sexta-feira, 29 de julho de 2016


Indicadores e índices econômicos - 29/07/2016

CÂMBIO E OURO

I-Dólar:
Comercial
DIA Compra Venda
21/07
22/07
25/07

R$ 3,281
R$ 3,257
R$ 3,291

R$ 3,282
R$ 3,258
R$ 3,294

Fonte: UOL
II-Euro:

DIA Compra Venda
21/07
22/07
25/07

R$ 3,615
R$ 3,575
R$ 3,615

R$ 3,618
R$ 3,581
R$ 3,619

Fonte: UOL
III-Ouro:

DIA Compra
21/07
22/07
25/07

R$ 137,95
R$ 138,05
R$ 138,25

Fonte: BOVESPA
 
 
 REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:

ÍNDICES ACUMULADO % ATÉ JULHO/ 16
IGP-M (FGV)
IGP-DI (FGV)
IPC-FIPE
IPCA (IBGE)
INPC (IBGE)
ICV-DIEESE
1,1221
1,1232
1,1018
------
------
1,0905
Fonte: O Estado de S. Paulo
Fatores válidos para contratos cujo último reajuste ocorreu há um ano.
Multiplique o valor pelo fator.



 POUPANÇA/DIA –JULHO

Período
Poupança (1)
Poupança (2)
01/07 a 01/08
02/07 a 02/08
03/07 a 03/08
04/07 a 04/08
05/07 a 05/08
06/07 a 06/08
07/07 a 07/08
08/07 a 08/08
09/07 a 09/08
10/07 a 10/08
11/07 a 11/08
12/07 a 12/08
13/07 a 13/08
14/07 a 14/08
15/07 a 15/08
16/07 a 16/08
17/07 a 17/08
18/07 a 18/08
19/07 a 19/08
20/07 a 20/08
0,6629%
0,6639%
0,6933%
0,7228%
0,7537%
0,7413%
0,7088%
0,6944%
0,6698%
0,6995%
0,7470%
0,7315%
0,7148%
0,7208%
0,6896%
0,6859%
0,7140%
0,7370%
0,7412%
0,7535%
0,6629%
0,6639%
0,6933%
0,7228%
0,7537%
0,7413%
0,7088%
0,6944%
0,6698%
0,6995%
0,7470%
0,7315%
0,7148%
0,7208%
0,6896%
0,6859%
0,7140%
0,7370%
0,7412%
0,7535%
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
 
 
 INDICADORES/MÊS


abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 Ano 12 meses
Poupança antiga (1)
Poupança (2)
TR*
TJLP
FGTS (3)
SELIC - Déb Fed (4)
UPC ***
Salário Mínimo
Salário Mínimo SP (5)
UFIR (6)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(R$)
(R$)
(R$)

0,7179
0,7179
0,2168
0,60
0,3773
1,06
23,05
880,00
905,00
---
0,6541%
0,6541%
0,1533
0,62
0,4003
1,11
23,05
880,00
1.000,00
---
0,7053%
0,7053%
0,2043
0,60
0,4514
1,16
23,05
880,00
1.000,00
---
0,6629
0,6629
0,1621
0,62
0,4091
1,11
23,16
880,00
1.000,00
4,69
4,69
1,10
4,37
2,86
7,91
1,45
11,68
---
---
8,32
8,32
2,03
7,33
5,09
14,03
2,07
11,68
---
---

* TR – Taxa Referencial; ** Débitos Federais; *** Unidade Padrão de Capital; (1) Rendimento no 1º dia do mês seguinte, para depósitos até 03/05/12; (2) Rendimento no primeiro dia do mês seguinte para depósitos a partir de 04/05/2012 – MP nº 567, de 03/05/2012. (3) Crédito no dia 10 do mês seguinte (TR + juros de 3 % ao ano). (4) Juro pela Taxa Selic para pagamentos de débitos federais em atraso – no mês do pagamento, a taxa é de 1%; (5) São duas faixas salariais mínimas, com vigência a partir deste mês: R$ 905 (para domésticos, agropecuários, ascensoristas, motoboys) e R$ 920 (para operadores de máquinas, carteiros, cabeleireiros, trabalhadores de turismo, telemarketing); (6) Extinta pela Medida Provisória nº 1973/67, de 27/10/00 – último valor: R$ 1,0641; BTN + TR cheia – suprimido por ser título extinto pela Lei nº 8.177, de 01/03/1991, embora ainda existam alguns em circulação.
Fonte: Folha Online, Valor Econômico 
 
