quinta-feira, 31 de março de 2016

  BC PREVÊ QUEDA DE 3,5% NO PIB

 E INFLAÇÃO DE 6,6% EM 2016


O Banco Central calcula que a economia brasileira irá encolher 3,5% e a inflação chegará a 6,6% neste ano, de acordo com o relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quinta-feira (31). A projeção é pior do que a divulgada no relatório anterior, em dezembro, quando o BC falava em encolhimento de 1,9% da economia e inflação de 6,2%.

Para o ano que vem, a projeção do BC é de que a inflação chegue a 4,9%, também pior do que a expectativa anterior, de 4,8%. O BC mostrou ainda que vê a inflação a 4,5% no primeiro trimestre de 2018.

Esta é a primeira vez que o Banco Central reconheceu que a inflação de 2016 vai estourar o teto da meta. Em 2016, o objetivo do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (na prática, variando entre 2,5% e 6,5%). Para 2017, a tolerância é de 1,5 ponto, com o teto da meta a 6%.

Quando a alta de preços supera o limite máximo, o presidente do Banco Central precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando os motivos.

Ainda segundo estimativa do BC, o dólar deve fechar este ano em R$ 3,70, projeção menor que de dezembro, de R$ 3,90. 

Juros


O Banco Central repetiu, em seu relatório, que não trabalha com a possibilidade de cortar a taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano, apesar da forte retração econômica, e que fará o necessário para chegar ao seu intuito.

"(O BC) adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas", informou o relatório.

O BC informou ainda que as incertezas em relação ao cenário externo prosseguem, e novamente chamou a atenção para um processo de realinhamento de preços mais demorado e intenso que o previsto.

Relatório orienta decisões do BC


O Relatório de Inflação é publicado trimestralmente pelo Banco Central. Ele reúne indicadores da economia nacional e global, além de projeções para os próximos meses feitas pelo próprio BC e por analistas de mercado.

O objetivo do documento é identificar a tendência da inflação, para embasar as decisões do BC a respeito dos juros. A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, se reúne para definir a taxa básica de juros (Selic), que serve de referência para outras taxas. 

Em geral, juros altos são usados para controlar a inflação, porque deixam o crédito mais caro e levam as pessoas a consumir menos, forçando os preços a caírem. Por outro lado, juros altos dificultam o crescimento, principalmente num momento de crise e desemprego, como o que o Brasil enfrenta.

Projeções do mercado e do governo


Analistas de mercado consultados pelo BC em sua pesquisa semanal, o Boletim Focus, afirmam que o país deve fechar este ano com a economia encolhendo 3,66% e inflação de 7,31%.

Ministério da Fazenda, por sua vez, estima que iremos fechar 2016 com retração de 3,1% e inflação a 7,44%, segundo anexo do projeto que propõe alteração da meta fiscal deste ano, enviado nesta segunda-feira (28) ao Congresso Nacional.

 Fonte: UOL Economia
(Com Reuters)
  

ASSEMBLEIA DISCUTE PLANO 

DE CARGOS DOS DOCENTES DA UERN


Professores da UERN, reunidos em assembleia na manhã de hoje (29) debateram acerca do Plano de Cargos e Salários (PCS) da categoria.  A diretoria da ADUERN – Associação dos Docentes da UERN –  expôs os itens a serem discutidos para alteração do atual plano, ponderando as possíveis distorções no documento.

Após amplo debate, ficou definido que serão promovidas discussões a nível dos departamentos e CONSADS no sentido de subsidiar o aprofundamento das proposições de alteração do plano de cargos e salários a serem encaminhadas no Congresso da ADUERN, que acontece em julho deste ano.

