sábado, 30 de abril de 2016


VANESSA GRAZZIOTIN PEDE
 
SUSPENSÃO DO PROCESSO
 
 DE IMPEACHMENT
 
 
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou uma questão de ordem no final da reunião desta sexta-feira (29) da Comissão Especial do Impeachment em que pede o arquivamento ou a suspensão do processo até que o Congresso Nacional aprecie as contas do governo referentes ao exercício de 2015.

Segundo ela, o pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff descumpre a legislação em vigor, uma vez que, quando apresentado, referia-se ao descumprimento das metas fiscais de 2015, antes mesmo do encerramento do prazo de apresentação das contas.

Conforme a Constituição, assinalou Vanessa, a prestação de contas da presidente da República deve ser apresentada anualmente ao Congresso, no prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, para ser apreciada com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Assim, argumentou a parlamentar, a Comissão Especial do Impeachment não poderia deliberar sem que antes a Comissão Mista de Orçamento e o Plenário do Congresso examinassem as contas.

— Os fatos constantes da denúncia sobre a qual esta comissão deverá se debruçar refere-se a condutas de 2015. O exercício de 2015 sequer havia se encerrado, mas o senhor presidente da Câmara, fazendo pouco caso da carta política, resolveu receber tal peça acusatória no início de dezembro de 2015 — afirmou a senadora.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) protestou e se disse estarrecido com a questão de ordem. A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), na presidência da sessão, informou que o pedido será examinado posteriormente pela comissão.

Fonte: Agência Senado
 

Ui, que delícia!

UI, QUE DELÍCIA!

 
 













sexta-feira, 29 de abril de 2016


Fonte: Fiscosoft

ÍNDICES ECONÔMICOS D FINANCEIROS
Mês: 04/2016

Índice Período Valor
BTN+TR 04/2016 1,6224

Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 03/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 03/2016 1,6189
IGP-M FGV 03/2016 0,51
INCC-M 03/2016 0,7900
SELIC 03/2016 1,16
Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 02/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 02/2016 1,6173
CUB-SINDUSCON/SP 02/2016 0,05
ICV-DIEESE 02/2016 0,71
IGP-FGV 02/2016 0,79
IGP-M FGV 02/2016 1,29
INCC-DI 02/2016 0,54
INCC-M 02/2016 0,5200
INPC-IBGE 02/2016 0,95
IPC-FGV 02/2016 0,76
IPC-FIPE 02/2016 0,89
IPCA-IBGE 02/2016 0,90
SELIC 02/2016 1,00


quinta-feira, 28 de abril de 2016

PETISTAS TRAÇAM PLANO PARA 

DEIXAR GOVERNO TEMER "À MINGUA"


Em reunião nesta quarta-feira, 27, com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, deputados federais do PT traçaram uma estratégia de reação ao eventual governo de Michel Temer. A ordem do Palácio do Planalto é deixar o vice-presidente "à míngua", sem informações sobre a gestão, e acelerar os programas em andamento pela presidente Dilma Rousseff.

Com a certeza de que Dilma será afastada por até 180 dias no primeiro julgamento no plenário do Senado, que deve ocorrer em 11 de maio, o governo e o próprio PT já preparam os próximos passos do divórcio litigioso. Deputados disseram à reportagem, porém, que o PT desistiu de encampar agora a proposta de antecipação das eleições presidenciais, porque não pode partir da legenda a ideia de que é preciso encurtar o mandato de Dilma.

Um dos participantes da reunião desta quarta-feira - que contou com a presença de 45 dos 57 deputados petistas e ocorreu na sede do PT - afirmou, ainda, que não haverá "transição" de governo, com informações sobre cada pasta. "Transição é quando há um governo eleito, com legitimidade. Não é este o caso", argumentou o parlamentar.

No encontro, comandado pelo presidente do PT, Rui Falcão, deputados disseram que a ideia de propor a antecipação das eleições presidenciais deve partir da própria Dilma, como já afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula também conversou sobre esse cenário, nesta quarta-feira, com senadores contrários e favoráveis ao impeachment. Na lista estavam Lídice da Mata (PSB-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e João Capiberibe (PSB-AP), que votam para salvar Dilma, além de Wellington Fagundes (PR-MT), um dos vice-líderes do governo, que agora se posicionou a favor do afastamento da petista.

