocorreu a unificação do salário mínimo no país.

A partir de 1990, apesar da permanência de altos índices de inflação, as políticas salariais foram capazes de garantir o poder de compra do salário mínimo, que apresentou um crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

Com a estabilização após o Plano Real, o salário mínimo teve ganhos reais ainda maiores, totalizando 28,3% entre 1994 e 1999. Neste mesmo período, considerando-se a relação do valor do salário mínimo e da cesta básica calculado pelo DIEESE na cidade de São Paulo, o crescimento foi de 56%.

Há duas conclusões importantes a destacar a partir dos dados que mostra a evolução histórica do salário mínimo desde 1940. Em primeiro lugar, ao contrário de manifestações muito corriqueiras de que o poder de compra do salário mínimo seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram que não houve perda significativa.

Em segundo, foi com a estabilização dos preços a partir de 1994 que se consolidou a mais significativa recuperação do poder de compra do mínimo desde a década de 50. Em 2008 o Presidente Lula resolveu "arredondar" o valor do salário mínimo que seria pouco mais de R$ 413,00 para R$ 415,00 com vigência a partir de 01 de março. Em 2009, através da Medida Provisória nº456, de 30 de janeiro de 2009, o Presidente Lula fixou o valor do salário mínimo em R$ 465,00 com vigência a partir do dia 01 de fevereiro. De 2010 em diante, o reajuste do salário mínimo será sempres no dia 01 de janeiro com pagamento até o quinto dia útil do mês de fevereiro.
Fonte: portal/brasi

PROJETO DA AUTO ESCOLA PÚBLICA É SANCIONADO PELA PREFEITA

A Prefeitura de Mossoró sancionou o Projeto de Lei da Câmara Municipal que cria a Escola Municipal de Condutores de Veículos. A sanção foi publicada na edição de sexta-feira (18) do Jornal Oficial do Município (JOM) e enaltecida na sessão legislativa desta terça-feira (22) pelo autor da proposta,vereador Daniel Gomes da Silva (PMDB).

Em discurso na tribuna do plenário, Daniel Gomes agradeceu o apoio dos colegas vereadores na aprovação do projeto, elogiou a Prefeitura pela sanção e destacou o apelo social da iniciativa. Isso porque a autoescola pública, segundo o vereador, oferecerá aulas práticas e teóricas grátis a pessoas comprovadamente carentes de Mossoró.

A criação da Autoescola pública é uma realidade graças ao apoio de todos, que entenderam sua importância, já que barateará custos na obtenção da Carteira de Habilitação para pessoas de baixa renda de Mossoró, disse Daniel Gomes, que produziu o Projeto de Lei com base em audiência pública e experiências bem sucedidas em outros municípios.
Fonte: Assessoria de Cominicação - Regy Carte

O PODER PÚBLICO E A ECONOMIA LOCAL

Carlos Escóssia

No que se relaciona aos aspectos econômicos em Mossoró, é visível a hegemonia do setor terciário sobre os outros setores da economia, no caso os setores primário e secundário.

Com a falência da agroindústria e a mecanização das salinas, Mossoró preocupa-se em reorganizar sua economia e o faz através da implementação do setor terciário que engloba as atividades que estão nas esferas de circulação, distribuição e do consumo, não só de mercadorias, mas também do próprio capital, o que enfatiza a importância do terciário para as cidades que, como Mossoró, constituem-se centros regionais, aglomerando prestações de serviços das cidades circunvizinhas e viabilizando a migração campo-cidade, pela euforia que a oferta de empregos e serviços suscita, trazendo conseqüências negativas para a cidade, tais como: desemprego, prostituição, favelização, marginalização, alem de outros tantos problemas sociais.

