terça-feira, 31 de março de 2015

 OS DESAFIOS DO BRASIL 

PARA VOLTAR A CRESCER


Depois de o IBGE divulgar nesta sexta-feira 27 que o Produto Interno Bruto (2015) ficou praticamente estagnado em 2014, as expectativas para 2015 são pouco animadoras. O último Boletim Focus – pesquisa realizada semanalmente junto a instituições financeiras e economistas – prevê retração de 0,83% na economia brasileira neste ano.

Para especialistas ouvidos pela DW Brasil, para o país crescer, a presidente Dilma Rousseff terá, entre outros desafios: reconquistar a confiança de empresários, sinalizar que vai manter o ajuste fiscal, controlar a inflação e reequilibrar as contas públicas.

"Saímos de 2014 com um PIB que se desacelerou substancialmente e entramos em um ano em que o ajuste de demanda já começou, mas há ainda uma série de etapas a serem cumpridas", afirma o economista Vinícius Botelho, da FGV/IBRE. "O PIB do primeiro trimestre de 2015 deve ficar próximo de zero e, com a confiança nos piores patamares, deve haver a continuação do processo de deterioração da economia."

Botelho afirma diz que somente o ajuste fiscal não é necessário. Para ele, é necessária uma agenda regulatória e microeconômica para tentar retomar o crescimento brasileiro. "Houve muita intervenção nos preços, taxas de juros e funcionamento do mercado. É preciso devolver essa estabilidade para que os setores deslanchem", afirma o especialista.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é um das taxas que estão em queda. Em março, o índice voltou a cair e registrou o menor patamar desde 1999, quando a pesquisa começou a ser feita. A taxa caiu para 37,5 pontos e está 19 pontos abaixo da média histórica. A venda de carros em fevereiro caiu 28,9% na comparação com o mesmo mês de 2014.

O ajuste fiscal de Joaquim Levy, ministro da Fazenda, em sua primeira etapa já contemplou cortes nos gastos de ministérios e investimentos, aumento de impostos e da taxa básica de juros. Além disso, deixou-se de gastar dinheiro para segurar o câmbio, deixando-o flutuante. Todas essas ações tiveram o objetivo de reequilibrar o Orçamento público, atingir a meta de superávit primário e manter a nota das agências de classificação de risco para a dívida do país.

"O aperto fiscal e a mudança da política monetária geram diversos efeitos na economia. Entre eles, a cessação de repasses a obras e serviços anteriormente contratados e os que seriam realizados, elevação da taxa básica de juros e redução na oferta de crédito ", afirma Marcos Sarmento Melo, professor de finanças do Ibmec/DF.

Para o especialista, tais medidas reduzem exponencialmente o volume de bens e serviços contratados. A empresa que não vende para o governo não compra insumos e serviços de outras, num efeito multiplicador na economia.

"A redução na oferta de crédito e o aumento das taxas de juros tornam menos rentáveis e atraentes os investimentos que poderiam ser feitos pelas empresas e tornam mais difícil para o consumidor adquirir bens", afirma Melo.

A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, no pior resultado desde 2009, auge da crise econômica global, quando registrou uma retração de 0,2%. O resultado de 2014 é também o pior do governo Dilma Rousseff.

A taxa de crescimento é inferior à de 2013, quando o Brasil cresceu 2,7% – índice já revisado e divulgado também nesta segunda-feira. Originalmente, o PIB no período havia crescido 2,5%. Além do cálculo de 2014, o IBGE revisou também os dados dos dois anos anteriores. Em 2012, a taxa de crescimento passou de 1% para 1,8%; e em 2013, de 2,5% para 2,7%.

"A revisão da metodologia não ocorreu para favorecer os resultados do governo. Diversos países já vinham adotando tais correções metodológicas para padronizar comparações e tornar os números mais realistas", diz Melo. "Os gastos em pesquisa e desenvolvimento foram tomados como investimentos com efeito de elevar o crescimento econômico, como de fato acontece. Isso não era anteriormente considerado no cálculo do PIB."

Em relação aos setores da economia, a indústria teve queda de 1,2% em 2014. A agropecuária cresceu 0,4%, e os serviços, 0,7%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos, diminuiu 4,4% em 2014 por conta do descrédito dos empresários na economia brasileira. Entre os motivos estão o aumento dos juros, crédito mais escasso e a piora do cenário fiscal do país.

Já o consumo das famílias (0,9%) e o consumo do governo (1,3%) aumentaram em relação a 2013, mas perderam fôlego. Os mesmos índices foram de 2,9% e 6,1% na comparação entre 2013 e 2012, já levando em conta a revisão do IBGE. Em 2014, o PIB fechou em 5,521 trilhões de reais. Um dos vilões do consumo das famílias é a pressão sobre a inflação.

