
Seis, quase sete dias de silêncio no Rio Grande do Norte, entre Natal e Mossoró, em um mergulho no passado cada vez mais presente na minha história.
Tempo de ouvir, de ver de perto o que de longe a gente já sabe desde sempre.
Tempo de reencontrar amigos, pessoas que guardo para a vida inteira.
Cá e lá, na capital do oeste ou na capital potiguar, o rio do norte permanece grande na extensão, mas é pequeno, e está ficando cada vez menor, nas perspectivas da história.
A ladainha se repete, como se o tempo estivesse parado.
Em Natal, o verde da prefeita Micarla de Souza se assemelha apenas à cor da moeda que move o mundo, os 30 anos de vida pública do senador José Agripino Maia são contados como se todos nós não tivéssemos memória, o desfile de Lands Rovers guiadas por homens públicos e permanentemente notórios corrói os olhos mais sensíveis e há no ar e também no mar a sensação de que a cidade adormeceu, anestesiou-se, diante de tantos e tão repetidos golpes contra ela e contra os seus.
Em Mossoró, a despeito das vozes dissonantes de uma meia dúzia de cidadãos e cidadãs ainda esperançosos, o século XX não chegou a XXI e a pronúncia dos números continua afrancesada. O hoje é ontem, não dando chance alguma para o amanhã.
Bom, repito e reitero, foi rever os velhos amigos e fazer novos, sentindo que o pulso ainda pulsa (obrigado, Arnaldo Antunes) mesmo com tão pouco ar.
Encontros que superaram os desencontros e os desatinos inevitáveis, como topar na noite com o deputado Gustavo Carvalho, ouvir dele um rosário de elogios a Dorian Jorge Freire ("amigo de meu tio Carlos Lima") e depois, ao fim e ao cabo, escutar a pergunta incabível:
- Como está seu Pai?
- Morto, respondi.
Tal e qual o Rio Grande do Norte, pensei.
Tempo de ouvir, de ver de perto o que de longe a gente já sabe desde sempre.
Tempo de reencontrar amigos, pessoas que guardo para a vida inteira.
Cá e lá, na capital do oeste ou na capital potiguar, o rio do norte permanece grande na extensão, mas é pequeno, e está ficando cada vez menor, nas perspectivas da história.
A ladainha se repete, como se o tempo estivesse parado.
Em Natal, o verde da prefeita Micarla de Souza se assemelha apenas à cor da moeda que move o mundo, os 30 anos de vida pública do senador José Agripino Maia são contados como se todos nós não tivéssemos memória, o desfile de Lands Rovers guiadas por homens públicos e permanentemente notórios corrói os olhos mais sensíveis e há no ar e também no mar a sensação de que a cidade adormeceu, anestesiou-se, diante de tantos e tão repetidos golpes contra ela e contra os seus.
Em Mossoró, a despeito das vozes dissonantes de uma meia dúzia de cidadãos e cidadãs ainda esperançosos, o século XX não chegou a XXI e a pronúncia dos números continua afrancesada. O hoje é ontem, não dando chance alguma para o amanhã.
Bom, repito e reitero, foi rever os velhos amigos e fazer novos, sentindo que o pulso ainda pulsa (obrigado, Arnaldo Antunes) mesmo com tão pouco ar.
Encontros que superaram os desencontros e os desatinos inevitáveis, como topar na noite com o deputado Gustavo Carvalho, ouvir dele um rosário de elogios a Dorian Jorge Freire ("amigo de meu tio Carlos Lima") e depois, ao fim e ao cabo, escutar a pergunta incabível:
- Como está seu Pai?
- Morto, respondi.
Tal e qual o Rio Grande do Norte, pensei.
Nenhum comentário :
Postar um comentário