Na terça-feira, Lula já havia se reunido com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Apesar de apoiar novas eleições, Renan avalia que é muito difícil aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre isso no Congresso, neste momento. Em conversas reservadas, ele sugere um plebiscito em outubro, quando ocorrerão disputas para prefeitos, para que a população decida se quer antecipar as eleições. Uma PEC precisa ser votada em dois turnos em cada casa do Congresso e só é aprovada se obtiver três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49).

Na reunião com Berzoini e Falcão, deputados petistas disseram que será quase impossível aprovar um plano assim na Câmara presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A portas fechadas, houve críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não se posicionou sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República para afastar Cunha do cargo. O presidente da Câmara é réu em ação autorizada pelo Supremo, acusado de desviar recursos no esquema de corrupção da Petrobras, e enfrenta processo de cassação do mandato no Conselho de Ética da Câmara. 

Fonte: Isto É Dinheiro
  

ADUERN VISITA CAMPI 

DEBATENDO SITUAÇÃO DA

 UERN E CONJUNTURA NACIONAL


A Diretoria da ADUERN realiza, durante os próximos dias, um ciclo de viagens aos campi avançado discutindo uma série de medidas políticas que envolvem e influenciam a dinâmica nas instituições de ensino estaduais, ouvindo as demandas e propostas dos associados em todo o Estado.

Na noite de ontem, os diretores visitaram as cidades de Patu e Pau dos Ferros, onde puderam conversar com a categoria, ouvir demandas locais e discutir os temas propostos. Na manhã de hoje, o encontro foi com os professores(as) do Campus Avançado Walter de Sá Leitão, em Assú.

De acordo com Lemuel Rodrigues, presidente da ADUERN, o bate papo com os docentes enfocou o debate acerca do financiamento da União para os Estados e do Projeto de Lei 257/2016, além do Plano de Cargos e Salários (PCS) da categoria e do Projeto “Escola sem partido”,  de proposição do Deputado Federal  Izalci (PSDB/DF).

Lemuel explicou que a discussão sobre o financiamento da União para os Estados e a PL 257/2016, trata da renegociação das dívidas estaduais pelo Governo Federal, o que promove uma retirada de direitos dos trabalhadores(as) do serviço público estadual. Para ele, este é um debate extremamente pertinente para a categoria, que precisa ficar atenta ante os mais recentes ataques. O tema também será amplamente discutido na Reunião do Setor dos Docentes das IEES/IMES do ANDES-SN entre os dias 13 e 15 de maio em Palmas/TO.

Acerca do Plano de Cargos e Salários (PCS), a Diretoria apresentou o resultado de uma série de estudos que foram realizados sobre o documento por diretores e representantes do movimento docente. Os diretores puderam ouvir as propostas e contribuições da categoria em relação ao estudo.

Também foram discutidas as implicações para a categoria do projeto de lei popularmente conhecido como “Escola sem partido”, que impede que professores falem sobre política e temas considerados “transversais” (como gênero e sexualidade) em sala de aula.

CAICÓ E NATAL  – De acordo com a Diretoria, os Campi de Caicó e Natal devem receber a visita do Sindicato ainda no início do mês de maio, também para debater as pautas propostas. Os temas serão pauta para discussão com a categoria durante a assembleia extraordinária a ser realizada amanhã, a partir das 9 horas na ADUERN.

Fonte: Assessoria de Imprensa da ADUERN
Por Cláudio Palheta Jr. 
 

EXPOFRUIT PRETENDER MOVIMENTAR 

CERCA DE 40 MILHÕES EM 2016


Foi lançada na tarde desta quarta-feira a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada – Expofruit.

A feira que completa 20 anos foi lançada em na sede do Sebrae, em Mossoró e será realizada no período de 21 a 23 de setembro, na Ufersa, em Mossoró.

Segundo estimativa dos organizadores a feira deverá movimentar aproximadamente 15 mil pessoas e uma média de R$ 40 milhões em negócios.

Durante o lançamento foi apresentado o histórico dos vinte anos do evento e todos os benefícios que a feira trouxe para a produção local e para a região. Na oportunidade foi apresentada a campanha publicitária da feira que este ano que terá como tema “Mais Longevidade para você e seus Negócios”.