 
 INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA ATUALIZADA
JUNHO/ 2016

ÍNDICES
out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,77
0,82
0,66
0,78
0,88
0,99
1,76
2,38
0,76
0,36
1,89
2,63
0,64
0,27
-0,02
1,11
1,01
0,85
1,02
1,06
0,92
1,19
1,41
1,00
0,34
1,52
1,93
0,90
0,40
0,02
0,90
0,96
1,18
0,77
0,82
0,66
0,44
0,33
0,88
0,10
0,49
0,39
0,92
0,12
0,18
1,51
1,27
0,92
1,80
1,37
1,50
1,53
1,63
1,78
0,39
1,14
1,14
1,48
0,32
0,44
0,95
0,90
1,42
0,71
0,89
0,92
0,79
0,84
0,76
0,54
1,29
1,45
1,19
0,52
0,05


mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 12meses
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,44
0,43
0,43
0,44
0,97
0,64
0,43
0,37
0,50
0,64
0,51
0,44
0,58
0,79
0,01
0,64
0,61
0,51
0,57
0,46
0,41
0,36
0,29
0,49
0,55
0,33
0,29
0,39
0,41
0,12
0,98
0,78
0,86
0,67
0,57
0,30
1,13
1,49
0,64
0,08
0,82
0,98
0,65
0,19
0,03
0,47
0,35
0,40
0,45
0,65
0,33
1,63
2,10
0,26
1,93
1,69
2,21
0,33
1,52
3,18
9,49
8,84
8,98
9,05
10,18
9,56
12,32
14,79
8,54
6,46
12,21
14,55
8,55
6,40
2,42
Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas
 

quinta-feira, 28 de julho de 2016


ARRECADAÇÃO CAI 7,33% NO 

PRIMEIRO SEMESTRE, 

DIZ RECEITA FEDERAL


A arrecadação federal de impostos e contribuições federais somou R$ 617,257 bilhões no primeiro semestre, com queda real de 7,33% na comparação com o mesmo período do ano passado, descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para estabelecer as metas.

“O resultado da arrecadação de 2016 do primeiro semestre de 2016 foi menor do que o resultado da arrecadação verificado no mesmo período de 2015 por causa da atividade econômica e da forte retração da atividade econômica. Atualmente, os níveis de emprego, a queda do consumo e a queda da produção industrial estão refletindo no resultado da arrecadação”, disse Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal.

Em junho, o governo federal arrecadou R$ 98,129 bilhões em impostos e contribuições. O total representa queda real de 7,14 % em relação ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados, hoje (28), pela Receita Federal, Foi o pior resultado para junho desde 2010.

O resultado da arrecadação decorreu, principalmente, do desempenho da economia, evidenciado pelo comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetaram diretamente a arrecadação de diversos tributos, destaca a Receita Federal.

Cofins e PIS/Pasep

Segundo a Receita, entre os principais fatores que influenciaram a arrecadação em junho está a queda da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição para o PIS/Pasep, com redução real de 8,45%. PIS/Pasep é a sigla do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), que são contribuições sociais devida pelas empresas. O resultado sofreu o efeito da diminuição de 10,20% no volume de vendas de bens. Houve ainda redução no Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados vinculados à importação com queda de 28,38% em razão da redução no valor em dólar da importação.

No caso das receitas previdenciárias, a arrecadação registrou queda real de 3,14% no período. A arrecadação sofreu o efeito ainda da queda do Imposto de Renda-Pessoa Jurídica (IRPJ), com decréscimo de 7,58%.

“A retomada da arrecadação virá com a recuperação do nível de emprego, consequentemente com o nível de renda das famílias e a retomada do consumo”, disse Claudemir Malaquias. Para ele, indicadores permitem que a Receita Federal observe sinais melhores do que os projetos inicialmente para a arrecadação. “Nós tínhamos um resultado no início do ano previsto para o final do ano negativo [que era] maior do que os que estamos tendo hoje”, disse.