O PIB per capita diminuiu pela primeira vez desde 2009 e registrou uma queda de 0,7%, para 27.229 reais. Houve recuo em 2014 porque o crescimento da população foi de 0,9%, ou seja, registrou um avanço superior ao da economia. Em 2013, o PIB per capita teve um crescimento de 1,8% em relação a 2012.

Em relação ao terceiro trimestre, o PIB do quarto trimestre de 2014 cresceu 0,3%, já levando em conta a revisão do governo. A agropecuária registrou um aumento de 1,8%, a indústria se manteve estável (-0,1%) e o setor de serviços teve alta de 0,3%. Em comparação ao quarto trimestre de 2013, o PIB variou -0,2% – a indústria recuou 1,9%, enquanto os serviços (0,4%) e a agropecuária (1,2%) aumentaram.

Fonte: CartaCapital 
Por Deutsche Welle



Indicadores e Índices Econômicos - 31/03/2015

Fonte: Empresário Online
CÂMBIO E OURO

I-Dólar:
Comercial
DIA Compra Venda
25/03
26/03
27/03

R$ 3,200
R$ 3,188
R$ 3,238

R$ 3,203
R$ 3,191
R$ 3,241

Fonte: UOL
II-Euro:

DIA Compra Venda
25/03
26/03
27/03

R$ 3,511
R$ 3,471
R$ 3,527

R$ 3,514
R$ 3,473
R$ 3,531

Fonte: UOL
III-Ouro:

DIA Compra
25/03
26/03
27/03

R$ 121,05
R$ 123,50
R$ 124,50

Fonte: BOVESPA
 
 
 REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:

ÍNDICES ACUMULADO % ATÉ JANEIRO/ 15
Trimestr Quadrim Semestr Anual
FIPE
IGP-DI
IGP-M
INPC
2,63
2,21
2,38
2,65
3,01
2,81
2,67
3,04
3,57
2,90
2,60
3,73
5,91
4,06
3,98
7,13

ACUMULADO % ATÉ FEVEREIRO/ 15
Trimestr Quadrim Semestr Anual
FIPE
IGP-DI
IGP-M
INPC
3,17
1,60
1,66
3,29
3,88
2,75
2,66
3,84
4,48
3,38
3,16
4,75
6,65
3,74
3,86
7,68
Fonte: Folha Online
a) Acumulado até janeiro reajusta aluguéis e contratos a partir de fevereiro/15, para pagamento em março.
b) Acumulado até fevereiro/15 reajusta a partir de março, para pagamento em abril.



 POUPANÇA/DIA – MARÇO

Período
Poupança (1)
Poupança (2)
09/03 a 09/04
10/03 a 10/04
11/03 a 11/04
12/03 a 12/04
13/03 a 13/04
14/03 a 14/04
15/03 a 15/04
16/03 a 16/04
17/03 a 17/04
18/03 a 18/04
19/03 a 19/04
20/03 a 20/04
21/03 a 21/04
22/03 a 22/04
23/03 a 23/04
24/03 a 24/04
0,6669%
0,6388%
0,6635%
0,6327%
0,6050%
0,6023%
0,6266%
0,6469%
0,6427%
0,6409%
0,6150%
0,6064%
0,6018%
0,6018%
0,6317%
0,6111%
0,6669%
0,6388%
0,6635%
0,6327%
0,6050%
0,6023%
0,6266%
0,6469%
0,6427%
0,6409%
0,6150%
0,6064%
0,6018%
0,6018%
0,6317%
0,6111%
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
 
 
 INDICADORE/MÊS


dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 Ano 12 meses
Poupança antiga (1)
Poupança (2)
TR*
TJLP
FGTS (3)
SELIC - Déb Fed (4)
UPC ***
UFESP
UFM
Salário Mínimo
Salário Mínimo SP (5)
UFIR (6)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)