Em Mossoró a expansão do terciário foi inicialmente viabilizada com a prestação de serviços básicos – educação e saúde – e o incremento do comércio local. Dessa maneira, Mossoró foi forçada a intensificar os serviços oferecidos à população e, ainda, a multiplicá-los numa tentativa de atender a demanda provocada pelo fluxo migratório que recebeu, decorrente da exploração da petrolífera que a Petrobrás desenvolveu no município, bem como o boom da fruticultura irrigada e da carcinicultura. A cidade teve que criar uma infra-estrutura a passos galopantes, atropelando o processo natural de crescimento que, certamente teria nos setores básicos de prestação de serviços a comunidade.

A cidade de Mossoró, até então interiorana, tomou ares de metrópoles em curto espaço de tempo. Novos elementos passam a constar no repertório do seu cotidiano, que surpreende pelas inovações que no dia-a-dia vão se sucedendo e que traz consigo visíveis transformações para a população local. Uma cidade que hoje se vê ás voltas com situações que não sabe o que fazer, ou que o poder público municipal não tem aptidão ou vontade política para reverter ou enfrentar.

Na proporção do aumento do número de migrantes que aqui vem em busca da melhoria da qualidade de vida, crescem as filas de desemprego, os índices de marginalidade e violência, o analfabetismo, a fome, o abandono da infância pelo trabalho forçado ou mendicância, a prostituição infanto-juvenil e desistência escolar e outras tantas injustiças sociais, além de inúmeros problemas socioeconômicos que inviabilizam o pseudo progresso aqui desenvolvido. Se a população do município cresceu quantitativamente, esse crescimento não se reverteu de forma qualitativa no que se relaciona a qualidade de vida e do bem-estar dos mossoroenses.

Além da nossa posição geográfica favorável e do aumento constante do fluxo comercial e da prestação de serviços advindo do setor salineiro, da carcinicultura e da Petrobrás, Mossoró produz, via irrigação, abundante quantidade de frutos, em especial o melão, acerola, manga, caju e castanha, o que lhe permite abastecer a região e exportar alguns desses produtos para o sul do país, e até para outros países.

Sem dúvida, a economia local tem apresentado um considerável nível de crescimento (não confundir, com desenvolvimento econômico), em especial no setor terciário, consubstanciado pela Petrobras e empresas por ela contratadas. Isso não, impede, contudo, que a cidade apresente um índice de desemprego galopante, já sendo visível o grande número de famílias que vivem abaixo da linha internacional de pobreza, apesar de ser expressivo o aumento de estabelecimentos comerciais e prestadoras de serviços no município.

Diante do atual quadro, da passividade e falta de compromisso das últimas administrações, no que se relaciona a organização e conseqüente crescimento dos setores primário e secundário, se faz necessário e urgente que a atual administração coloque em pauta - sem uso de filigranas e propagandas enganosas – a retomada do crescimento econômico de Mossoró, pois a cristalização desse crescimento dependerá da vontade política da atual gestão, articulando-se com a classe empresarial, entidades de classe, sindicatos e a sociedade civil como um todo.

Só com a junção dessas forças, capitaneadas pelo poder público será possível projetar Mossoró, não só na esfera estadual e regional como também em nível nacional, pela sua destacada participação na produção nacional de frutas tropicais, na carcinicultura, na apicultura e na extração de recursos minerais como: petróleo, sal, gesso, e gás natural. A exploração desses recursos demonstra o potencial existente e justifica todo esforço do seu caminhar para o desenvolvimento.

A retomada do crescimento de Mossoró e seu caminho para o desenvolvimento, depende exclusivamente da vontade política e do entendimento não só da "prefeita Maria de Fátima Rosado, mas de todos que fazem parte de sua administração, bem como dos detentores de mandatos políticos ligados a Mossoró e região", que: “uma sociedade só justifica um estágio de desenvolvimento, quando alcança um nível razoável em três aspectos fundamentais da vida social: um alto nível de qualidade de vida com garantia de acesso aos serviços essenciais; um padrão de democracia com plenas e irrestritas condições de exercício da cidadania, sem discriminações sociais e o conjunto da população decidindo efetivamente os rumos da sociedade”.