Para esta edição os organizadores da Expofruit estão procurando mais uma vez inovar e buscar novas tecnologias, produtos e serviços para a fruticultura e acreditam no sucesso na realização do evento.

“Temos uma expectativa muito grande em relação a feira e já temos bastante procura com relação aos estandes. O setor, no ano passado, aumentou as exportações, o que significa que a cadeia produtiva está bastante satisfeita e positiva. Todo o elo de produção conseguiu aumentar as vendas do nosso setor. Prevemos que a feira consiga atingir seus objetivos e integre os membros da cadeia produtiva, amplie os negócios e mostre a importância do setor para a região de Mossoró e para o Rio Grande do Norte”, afirma Luiz Roberto Barcelos, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex).

ESTANDES

Até o momento foram comercializados 50% dos estandes, dos 300 estandes distribuídos em um espaço de 15 mil m2, que compõe a estrutura da feira. Cada stand possui 12 m2 e está disponível por R$ 2.800. De acordo com o diretor comercial da Expofruit, João Manoel, “o momento tem sido de crescimento para o setor com um aumento no consumo de frutas por parte da população no mundo inteiro. Esse é um dos motivos que nos faz acreditar que vamos retomar a feira com muito sucesso e grande participação de várias empresas ligadas a nossa cadeia produtiva”, explica.

Os interessados devem entrar em contato com João Manoel Silveira pelos telefones (84) 3312.6939/99950-7931 e 98812-6445 e pelo e-mail: expofruit@gmail.com.

SEGMENTO EMPREGA CERCA
 DE 10 MIL PESSOAS NA REGIÃO

Atualmente, o setor emprega diretamente 10 mil pessoas na região de forma direta e mais 50 mil postos de trabalho são beneficiados de forma indireta, o melão continua sendo o carro-chefe da produção frutícola da região seguido por melancia, mamão e banana.

Os frutos são destinados ao consumo interno e a exportação principalmente para países da Comunidade Europeia como: Inglaterra, Holanda, Espanha, entre outros. Somente em 2015 a produção e exportação de frutas geraram um volume de negócios de mais de US$ 98 milhões para o Rio Grande do Norte. Além de que também beneficiaram a população por meio da contribuição em impostos aos governos municipal, estadual e federal.

Um importante fator que contribui para a boa aceitação do melão mossoroense no mercado externo é o reconhecimento da qualidade da fruta produzida na região, que desde 2013 conta com selo de Indicação Geográfica de Origem, reconhecido mundialmente como indicativo de qualidade. A certificação foi concedida após cinco anos de aprimoramento da fruta produzida na região.

Fonte: O Mossoroense Online
Por Márcio Costa
  

CÂMBIO E OURO

I-Dólar:
Comercial
DIA Compra Venda
19/04
20/04
22/04

R$ 3,527
R$ 3,531
R$ 3,569

R$ 3,528
R$ 3,532
R$ 3,570

Fonte: UOL
II-Euro:

DIA Compra Venda
19/04
20/04
22/04

R$ 4,007
R$ 3,900
R$ 4,005

R$ 4,012
R$ 3,990
R$ 4,007

Fonte: UOL
III-Ouro:

DIA Compra
19/04
20/04
22/04

R$ 140,41
R$ 142,07
R$ 141,90

Fonte: BOVESPA
 
 
 REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:

ÍNDICES ACUMULADO % ATÉ MARÇO/ 16
FIPE
IGP-DI
IPC-FIPE
IPCA (IBGE)
INPC (IBGE)
ICV-DIEESE
1,1156
1,1107
1,1073
1,0939
1,0991
1,0931
Fonte: Folha Online
a) Acumulado até novembro reajusta aluguéis e contratos a partir de

 dezembro, para pagamento em janeiro/16.
b) Acumulado até dezembro reajusta a partir de janeiro/16, para 

pagamento em fevereiro/16.