ANDES – Durante a assembleia, a candidata a presidência do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Eblin Farage, que é professora na Universidade Federal Fluminense (UFF), fez uma fala aos docentes da UERN onde apresentou a chapa que disputa a eleição do sindicato nacional além de tecer breves considerações sobre e os desafios que se impõem na defesa da educação pública no país. Além disso, foram definidos os nomes dos professores Paulo Caetano David, Valdomiro Morais e Nilson Barros para coordenar a comissão eleitoral do sindicato nacional em Mossoró.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UERN 


Indicadores e Índices Econômicos - 31/03/2016

CÂMBIO E OURO

I-Dólar:
Comercial
DIA Compra Venda
22/03
23/03
24/03

R$ 3,600
R$ 3,675
R$ 3,679

R$ 3,601
R$ 3,677
R$ 3,681

Fonte: UOL
II-Euro:

DIA Compra Venda
22/03
23/03
24/03

R$ 4,037
R$ 4,107
R$ 4,111

R$ 4,039
R$ 4,111
R$ 4,115

Fonte: UOL
III-Ouro:

DIA Compra
22/03
23/03
24/03

R$ 144,10
R$ 143,50
R$ 143,50

Fonte: BOVESPA
 
 
 REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:

ÍNDICES ACUMULADO % ATÉ MARÇO/ 16
FIPE
IGP-DI
IGP-M
IPCA (IBGE)
INPC (IBGE)
ICV-DIEESE
1,1208
1,1193
1,1043
1,1036
1,1108
1,1020
Fonte: Folha Online
a) Acumulado até novembro reajusta aluguéis e contratos a

 partir de dezembro, para pagamento em janeiro/16.
b) Acumulado até dezembro reajusta a partir de janeiro/16, para pagamento em fevereiro/16.



 POUPANÇA/DIA – MARÇO

Período
Poupança (1)
Poupança (2)
05/03 a 05/04
06/03 a 06/04
07/03 a 07/04
08/03 a 08/04
09/03 a 09/04
10/03 a 10/04
11/03 a 11/04
12/03 a 12/04
13/03 a 13/04
14/03 a 14/04
15/03 a 15/04
16/03 a 16/04
17/03 a 17/04
18/03 a 18/04
19/03 a 19/04
20/03 a 20/04
21/03 a 21/04
0,6638%
0,6927%
0,7091%
0,7111%
0,7273%
0,6770%
0,6291%
0,6324%
0,6621%
0,7063%
0,7068%
0,6934%
0,6929%
0,6381%
0,6307%
0,6598%
0,7197%
0,6638%
0,6927%
0,7091%
0,7111%
0,7273%
0,6770%
0,6291%
0,6324%
0,6621%
0,7063%
0,7068%
0,6934%
0,6929%
0,6381%
0,6307%
0,6598%
0,7197%
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
 
 
 INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA ATUALIZADA
FEVEREIRO/ 2016

ÍNDICES
jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,77
0,79
0,99
0,81
0,47
0,47
0,68
0,43
0,82
1,84
0,67
0,41
0,83
1,87
1,13
0,58
0,62
0,59
0,95
0,85
0,86
0,58
0,61
0,53
0,55
0,69
0,73
0,60
0,66
0,26
0,25
0,22
0,43
0,06
0,56
0,79
0,40
0,44
0,22
0,59
0,28
0,20
0,24
0,80
-0,04
0,51
0,54
0,39
0,48
0,66
0,85
1,42
2,02
0,42
0,22
0,95
1,30
0,32
0,22
0,19
0,77
0,82
0,66
0,78
0,88
0,99
1,76
2,38
0,76
0,36
1,89
2,63
0,64
0,27
-0,02


nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 12meses
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
1,11
1,01
0,85
1,02
1,06
0,92
1,19
1,41
1,00
0,34
1,52
1,93
0,90
0,40
0,02