Esses três elementos interagem entre si e compõem um projeto de desenvolvimento sustentável – o que Mossoró precisa urgentemente – e a população cobra da atual administração, que até o momento pouco ou quase nada tem feito no sentido de preparar a nossa cidade para vivenciar esse no momento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

JÓIAS DO PENSAMENTO



JUVENTUDE

A juventude não é um período da vida: é um estado de espírito, um efeito da vontade, uma qualidade da imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória do valor sobre a timidez, do gosto pela aventuras sobre o apego ao conforto.

Alguém não se torna velho por haver vivido determinado número de anos; torna-se velho quando deserta os ideais.

Jovem é o que se deslumbra e se maravilha. Jovem é o que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida. As provocações o galvanizam, os fracassos o tornam mais determinado, as vitórias o fazem melhor.

Serás tão jovem como teu entusiasmo, tão velho como teu desânimo; tão jovem como a confiança que tenhas em ti, tão velo como tuas dúvidas e hesitações.

Permanecerás jovem enquanto permaneceres generoso, enquanto sentires a alegria de dar alguma coisa de ti.

Se, um dia, qualquer que seja a tua idade, teu coração for invadido pelo pessimismo, ou o egoísmo, ou o cinismo, que Deus tenha então pena de tua alma de velho!
General Douglas MacArthur

ENCONTROS E DESENCONTROS NO RN

Luis Fausto ( www.nominuto.com/blog/brasilia-urgente)

Seis, quase sete dias de silêncio no Rio Grande do Norte, entre Natal e Mossoró, em um mergulho no passado cada vez mais presente na minha história.

Tempo de ouvir, de ver de perto o que de longe a gente já sabe desde sempre.

Tempo de reencontrar amigos, pessoas que guardo para a vida inteira.

Cá e lá, na capital do oeste ou na capital potiguar, o rio do norte permanece grande na extensão, mas é pequeno, e está ficando cada vez menor, nas perspectivas da história.

A ladainha se repete, como se o tempo estivesse parado.

Em Natal, o verde da prefeita Micarla de Souza se assemelha apenas à cor da moeda que move o mundo, os 30 anos de vida pública do senador José Agripino Maia são contados como se todos nós não tivéssemos memória, o desfile de Lands Rovers guiadas por homens públicos e permanentemente notórios corrói os olhos mais sensíveis e há no ar e também no mar a sensação de que a cidade adormeceu, anestesiou-se, diante de tantos e tão repetidos golpes contra ela e contra os seus.

Em Mossoró, a despeito das vozes dissonantes de uma meia dúzia de cidadãos e cidadãs ainda esperançosos, o século XX não chegou a XXI e a pronúncia dos números continua afrancesada. O hoje é ontem, não dando chance alguma para o amanhã.

Bom, repito e reitero, foi rever os velhos amigos e fazer novos, sentindo que o pulso ainda pulsa (obrigado, Arnaldo Antunes) mesmo com tão pouco ar.

Encontros que superaram os desencontros e os desatinos inevitáveis, como topar na noite com o deputado Gustavo Carvalho, ouvir dele um rosário de elogios a Dorian Jorge Freire ("amigo de meu tio Carlos Lima") e depois, ao fim e ao cabo, escutar a pergunta incabível:

- Como está seu Pai?

- Morto, respondi.

Tal e qual o Rio Grande do Norte, pensei.

JUROS - PRECISA CAIR MAIS

Por Gilson Luiz Euzébio, de Brasília


TAXAS CAI, MAS CONTINUA ALTA
Taxas cobradas das pessoas físicas ainda são extorsivas


Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic, a taxa básica de juros, que serve de parâmetro para toda a economia, para 8,75%. Trata-se do nível mais baixo das últimas décadas. O novo patamar permite vislumbrar mais acesso ao crédito, geração de empregos e aquecimento da economia. Surgem oportunidades para a atividade produtiva e perspectivas de menores ganhos para aplicações no mercado financeiro


Temos, desde o mês passado, a menor taxa básica de juros (Selic) das últimas décadas: 8,75% ao ano fixados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Mesmo assim, o Brasil ainda tem uma das maiores taxas de juros do mundo, já que a maioria dos países reduziu a taxa para níveis muito baixos ou até mesmo próximos de zero desde o início da crise econômica. O Brasil, diferentemente, reagiu à crise com juros elevados, que chegaram a 13,75% em setembro de 2008, e demorou muito para inverter a trajetória de alta. Juros elevados resultam em mais despesas para os cofres públicos e no agravamento da recessão que tivemos no final do ano passado e início deste ano.