0,6058
0,6058
0,1053
0,42
0,3522
0,93
22,49
20,14
121,80
724,00
810,00

0,5882
0,5882
0,0878
0,46
0,3346
0,96
22,55
21,25

788,00
905,00
0,5169
0,5169
0,0168
0,46
0,2635
0,82
22,55


788,00
905,00

0,6302
0,6302
0,1296
0,46
0,3765
1,01
22,55


788,00
905,00
1,75
1,75
0,23
1,39
0,98
2,79
0,27


8,84
---
---
7,11
7,11
0,90
5,24
3,93
11,30
0,85
18,44
108,66
8,84
---
---
* TR – Taxa Referencial; ** Débitos Federais; *** Unidade Padrão de Capital; (1) Rendimento no 1º dia do mês seguinte, para depósitos até 03/05/12; (2) Rendimento no primeiro dia do mês seguinte para depósitos a partir de 04/05/2012 – MP nº 567, de 03/05/2012. (3) Crédito no dia 10 do mês seguinte (TR + juros de 3 % ao ano). (4) Juro pela Taxa Selic para pagamentos de débitos federais em atraso – no mês do pagamento, a taxa é de 1%; (5) São duas faixas salariais mínimas, com vigência a partir deste mês: R$ 905 (para domésticos, agropecuários, ascensoristas, motoboys) e R$ 920 (para operadores de máquinas, carteiros, cabeleireiros, trabalhadores de turismo, telemarketing); (6) Extinta pela Medida Provisória nº 1973/67, de 27/10/00 – último valor: R$ 1,0641; BTN + TR cheia – suprimido por ser título extinto pela Lei nº 8.177, de 01/03/1991, embora ainda existam alguns em circulação.

Fonte: Folha Online, Valor Econômico 
 
 
 INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA ATUALIZADA
 MARÇO/2015

ÍNDICES
jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,13
0,01
0,17
0,68
0,16
0,32
-0,55
-1,01
0,10
0,75
-0,61
-1,11
0,15
0,80
0,59
0,18
0,25
0,14
0,02
0,34
0,37
0,06
0,04
0,12
0,08
-0,27
-0,45
0,02
0,19
0,47
0,49
0,57
0,39
0,23
0,21
0,23
-0,02
-0,18
0,49
0,15
0,20
0,13
0,42
0,16
0,01
0,38
0,42
0,48
0,50
0,37
0,40
0,59
0,73
0,43
0,17
0,28
0,23
0,46
0,20
0,12
0,53
0,51
0,38
0,52
0,69
0,77
1,14
1,44
0,65
0,44
0,98
1,26
0,53
0,30
0,02


dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 12meses
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,62
0,78
0,79
0,52
0,30
0,45
0,38
0,30
0,75
0,08
0,62
0,63
0,76
0,25
0,03
1,48
1,24
0,89
2,25
1,62
1,31
0,67
0,23
1,73
0,92
0,76
0,56
1,35
0,70
0,33
1,16
1,22
1,33
1,40
1,22
1,19
0,53
0,41
0,97
0,31
0,27
-0,09 1,14
0,50
0,10


1,24










0,36



7,90










6,95

Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas
 
 

segunda-feira, 30 de março de 2015


"FALÊNCIA" DO SISTEMA PRODUTIVO

 AMPLIA CRISE EM MOSSORÓ


"Crise". Este certamente tem sido o principal termo na boca dos brasileiros este ano. Para além de um fantasma, ou de um medo distante, a crise econômica é um fato que insiste em bater à porta do país neste ano, e que já pode ser sentida com muita força em Mossoró.

Desemprego, falência de empresas, atrasos salariais são apenas algumas consequências das dificuldades vividas na cidade. Reconhecida publicamente como uma das cidades médias com maior potencial no Brasil, Mossoró sofre com o enfraquecimento de setores fundamentais de sua estrutura econômica, o petróleo, a indústria salineira e a fruticultura.
 
Para o professor Emanoel Márcio Nunes, especialista em desenvolvimento econômico, nos últimos anos a Petrobras deixou de realizar uma série de investimentos na cidade, e isso teve muita influência nos resultados negativos que o município vem apresentando em seus indicadores.
 
"Os royalties provenientes da estatal, por muito tempo foram definidores do desenvolvimento econômico da cidade. A empresa trazia pessoas que queriam investir, alugar casas, comprar imóveis, e isso se extinguiu", explicou. Ele complementa que no caso da fruticultura a crise se relaciona diretamente com uma série de incentivos que estados vizinhos, em especial o Ceará, dão para os agricultores e que o Rio Grande do Norte não dá.
 
Além disso, iniciativas como a Feira Internacional da Fruticultura Irrigada (Expofruit), que dava espaço aos produtores da região, vem deixando de ser realizadas, e influenciando na inibição do mercado local.
 
O pesquisador afirmou que em relação ao sal, percebe-se que a cadeia produtiva do setor está completamente exaurida, ampliando as dificuldades da economia local. De acordo com especialistas, a concorrência com o sal de outros países e a inconstância do período chuvoso, foram preponderantes para o declínio da produção.
 