0,90
0,96
1,18
0,77
0,82
0,66
0,44
0,33
0,88
0,10
0,49
0,39
0,92
0,12
0,18

1,51
1,27
0,92
1,80
1,37
1,50
1,53
1,63
1,78
0,39
1,14
1,14
1,48
0,32
0,44
0,95
0,90
1,42
0,71
0,89
0,92
0,79
0,84
0,76
0,54
1,29
1,45
1,19
0,52
0,05
11,08
10,36
10,74
10,20
10,43
10,34
11,93
13,35
10,37
7,17
12,08
13,56
10,43
6,84
4,82
Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas


quarta-feira, 30 de março de 2016


JUROS DO CHEQUE ESPECIAL SOBEM

 A 293,9%, E ROTATIVO DO 


CARTÃO VAI A 447,5%


A taxa de juros do cheque especial subiu em fevereiro e atingiu 293,9% ao ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (29) pelo Banco Central. 

O resultado do cheque especial mostra uma alta de 1,6 ponto percentual em relação a janeiro e um salto de 79,7 pontos na comparação com fevereiro de 2015.

Os juros do rotativo do cartão de crédito também subiram no mês passado e atingiram 447,5% ao ano. 

Ela mostra uma alta de 8 pontos na comparação com janeiro, e um salto de 104,8 pontos em relação a fevereiro de 2015. 

Os dados são referentes apenas aos juros cobrados das famílias. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).

Confira a variação de outras modalidades de crédito monitoradas pelo BC:

  • Cartão de crédito parcelado: de 144,5% ao ano em janeiro para 145,6% ao ano em fevereiro;
  • Crédito pessoal não-consignado: de 118,5% ao ano em janeiro para 122,8% ao ano em fevereiro;
  • Compra de outros bens: de 93,9% ao ano em janeiro para 92,7% ao ano em fevereiro;
  • Crédito renegociado: de 47,1% ao ano em janeiro para 53,1% ao ano em fevereiro;
  • Crédito pessoal consignado: de 29,3% em janeiro para 29,5% ao ano em fevereiro;
  • Compra de veículos: de 27,5% ao ano em janeiro para 27,6% ao ano em fevereiro;
  • Financiamento imobiliário: de 10,4% ao ano em janeiro para 10,1% ao ano em fevereiro.
Fonte: UOL Economia 
 

GOVERNO DO RN PAGA FUNCIONALISMO

 ENTRE OS DIAS 4 E 5 DE ABRIL


O Governo do Estado vai pagar o funcionalismo nos dias 4 e 5 de abril. Os aposentados e pensionistas terão seus vencimentos depositados na próxima segunda-feira (4), enquanto os servidores ativos receberão os salários na terça-feira (5).

O pagamento da folha nas datas informadas pelo governo para o mês de março são reflexo das sucessivas quedas nos repasses federais. Os repasses da União ao Rio Grande do Norte, no acumulado de janeiro a março de 2016, confirmam uma queda de 14,55% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente a frustração dos royalties nos três primeiros meses do ano já chega a 40,46% se comparado a janeiro, fevereiro e março de 2015.

 As transferências do Fundo de Participação dos Estados também caíram 13,64% no acumulado dos primeiros três meses do ano em relação a 2015, que já foi inferior a 2014.

O secretário de Estado do Planejamento e das Finanças Gustavo Nogueira afirma que o momento da economia brasileira é muito delicado e ressalta o esforço do Governo em priorizar o pagamento do funcionalismo.

“Os estados menores que dependem mais das transferências federais precisam que a economia brasileira reaja e isso não vem acontecendo. A equipe do Governo tem redobrado os esforços para amenizar os efeitos dessa crise devastadora. Medidas como a redução em quase R$ 300 milhões no custeio e o realinhamento de tributos são importantes, mas devem estar alinhadas com a reação da economia do país. Em que pese as dificuldades, o Governo tem conseguido pagar a folha nos primeiros dias do mês subsequente, conforme previsto em lei. Continuaremos trabalhando e torcendo para que essa realidade mude o mais rápido possível”, afirmou.