Na justificativa para a manutenção de juros elevados, o Copom expressou o entendimento de que "a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos". Para João Sicsú, diretor de Estudos Macroeconômicos do Ipea, a constatação é correta, mas a manutenção da taxa Selic em patamares de dois dígitos foi equivocada. A mesma ata falava em risco de pressão inflacionária pela expansão da demanda, quando o país já estava entrando na recessão. Sicsú lembra que a justificativa não mudou no mês de outubro, ocasião em que o Brasil já estava mergulhado na crise. "Avaliações desconectadas da realidade marcaram a ata de outubro", afirma. A ata de dezembro, da reunião que manteve a taxa em 13,75%, não foi diferente, embora os sinais da recessão já estivessem bem claros na queda de arrecadação de impostos e contribuições federais desde novembro. Além disso, houve uma queda abrupta do número esperado de criação de novos empregos com carteira assinada nos meses de novembro e dezembro de 2008.

Para um país acostumado com juros altos - em 2003, a Selic estava em 26,5% -, a taxa de 8,75% soa como um grande avanço. Mas precisa baixar mais, já que não há pressões inflacionárias, defende João Sicsú. Com isso, haveria redução do custo de rolagem da dívida do setor público, liberando maior volume de recursos para investimentos e programas sociais, por exemplo. No estudo A gravidade da crise e a despesa de juro do governo, João Sicsú afirma que a redução da Selic para 7% ao longo de 2009 faria com que o governo economizasse entre R$ 40 e 50 bilhões. Essa folga permitiria ao governo ampliar os investimentos em infraestrutura, programas sociais e programas educacionais, por exemplo.

Além disso, a redução da taxa básica, utilizada na remuneração dos títulos do governo, ajuda a reativar a economia, embora haja uma grande distância entre a Selic e as taxas efetivas que os bancos cobram dos clientes. De acordo com relatório do Banco Central, na última semana de julho, alguns bancos cobraram no cheque especial, por mês, taxas superiores ao rendimento da Selic no ano (até 9% ao mês para uma Selic anual de 8,75%). Os juros anuais do cheque especial estão em torno de 160%. Esses valores exorbitantes podem ser atribuídos à falta de concorrência no mercado de crédito: pouquíssimas instituições financeiras dominam mais de 90% desse mercado.

No crédito pessoal, as taxas são menores, porém ainda altas em comparação com a Selic. Segundo o Banco Central, o custo dessa linha variou no final do mês passado de 1,08% a 3,08% ao mês. Já as empresas pagaram até 5,46% de juros por mês para descontar duplicatas.

As reduções feitas pelo Banco Central não são repassadas, na mesma porporção, aos tomadores de empréstimo. Ao fixar a taxa em 8,75%, o Copom fez uma redução de meio ponto percentual. Em consequência, o Itaú Unibanco anunciou uma queda de apenas 0,04% em suas taxas cobradas no cheque especial e crediário. O Bradesco informou uma redução de 8,28% para 8,24% ao mês. No crédito pessoal, a redução da taxa máxima seria de 5,68% ao mês para 5,64%. Nas linhas destinadas às empresas, a redução também ficou em 0,04. Ou seja, para uma redução de 0,5 ponto na Selic, os bancos reduzem 0,04.

Três erros - O próprio Banco Central vem sinalizando em suas atas que a trajetória de queda está chegando ao fim, o que, na avaliação de muitos economistas, inclusive do governo, seria um erro. Estudos do Ipea apontam que a elevação da taxa básica de juros, em 2008, contribuiu para a queda do PIB do país no quarto trimestre de 2008 e no primeiro de 2009. A taxa Selic em 2008 passou de 11,25% ao ano para 13,75%. Nesse período, a inflação ficou em 5,9%, acima do centro da meta do governo, de 4,5%, mas abaixo do teto de tolerância de 6,5%. Para o Ipea, não era hora de aumentar os juros, visto que o consumo não era excessivo e registrava-se uma forte expansão de investimentos privados.