Emanoel Nunes relembra que o recente fechamento e enfraquecimento de várias empresas, nos setores ceramistas e de exportação de castanhas, também contribuiu diretamente para o aumento do desemprego e a diminuição da renda da cidade. "Ainda temos em Mossoró uma lógica, onde as grandes empresas vêm à cidade e se valem dos recursos humanos e naturais até exaurirem suas condições. Este modelo é muito prejudicial, por que estas empresas vão embora quando a cidade não oferece um retorno tão lucrativo, e deixam muito pouco em estrutura e valores para o local", comentou.
 
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Mossoró foi procurada sem sucesso pela reportagem do O Mossoroense por telefone e através de correio eletrônico para falar sobre o panorama da economia da cidade. A assessoria de comunicação da PMM informou que o secretário Nilson Gurgel estava em reunião e, infelizmente, até o fechamento desta edição não foi enviada nenhum resposta.

CONCESSIONÁRIAS
 
O fechamento recente de duas concessionárias de veículos em Mossoró também acendeu o sinal de alerta para os empresários do setor. De acordo com especialistas, a queda na venda de automóveis na cidade está diretamente ligada à crise financeira instalada e o aumento dos custos na montagem e venda de carros no país.
 
Érico Fernandes, que é diretor comercial de uma grande rede concessionária na cidade, explica que os altos gastos das empresas, aliada a uma queda drástica no volume de vendas certamente foi o responsável pelo fechamento das empresas.
 
Ele lembrou que há hoje em Mossoró 18 concessionárias de marcas diferentes. Em Natal e Fortaleza o número chega a 30 fabricantes diferentes, e no Brasil cerca de 95 marcas com concessões registradas. Para Érico Fernandes, a competição das concessionárias de carros nacionais com as de mercados estrangeiros, em especial asiáticos, é muito difícil, em especial pela alta taxa de juros para produção e venda de modelos produzidos no país.
 
"Para que uma loja de carros se mantenha no mercado precisa ter volume. Visto que o preço é um só em Mossoró ou nas capitais vizinhas. As margens não passam de 5%, seja no negócio de carros ou na grande maioria dos negócios de varejo. Ou seja, uma margem muito enxuta. Junte a isso, uma grande necessidade de espaço e mão de obra para este tipo de operação, com uma despesa que é alta. Eu diria que o ponto de equilíbrio de uma loja de carros gira em torno de 15 carros/mês. Quem encerrou operações na cidade certamente tinha volume inferior a esse número", explicou o diretor comercial.

Comércio e lojistas
 
"A situação para os lojistas de Mossoró é de instabilidade". É assim que o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Getúlio Vale, se refere ao início de 2015 para o comércio em Mossoró. Para o dirigente, existe uma preocupação instaurada entre todos os setores associados à CDL.
 
"Só entre comerciantes, foram perdidos mais de 720 empregos nos dois primeiros meses do ano. Os investidores estão sendo cautelosos, e quem tem dinheiro guardado está evitando gastar ou investir. Temos endividamento da população, que nos últimos anos contraiu empréstimos e agora não consegue pagar, isso enfraquece o comércio como um todo", afirmou.
 
Getúlio Vale lembrou que há um crescente aumento da taxa de juros, fator que cria um quadro preocupante de inadimplência e aumenta a exigência para aquisição de empréstimos. Segundo ele, todas estas dificuldades diminuem a circulação de dinheiro na cidade. "Apesar de eu não ter dados concretos, observo, andando pela cidade, que muitas lojas fecharam e vão fechar as portas em breve", concluiu.

“Mossoró à venda”: crise no setor imobiliário aumenta número de imóveis disponíveis na cidade

É espantoso andar pelo centro e periferia da cidade e perceber o número gigantesco de imóveis que carregam em sua fachada uma placa, aviso ou pintura comunicando venda ou disposição para aluguel. O número de casas, apartamentos e lojas disponíveis em imobiliárias aumenta dia após dia e promove uma crise generalizada no setor da construção civil.
 
"A categoria está sendo afetada diretamente pela crise imobiliária da cidade. As empresas estão enviando rotineiramente cartas com dezenas de demissões. Os trabalhadores se aglomeram na porta do sindicato pedindo ajuda e procurando por emprego. Desde janeiro a situação ficou muito pior e a demanda de homologações aumentou muito. Todos os dias recebemos entre 30 e 50 rescisões de contrato de trabalho", comentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção em Geral e do Mobiliário de Mossoró e Região Oeste do RN (Sintraconm/RN), Francisco Neves.
 