Fonte: Portal no Ar 


ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS
Mês: 03/2016

Índice Período Valor
BTN+TR 03/2016 1,6189

Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 02/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 02/2016 1,6173
CUB-SINDUSCON/SP 02/2016 0,05
IGP-M FGV 02/2016 1,29
INCC-M 02/2016 0,5200
IPC-FIPE 02/2016 0,89
SELIC 02/2016 1,00
Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 01/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 01/2016 1,6152
CUB-SINDUSCON/SP 01/2016 0,40
ICV-DIEESE 01/2016 1,80
IGP-FGV 01/2016 1,53
IGP-M FGV 01/2016 1,14
INCC-DI 01/2016 0,39
INCC-M 01/2016 0,3200
INPC-IBGE 01/2016 1,51
IPC-FGV 01/2016 1,78
IPC-FIPE 01/2016 1,37
IPCA-IBGE 01/2016 1,27
SELIC 01/2016 1,06


terça-feira, 29 de março de 2016

AS CONTRADIÇÕES

 DE GILMAR MENDES


medida cautelar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de cancelamento da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil viola, segundo vários juristas, os princípios garantidores do Estado Democrático de Direito. A liminar, além disso, é contraditória também com posturas anteriores do próprio Gilmar Mendes.

A prerrogativa de foro, o direito ao julgamento na instância máxima da Justiça, teoricamente mais equidistante das disputas, existe para contrapor o uso costumeiro de acusações de improbidade e corrupção contra inimigos políticos, antes mesmo da apuração e comprovação dos crimes imputados, na política brasileira e também naquelas de outros países.

Quando rotulou a indicação do ex-presidente Lula como “grave interferência política no processo judicial”, Mendes sugeriu que Lula estaria fugindo a Justiça. A nomeação de Lula por Dilma Rousseff teria o objetivo, escreveu Mendes, de "impedir o cumprimento de ordem de prisão de juiz de primeira instância. Uma espécie de salvo conduto emitida pela Presidente da República"

Em 2002, porém, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em fim de mandato, aprovou uma lei estabelecendo foro privilegiado para ex-ministros e ex-presidentes, Gilmar Mendes defendeu julgamentos em instâncias superiores para ocupantes de cargos públicos e considerou falacioso o argumento de que a extinção da prerrogativa aumentaria a impunidade.

A abolição do dispositivo, escreveu o ministro em artigo na Folha de S.Paulo em 2012, poderia ensejar perseguições. Seria um perigo “a rede de intrigas da pequena política enveredar comarcas, adensar o jogo eleitoral e conspurcar de vez nossa jovem democracia."

Foro privilegiado após o mandato

Em 2005, no relato de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre a lei promulgada por FHC, Gilmar Mendes aprovou a prerrogativa de foro especial. E não só para detentores de cargo, mas para ex-ministros e ex-presidentes.

Para fundamentar a sua posição, Mendes remeteu àquilo que chama de “lição” do jurista Victor Nunes Leal: “A jurisdição especial, como prerrogativa de certas funções públicas, é realmente instituída não no interesse da pessoa do ocupante do cargo, mas no interesse público do seu bom exercício, isto é, do seu exercício com o alto grau de independência que resulta de certeza de que seus atos venham a ser julgados com plenas garantias e completa imparcialidade.”

Segundo Mendes, a razão para a prerrogativa de foro é “dar garantia quando já não se exerce mais a função, porque todos nós sabemos, infelizmente a história da improbidade...é uma história de improbidade e de improbidades!”.

A argumentação apoia-se no histórico do uso das ações de improbidade como instrumento de perseguição política. A necessidade de estender o foro especial para além do mandato de cargo público deve-se ao tempo próprio de andamento das ações judiciais, nunca coincidente com o fim do exercício da função. Em outras palavras, os ocupantes de cargos públicos processados no exercício da função continuam a responder aos processos por muitos anos depois do fim dos seus mandatos.