Remédio sem efeito - A principal alegação para a elevação ou manutenção dos juros altos no Brasil é a inflação. Mas o aumento dos juros não tem dado resultado no combate à inflação, de acordo com o técnico do Ipea e autor do livro Regimes Monetários: Teoria e Experiência do Real, André Modenesi. "A inflação tem-se mostrado pouco sensível à taxa Selic. Apesar do excesso de rigidez que marca a política monetária no país desde a adoção do Plano Real, a inflação se mantém em patamares moderados. Ou seja, a despeito das doses cavalares de juros, a inflação não cede muito. Isso é uma clara indicação de que há problemas no mecanismo de transmissão da política monetária", comenta.

Na visão de Modenesi, o gerenciamento da demanda agregada - feita pelo BC por meio de variações na taxa de juros - deve ser fortemente complementado por uma política focada na redução das pressões inflacionárias pelo lado da oferta. Também é preciso, por exemplo, avançar na desindexação da economia. "A inflação brasileira não é um fenômeno meramente monetário", afirma.

O diretor João Sicsú divide com vários economistas a esperança que a taxa básica caia para 7% ainda este ano. Segundo ele, desde o início deste governo, quando a taxa de juros era de 26,5%, ele ouve dizer que se a taxa de juros fosse reduzida haveria inflação, ninguém mais compraria títulos públicos, os capitais iriam embora e o câmbio explodiria. "No entanto, nada disso aconteceu", afirma.

"Vão deixar de comprar título da dívida pública brasileira para comprar qual papel? Os da dívida pública americana que rendem quase nada. Não existe papel mais seguro e rentável que o brasileiro, com essa taxa de juro que ainda é muito alta", argumenta. Segundo ele, não houve fuga de capitais porque "não existe alternativa melhor do que a compra de títulos públicos do governo brasileiro".

Para Sicsú, há espaço para novas reduções dos juros, porque não há pressão inflacionária. "A economia deve crescer este ano apenas entre 0,2% e 1,2%. Um crescimento dessa ordem provoca alguma demanda que não possa ser satisfeita pela capacidade de ofertar dos empresários?" Segundo ele, a infl,0ação deste ano deve ficar abaixo da meta de 4,5% estipulada pelo governo, e o foco deve ser o combate ao desemprego e a recuperação da capacidade de produção e de investimento da indústria.

Economia para investimentos
- Os recursos economizados com juros podem ser investidos em programas sociais de transferência de renda, que geram resultados imediatos. Ou em infraestrutura, que tem um retorno mais lento. Para o Ipea, a melhor maneira de enfrentar a crise e reativar a economia é aumentar os gastos públicos. Mas o professor da FGV, Ricardo Araújo, ressalta que o setor privado também precisa participar do processo de investimento. "Se a carga tributária e os encargos trabalhistas forem reduzidos, o custo de investimento de um empresário será menor. A melhor forma de gerar renda para as pessoas é com as empresas crescendo", argumenta Araújo.

Segundo ele, pequenas e médias empresas, com menos acesso ao crédito, enfrentam dificuldade para investir e crescer: "O crescimento delas não depende apenas da taxa de juros. Depende fundamentalmente dos encargos trabalhistas e tributários".

O grande vilão - No Brasil, o spread bancário gira em torno de 30 pontos percentuais, um dos mais altos do mundo. Quando questionadas sobre esse aspecto, as instituições financeiras se valem da justificativa de que precisam se proteger do risco de inadimplência. Muitos consumidores demoram a perceber uma eventual redução na Selic, justamente porque o spread bancário, que deveria diminuir após cada corte na taxa básica de juros, não cai. Tal fenômeno se deve não apenas a impostos e a gerenciamento de risco de inadimplência, mas, sobretudo, à alta margem de lucros dos bancos.