 POUPANÇA/DIA –ABRIL

Período
Poupança (1)
Poupança (2)
03/04 a 03/05
04/04 a 04/05
05/04 a 05/05
06/04 a 06/05
07/04 a 07/05
08/04 a 08/05
09/04 a 09/05
10/04 a 10/05
11/04 a 11/05
12/04 a 12/05
13/04 a 13/05
14/04 a 14/05
15/04 a 15/05
16/04 a 16/05
17/04 a 17/05
18/04 a 18/05
19/04 a 19/05
0,6293%
0,6675%
0,6869%
0,6697%
0,6931%
0,6300%
0,5974%
0,6268%
0,6630%
0,6774%
0,6760%
0,6876%
0,6346%
0,6027%
0,6326%
0,6701%
0,6919%
0,6293%
0,6675%
0,6869%
0,6697%
0,6931%
0,6300%
0,5974%
0,6268%
0,6630%
0,6774%
0,6760%
0,6876%
0,6346%
0,6027%
0,6326%
0,6701%
0,6919%
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
 
 
 INDICADORES/MÊS


jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Ano 12 meses
Poupança antiga (1)
Poupança (2)
TR*
TJLP
FGTS (3)
SELIC - Déb Fed (4)
UPC ***
Salário Mínimo
Salário Mínimo SP (5)
UFIR (6)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(R$)
(R$)
(R$)

0,6327%
0,6327%
0,1320
0,62
0,3790
1,06
22,95
880,00
905,00

0,5962%
0,5962%
0,0957
0,58
0,3426
1,00
22,95
880,00
905,00

0,7169
0,7169
0,2168
0,62
0,4640
1,16
22,95
880,00
905,00
---

0,7179
0,7179
0,2168
0,60
0,3773
1,06
23,05
880,00
905,00
---
1,96
1,96
0,45
2,46
1,57
4,35
0,96
11,68
---
---
8,30
8,30
2,01
6,99
5,09
13,86
1,99
11,68
---
---
* TR – Taxa Referencial; ** Débitos Federais; *** Unidade Padrão de Capital; (1) Rendimento no 1º dia do mês seguinte, para depósitos até 03/05/12; (2) Rendimento no primeiro dia do mês seguinte para depósitos a partir de 04/05/2012 – MP nº 567, de 03/05/2012. (3) Crédito no dia 10 do mês seguinte (TR + juros de 3 % ao ano). (4) Juro pela Taxa Selic para pagamentos de débitos federais em atraso – no mês do pagamento, a taxa é de 1%; (5) São duas faixas salariais mínimas, com vigência a partir deste mês: R$ 905 (para domésticos, agropecuários, ascensoristas, motoboys) e R$ 920 (para operadores de máquinas, carteiros, cabeleireiros, trabalhadores de turismo, telemarketing); (6) Extinta pela Medida Provisória nº 1973/67, de 27/10/00 – último valor: R$ 1,0641; BTN + TR cheia – suprimido por ser título extinto pela Lei nº 8.177, de 01/03/1991, embora ainda existam alguns em circulação.
Fonte: Folha Online, Valor Econômico 
 
 
 INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA ATUALIZADA
 ABRIL/2016

ÍNDICES
jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,58
0,62
0,59
0,95
0,85
0,86
0,58
0,61
0,53
0,55
0,69
0,73
0,60
0,66
0,26
0,25
0,22
0,43
0,06
0,56
0,79
0,40
0,44
0,22
0,59
0,28
0,20
0,24
0,80
-0,04
0,51
0,54
0,39
0,48
0,66
0,85
1,42
2,02
0,42
0,22
0,95
1,30
0,32
0,22
0,19
0,77
0,82
0,66
0,78
0,88
0,99
1,76
2,38
0,76
0,36
1,89
2,63
0,64
0,27
-0,02
1,11
1,01
0,85
1,02
1,06
0,92
1,19
1,41
1,00
0,34
1,52
1,93
0,90
0,40
0,02


dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 12meses
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,90
0,96
1,18
0,77
0,82
0,66
0,44
0,33
0,88
0,10
0,49
0,39
0,92
0,12
0,18

1,51
1,27
0,92
1,80
1,37
1,50
1,53
1,63
1,78
0,39
1,14
1,14
1,48
0,32
0,44
0,95
0,90
1,42
0,71
0,89
0,92
0,79
0,84
0,76
0,54
1,29
1,45
1,19
0,52
0,05
0,44
0,43
0,43
0,44
0,97
0,64
0,43
0,37
0,50
0,64
0,51
0,44
0,58
0,79
0,01
9,91
9,39
9,95
9,31
10,73
10,29
11,07
12,38
9,37
7,18
11,56
13,03
9,51
7,30
4,77
Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas
 