Continua Mendes: “Tanto é que muitos desses cidadãos que hoje têm de dar explicações, tanto no campo parlamentar quanto no âmbito do Ministério Público, eram agentes que manejavam e atuavam com as ações de improbidade como instrumento de fazer política, como instrumento de atuação política e, não raro, como mecanismo de perseguição e até de extorsão”.
Na defesa do foro privilegiado inclusive após o mandato, Mendes remete mais uma vez a Victor Nunes Leal: “A aceitar a ideia de que desapeada do cargo a pessoa deva responder perante qualquer instância, certamente haverá a possibilidade, exatamente, das perseguições...e, certamente, isso terá implicações sobre o próprio exercício do cargo.”

Talvez, ponderou o ministro do Supremo, o objetivo seja “criar constrangimento”, ou “provocar um tipo de administração temerosa desse tipo de perseguição”.

O jurista Márcio Bonilla, em um trecho de artigo transcrito por Mendes em sua liminar, esclarece que o foro especial “não é honraria pessoal nem representa privilégio. É proteção que nasce com o exercício do cargo ou função, pelo reconhecimento da elevada hierarquia funcional e dos poderes que emanam do seu exercício, visando à segurança e à isenção da distribuição da Justiça. Resguarda-se dessa forma o prestígio das instituições.”

Em 2013, Gilmar Mendes atacou Moro

Gilmar Mendes não mostra hoje o menor sinal de desaprovação de ações do juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, mas em 2013 fez críticas severas à atuação do magistrado.

Segundo acusou o ministro do STF em um habeas corpus do caso Banestado, “atua com inequívoco desserviço e desrespeito ao sistema jurisdicional e ao Estado de Direito o juiz que se irroga de autoridade ímpar, absolutista, acima da própria Justiça, conduzindo o processo ao seu livre arbítrio, bradando sua independência funcional". Era uma referência a Moro.

As críticas parecem na medida também para certas práticas atuais do juiz de Curitiba: "Revelam-se abusivas as reiterações de prisões desconstituídas por instâncias superiores e as medidas excessivas tomadas para sua efetivação, principalmente o monitoramento dos patronos da defesa, sendo passíveis inclusive de sanção administrativa."

Práticas do juiz Sergio Moro, na descrição de seus críticos do meio judiciário, foram condenadas com veemência pelo Gilmar Mendes do passado: "O Tribunal tem-se manifestado várias vezes em relação a essa questão, que o juiz é órgão de controle no processo criminal. Tem uma função específica. Ele não é sócio do Ministério Público e, muito menos, membro da Polícia Federal, do órgão investigador, no desfecho da investigação."

E ainda: "Penso que não pode ser diferente o papel desta Corte e de nós juízes, pois é inaceitável, sob qualquer fundamento ou crença, tergiversar com o Estado de Direito, com a liberdade do cidadão e com os postulados do devido processo legal.”

A distância em relação ao posicionamento do ministro Gilmar Mendes de hoje parece imensurável.

Fonte CartaCapital 
 

SÍNTESE IMPOSSÍVEL
Por maior que seja a má vontade do chamado “mercado” com o governo Dilma, é impossível deixar de reconhecer que o programa do ministro Nelson Barbosa tem começo, meio e fim. Infelizmente, ele foi muito mal recebido pelo grupo do pensamento “mágico” do PT, que continua escravo da paixão ideológica. Não adianta tentar ignorar a realidade: 2012-2016 será um período completamente diferente de 2003-2011.

É a profunda diferença entre eles que sugere que já não há espaço para as políticas econômicas que foram, inegavelmente, bem-sucedidas nas mãos de Lula na crise de 2008-2009. É impossível deixar de reconhecer, por outro lado, que as relações de confiança entre o setor privado e o governo se deterioraram contínua e lentamente a partir de 2012, quando ele se assustou com a perspectiva de uma redução do crescimento e do emprego. De fato, o ano terminou com um crescimento medíocre de 1,9%, ante os excelentes 3,9% que Dilma obtivera em 2011. Em resposta àquele susto, o governo iniciou uma sucessão inacreditável de intervenções voluntaristas pontuais que assustaram, também, o setor privado.