O representante sindical afirma que hoje já há uma demanda de desempregados na categoria muito grande, e que a falta de investimentos públicos contribui muito para o quadro. "Parte dessa situação se dá pelo fato de não termos obras públicas na cidade. A prefeitura encerrou seu último trabalho no início do mês, nas obras do Governo do Estado, grande parte dos contratados vem de Natal ou de outros estados. Apenas 20% dos trabalhadores são de Mossoró e isso é muito ruim para a cidade como um todo, já que os contratados terminam o serviço e voltam para as suas cidades", explicou.
 
A consultora imobiliária Angélica Regina confirmou que a situação deste ano é pior do que a dos anos anteriores e afirmou que o quadro é bem mais sensível para quem tenta vender um imóvel do que para quem tentar alugar. Ela explica que com a saída de grandes empresas da cidade, o mercado sofreu uma desaquecida, e que é hora de repensar preços e valores dos imóveis.
 
"Com a falta de investimentos na cidade, e chegada de novas pessoas que vinham para empresas como a Petrobras, casas que antes eram muito valorizadas passaram a se desvalorizar, muitas pessoas foram embora e seus imóveis não conseguem ser vendidos. É uma lógica que atua a partir de uma demanda que era alta, e que agora não é mais. Vejo muitos clientes que não entendem que casas que alugariam antes por R$ 600, R$700, hoje não terão o mesmo apelo", narrou Angélica.
 
Para Jorge do Rosário, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom), o momento econômico de Mossoró, assim com de todo o país, é muito complicado, e setores como a construção civil são completamente afetados pela iminência de uma recessão.
 
 "No cenário local, especificamente, temos mais de quatro anos de seca, e enfraquecimento do setor fruticultor, tivemos a diminuição maciça de investimentos da Petrobras na cidade e a indústria do sal está desaquecida, visto que o produto está completamente desvalorizado. Aliado a isso, tivemos muita instabilidade política na cidade nos últimos anos, o que influi na falta de investimentos. Estamos sentindo falta de obras públicas, que são fundamentais para animar nosso setor", conclui Jorge.

Mais de 5.600 demissões marcam os dois primeiros meses do ano no município

Os números de demissões em Mossoró têm atingido resultados alarmantes, e que preocupam cada vez mais a sociedade. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),entre janeiro e fevereiro deste ano 5.621 pessoas foram demitidas em Mossoró. O balanço do Caged avalia os postos de trabalho da cidade, se baseando no número de demissões e admissões no período. Nos dois primeiros meses de 2015, Mossoró perdeu 1.313 postos de trabalho.
 
De acordo com um levantamento apresentado no site da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM), foram criados, durante o ano passado, 2.150 empregos na cidade. Apesar do resultado positivo, a queda na geração de trabalho na cidade é gritante. No ano de 2010, por exemplo, o balanço de empregos formais gerados na cidade foi de 5.683, o dobro do último registro.
 
A chegada recente de um callcenter na cidade foi comemorada pelos gestores como grande atrativo de empregos para Mossoró, abrindo mais de mil vagas formais de trabalho. De acordo com o professor Emanoel Márcio, porém, o impacto causado pela empresa é muito pequeno no panorama da cidade, principalmente pelos baixos salários pagos.
 
"Diante da queda de setores fundamentais para Mossoró como a fruticultura e o petróleo, a vinda de uma empresa de grande porte ajuda a melhorar os números de empregados na cidade, mas só isso. Economicamente falando, ela aquece muito pouco o mercado, porque seus funcionários ganham um salário mínimo, ou pouco mais", explicou.
 
Segundo os dados divulgados pelo último balanço do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Mossoró possui 15% de indivíduos considerados pobres. O balanço é realizado a partir da proporção dos indivíduos com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a R$ 140,00. Segundo o mesmo balanço, os 10% mais ricos de Mossoró detêm 42% de toda a riqueza produzida, um panorama que exprime uma desigualdade social.

Fonte: O Mossoroense
Por Cláudio Palheta Jr



ESTADUAL RN 2015 
 
SEGUNDO TURNO
 

  1ª RODADA

ABC 2x0 Alecrim
Globo 2x1 Baraúnas  
Santa Cruz 2x0 Palmeiras

Por Gutemberg Dias*

UM OLHAR CRÍTICO SOBRE MOSSORÓ


Tive a oportunidade de participar do processo de construção do Plano Diretor de Mossoró que em sua essência deveria responder a uma simples pergunta: “qual a Mossoró que nós queremos?”. Muitas foram as discussões, umas até nem tão técnicas, mas o que é fato é que o tempo passou e a pergunta que precisa de resposta ainda persiste. Qual a Mossoró que nós queremos?

O Plano Diretor tem um papel importante para o planejamento urbano, mas não é o documento único para balizar as mudanças gerais que o município precisa implantar. Isso é fato só pela necessidade de revisão dos planos diretores após um certo tempo, coisa que a gestão municipal de Mossoró vem deixando em segundo plano.

O cerne da discussão sobre a cidade que queremos está na visão de futuro que a administração tem para o município. Infelizmente parece que os gestores eleitos não gostam de trabalhar com cenários e planejamento, usam essas palavras apenas para incrementar seus discursos carregados de promessas e frases de efeitos a espera dos aplausos.

Analisando a Mossoró de ontem e a Mossoró de hoje que deveria já ter a resposta à pergunta balizadora do plano diretor, não vejo mudança que eu possa dizer é essa a cidade que eu quero. Os problemas que deveriam ter sido solucionados pelo gestão municipal continuam evidentes e com maior intensidade afligindo o povo dessa cidade. Saúde, educação, desenvolvimento econômico, turismo entre outros continuam sem diretivas capazes de sair do trivial e mostrar números alvissareiros.

A economia que é base do desenvolvimento de qualquer cidade está sofrendo com a crise do ciclo do petróleo. Essa crise já estava anunciada a mais de 6 anos e infelizmente os gestores municipais não a colocaram na ordem do dia para que cenários fossem apresentados na perspectivas de encontrar soluções antes do problema se instalar de vez. Nenhum plano foi pensado no passado e a atual gestão não tem nenhum em andamento com vistas a dar respostas a esse problema que se agrava dia após dia.

A saúde segue o mesmo drama. Já faz muito tempo que a gestão municipal investe suas fichas nas UPA’s, fazendo das tripas coração para inaugurar as unidades, mesmo que elas não tenham a condição ideal de funcionamento. Nesse sentido o que fala alto é o marketing no entorno de uma inauguração de um equipamento importante.

Porém, o problema maior está na falta de consciência dos gestores em não investir na atenção básica que é onde tudo começa e onde parte dos graves problemas na saúde pública poderiam ser resolvidos.

Investir na Atenção Básica significa levar saúde em grande escala ao povo e, sobretudo, levar a prevenção, desafogando os equipamentos de saúde de média e alta complexidade. Hoje em Mossoró a rede básica de saúde está extremamente sucateada e a atual gestão faz de conta que o que vale são as três UPA’s funcionando, mesmo que de forma precária, para resolver o problema da saúde pública do município.

Infelizmente Mossoró elegeu nos últimos anos gestores medíocres que preferem usar a cidade para seus propósitos pessoas em detrimento de tentar fazer dessa cidade, que tem inúmeras vocações, um exemplo real de prosperidade econômica e administrativa. Por não estarem planejando a cidade que queremos, seremos obrigados a amargar os problemas sociais e econômicos que pequenos municípios estão submetidos pelo Brasil.

Um pacto pelo município deveria ser proposto pela atual gestão, buscando unir os setores produtivos da economia, a academia, os poderes institucionais e a sociedade civil organizada no tocante a encontrar um novo caminho para colocar essa cidade no trilho do desenvolvimento novamente. Para isso é necessário o atual gestor exercitar sua humildade e reconhecer que nem tudo são flores como a propaganda municipal alardeia pelos mais diversos veículos de comunicação.

Tenho a convicção que todos os atores citados acima estarão dispostos, de alguma forma, para sentarem e buscar resposta a pergunta do início desse texto, ou seja, “qual a  Mossoró que nós queremos?”.

*Gutemberg Dias é empresário, mestre em Recursos Naturais e geógrafo.

domingo, 29 de março de 2015


CRISE BATE À PORTA DA 

PREFEITURA DE MOSSORÓ


Diante da crise econômica em nível nacional que tem atingindo a Prefeitura Municipal de Mossoró, a exemplo do que tem ocorrido com todos os municípios brasileiros, não está descartado nem mesmo o corte dos salários do prefeito, do vice, de secretários municipais e de integrantes do segundo escalão.

Foi o que anunciou o secretário municipal de Planejamento, Josivan Barbosa, em entrevista concedida ao Jornal Difusora, nesta sexta-feira, 27.

Josivan Barbosa declarou que os cortes nas despesas se fazem necessários e começam neste primeiro pacote.

Veja as primeiras medidas que entram em vigor neste sábado, 28 de março:

I – Corte de 50% nas despesas com passagens e diárias em relação aos valores gastos em 2014
 
II – Corte de 20% em gastos com energia elétrica, combustível, água e telefone
 
III –  Corte em novos contratos de prestação de serviços, de consultoria, de locação e reformas de imóveis, de veículos, máquinas e equipamentos
 
IV – Corte em aditivos de contratos que impliquem no aumento de custos
 
V – Suspensão de todas as licitações para obras e engenharia civil, exceto os que são oriundo de recursos federais
 
VI – Suspensão em participação em cursos, seminários, congressos e simpósios
 
VII – Suspensão da realização de eventos, recepções, solenidades, inaugurações e outros eventos que impliquem em custos ou apoio a eventos realizados por terceiros
 
VIII – Suspensão na concessão de horas extras para serviços públicos e efetivos e realização de novos concursos públicos para provimentos de cargos efetivos.


Fonte: Blog de Carlos SkarlacK

IMPLANTAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA 

SEGUE COM ATRASO NA UFERSA


O cronograma para instalação do curso de Medicina na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) está atrasado e ainda não há uma data prevista para o início das obras de construção dos Centros de Saúde que abrigarão os cursos tanto em Mossoró como em Assu. O projeto arquitetônico e paisagístico da obra já está pronto desde o mês de agosto do ano passado.

O reitor da Ufersa, José Arimatea de Matos, explica que a obra deveria ter sido iniciada no ano passado, no entanto alguns recursos que deveriam ter sido liberados não foram, e impossibilitaram os trabalhos. “O projeto está pronto e alguns recursos já foram aprovados pelo Governo Federal. Agora nós estamos aguardando apenas a divulgação do decreto de execução do orçamento que deverá sair em breve e assim que isto ocorrer e for possível, nós queremos começar a construção imediatamente”, informa o reitor, mas ainda sem previsão para quando isto deverá acontecer. “Pode ser que seja ainda neste semestre ou no próximo. Quando dependemos de assuntos burocráticos e liberação de recursos, o tempo não anda como a gente gostaria”, complementa.

Arimatea ressaltou que o concurso para contratação dos professores já foi realizado e, inclusive, alguns profissionais já estão sendo empossados. Os 34 primeiros professores selecionados pelo concurso irão compor o núcleo estruturante do curso de Medicina da Ufersa, isso inclui participação em cursos de formação em docência, capacitação pelo Governo Federal e ainda participação no processo de consolidação no Projeto Pedagógico de Curso (PPP).

O PPP é um dos instrumentos mais importantes na construção de um curso de graduação, visto que é nele que consta toda documentação desde a criação, a ementa das disciplinas e o perfil metodológico do curso. E é justamente esse último ponto um dos diferenciais do curso de Medicina da Ufersa. Com a nomenclatura de “Metodologia Ativa”, a proposta é fazer com que os estudantes de graduação em Medicina já estejam inseridos na rede local de atenção à saúde desde o primeiro semestre letivo.

O Curso de Medicina chega à Ufersa através do Programa Mais Médicos e do Plano Nacional de Expansão e Interiorização do Ensino Superior. Serão ofertadas 140 vagas de Medicina distribuídas entre dois Centros de Saúde.
Assinado pelos profissionais da Superintendência de Infraestrutura (SIN) da Ufersa, o projeto já prevê a ampliação no número de vagas e, futuramente, a criação de novos cursos na área da saúde. Somente para a infraestrutura o investimento é superior a R$ 20 milhões,
Fonte: Gazeta do Oeste 

GLOBO BATE O BARAÚNAS NO BARRETÃO

Jogando para um público de apenas 267 torcedores, o Globo FC venceu o Baraúnas por 2 a 1 neste sábado, em partida realizada no Estádio Barretão. Os gols da Águia foram marcados pelos atacantes Romarinho, aos 29 minutos do primeiro tempo, e Marcel, aos 34 do segundo tempo. O Leão do Oeste descontou com o centroavante André Tavares, aos 12 minutos do segundo tempo.
Com o resultado, o Tricolor de Ceará-Mirim assume a vice-liderança do segundo turno com três pontos, mas perde no saldo de gols para o ABC, que derrotou o Alecrim por 2 a 0 no Frasqueirão.
Na próxima rodada, o Globo FC encara o Alecrim no domingo, às 17h, em local ainda a ser definido pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF). O Baraúnas joga contra o Santa Cruz-RN no sábado, às 16h, no Estádio Walter Bichão, em Macau.
Fonte: Globo Esporte RN - Foto: Kaline Rodrigues

sábado, 28 de março de 2015


EM EDITORIAL, PORTAL NO AR RESPEITA 

DECISÃO JUDICIAL, MAS REAFIRMA 

DIREITO À CRÍTICA


Portal No Ar publica nesta sexta-feira (27) editorial em que critica a tentativa de cerceamento da liberdade de imprensa. O texto foi motivado depois que o repórter Dinarte Assunção foi condenado depois de ter escrito um artigo de opinião no qual questionava o uso de caixões com timbre das administração municipal de Mossoró. Ao narrar esse fato, o jornalista comparou o caso a Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, a fictícia cidade de O Bem Amado, de Dias Gomes.

Para o Ministério Público do Rio Grande do Norte, o artigo atingiu a honra do prefeito. O parquet pediu a condenação do jornalista e a juíza Welma Maria de Ferreira, de Mossoró, acolheu, fixando pena de 2 meses e 20 dias de detenção, convertido em multa de quase R$ 4 mil.

Confiram o editorial:

DIREITO DE CRITICAR

Não. O nome do jornalista Dinarte Assunção não deve ser lançado no rol dos culpados. Nem deve ter seus direitos políticos suspensos. Tampouco ofendeu a dignidade de Sua Excelência o Prefeito de Mossoró.

Qual foi, então, o “crime” cometido pelo colega de redação deste Portal Noar? Não xingou, não distribuiu impropérios, não insultou. Opinou sobre um desastrado programa assistencialista. E, para contextualizar, fez um ligeiro e oportuno passeio pela obra do dramaturgo Dias Gomes.

O texto de Dinarte é irreparável. Como o leitor poderá acompanhar, a foto do ataúde é autêntica e foi o objeto de inspiração do redator na prosa a seguir.

Em 19 de agosto de 2014, texto postado às 16h34:

Título: “Quando Silveira Júnior encontra Odorico Paraguaçu”

A narrativa:

“Fábrica de enredos memoráveis, Mossoró nos brinda com mais uma história dantesca. 

Amanhecemos com a revelação de que a administração municipal ordenou o timbre da gestão nos ataúdes distribuídos a quem por eles não pode pagar.

Um caixão em si já vem coberto de dores. Timbrado pela administração se cobre de uma perplexidade que indigna e questiona: qual a necessidade de, até na morte, lembrar ao mais carente a relação de dependência que tem com o mandatário do momento encastelado no Palácio da Resistência?

Os feitos de Silveira Júnior me remeteram a Odorico Paraguaçu, o cômico prefeito de `O Bem Amado` que transformou em obsessão seu desejo em inaugurar o cemitério de Sucupira.

Silveira e Odorico estão separados da realidade e ficção por uma fina camada de ironia.

Em morte, Odorico realizou seu desejo. Seu esquife desceu à terra e inaugurou o cemitério.

Em vida, Silveira vê o símbolo de sua gestão se confundir com caixões que encerram a própria morte.

É intrigantemente curioso.

Sobretudo quando a morte política se avizinha sobre a gestão do homem que prometeu fazer tudo diferente e repete, evocando Gabriel Garcia Marquez, os erros das extirpes que condenaram Mossoró à eterna solidão.”

Onde está a injúria? No dia seguinte, 20/08/2014, a municipalidade contestou o material publicado. Admitiu o flagrante (foto), mas alegou que “se trata de uma exceção.” Qual? Não, a marca no ataúde não era da prefeitura. A culpa teria sido do fornecedor.

JURISPRUDÊNCIA

O alcaide não ficou satisfeito com a publicação da sua versão e judicializou o caso. O Ministério Público ofereceu parecer opinando pela procedência parcial da queixa-crime e o juízo singular julgou procedente o pedido (crime de injúria).

Cabe recurso, lógico.

Ah! Não cabe ficar indignado com o “decisum”.

Como não? A redação deste Portal NoAr respeita o contraditório, preserva valores e sabe o tamanho do alcance do bodoque quando está em jogo o direito ao exercício da crítica, principalmente quando se trata de pessoa pública.

Outras vozes mais abalizadas nos levam a acreditar que há liberdade de imprensa neste País. Como o Excelentíssimo Senhor Ministro Celso de Melo, do STF:

“Enquanto projeção da liberdade de pensamento e de comunicação, a liberdade de imprensa reveste-se de conteúdo abrangente por compreender, dentre outras prerrogativas relevantes que lhe são inerentes, a) o direito de informar; b) direito de buscar a informação; c) o direito de opinar e d) o direito de criticar – por  mais dura e veemente que seja – em face de pessoas públicas.”

Evidente que este não é o lugar apropriado para pré-questionamentos e discussão de mérito.
À luta!

Fonte: Portal no Ar