Fonte: Agência Brasil
Por Daniel Lima
 Edição: Kleber Sampaio
 

ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS
Mês: 07/2016

Índice Período Valor
INCC-M 07/2016 1,0900

Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 06/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 06/2016 1,6873
CUB-SINDUSCON/SP 06/2016 3,18
ICV-DIEESE 06/2016 0,45
IGP-FGV 06/2016 1,63
IGP-M FGV 06/2016 1,69
INCC-DI 06/2016 1,93
INCC-M 06/2016 1,5200
INPC-IBGE 06/2016 0,47
IPC-FGV 06/2016 0,26
IPC-FIPE 06/2016 0,65
IPCA-IBGE 06/2016 0,35
SELIC 06/2016 1,16
Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 05/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 05/2016 1,6839
CUB-SINDUSCON/SP 05/2016 0,03
ICV-DIEESE 05/2016 0,67
IGP-FGV 05/2016 1,13
IGP-M FGV 05/2016 0,82
INCC-DI 05/2016 0,08
INCC-M 05/2016 0,1900
INPC-IBGE 05/2016 0,98
IPC-FGV 05/2016 0,64
IPC-FIPE 05/2016 0,57
IPCA-IBGE 05/2016 0,78
SELIC 05/2016 1,11


terça-feira, 26 de julho de 2016

ALTAMIRO BORGES: CUNHA AMEAÇA 

"DERRUBAR" TEMER. FEDEU!


“Um interlocutor de Eduardo Cunha saiu apavorado de uma conversa recente com o político. Bem ao seu estilo, em que recobre a megalomania com tonitruâncias, o ex-presidente da Câmara soltou uma ameaça retumbante: ‘Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil’”, relata o jornalista Maurício Lima. Após chefiar a “assembleia dos bandidos” que detonou a queda de Dilma, o correntista suíço agora ameaça derrubar o aliado que ajudou a tomar de assalto o Palácio do Planalto. O covil golpista está em pânico!

O motivo da “ameaça retumbante” já é conhecido. Eduardo Cunha se acha traído pelo Judas Michael Temer. Após ter liderado o “golpe dos corruptos”, ele considera que simplesmente foi descartado como bagaço pelo usurpador. Na alcova, em pleno sábado à noite, ele até tentou um acordo com o interino. Prometeu renunciar ao cargo de presidente da Câmara Federal para manter seu mandato de deputado federal e evitar a prisão. Especula-se que na ocasião o achacador até fez ameaças ao seu ex-aliado. A negociata, porém, parece que desandou. O resultado da eleição para a Presidência da Câmara, com a vitória do demo Rodrigo Maia, fez soar o sinal de alerta. O capacho de Eduardo Cunha na disputa, o tal de Rogério Rosso (PSD-DF), foi tratorado sem dó nem piedade pelo Palácio do Planalto.

Derrota humilhante na Câmara Federal

Segundo reportagem da Folha, publicada em 17 de junho, o resultado da votação irritou o jagunço. “A falta de respaldo do presidente interino, Michel Temer, à candidatura de Rogério Rosso na reta final da disputa pelo comando da Câmara causou fúria no ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e no ‘centrão’, bloco que agrega partidos pequenos e médios e do qual Rosso faz parte... Cunha disse a aliados, em conversas nos últimos três dias, que se sentiu ‘traído’ e ‘abandonado’ por Temer, enquanto deputados do ‘centrão’ afirmaram à reportagem que pode haver retaliação ao governo em votações”.

Já como presidente eleito, o demo Rodrigo Maia ainda humilhou o seu ex-aliado. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ele afirmou que sua cassação no plenário era inevitável e até fixou a data do abate: “A votação deverá ocorrer na segunda semana de agosto”. A mesa da Câmara também determinou o fim de todas as mordomias do ex-presidente – como carros e seguranças – e a entrega da sua luxuosa residência oficial, que oneravam os cofres públicos em quase R$ 500 mil ao mês. A medida foi vista como uma facada desfechada por deputados que foram financiados em suas campanhas pelo próprio Eduardo Cunha – fala-se em 120 eleitos com o apoio do lobista.

Nos dias seguintes à votação, as coisas só se agravaram. A Justiça Federal de São Paulo suspendeu o passaporte diplomático do seu filho, Felipe Dytz da Cunha. A regalia era um absurdo, já que o rapaz é dono de quatro empresas – o Itamaraty fixa que só filhos e enteados que não exerçam atividades remuneradas sejam considerados dependentes. A decisão foi encarada como represália pelo vingativo lobista. Para piorar o clima, a Procuradoria Geral da República anunciou que até aceitaria o acordo de delação premiada de Eduardo Cunha, mas com uma condição: a de que ele cumpra alguns anos de prisão em regime fechado. A sensação do lobista é de que o cerco está se fechando!

“Uma granada na mão”

Diante da iminência de ser cassado e até preso – juntamente com sua esposa e filha –, o correntista suíço parece que está decidido a entregar todos os bandidos, a começar do chefe Michel Temer. Como argumentou a jornalista Natuza Nery, em matéria publicada na Folha no sábado (23), ele já não tem outra saída... “Se perder seu mandato em agosto, ele fica com uma granada na mão. Restará lançar o artefato longe – no colo de outros? – para não ser detonado”. E os estragos serão imensos, podendo encurtar de vez o mandato ilegítimo do usurpador Michel Temer. A jornalista é enfática:

“Eduardo Cunha sabe muito. Em seus 17 meses de domínio (e até mesmo antes de se tornar o mais poderoso presidente da Câmara da história recente), esteve no centro de todas as decisões da Casa. Negociava com banqueiros, industriais, gente graúda do PIB. Pautava tudo que era matéria tributária e distribuía favores a parlamentares. Mandava no PMDB da Câmara, intermediava financiamento de campanha para partidos e aliados. Segundo o jornal O Globo, ele chegou a promover encontros de Temer com o empreiteiro Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez. Poderia esclarecer o que motivou a reunião e sobre o que se discutiu ali – até para que não paire dúvida sobre a conduta de ninguém... Abrir o verbo é também uma forma de se redimir do que a Lava Jato lhe imputa. Talvez já esteja chegando a hora de começar a piscar para alguém, quebrar o silêncio. Fala, Eduardo Cunha”.

Caso o achacador resolva, de fato, abrir o bico, o covil golpista de Michel Temer poderá implodir em poucos minutos. A edição da revista CartaCapital desta semana traz uma consistente reportagem do jornalista André Barrocal que indica que Eduardo Cunha teria gravado conversas com o usurpador do Palácio do Planalto. O suposto grampo reuniria os segredos sobre as parcerias entre os dois no setor portuário. Ambos teriam atuado para mudar a Lei dos Portos e favorecer o Grupo Libra, que doou R$ 1 milhão para a campanha eleitoral do Michel Temer. Haja tique nervoso!

Fonte: Blog de Altamiro Borges
Por Altamiro Borges*

*É jornalista, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, membro do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) 
  

POR QUE BREXIT?

O Brexit, a saída do Reino Unido da Comunidade Europeia, foi, em larga medida, consequência da decisão de um líder medíocre e inseguro. Encerra duas lições políticas de grande importância. A primeira é que decisões oportunistas no curto prazo costumam gerar consequências desastrosas no longo prazo.

A vitória do Partido Conservador, chefiado por David Cameron, em janeiro de 2013, foi obtida com o apoio de poderosas forças que já lutavam para a saída do Reino Unido da Comunidade Europeia. Para cooptá-las, Cameron fez uma promessa imprudente: se reeleito, proporia um referendo para atendê-las.

A segunda lição é que, nos sistemas democráticos, decisões de amplo espectro não devem ser sujeitas à vontade de maiorias eventuais. Precisam ser confirmadas por maiorias estáveis e significativas, por exemplo dois terços dos eleitores, ou dois escrutínios majoritários separados por um tempo razoável em que novos esclarecimentos permitam o “arrependimento”.

Não é nossa intenção discutir neste “suelto” as vantagens políticas da Comunidade Europeia, que elas saltam aos olhos, ou os problemas econômicos que ela esconde por não se assumir como uma verdadeira federação.

Há uma crescente desilusão europeia com a promessa de que a política monetária do seu Banco Central, coordenada com as dos bancos centrais e as políticas fiscais dos países membros, produziria mais crescimento, mais emprego e mais igualdade, além de um claro movimento de convergência de renda.

Isso é impossível sem a criação de uma verdadeira integração política. Depois de perderem as suas moedas, os países agora sentem que foram metidos em uma camisa de força equivalente à do padrão-ouro, que terminou, mas não por falta de ouro.

É claro que, desde o início dos anos 1960 do século passado, todos conhecem a “trindade impossível” (Fleming-Mundell), ou seja, que não é possível ter, ao mesmo tempo, uma política monetária autônoma, mobilidade de capitais e uma taxa de câmbio fixa.

A competente Hélène Rey (Dilema Not a Trilema, 2013) simplificou. Demonstrou com clareza que uma política monetária independente, voltada para o interesse nacional, não pode ser exercida sem uma intervenção direta ou indireta na liberdade de movimento de capitais.

O mal-estar crescente dos membros da Comunidade é visível nas pesquisas sistemáticas de opinião feitas regularmente pelo PewResearch. A tabela abaixo revela a resposta à pergunta “Sua opinião é favorável à Comunidade Europeia?”, feita a cada primavera desde 2004, em porcentagem.

O que realmente nos interessa é como esse intrigante experimento crítico, o Brexit, rejeitará uma das duas escolas de economistas, a que lhe deu suporte, comandada pelo professor Patrick Minford, ou a dos que a condenaram, retratadas nas expectativas de crescimento do Reino Unido reveladas no gráfico abaixo.

No passado, Minford desmoralizou um “manifesto” de 300 economistas liberais que afirmavam que a política econômica de Margaret Thatcher seria um fracasso! Lá, como hoje, as recomendações de cada economista dependem muito de sua ideologia.

Minford não se limitou a recomendar o Exit. Propôs ao Reino Unido, com hipóteses extravagantes diante dos mais recentes avanços da teoria, eliminar, unilateralmente, todo o sistema de tarifas de importação.

Outro importante economista a favor do Brexit é o editor do jornal The Telegraph, Ambrose Evans-Pritchard, mas por motivos completamente diferentes. Ele nos diz: “Trata-se de decidir se vamos restabelecer nosso próprio governo ou continuar a viver sob um regime supranacional, dirigido pelo Conselho Europeu, que, sob qualquer sentido, não elegemos e que nunca poderemos remover, mesmo quando persiste no erro” (13/6/2016). 

Fonte: CartaCapital
Por Delfim Netto
 

EM ENTREVISTA DILMA DIZ QUE NÃO 

PARTICIPARÁ DA RIO 2016 EM

 "POSIÇÃO SECUNDÁRIA"


A presidenta afastada Dilma Rousseff disse hoje (25) que não pretende participar dos eventos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em uma “posição secundária”. Em entrevista à Rádio França Internacional, Dilma afirmou que o evento tem condições de ocorrer de forma tranquila, principalmente se forem seguidos os procedimentos que já haviam sido estabelecidos na sua gestão, como na área de saúde e segurança dentro dos equipamentos onde acontecerão os jogos.

“Eu não pretendo participar da Olimpíada em uma posição secundária, porque ela é fruto de um grande trabalho do ex-presidente Lula e do grande esforço do governo federal, que viabilizou a estrutura do Parque Olímpico e da Vila Deodoro”, disse Dilma.

Sobre a preocupação com atentados terroristas durante os jogos, a presidenta afastada disse que o Brasil manteve contato com unidades de inteligência de vários países com o objetivo de afastar esses conflitos.

Cenário político

Dilma foi afastada da Presidência da República por 180 dias, no dia 12 de maio, após o Senado Federal aprovar a admissibilidade do processo de impeachment. À Rádio França Internacional, ela disse que “o sistema político brasileiro entrou em colapso por vários motivos”, sendo um deles a sessão da Câmara dos Deputados do dia 17 de abril quando, segundo ela, “parlamentares corruptos" proferiram votos contra a corrupção. “A hipocrisia levada ao mais alto grau”, disse, sobre a sessão de votação de abertura do processo de impeachment na Casa.

Para ela, a descrença da população atinge a política em geral e não apenas aqueles políticos que devem ser atingidos, à medida em que as pessoas igualam os políticos que têm práticas antiéticas e de corrupção. “Então, essa atividade que é fundamental na democracia passa a ser objeto de um processo de desqualificação, de descaracterização e as pessoas passam a não querer saber de política”, disse.

Há ainda, segundo Dilma, um grande surto de misoginia no Brasil e um componente sexista no seu afastamento da Presidência da República. Apesar disso, para ela, as mulheres vieram para ficar no cenário político nacional quando a primeira mulher presidenta foi reeleita com 54,5 milhões de votos.

Impeachment

Dilma voltou a afirmar que não autorizou pagamento de caixa 2 na sua campanha à presidência. Na semana passada, o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, disseram que receberam pagamento no exterior referente a uma dívida de campanha do PT nas eleições de 2010. Segundo Dilma, entretanto, eles se referem a episódios que ocorreram dois anos depois de dissolvido o comitê financeiro e encerrada a campanha.

Ela explica, entretanto, que as acusações que levaram à abertura do processo de impeachment referem-se às chamadas pedaladas fiscais, a transferência de recursos do orçamento para o Plano Safra, e aos decretos de crédito suplementar. Segundo Dilma, a própria perícia do Senado mostrou que não há sua autoria no caso das pedaladas e não há dolo na edição dos decretos.

“É uma alegação, porque eles não tinham outro elemento para me acusar e todas as questões relativas a qualquer investigação no Brasil não apresentam base para me acusar. Estou sendo julgada por um não-crime”, disse, afirmando que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal caso seja aprovado seu impeachment.

Fonte: Agência Brasil
Por Andreia Verdélio
Edição: Maria Claudia
  

Fonte: Fiscosoft

ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS
Mês: 07/2016

Índice Período Valor
BTN+TR 07/2016 1,6900

Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 06/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 06/2016 1,6873
IGP-M FGV 06/2016 1,69
INCC-M 06/2016 1,5200
IPC-FIPE 06/2016 0,65
SELIC 06/2016 1,16
Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 05/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 05/2016 1,6839
CUB-SINDUSCON/SP 05/2016 0,03
ICV-DIEESE 05/2016 0,67
IGP-FGV 05/2016 1,13
IGP-M FGV 05/2016 0,82
INCC-DI 05/2016 0,08
INCC-M 05/2016 0,1900
INPC-IBGE 05/2016 0,98
IPC-FGV 05/2016 0,64
IPC-FIPE 05/2016 0,57
IPCA-IBGE 05/2016 0,78
SELIC 05/2016 1,11

segunda-feira, 25 de julho de 2016


CARLOS EDUARDO ESCOLHERÁ

 ENTRE HERMANO MORAIS E 

ÁLVARO DIAS PARA VICE


A tentativa do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), de afastar os deputados estaduais Hermano Morais (PMDB) e Álvaro Dias (PMDB) da postulação da vaga de vice em sua chapa não funcionou.

Apesar de o pedetista ter anunciado que não pretende renunciar ao mandato para ser candidato ao governo em 2018, os dois parlamentares se mantiveram firmes na disputa pela indicação do partido, deixando pra trás Marcelo Queiroz, o nome preferido do prefeito.

Em conversas no final de semana, o PMDB decidiu indicar Hermano e Álvaro para a vaga. Caberá a Carlos Eduardo decidir entre os dois. O anúncio oficial do nome que o prefeito chancelará sairá nesta semana.

A favor de Hermano conta o fato de o peemedebista ter em Natal o seu maior reduto eleitoral, sendo o nome do partido que mais agrega votos à chapa. Contra ele, pesa o fato de o parlamentar ter disputado  a última eleição com o prefeito, conhecido por guardar rancor.

Já favorável ao nome de Álvaro, existe a ligação do deputado com o gestor da capital. Dias chegou a ser vice de Carlos Eduardo nas eleições de 2010, quando a candidatura do pedetista ao governo era de terceira via, com pequenas chances de sucesso. A parte negativa é que o nome dele não agrega votos na capital.

Fonte: Portal no Ar
Por Allan Darlyson