É preciso lembrar que de 2011 ao meado de 2013, com todos seus problemas, a popularidade de Dilma nunca deixou de crescer. Isso sugere que não é conveniente administrar o País só de olho nas pesquisas da volátil e descompromissada opinião pública. Elas podem revelar entusiasmo de curto prazo mesmo quando se acumulam imensos riscos não pressentidos no longo prazo. Quando esses chegam, reduz-se a pó a efêmera popularidade... Essa é a mensagem que está dando ao PT o ilustre ministro Nelson Barbosa. 

A queda da economia mundial prevista para 2012 chegou poderosa em 2013. Os países desenvolvidos reduziram seu ritmo de crescimento e os emergentes estagnaram, mas no Brasil a situação deu um suspiro. Crescemos 3% ante 1,9% de 2012, graças à espetacular recuperação do setor agrícola (8,4% diante de menos 3,1% em 2012) e à resposta do setor industrial (2,2% antes menos 0,7% em 2012), pela maior atenção dada à política cambial (entre 2011 e 2013, a taxa cambial se desvalorizou 30%). O superávit primário caiu para 1,7% do PIB e o déficit fiscal nominal foi de 3,1% do PIB. É preciso entender que o crescimento escondeu os problemas, de forma que a dívida bruta como proporção do PIB reduziu-se de 54%, em 2012, para 52%, em 2013.

O verdadeiro drama aconteceu em 2014, quando Dilma, o seu partido e o seu marqueteiro, seguindo Niccolò Machiavelli, decidiram que o primeiro dever do governo é continuar governo. A partir do segundo trimestre do ano, abandonou-se a preocupação com o mais fundamental de todos os equilíbrios, o fiscal. Houve um aumento exponencial da relação da dívida bruta com o PIB em consequência da forte deterioração do déficit fiscal e a aparição de déficit primário, o que não se via desde o primeiro mandato de FHC

O ministro Nelson Barbosa tem toda razão, temos de dar ao desequilíbrio fiscal estrutural uma solução estrutural, com medidas constitucionais e infraconstitucionais, dentre as quais se destacam, em primeiro lugar, enfrentar com inteligência, coragem e determinação o problema previdenciário e, em segundo, eliminar as vinculações de despesas à receita para melhorar a qualidade da administração dos gastos, o que produzirá rapidamente uma redução da taxa de juro real, além de dar um horizonte para a mobilização do setor privado na direção do desenvolvimento econômico. E, ao mesmo tempo, cuidar do desequilíbrio fiscal de curto prazo, revendo a relação entre o custo e o benefício de cada programa incluído no Orçamento, o que vai melhorar a qualidade do gasto público. Isso parece estar sendo feito quietamente pelo ministro Valdir Simão.

Que não haja ilusão. O discurso de Nelson Barbosa, segundo Dilma, e o do PT são antíteses para as quais não há síntese dialética possível. Ela vai ter de escolher. Foi eleita para isso e pagará o preço da sua escolha. 

Fonte: CartaCapital
Por Delfim Netto
 

CAIXA SOBE JUROS PARA

 FINANCIAMENTO DE CASA PRÓPRIA


Financiar a casa própria com recursos da poupança pela Caixa Econômica Federal ficou mais caro. O banco público anunciou ontem (28) que elevou os juros do financiamento de imóveis residenciais nessa modalidade. A medida passou a valer na quinta-feira, véspera do feriado.
 
É a primeira vez neste ano que a Caixa aumenta o juros do financiamento. A última vez que o banco elevou as taxas foi em outubro do ano passado. O reajuste deve ser seguido pelos demais bancos, já que a Caixa – que é o principal financiador de imóveis do país, com 68% de participação – serve de piso para o restante do mercado.

Os juros dos financiamentos da Caixa variam conforme o grau de relacionamento do mutuário com o banco. Quem não é correntista paga taxas mais altas. Quem tem conta no banco paga menos, com desconto maior caso receba salário pelo banco. Servidores públicos também têm descontos maiores nos juros.