 


quarta-feira, 27 de abril de 2016

MIOPIA E IRRESPONSABILIDADE
Em respeito aos meus eventuais leitores, peço permissão a CartaCapital, que me honra com este espaço desde o seu primeiro número, para lembrá-los de que no leilão da Hidrelétrica de Belo Monte, em abril de 2010, haveria um único concorrente. Trabalhei para ajudar a promover um segundo consórcio para que ele fosse mais transparente, competitivo e vencesse o menor preço, o que daria maior eficiência ao projeto. Foi o que de fato aconteceu. Recebi honorários por serviço prestado, materialmente comprovado pelo resultado do leilão, através de contratos registrados e impostos devidamente recolhidos.

A situação política e econômica nacional atingiu o seu paroxismo. Ao processo de impeachment em curso, falta a clareza para convencer os espíritos que incorporam como valor importante o respeito aos fatos. Se alguém for à magnífica biblioteca da Câmara e separar ao acaso os livros de dois eminentes juristas, há uma alta probabilidade de que o livro escolhido à sua direita afirme, convictamente, que as razões para o impeachment são óbvias: logo, é supérfluo procurá-las! Afinal, é preciso pedir mais evidência diante do “resultado geral da obra”? Se, entretanto, o escolhido for o da sua esquerda, provavelmente negará com a mesma convicção seus fundamentos: a mera má avaliação da presidenta não justifica, obviamente, a sua cassação. A tristeza é que o debate atingiu um tal nível de miopia e irresponsabilidade que congelou governo e oposição numa disputa suicida.

O verdadeiro problema nacional, que a desastrada paixão de ambos tem se recusado a enfrentar, é o do restabelecimento, com medidas constitucionais, das boas políticas sociais e econômicas que deram certo nos países hoje democráticos e desenvolvidos. Trata-se de garantir o equilíbrio fiscal estrutural, a partir do qual o governo adquire o seu papel fundamental: o espaço e a capacidade de administrar com inteligência o nível de emprego da economia, sem destruir o equilíbrio interno, o controle da taxa de inflação, e o externo, a taxa de câmbio que garante o financiamento do déficit em conta corrente no longo prazo com taxa de juros real parecida com a dos seus parceiros internacionais.

Temos insistido, nesta coluna, que a boa administração da relação dívida pública bruta/PIB é muito importante. Em certa medida, determina tanto a política fiscal adequada (o déficit orçamentário e o superávit primário) quanto a monetária (a taxa de juros que, nas condições institucionais vigentes, é necessária para induzir a sociedade a absorver o aumento da dívida bruta). Talvez valha a pena insistir sobre quatro pontos: 1. A alguns economistas dão um peso maior do que outros à evolução da relação dívida/PIB no médio prazo. 2. Um ajuste fiscal de curto prazo sem a perspectiva de crescimento do PIB tem um custo social muito elevado e é muito difícil de ser sustentado politicamente. 3. Logo, é preciso combinar o ajuste fiscal de curto prazo, respeitado o fato de que a economia já está operando muito abaixo do seu potencial, com medidas que protejam a capacidade de investimento do setor público e o “espírito animal” do setor privado. 4. É preciso reconhecer que os mais fortes vetores do crescimento são os investimentos, público e privado, que hoje vão muito mal, e o aumento da exportação, que já está respondendo à correção da taxa cambial.

Talvez seja redundante, mas é preciso dizer que a dívida pública tem um papel mais importante do que parece a quem não teve tempo de dedicar-lhe atenção mais cuidadosa e crê que pode compará-la, em seus efeitos, à dívida privada.

O governo, pelo menos na teoria, tem vida infinita, e com algum cuidado pode estabilizar sua dívida com relação ao PIB, que é o que interessa. Isso significa que, de fato, ele nunca terá de pagá-la. Basta que observe a relação entre a taxa de crescimento real do PIB e a taxa de juros real e... tenha algum juízo! Quando a dívida é externa, a situação é muito diferente. Os juros pagos são uma transferência de renda para o credor externo e reduzem a renda interna. É por isso que devemos usá-la apenas para investimento e quando a taxa de juro real for menor do que seu retorno.

Nunca o Brasil precisou tanto quanto hoje da recuperação do juízo do governo e da oposição!

Fonte: CartaCapital
Por Delfim Netto