"As instituições financeiras desfrutam de uma alta margem de lucro no País, porque existe uma grande concentração bancária, uma combinação de preços e poucas alternativas para o correntista sair de um banco para outro", avalia o coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Ipea, Roberto Messenberg. Ele lembra que o banco capta recursos dos clientes pagando 9% ao ano, mas chega a cobrar desse mesmo cliente 160% de juros numa operação de cheque especial: "Um verdadeiro absurdo".

O professor da FGV, Ricardo Araújo, acrescenta que cobrar taxas de juros tão elevadas na ponta do crédito para cobrir um eventual prejuízo não se justifica. E defende alguma forma de regulamentação. "Tarifas telefônicas são reguladas, têm um teto; tarifas de energia são reguladas, têm um teto; planos de saúde são regulados, têm um teto; mas as taxas de juros na ponta de crédito na economia brasileira não têm teto, não são reguladas", compara. "O mercado financeiro brasileiro, especialmente os bancos maiores, os bancos múltiplos formam um oligopólio bancário em que taxas são combinadas", denuncia Araújo.

Para estimular a concorrência, o Banco Central divulga na internet um levantamento semanal das taxas efetivamente praticadas pelas instituições financeiras. Os números demonstram, no entanto, pouca eficácia da medida na redução dos juros. De 35 instituições pesquisadas pelo BC, 24 cobram mais de 6% ao mês no cheque especial, sendo que metade delas mantêm taxas acima de 8%. Na faixa entre 8,76% e 9,04% ao mês - taxa acima da taxa básica anual -, há cinco instituições. E apenas quatro cobram menos de 2% ao mês. Já as taxas do crédito pessoal variam, de acordo com o Banco Central, de 1,08% a 3,08%. Mas, de 47 instituições incluídas na pesquisa, apenas cinco oferecem taxas inferiores a 2%.

A questão da falta de concorrência foi agravada nas últimas décadas pelo aumento da concentração no setor. De acordo com o Comunicado da Presidência nº 20, divulgado em abril pelo Ipea, entre 1996 e 2006, a participação dos 20 maiores bancos no total de ativos aumentou de 72% para 86%, em decorrência da transformação da indústria bancária no país a partir de 1990. "Com a concentração bancária no Brasil houve redução em 32,2% na quantidade de bancos em operação nos últimos 11 anos", afirma o documento. Em 2007, havia apenas 156 instituições operando no Brasil, enquanto na Alemanha eram 2.130 bancos e nos Estados Unidos, 7.282. A transformação no Brasil resultou também no aumento da presença de instituições estrangeiras no mercado nacional e no desaparecimento das instituições públicas (na década de 1990, o governo federal adotou uma política para forçar os estados a privatizar seus bancos).

Perdas e ganhos com a queda da Selic
- O professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Luiz Fernando de Paula, explica que "a diminuição da taxa básica de juros reduz os ganhos financeiros" e estimula o setor produtivo. A queda dos juros, segundo ele, vai impor uma nova realidade aos empresários: terão que aprender a conviver com uma taxa de juros mais baixa e com menos ganhos em aplicações financeiras. Aliás, as empresas brasileiras com grandes aplicações no mercado financeiro foram as que mais sentiram a crise econômica. "Agora, essas companhias precisarão ser mais eficientes e investir os recursos na sua atividade produtiva, o que gera emprego e aumento da produção", afirma.

Do ponto de vista do investidor estrangeiro, observa-se maior fluxo de investimentos para a bolsa brasileira do que para a compra de títulos públicos do governo. Isso porque os papéis das companhias brasileiras estão muito atrativos, com uma altíssima rentabilidade durante o ano de 2009. Outro cenário que se descortina com a redução da Selic é a possível emissão de papéis de empresas do setor privado com ganhos superiores aos do governo, tornando-os mais atraentes para os investidores.
Fonte: Revista Desafios do Desenvolvimento - IPEA