A taxa balcão (para quem não possui relacionamento com o banco) para imóveis do Sistema Financeiro Habitacional (SFH) – que financia imóveis que custam até R$ 750 mil – passou de 9,90% ao ano para 11,22%. Para clientes com relacionamento com o banco, os juros foram de 9,80% para 11%.

A taxa balcão para imóveis acima de R$ 750 mil, dentro do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), passou de 11,50% para 12,50%, enquanto o juros para clientes que possuem conta no banco foi de 11,20% para 12%.

Miguel José Ribeiro de Oli­veira, diretor de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), elaborou simulações sobre os efeitos dessa elevação dos juros nos financiamentos.

Para o financiamento de imóvel no valor de R$ 300 mil pelo SFH com amortização pela tabela price (prestações fixas), a prestação subirá entre R$ 156,47 e R$ 266,48. No financiamento de imóvel do mesmo valor pelo sistema de amortização constante (prestação decrescente), o impacto ficará entre R$ 125 e R$ 250.

A parcela do financiamento de imóvel de R$ 750 mil pelo SFI com tabela price subirá entre R$ 200,75 e R$ 1.019,22. No sistema de amortização constante, a prestação sobe entre R$ 312,50 e R$ 616.

Segundo a instituição, as taxas de juros dos financiamentos habitacionais com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não sofreram alteração.

Limite mais alto

O aumento de juros ocorre no mesmo mês em que a Caixa elevou de 50% para 70% o limite financiado de um imóvel usado, menos de um ano após reduzir essa parcela devido à escassez de crédito via recursos da caderneta de poupança.

Segundo a Caixa, a alta está associada ao aumento de custos e ao comportamento dos depósitos na poupança, que vem pendendo recursos mensalmente.

“Nem os bancos públicos estão conseguindo segurar os juros. É reflexo do que a gente está vivendo hoje, o dinheiro está mais caro”, disse João Ricardo Mendes, economista da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).

Fonte: Diadema Jornal 



UFERSA ANGICOS E  CARAÚBAS 

ESCOLHEM ESCOLHEM 

NOVOS DIRETORES


Estudantes e servidores técnicos-administrativos e professores dos campi da Ufersa de Angicos e de Caraúbas escolhem nesta terça, 29, os novos diretores para as respectivas unidades acadêmicas. A consulta será das 9h às 21h em ambos os campi e terão 3 seções, uma para cada segmento acadêmico. Em Angicos, a votação vai acontecer somente no auditório do Centro de Convivência. Já em Caraúbas, foram reservados locais diferentes para cada categoria. Os alunos votam no auditório do Centro de Convivência, os técnicos no auditório do Centro Administrativo do Campus e os docentes podem votar no auditório do Bloco de Professores I.

Duas chapas estão na disputa em cada campus. Em Angicos, estão inscritos:

– Chapa 74 – Diretor: Araken de Medeiros Santos, Vice: Joselito Medeiros de Freitas Cavalcante;

– Chapa 79 – Diretora: Rita Diana de Freitas Gurgel, Vice: Stefeson Bezerra de Melo;

Já em Caraúbas, estão na disputa:

– Chapa 70 – Diretor: Daniel de Freitas Freire Martins, Vice: Francisco Assis de Brito Filho;

– Chapa 71 – Diretor: Hudson Pacheco Pinheiro, Vice: Guymmann Clay da Silva

A votação será toda em cédulas e a apuração deve começar logo após o fechamento das urnas. A expectativa é de que os nomes dos novos diretores eleitos sejam conhecidos ainda na noite desta terça.

Cerca de 3 mil pessoas, entre estudantes, técnicos e professores, estão aptos a participar da consulta nos dois campi. O resultado das duas consultas deve ser encaminhado para o Conselho Universitário onde será aprovado. A previsão é que os novos diretores assumam as funções até o final de abril.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UERN 


CÂMBIO E OURO

I-Dólar:
Comercial
DIA Compra Venda
22/03
23/03
24/03

R$ 3,600
R$ 3,675
R$ 3,679

R$ 3,601
R$ 3,677
R$ 3,681

Fonte: UOL
II-Euro:

DIA Compra Venda
22/03
23/03
24/03

R$ 4,037
R$ 4,107
R$ 4,111

R$ 4,039
R$ 4,111
R$ 4,115

Fonte: UOL
III-Ouro:

DIA Compra
22/03
23/03
24/03

R$ 144,10
R$ 143,50
R$ 143,50

Fonte: BOVESPA
 
 
 REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:

ÍNDICES ACUMULADO % ATÉ MARÇO/ 16
FIPE
IGP-DI
IGP-M
IPCA (IBGE)
INPC (IBGE)
ICV-DIEESE
1,1208
1,1193
1,1043
1,1036
1,1108
1,1020
Fonte: Folha Online
a) Acumulado até novembro reajusta aluguéis e contratos a partir de

 dezembro, para pagamento em janeiro/16.
b) Acumulado até dezembro reajusta a partir de janeiro/16, 

para pagamento em fevereiro/16.


POUPANÇA/DIA – MARÇO

Período
Poupança (1)
Poupança (2)
05/03 a 05/04
06/03 a 06/04
07/03 a 07/04
08/03 a 08/04
09/03 a 09/04
10/03 a 10/04
11/03 a 11/04
12/03 a 12/04
13/03 a 13/04
14/03 a 14/04
15/03 a 15/04
16/03 a 16/04
17/03 a 17/04
18/03 a 18/04
19/03 a 19/04
20/03 a 20/04
21/03 a 21/04
0,6638%
0,6927%
0,7091%
0,7111%
0,7273%
0,6770%
0,6291%
0,6324%
0,6621%
0,7063%
0,7068%
0,6934%
0,6929%
0,6381%
0,6307%
0,6598%
0,7197%
0,6638%
0,6927%
0,7091%
0,7111%
0,7273%
0,6770%
0,6291%
0,6324%
0,6621%
0,7063%
0,7068%
0,6934%
0,6929%
0,6381%
0,6307%
0,6598%
0,7197%
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
 
 
 INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA 
ATUALIZADA FEVEREIRO/2016

ÍNDICES
jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%
)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,77
0,79
0,99
0,81
0,47
0,47
0,68
0,43
0,82
1,84
0,67
0,41
0,83
1,87
1,13
0,58
0,62
0,59
0,95
0,85
0,86
0,58
0,61
0,53
0,55
0,69
0,73
0,60
0,66
0,26
0,25
0,22
0,43
0,06
0,56
0,79
0,40
0,44
0,22
0,59
0,28
0,20
0,24
0,80
-0,04
0,51
0,54
0,39
0,48
0,66
0,85
1,42
2,02
0,42
0,22
0,95
1,30
0,32
0,22
0,19
0,77
0,82
0,66
0,78
0,88
0,99
1,76
2,38
0,76
0,36
1,89
2,63
0,64
0,27
-0,02


nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 12meses
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
1,11
1,01
0,85
1,02
1,06
0,92
1,19
1,41
1,00
0,34
1,52
1,93
0,90
0,40
0,02

0,90
0,96
1,18
0,77
0,82
0,66
0,44
0,33
0,88
0,10
0,49
0,39
0,92
0,12
0,18

1,51
1,27
0,92
1,80
1,37
1,50
1,53
1,63
1,78
0,39
1,14
1,14
1,48
0,32
0,44
0,95
0,90
1,42
0,71
0,89
0,92
0,79
0,84
0,76
0,54
1,29
1,45
1,19
0,52
0,05
11,08
10,36
10,74
10,20
10,43
10,34
11,93
13,35
10,37
7,17
12,08
13,56
10,43
6,84
4,82
Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas