terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ISSO É UMA VERGONHA!


DESEMBARGADOR CHAMOU POLICIAIS DE 

CAGÕES, AFIRMA ALEXANDRE AZEVEDO

 Desembargador Dilermano Mota

“A respeito do incidente na Padaria Mercatto, envolvendo o Des. Dilermano Mota, ocorrido no último domingo (29/12/2013), venho a público externar a minha versão, objetivando esclarecer os fatos.

Por volta das 10 hs, estávamos, eu e minha esposa, lanchando na Padaria quando presenciamos um senhor, que até então não sabia de quem se tratava, levantar-se bruscamente de sua mesa e ir de encontro ao garçom que acabara de servi-lo.

Este senhor, aos gritos, no meio do salão, dizia ao garçom que este não o havia atendido direito, deixando de colocar gelo em seu copo, e gritava pelo gerente, exigindo que o punisse naquele momento, e ele queria presenciar.

Não satisfeito com esse escândalo, este senhor puxou o garçom pelo ombro e exigiu que lhe olhasse nos olhos e o tratasse como Excelência, e disse que deveria ‘quebrar o copo em sua cara’.

Tal fato foi testemunhado por dezenas de pessoas que ali se encontravam. Presenciando aquela agressão injustificada, eu me levantei e intervi, dizendo ao senhor que ele não poderia fazer aquilo; não poderia humilhar alguém que estava ali para servir.

Nesse momento, o senhor se voltou contra mim, chamando-me de “cabra safado”, “endiabrado”, “endemoniado”, que “merecia ser preso”, chegando, inclusive, a pegar uma cadeira e dizer que iria “quebrar minha cara”, tendo sido contido por várias pessoas.

Eu repudiei a conduta deste senhor veementemente, perguntando quem ele pensava que era e se não tinha vergonha de ofender seus semelhantes daquela forma.

O Desembargador Dilermano Mota, identificando-se como tal, acionou a Polícia Militar, que deslocou imediatamente quatro viaturas para atender o chamado, tendo, o oficial que atendeu a ocorrência, depois de sondar as dezenas de pessoas que se aglomeravam no salão da Padaria, identificado a inexistência de qualquer crime cometido por mim.

Em razão dos policiais não terem me prendido, o desembargador, aos gritos, adjetivou-os de “um bando de cagão”.

Devo deixar claro que não conhecia o Desembargador, tampouco o garçom. A minha atitude de revolta e indignação ao presenciar uma profunda injustiça foi a de um cidadão consciente, como todos devem ser. E teria a mesma reação, ainda que não se tratasse de um magistrado. Quem quer respeito, se dá o respeito.

Finalizo citando Darcy Ribeiro quando dizia “só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca”


Alexandre Azevedo

Fonte: Jornal de Hoje
PREFEITURA DEVOLVE

 CARRO ALUGADOS


O prefeito entregou, na manhã desta segunda-feira, 30, treze carros alugados pela Prefeitura de Mossoró com o objetivo de reduzir gastos. A iniciativa implicará numa economia de cerca de R$ 800 mil por ano.

“Essa redução faz parte de um conjunto de cortes que fazemos para economizar recursos, que serão investidos em outras áreas. Quero reafirmar que nenhum desses cortes afetará os serviços prestados a população”, informou o prefeito.

Além da contenção nos alugueis de carros, o prefeito determinou a redução da coleta dos resíduos da construção civil, que é de responsabilidade do gerador do entulho. “Faremos uma campanha educativa para conscientizar os mossoroenses sobre sua responsabilidade em recolher o entulho de suas construções civis”, declarou.

De acordo com o secretário da Administração, Sebastião Almeida, a entrega dos carros corresponde a uma redução de 15% do contrato com a locadora de veículos. “Nossa finalidade única é economizar para investir em outros segmentos de maior relevância”, disse o secretário, afirmando que os motoristas desses carros serão relocados para setores que necessitam do serviço.

Participaram da solenidade a secretária da Comunicação Social, Mirella Ciarlini, a assessora especial, Glaudionora Silveira, e o Oficial de Relacionamento Institucional, Fábio Bento.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social - PMM 

 O DESEMBARGADOR "SUPERCIDADÃO"

 E O GARÇON: OU, "VOCÊ SABE COM 

QUEM ESTÁ FALANDO!?"


Ocasionalmente, no dia-a-dia, nos deparamos com situações e cenas que são extremamente representativas dos dilemas, mazelas e persistências históricas da sociedade brasileira. A seletividade social com que operam as instituições e as pessoas, a corrupção capilarizada, a suavização da desigualdade social, etc.. Eis que, num pequeno vídeo gravado na pomposa padaria Mercatto, em Lagoa Nova, vemos, ao que parece, um flagrante dos mais típicos ritos brasileiros, “O você sabe com quem está falando?!”. Na cena, assistimos uma discussão entre um cliente e o Desembargador Dillermando Motta. A razão, conforme informações do próprio estabelecimento foi por conta da atitude do excelentíssimo magistrado que humilhou e destratou um garçom da padaria. Ao contrário do excelentíssimo, o cliente, numa atitude verdadeiramente republicana, indignou-se e passou a travar um áspero bate-boca com o Desembargador, o qual, por sua vez, o acusava de estar “endiabrado”. Na verdade, o cliente defendeu exatamente aquilo que o juiz deveria acima de tudo zelar, o sentido de justiça e igualdade.

A cena vexatória e lamentável não se encerra por aí. Em sua reação às censuras e ao esbravejar encoleirado do cliente, o desembargador Motta, então, valeu-se de sua posição de autoridade, e deu voz de prisão ao cliente da Mercatto – telefonando para o comando da Polícia Militar que, rapidamente, enviou quatro viaturas ao local.

O episódio é revelador da natureza hierárquica das relações sociais da sociedade brasileira – e do persistente personalismo e vícios coloniais da sociedade potiguar. De um lado, o autoritarismo e a descortesia e incivilidade dos poderosos e privilegiados para com os desfavorecidos – a soberba, a prepotência, a humilhação e o desrespeito por parte de clientes contra vendedores, garçons, caixas de supermercado, telefonistas, atendentes, empregadas domésticas formam parte do já árduo cotidiano desses empregos. De outro, pra complementar, a supercidadania de uns poucos que usufruem – porque só tem direitos, e não deveres -, por sua posição social, de privilégios que os demais mortais e cidadãos não gozam plenamente como se deveria, sendo transformados, por isso, em subcidadãos cujos deveres são muito mais reais e efetivos do que o gozo dos direitos. Afinal, é de se impressionar a celeridade e a prestatividade da Polícia Militar que, prontamente, mobilizou 4 viaturas para apaziguar um mero bate-boca e para atender o pedido do excelentíssimo. Porém, indago, e se fosse o garçom a chamar a mesma Polícia Militar para denunciar o desembargador? O que aconteceria? Deixo a resposta ao leitor.

Ao que parece, mesmo quando os “supercidadãos” humilham, constrangem e abusam, eles contam com todo o apoio e suporte das instituições para lhes proteger e lhes assegurar a razão e seus privilégios de status e autoridade. Sobretudo no judiciário, que, no Brasil, consiste numa verdadeira “nobreza de estado”, o comportamento aristocrático diante dos mais “comuns” é quase regra, inclusive quando os magistrados estão fora de seus tribunais, como no imbróglio da Mercatto. Especialmente em estados como o Rio Grande do Norte, cujos traços históricos do coronelismo e do provincianismo colonial são ainda fortes, o Estado, em suas camadas mais altas, é um instrumento de aristocratização e de distinção social, e não um canal que deve servir a sociedade. É esta a concepção que anima a nossas elites do poder. Daí o uso da máquina em proveito pessoal.

Para os “supercidadãos”, ao contrário do que apregoa a noção de cidadania, não existem deveres nem contrapartida, somente direitos. Mais do que um péssimo exemplo de civilidade, o que, com efeito, o comportamento do desembargador dirigido contra o trabalhador e o cliente que o questionou mostra é o quão frágil é a noção de cidadania e igualdade nas relações sociais. A ideia de cidadania entre nós, brasileiros, é extremamente recente. Há não muito tempo, e, creio, ainda hoje, “cidadão” possui um sentido tipificador pejorativo para designar indivíduos de comportamento suspeito ou que foram flagrados em infração: “É aquele cidadão ali” ou “Este cidadão aqui”. Não por acaso, a PM é quem mais se vale da palavra “cidadão”.

Mais ainda: a ideia de que todos são iguais é algo, ainda, chocante para uma sociedade histórica e culturalmente tão hierárquica e autoritária quanto a brasileira, marcada por práticas escravocratas e anti-povo ao longo de sua história – inclusive na República. É a partir dessa matriz cultural que o comportamento do desembargador deve ser entendido e analisado, como sintomático da realidade social brasileira, especialmente do famigerado“Você sabe com quem está falando?!”.

arrogante2A atitude do desembargador durante a discussão é um cristalino exemplo do “Você sabe com quem está falando?!”, que é, conforme descreve-o perspicazmente o antropólogo Roberto Damatta, um rito de autoridade para colocar as coisas e as pessoas em seu devido lugar quando estas ousam contestar ou se esquecem do pacto social tácito acerca da posição e valor de cada qual na vida social. 

Esse rito visa repor a verticalidade social, pois ela por si só já garante um conjunto de vantagens sobre os que “não tem nome nem sobrenome”.

No episódio da Mercatto, uma face preocupante da magistratura emerge diante de todos. E não consiste no mau humor e na falta de paciência que por ventura acomete os excelentíssimos. Não.  Ao vermos o quanto se irritou o desembargador e o modo como reagiu contra o suposto “desacato” do cliente, ordenando sua prisão, o  que podemos concluir é que o aristocratismo togado, acostumado a dar ordens e à reverência submissa, não aceita questionamentos e cobranças. Ora, grupos e pessoas que não toleram críticas e questionamentos, que não as aceitam como atividades legítimas e direito de cidadãos livres, não estão devidamente preparados para a democracia.

“O você sabe com quem está falando” constitui um profundo obstáculo para tirar do papel as ideias de igualdade e cidadania no Brasil – e condutas como a vista na padaria Mercatto só reforçam, ainda mais vindo de alguém cujo ofício é zelar pela lei e as garantias legais. Por isso, não entendamos o episódio do desembargador Dilermando Motta como um caso individual, isolado, uma cena de destempero pessoal e de excesso. É bem mais grave e revelador. É preciso repudiar, criticar e cobrar os devidos esclarecimentos e apurações. Uma sociedade comprometida com a igualdade, o grande triunfo das democracias, não pode de modo algum tolerar ou ser cúmplice por tais atitudes. Assim como o garçom e o cliente da padaria, qualquer dia pode ser um de nós, meros mortais e plebeus, a esbarrar com estes nobres e aristocratas diplomados e de anel no dedo.


 TSE CANCELA NOVA ELEIÇÃO EM 

MOSSORÓ E MANTÉM DEPUTADA 

LARISSA ROSADO NO CARGO


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu suspender nesta segunda-feira (30) a eleição suplementar que aconteceria no dia 2 de fevereiro em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. O mandado de segurança impetrado pela defesa da prefeita cassada Cláudia Regina (DEM) foi acatado pelo ministro Marco Aurélio Mello. Com a decisão, a eleição está suspensa indefinidamente. O mesmo ministro decidiu nesta segunda pela manutenção da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) no cargo. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) havia decidido pelo afastamento da parlamentar, que também teve a inelegibilidade decretada.

“O ministro definiu que de fato a eleição não pode ser realizada sem que se esgotem as questões recursais sob risco de haver prejuízo para a administração”, explica o advogado Kennedy Diógenes, que defende Cláudia Regina. Apesar da suspensão do processo eleitoral, Cláudia Regina permanece afastada do cargo, atualmente ocupado pelo presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco Júnior. O parlamentar será prefeito até nova decisão judicial.

A volta da prefeita cassa ainda depende da análise de uma medida cautelar que pede a suspensão dos efeitos de três processos de cassação. No total, Cláudia Regina já foi cassada 13 vezes e afastada do cargo em três oportunidades, a última delas no dia 4 de dezembro.

No caso de Larissa Rosado, a deputada estadual continuava no cargo porque a publicação do acórdão com a decisão do TRE não teve tempo de ser publicada em virtude do recesso no Tribunal, que condenou a parlamentar no dia 19 de dezembro. Na época da condenação, Larissa Rosado havia afirmado estar com a consciência tranquila em relação à decisão do TRE.

“Estou convicta de que a Justiça será restaurada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a quem caberá a palavra final sobre o caso. O TSE, a propósito, já deliberou acerca dos motivos da cassação e, relativamente a eles, anulou por completo as multas, considerando que agi dentro da Lei”, diz a nota enviada pela deputada estadual.

Fonte:Globo



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

SEGUNDO MÉDICO: SCHUMACHER

 ESTÁ LUTANDO PELA VIDA


O estado de saúde do piloto Michael Schumacher ainda é crítico, dizem os médicos. O alemão, que se envolveu em um grave acidente enquanto esquiava em Saboia, na França, foi submetido a uma intervenção cirúrgica, no hospital de Grenoble, e segue "lutando pela vida".

"Ele está em uma situação crítica. Podemos dizer que o seu prognóstico de vida é incerto. Seu estado é muito grave", declarou o Dr. Jean-François Payen, do hospital de Grenoble, em coletiva de imprensa. 

"Ele foi colocado em coma artificial. Tentamos reduzir o edema cerebral, tanto quanto possível, para reduzir a pressão no cérebro. 
Ele foi operado uma vez, a intervenção ocorreu sem grandes dificuldades", disse o médico. Atualmente não há outras cirurgias planejadas.

Payen também afirmou que o quadro do ex-piloto só não é pior porque ele estava usando capacete no momento do acidente. Os médicos não falaram sobre possíveis sequelas, mas Schumacher ainda corre risco de morte.

"É muito cedo para falar do futuro. Por ora, não falaremos sobre sequelas. Nós falamos de tratamentos e trabalhar hora a hora. Nós vamos tentar ganhar tempo e tentar nos dar algum tempo também. 
Nós sabemos exatamente o que esperamos desses tratamentos", completou Payen.   

O porta-voz do hospital também falou com a imprensa e revelou que o ex-piloto poderá ter sequelas: "Infelizmente, ele tem algumas lesões em seu cérebro".

Em comunicado anterior, foi esclarecido que o ex-piloto de Ferrari e Mercedes havia sofrido um "traumatismo craniano grave". Ele acabou sendo induzido ao coma e necessitou de uma imediata intervenção neurocirúrgica.

'Schummi', de 44 anos, esquiava com seu filho fora das pistas sinalizadas da estação de Méribel de esqui, e acabou sofrendo um acidente ao bater a cabeça contra uma pedra. No primeiro momento, ele ainda encontrava-se consciente, antes de ser levado ao hospital local. Quando os médicos constataram a gravidade do ocorrido, ele foi transferido para o hospital da cidade de Grenoble.

Esqui é uma das atividades favoritas de Schumacher, que possui uma residência na estação de Méribel. A região integra um dos centros de esqui mais importantes dos alpes franceses.

Fonte: UOL Esporte
 

BRASIL SÓ FICA ATRÁS DE GÂMBIA EM

 AUMENTO DA TAXA DE JUROS EM 2013


Em 2013, o Brasil só perdeu para a Gâmbia entre os países que mais tiveram aumento da taxa de juros, de acordo com lista do site Central Bank News, que compila dados de 90 países.

O aumento brasileiro no ano foi de 2,75 pontos percentuais, levando a taxa de juros a 10%, quase o dobro da média dos países pesquisados, de 5,44%. O aumento na Gâmbia chegou a 6 pontos percentuais, elevando a taxa de juros do país africano a 18% ao ano.

Aumentos da taxa de juros em 2013


A taxa básica de juros (Selic) é o instrumento usado pelo governo para controlar a alta da inflação --que, no acumulado do ano, está em 5,85%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial.

Quanto mais alta a taxa de juros, mais caro fica para o comprador tomar dinheiro emprestado ou financiar compras, o que faz com que, em tese, o consumo e o preço dos produtos caiam.

O aumento deve continuar em 2014, mas a tendência é que seu ritmo desacelere no Brasil. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (23), a projeção é que os juros aumentem 0,5 pontos percentuais até o final de 2014, mesmo com a projeção de aumento do IPCA em 5,97%.

Em 2013, Gâmbia e Brasil foram seguidos pela Indonésia, com aumento de 1,75 ponto percentual na taxa de juros, que foi para 7,5%. A República Dominicana ficou em quarto lugar, com aumento de 1,25 ponto percentual em 2013, indo para 6,25%.

Segundo a mesma lista, os países que mais baixaram sua taxa de juros foram Serra Leoa, que teve queda de 8 pontos percentuais, indo para juros de 12% ao ano; Bielorrússia, que teve queda de 6,5 pontos percentuais, indo para juros de 6,5%; e a Hungria, que teve queda de 2,75% em sua taxa de juros, que foi para 3%.

 Fonte: UOL Economia



domingo, 29 de dezembro de 2013

A PARANOIA DOS ALGOZES


Uma leva de documentos inéditos do Serviço Nacional de Informações (SNI) detalha o período em que a ditadura brasileira, acuada pela campanha internacional contra a tortura e as prisões de opositores, monitorou jornalistas e a direção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A instituição, mostram os papéis de 1976, era considerada pelo regime uma entidade subversiva e a serviço do Movimento Comunista Internacional, cujo objetivo seria a “agitação e a desmoralização dos “órgãos de segurança do País no exterior”.

“Esta má fé, caracteriza a posição do seu presidente, Caio Mário da Silva Pereira, elemento esquerdista e anti-revolucionário, bem como do seu vice-presidente Heleno Fragoso, militante comunista e notório defensor de presos subversivos, inclusive, do recém expulso Padre François Jentel, como bem mostram os prontuários respectivos (Anexo U)”, revela o informe redigido em português pedestre obtido por CartaCapital. “A representação da OAB, encaminhando a denúncia dos subversivos presos, é mais uma tática do MCI para desmoralizar e intimidar os órgãos de segurança, visando à sua neutralização atual e extinção futura.”

Durante a gestão de Caio Mário da Silva Pereira, lembra o atual presidente do conselho federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, houve deliberadas tentativas de vincular a Ordem ao Poder Executivo, “especialmente quando os militares tentaram transformá-la em uma espécie de departamento do Ministério do Trabalho”. “Foi uma reação ao então presidente, visto até hoje como símbolo de resistência à tentativa de ceifar a independência da OAB”, explica, antes de ressaltar que Pereira e seu sucessor, Raymundo Faoro, eram defensores dos direitos humanos, mas não necessariamente de esquerda. “Se olharmos a literatura do Dr. Caio, vemos que não se tratava de um comunista. Ele prezava pelos direitos civis, mas também pela propriedade privada. Faoro tampouco era comunista. Mas em ambas as gestões, na tentativa de restabelecer a dignidade da pessoa humana, a Ordem buscou revelar o que ocorria nos porões da ditadura.”

O regime linha-dura
de Ernesto Geisel também demonstrava uma crescente preocupação com jornalistas e outros profissionais liberais, cujas ações eram monitoradas. Em 13 de março de 1976, uma lista com 127 nomes foi enviada ao comandodo I Exército, juntamente com a documentação relativa aos “elementos de interesse daquele grande comando”. Nomes como Mino Carta, Milton Coelho da Graça, Millôr Fernandes, Ziraldo Alves Pinto, Walmor Chagas, Ancelmo Rezende Gois e Nelson Werneck Sodré compõem a lista. Até um aliado da ditadura, o empresário Roberto Marinho, não escapou.


O mesmo documento de março de 1976 registra ainda um episódio que revela a proximidade do dono da Rede Globo com a alta cúpula do regime. “Roberto Marinho, que inicialmente se mostrou incrédulo, no que se refere à infiltração comunista no ‘‘complexo – O Globo’’, manifestou ao CMT do I EX a intenção de demitir 17 (dezessete) jornalistas. Tais elementos foram denunciados, pessoalmente, pelo = CMT do I EX, a Roberto Marinho, como sendo elementos do PCB.” Ainda segundo o despacho, as demissões não teriam ocorrido à época a pedido do próprio comandante do I Exército: “(...) o CMT do I EX aconselhou a Roberto Marinho a não despedir os jornalistas, a fim de aguardar os trabalhos de ação psicológica, com o propósito de desmoralizá-los”.

Preso em 1964 e 1975 e integrante do grupo de “elementos” monitorados, Milton Coelho da Graça foi chamado pelo próprio Marinho, em 1976, quando deixou o cárcere, para comandar revistas do grupo, entre elas História do Rock, Vela e Motor e Arte Hoje. Embora não se lembre de demissões por motivos políticos na editora, no jornal ou mesmo na TV Globo, ele se recorda de “O Globo estar cheio de agentes responsáveis por passar informações à polícia e ao serviço secreto”.

Apesar da célebre frase “Dos meus comunistas cuido eu”, dita por Marinho em 1964 ao general Juracy Magalhães, ministro da Justiça do marechal Castello Branco, Coelho da Graça cita uma lista entregue por Magalhães a diretores de veículos com nomes de jornalistas proibidos de trabalhar na imprensa, especialmente como redatores responsáveis por finalizar o texto. “Eles achavam que quem controlava o que saía publicado eram os copydesks”, relembra.

À época, a pressão contra o regime de Geisel ocorria em duas frentes. Enquanto, no plano interno, os ditadores eram pressionados por denúncias de tortura e mortes em instalações militares, como escancarado em um extenso documento elaborado por presos políticos apelidado de “Bagulhão”, no plano externo, diversas entidades na Europa e nos Estados Unidos condenavam a tortura.
 

O mesmo documento que cita a OAB como parte do MCI define a entidade como uma das responsáveis por engrossar o coro da “‘campanha da Tortura’ no Brasil, da qual faz parte a denúncia dos subversivos e representação da OAB”. “Com apoio de D. Hélder Câmara, essa campanha alcançou repercussão no exterior, onde passou a ser patrocinada pelo Amnesty International, entidade que assumiu a liderança dessas difamações, visando ao descrédito do nosso País.” O relatório cita também o Livre Noir –Terreur et Torture au Brésil, editado em novembro de 1969 na França, o italiano Livro Bianco – Tortura in Brasil, que data de 1970, além das denúncias de tortura publicadas no Tricontinental, da Ospaaal (Organização de Solidariedade aos Povos da Ásia, África e América Latina), e na revista equatoriana Polemica.

Líder ecumênico metodista e coordenador do grupo de trabalho da Comissão Nacional da Verdade que investiga o papel das igrejas na ditadura, Anivaldo Padilha lembra que a campanha internacional acuou os militares. “Não apenas denunciávamos a tortura, mas expúnhamos a falácia do milagre econômico e demonstrávamos que a tortura era parte de um política de Estado organizada como instrumento sistemático de interrogatório e meio de aterrorizar a população”, conta o ex-coordenador da campanha nos EUA. 

Apesar de a Anistia Internacional ter se unido ao grupo em 1976, os esforços começaram anos antes, por intermédio de dom Hélder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, que buscava denunciar a repressão no Brasil. Soma-se a isso o discurso do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter contra as ditaduras na América Latina, ainda durante a corrida à Casa Branca, em 1976.

O relatório elaborado
pelos presos e encaminhado pela OAB ao ministro Golbery do Couto e Silva, em 26 de novembro de 1975, cita não apenas métodos de tortura, mas nomes de agentes torturadores. Nele, 35 ex-presos políticos, entre eles o ex-deputado federal José Genoino e o ex-secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, relatam torturas a que foram submetidos, assim como prisões de advogados. O texto descreve métodos e instrumentos de tortura, como a “cadeira do dragão” (cadeira elétrica na qual a pessoa senta nu, com os pulsos amarrados aos braços da cadeira, e as pernas presas por uma trava), afogamento, “telefone” (aplicação de pancada com as mãos em concha nos dois ouvidos ao mesmo tempo), “soro da verdade” (uso de pentotal sódico ou barbiturato para produzir efeito de depressão gradativa dos centros bulbares), “tamponamento com éter” (aplicação de compressa embebida em éter na boca, nariz, ouvidos, pênis, vagina, provocando queimaduras), sufocamento, “crucificação”, e “injeção de éter” (que pode levar ao necrosamento dos tecidos atingidos).


Na análise do documento feita pelo SNI a Geisel, os militares revelam preocupação. “A cada denúncia de ‘torturadores’ ou de ‘desaparecidos’, e que traz como consequência a necessidade de processamento de dados para a elaboração das respostas esclarecedoras, ocorre, por outro lado, um surgimento de clima de desestímulo e de certa apreensão entre os componentes dos órgãos de segurança”, diz um dos informes. No mesmo texto, no qual confirmam as ordens para se torturar, como no trecho “cabe considerar que os elementos componentes dos Destacamentos de Operações Internas sempre atuaram no cumprimento das ordens emanadas dos escalões superiores”, lembram que “as providências para elaborar a informação sobre a denúncia formulada pela OAB concorreram para estimular o clima de apreensão”. Uma atmosfera que antevia o debate sobre a necessidade de punição dos repressores: “O objetivo imediato visado é o de dar continuidade à campanha no sentido de pressionar os órgãos de segurança, criando um clima para, no futuro, e, se possível, levar ao banco dos réus os integrantes mencionados”.

Fonte: CartaCapital

 

 PREFEITURA DE MOSSORÓ GASTA

 MAIS DE R$ 5 MILHÕES EM 

PUBLICIDADE EM 2013


Em um ano a Prefeitura de Mossoró gastou 5.689.172,65 em publicidade. O volume é insignificante do ponto de vista do total do Orçamento Geral do Município (OGM) de quase R$ 400 milhões usados até aqui, mas se comparado com o que o município usou para ajudar a manter a Liga de Estudos e Combate ao Câncer é por demais significativo.
 
A título de comparação, uma das primeiras medidas do prefeito interino foi quitar uma dívida de R$ 25 mil com a Liga em 11 de dezembro. O valor, que se quitado mensalmente totalizaria R$ 300 mil/ano, ajudou a custear 81 cirurgias de 120 pendentes.
 
O exemplo da Liga do Câncer não foi escolhido à toa. É que a administração da prefeita afastada Cláudia Regina (DEM) passou boa parte do ano atrasando os pagamentos à entidade. Mas outros exemplos para comparar com a comunicação poderiam ser usado como a Fundação Vingt-un Rosado que teve um convênio reduzido de R$ 18 mil para R$ 10 mil.

DESTINO

A maioria dos recursos da publicidade foram encaminhados para a Art & C Comunicação Integrada Ltda. Foram R$ 3.109.915,07 pagos ao longo do ano. Mais da metade do orçamento para a divulgação municipal.
 
A agência foi a responsável pela campanha eleitoral de Cláudia Regina nas eleições de 2012. Ela pertence a Arturo Arruda, filho do jornalista Cassiano Arruda Câmara, que, por sua vez, é sogro do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB).
 
Quem ficou em segundo lugar no ranking das agências que pegaram a maior parte dos recursos para a propaganda foi a J. C. DOS SANTOS - C & S Assessoria e Comunicação. A empresa abocanhou R$ 1.681.854,47.
 
A agência pertence ao jornalista César Santos, proprietário do Jornal De Fato.
 
A terceira empresa a receber mais recursos da Prefeitura de Mossoró é a FAZ Propaganda, do jornalista Ricardo Rosado, um dos sócios do Portal No Ar. Ela recebeu 57.580,98.
 
A maioria dos demais pagamentos foi feito a pessoas físicas.

Prefeito interino corta recursos
 para garantir UPA do BH

Na semana passada o prefeito interino Francisco José Júnior (PSD) anunciou cortes de R$ 1,5 milhão na comunicação. Uma das explicações é de que com os recursos economizados daria para abrir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Belo Horizonte até o mês de fevereiro.
 
Segundo o prefeito interino, em coletiva na última terça-feira, ele economizará os recursos para obter os quatro meses de manutenção da UPA como contrapartida para receber a verba federal a partir do quinto mês de funcionamento.
 
A secretária de Comunicação Mirella Ciarlini explicou que há um novo planejamento em curso. "Nós acreditamos mais em divulgação de campanhas. Não tenho como avaliar os critérios que eles (equipe de Cláudia) usavam. Estamos preocupados com uma comunicação que chegue à população", frisou.
 
Ela disse ainda que pediu às agências que mantenham contratos com os veículos de comunicação respeitando a abrangência de cada um deles. "Nosso planejamento é voltado para estratégias de divulgação", concluiu.

Ex-secretário de Comunicação diz que
 recursos são pequenos

Ex-secretário de Comunicação, Julierme Torres explicou que o volume de recursos para a comunicação esteve abaixo do esperado ao longo deste ano.
 
Segundo ele, para que toda a demanda fosse atendida era necessário um volume maior de recursos. "Se você pegar uma Prefeitura do porte da de Mossoró verá que é muito pouco o que gastamos. Não chegamos a 1% do Orçamento Geral do Município", frisou.
 
Ele citou que a administração tem a necessidade de fazer campanhas nas áreas de educação, saúde, trânsito e divulgação de eventos como Festa da Liberdade e Mossoró Cidade Junina.
 
Para ele o ideal era que fosse pelo menos 2% do Orçamento para a comunicação.
 
De acordo com Julierme, o volume seria ainda menor se comparado com os gastos da Câmara Municipal, presidida nos últimos dois anos pelo prefeito interino Francisco José Júnior (PSD). "Se comparar com a Câmara Municipal você verá que ela gasta 10% do duodécimo (repasse mensal do Executivo ao Legislativo) em comunicação", frisou.

Fonte: O Mossoroense 



sábado, 28 de dezembro de 2013

PREFEITO INTERINO DE MOSSORÓ 

EMITE NOTA DE ESCLARECIMENTO


O prefeito interino de Mossoró, Francisco José Júnior (PSD), emite Nota de Esclarecimento, à cerca de postagem do Portal No Ar, com o título "Prefeito interino de Mossoró recebeu propina de R$ 200 mil, acusa Polícia Federal".

Veja a nota na íntegra:

No dia 28 de dezembro de 2013, a poucos dias do início de processo eleitoral suplementar na Cidade de Mossoró – Estado do Rio Grande do Norte, o sítio eletrônico designado “portalnoar.com” publicou matéria de forte tom afirmativo e de conteúdo claramente acusatório onde apontou a mim, Francisco José Lima Silveira Júnior, atual prefeito da Cidade de Mossoró, como recebedor de propina para votação em projeto de lei que supostamente visaria favorecer a formação de cartel no mercado de combustível local.

Trata-se de referência superficial e claramente tendenciosa a uma operação policial que não é atual e tampouco conta com qualquer decisão judicial acerca de seu mérito.

Aliás, o título da matéria, seu tom afirmativo e sensacionalista causaria séria estranheza a qualquer leitor, acaso não restasse bem óbvio que o texto em questão visa tão e somente causar prejuízos políticos à minha pessoa, julgando-me por antecipação e sem provas. Acrescento ainda que todos os meus telefones e de meus assessores permanecem ligados ininterruptamente e não receberam qualquer ligação do referido portal de notícias ou de seus representantes.
Quanto aos fatos, no entanto – que é o que importa – tenho a esclarecer que jamais recebi qualquer propina ou intermediei qualquer ajuste junto a empresários locais com vistas a negociar a prática dos atos legislativos inerentes às minhas atribuições enquanto vereador, atribuições estas que exerci com dedicação, empenho e honestidade.
É tudo fruto de meras presunções e conjecturas desprovidas de provas, inclusive porque eu, então na condição de vereador, VOTEI CONTRA as reivindicações dos donos de postos desta Cidade de Mossoró, o que resta, isto sim, DEVIDAMENTE REGISTRADO NAS GRAVAÇÕES DAS RESPECTIVAS SESSÕES LEGISLATIVAS.

Vale recordar mais ainda que não há registro de participação minha em reuniões com quaisquer empresários locais para os fins da injusta acusação em questão, especialmente porque isto não ocorreu.

Esclareço à sociedade mossoroense que o reavivamento de tais injustas acusações não haverá de prejudicar nosso trabalho junto à Prefeitura de Mossoró, inclusive no que pertine às determinações de auditagens e medidas outras que visam definir a real situação enfrentada pela municipalidade.

Não ignoro que minha atuação como Prefeito tem contrariado interesses de grupos políticos já postos há algum tempo, sendo essa certamente a razão de se trazer à tona acusações inverídicas e que têm propósito específico de denegrir minha imagem junto à população mossoroense.

Por fim, agradeço a solidariedade dos muitos que conhecem a correção de minha conduta.

Atenciosamente,
Francisco José Jr.


PREFEITO INTERINO DE MOSSORÓ 

RECEBEU PROPINA DE R$ 200 MIL


O prefeito interino de Mossoró, Francisco José Lima da Silveira Júnior (PSD), é apontado em relatório da Polícia Federal como articulador e suspeito de receber propina de um grupo de empresários acusados de patrocinarem cartel de gasolina na cidade.

O texto, de 237 páginas e obtido com exclusividade pela reportagem do portalnoar.com, implica vereadores citados na Operação Vulcano, deflagrada em 2012. Especificamente sobre Silveira Junior, o relatório da PF cita o recebimento de R$ 200 mil, quantia supostamente paga para Silveira, à época presidente da Câmara de Vereadores, articulasse a votação de um projeto que restringia a concorrência do mercado de combustíveis, beneficiando o grupo acusado de cartel.

“Foi apreendido seu computador pessoal em sua residência onde foi encontrada planilha de ABRIL/2012 que consta uma RECEITA no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), montante este identificado como “1 PARCELA M” e com data de recebimento em 25/04. No documento, consta logo abaixo da receita de R$ 200.000,00, uma DESPESA no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), montante este identificado como “JORIO” e com data de pagamento em 27/04″, anota o texto, que prossegue:

“É sabido que o vereador JORIO NOGUEIRO e o vereador SILVEIRA são do mesmo partido e os valores constantes na tabela, por si só, em razão do montante alto, podem ser considerados suspeitos, com o agravante de terem sido recebidos justamente no período em que foram votados e aprovados os projetos de interesse dos donos de postos de gasolina, o ART. 122 em 10/04/2012 e o ART. 123 em 17/04/2012″, pontua o texto da PF. Os artigos em questão tratam da restrição à instalação de novos empreendimentos de postos de combustíveis.

A partir deste ponto, o texto da PF traça um cronograma. “No dia 25/04/2012, data do recebimento de R$ 200.000,00 por parte do vereador SILVEIRA JUNIOR, houve a reunião entre os donos de postos de combustíveis, a Prefeita de Mossoró/RN e o vereador CLAUDIONOR DOS SANTOS”, detalha o relatório, passando a descrever os eventos de dois dias depois.

“Em 27/04/2012, o vereador Silveira Junior redireciona para o email do empresário Otávio Augusto os projetos de leis envolvento justamente a alteração dos arts. 122 e 123 do Código de Obras e Postura do Município de Mossoró/RN, inclusive, conforme se pode perceber em um deles, com alterações sugeridas pelo próprio presidente da Câmara de Vereadores”, esmiúça o texto da Polícia Federal.

Para a PF, ambos os vereadores disfarçam o recebimento da suposta propina em um diálogo posterior à transação. “Outro fato que chama atenção é que a transação suspeita encontrada de Silveira Júnior está identificada como “1 parcela M” e foi repassada em 25/04/2012. Dois dias após o recebimento, foi repassado ao vereador Jório Nogueira a quantia de R$ 50.000 (cinquenta mil) em 27/04/2012. Três dias após o repasse o empresário Otávio Augusto e o vereador Silveira Júnio conversam estranhamente supostamente sobre um carro, todavia, devido a entonação e risadas que permeiam o diálogo, acredita-se tratar de código para encobrir o possível pagamento de propina do empresário ao vereador”, narra o texto, que destaca que Silveira e Otávio são primos.

A partir daí, o relatório elaborado pela inteligência da Polícia Federal trata de descontruir o argumento do carro. “A alegação que se trata de um empréstimo de carro de som quebrado feito pelo vereador ao empresário não merece ser acolhida. Primeiro, porque quem faz a ligação telefônica é o vereador lembrando o empresário que o carro não teria ido naquela data. Ora, quem deveria se atentar sobre o não envio do carro seria quem o tomou emprestado, ou seja, Otávio”.

Após desenvolver a argumentação de que não faz sentido o diálogo de um suposto empréstimo de carro de som, o texto da PF arremata: “Tudo leva a crer que o valor recebido sobre a denominação “1 parcela M”, cuja parte deste valor foi repassada ao vereador Jório, está ligada a aprovação do projeto de lei de interesse dos donos de postos de gasolina em Mossoró – PL do art. 122 do COPM – de origem do Poder Executivo.

Nenhum dos citados no texto foi localizado para comentar o assunto.

Operação Vulcano

A Operação Vulcano foi deflagrada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público do RN e do Conselho Administrativo de Direito Econômico – CADE, em 30 de maio de 2012, quando foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e oito de prisão, em postos de combustíveis e na Câmara Municipal da cidade.

Os mandados de prisão foram expedidos contra Otávio Augusto Ferreira da Silva (empresário); Claudionor Antônio dos Santos (vereador); Pedro Edilson Leite Júnior (empresário e ex-vereador); Robson Paulo Cavalcante (empresário); Pedro de Oliveira Monteiro Filho (empresário); Sérgio Leite de Souza (empresário); Carlos Otávio Bessa e Melo (empresário) e José Mendes da Silva (empresário).

Fonte: Portal no Ar
Por Dinarte Assunção 



MINISTÉRIO PÚBLICO 

DESARQUIVA "CAIXA 2" DO DEM


“Prenderam Dirceu sem terem um áudio ou vídeo que comprometessem o ex-ministro. Já os caciques do DEM foram flagrados em vídeos e telefonemas comprometedores e continuam livres, leves e soltos. 

O ex-senador [DEM] e ex-“mosqueteiro da ética” da “Veja”, Demóstenes Torres, está lá, tranquilo, recebendo seu salário. José Arruda [DEM], ex-governador do DF, passa muito bem e pensa em se candidatar novamente. E agora, Agripino Maia [DEM] apareceu numa investigação da PF pedindo uma parcela de R$ 20 mil referentes a uma doação prometida de R$ 60 mil.

As gravações de Maia e correligionários falando sobre “caixa 2” vieram a público em maio de 2012. Nunca deu em nada. Agora, o Ministério Público resolveu desarquivar o caso!.”

Fonte: Democracia & Política
Por Miguel do Rosário 
WILMA DE FARIA VENCERIA QUALQUER 

UM PARA O SENADO OU GOVERNO


A imagem da ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, do PSB, parece que sentiu pouco a condenação do filho, Lauro Maia, a 16 anos de prisão por liderar um esquema de corrupção que desviou R$ 36 milhões durante a gestão dela. Afinal, nesta sexta-feira, o Instituto Consult divulgou uma nova pesquisa, em parceria com o Portal Noar, que apontou que ela está na frente tanto na corrida pelo Senado Federal, quanto pelo Governo do Estado.

Com isso, a ex-governadora praticamente sepulta a possibilidade de deixar a chapa majoritária para concorrer “apenas” a uma vaga na Câmara Federal. Wilma levou vantagem sobre todos os potenciais concorrentes ao Governo, o que inclui Fernando Bezerra (PMDB), Henrique Eduardo Alves (PMDB), Robinson Faria (PSD), Carlos Eduardo (PDT), Fernando Mineiro (PT) e da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

O mesmo aconteceu na disputa para o Senado, quando, baseado nos números da Consult, venceria a deputada federal Fátima Bezerra (PT) e, também, Henrique Eduardo Alves (PMDB).

Para o Governo, a concorrência mais apertada seria contra Garibaldi Alves Filho. Contudo, mesmo neste cenário, a ex-governadora venceria: 39,29% dos votos dela, contra 32,65% dele. Isso, por sinal, representa um crescimento da pessebista, que na pesquisa passada da Consult ficou “empatada” com o peemedebista.

O cenário mais difícil para a ex-governadora seria, justamente, para o Senado. Afinal, segundo a pesquisa, a vitória de Wilma estaria dentro da margem de erro: Wilma teria 39,59% dos votos, contra 37,53% de Fátima Bezerra. Contra Henrique, a folga da ex-governadora seria maior: 39,35% contra 18,59% do atual presidente da Câmara Federal.

OUTROS NOMES

Em cenários sem Wilma de Faria para o Governo, quem levaria vantagem seria o atual prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, do PDT, e o vice-governador Robinson Faria, do PSD. O chefe do Executivo natalense venceria Robinson e Rosalba, alcançando 34,5% dos votos. Ele não apareceu em nenhum cenário contra Wilma.

No caso do vice-governador, ele ganharia na disputa contra Fernando Bezerra, do PMDB, por 25,47% contra 15,47%. Esse cenário, de acordo com as especulações de momento, é o mais viável, com Wilma e Fátima competindo para o Senado.

Fonte: Jornal de Hoje

 

UERN OFERECE NOVAS VAGAS

 PARA MESTRADO E DOUTORADO


O Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular (PMBqBM) foi aprovado pela CAPES (Mestrado e Doutorado, com conceito 4). O Programa tem a finalidade de agregar pesquisadores de programas consolidados com pesquisadores competentes que se encontram em instituições de ensino superior onde não há corpo docente suficiente para constituição de um programa próprio de pós-graduação.??

A criação deste programa foi instituída pela Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq).?Fazem parte de sua constituição 10 Instituições Associadas: UERN/Mossoró; EACH/USP; IFRJ; UDESC/Lages; UEAM; UFAL; UFBA; UFMS; UFSJ/Divinópolis; UFPR/Palotina.

A UERN foi a única Universidade Estadual da região Nordeste credenciada a participar do Programa Multicêntrico. O curso funcionará na Faculdade de Ciências da Saúde. Para a instituição é o reconhecimento de que os esforços investidos nos últimos anos resultaram na oferta do nosso primeiro curso de Doutorado da UERN e o único com essa temática em nossa região, destaca o Prof Wogel Oliveira, Coordenador local do programa.

As inscrições podem ser feitas no período de 03 de janeiro de 2014 a 03 de fevereiro de 2014 nas Secretarias locais das Instituições Associadas, as inscrições para o Exame de Seleção de Candidatos ao Mestrado e Doutorado junto ao Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular.
 
Para acessar o edital e obter maiores informações: www.sbbq.org.br/multicentrico

Fonte: Assessoria de Comunicação da UERN 

 

DESAPROVAÇÃO DE ROSALBA

 CIARLINI DIMINUI DE 81% PARA 78%


A pesquisa do Instituto Consult divulgada ontem mostrou que caiu a desaprovação da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Se em agosto o índice dos que desaprovavam o governo dela estava na casa dos 84%, em novembro caiu para 81,59% e no mês de dezembro diminuiu para 78,88%.

Esse é o melhor desempenho da governadora em termos de avaliação pessoal nas sondagens da Consult este ano.
 
Ela também teve uma melhora nos índices de ótimo, que saiu de 0,82% para 1%, e bom, que subiu de 5,88% para 6,53%. O regular aumentou de 14,88% para 19,12%. Já ruim estagnou-se na casa dos 20% e péssimo caiu de 56,41% para 49,18%.
 
No entanto, em todos os cenários para o Governo do Estado a governadora aparece na última colocação entre os candidatos. Em todos os casos abaixo de itens como "Nenhum" ou "Não Sabe".
 
A pesquisa do Instituto Consult foi realizada entre os dias 22 a 24 de dezembro deste ano, sob encomendada do Portal No Ar, entrevistou 1.700 pessoas de 58 municípios potiguares.

ELEIÇÕES

O Instituto Consult também analisou o quadro para as eleições do próximo ano no Rio Grande do Norte. A ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), lidera todas as sondagens para o Governo do Estado e Senado. Nesta última disputa, ela viu a deputada federal Fátima Bezerra (PT) diminuir a diferença e chegar à condição de empate técnico.

Fonte: O Mossoroense
Por Bruno Barreto - Editor de Política



sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Indicadores e Índices Econômicos - 27/12/2013

Fonte: Empresário Online
REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:

ÍNDICES ACUMULADO % ATÉ SETEMBRO/ 13
Trimestr Quadrim Semestr Anual
FIPE
IGP-DI
IGP-M
INPC
0,96
2,46
2,52
1,04
0,83
2,61
2,79
0,91
1,24
3,72
3,56
1,55
4,24
5,46
5,27
5,58

ACUMULADO % ATÉ OUTUBRO/ 13
Trimestr Quadrim Semestr Anual
FIPE
IGP-DI
IGP-M
INPC
1,20
2,28
2,67
1,43
1,42
2,75
2,82
1,59
1,61
3,68
3,86
1,74
4,01
5,49
5,60
5,58
Fonte: Folha Online
a) Acumulado até outubro reajusta aluguéis e contratos a partir de novembro, para pagamento em dezembro.
b) Acumulado até novembro reajusta a partir de dezembro, para pagamento em janeiro.


POUPANÇA/ DIA – NOVEMBRO/ 2013

Período
Poupança (1)
Poupança (2)
12/12 a 12/01
13/12 a 13/01
14/12 a 14/01
15/12 a 15/01
16/12 a 16/01
17/12 a 17/01
18/12 a 18/01
19/12 a 19/01
20/12 a 20/01
0,5380%
0,5013%
0,5191%
0,5443%
0,5593%
0,5505%
0,5738%
0,5081%
0,5000%
0,5380%
0,5013%
0,5191%
0,5443%
0,5593%
0,5505%
0,5738%
0,5081%
0,5000%
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
 
 
 DÓLAR – EURO – OURO

I-Dólar:
Comercial Paralelo
DIA Compra Venda Compra Venda
20/12
23/12
26/12

R$ 2,385
R$ 2,358
R$ 2,353

R$ 2,387
R$ 2,360
R$ 2,355

R$ 2,260
R$ 2,240
R$ 2,230

R$ 2,540
R$ 2,520
R$ 2,510

II-Euro:
. . .2,2900 .
DIA Compra Venda. . .
20/12
23/12
26/12

R$ 3,256
R$ 3,246
R$ 2,316

R$ 3,257
R$ 3,248
R$ 2,318


.
III-Ouro:




DIA Compra


20/12
23/12
26/12

R$ 92,00
R$ 90,51
R$ 91,50




Fonte: CMA
 
 
 INDICADORES / MÊS


set/13 out/13 nov/13 dez/13 Ano 12 meses
Poupança antiga (1)
Poupança (2)
TR*
TJLP
FGTS (3)
Débitos Fed ** Selic (4)
DI Over (5)
UPC ***
UFESP
FCA / SP
UFM
Salário Mínimo
Salário Mínimo SP (6)
UFIR (7)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)
(R$)

0,5079
0,5079
0,0079
0,41
0,2545
0,71
0,70
22,31
19,37
1,8690
115,00
678,00
755,00

0,5925
0,5925
0,0920
0,42
0,3389
0,81
0,80
22,32
19,37
1,8690
115,00
678,00
755,00

0,5208
0,5208
0,0207
0,41
0,2674
0,72

22,32
19,37
1,8690
115,00
678,00
755,00

0,5496
0,5496
0,0494
0,42
0,2961
0,79

22,32
19,37
1,8690
115,00
678,00
755,00

6,37
5,82
0,19
5,07
3,20
8,22
-----
0,04



9,00
755,00

6,37
5,82
0,19
5,07
3,20
8,22
-----
0,04
18,44
1,6994
108,66
9,00
690,00
---
* TR – Taxa Referencial; ** Débitos Federais; *** Unidade Padrão de Capital; (1) Rendimento no 1º dia do mês seguinte, para depósitos até 03/05/12; (2) Rendimento no primeiro dia do mês seguinte para depósitos a partir de 04/05/2012 – MP nº 567, de 03/05/2012. (3) Crédito no dia 10 do mês seguinte (TR + juros de 3 % ao ano). (4) Juro pela taxa Selic para pagamentos de débitos federais em atraso – no mês do pagamento, a taxa é de 1%; (5) Taxa DI Over com base na cotação diária da Anbima; (6) Valores: R$ 755,00, R$ 765,00 e R$ 775,00, com vigência a partir de fevereiro; (7) Extinta pela Medida Provisória nº 1973/67, de 27/10/00 – último valor: R$ 1,0641; BTN + TR cheia – suprimido por ser título extinto pela Lei nº 8.177, de 01/03/1991, embora ainda existam alguns em circulação.
Fonte: Folha Online, Valor Econômico 
 
 
 CUSTO DO CRÉDITO - 7 E 30 DIAS
 POSTO 26/12/2013

. .
Desconto de Duplicata – ao mês --- há 7 dias e --- há 30 dias
Desconto de Duplicata – Hot Money - 1ªLinha --- há 7 dias e ---a.m., há 30 dias
Desconto de Duplicata – Hot Money - 2ª Linha ---a.m., há 7 dias e ---a.m., há 30 dias
Capital de Giro Pré - 1ª Linha ---a.m., há 7 dias e ---a.m., há 30 dias
Capital de Giro Pré - 2ª Linha ---a.m., há 7 dias e ---a.m., há 30 dias
Factoring 3,81a.m., há 7 dias e 3,78a.m., há 30 dias
Export Notes
---a.a., há 7 dias e ---a.a., há 30 dias
Fonte: CMA, ANFAC, Valor Econômico
 
 
 INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA ATUALIZADA: NOVEMBRO/ 2013

ÍNDICES
mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,60
0,47
0,49
0,78
-0,17
0,12
0,31
0,12
0,72
0,50
0,21
0,01
0,72
0,28
0,24
0,59
0,55
0,51
0,31
0,28
0,30
-0,06
-0,39
0,52
0,74
0,15
-0,12
0,60
0,84
0,18
0,35
0,37
0,46
0,61
0,10
0,27
0,32
0,01
0,32
2,25
0,00
-0,30
0,33
1,24
4,44
0,28
0,26
0,38
0,34
0,32
0,21
0,76
0,85
0,35
1,15
0,75
0,68
0,39
1,96
1,39
-0,13
0,03
0,07
0,09
-0,13
0,17
0,14
0,28
-0,17
0,48
0,26
0,30
-0,07
0,73
0,32


ago/13 set/13 out/13 nov/13 12meses
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
ClasMéd/Ordem (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,16
0,24
0,16
0,09
0,22
0,38
0,46
0,58
0,20
0,31
0,15
0,14
0,09
0,31
0,16
0,27
0,35
0,27
0,24
0,25
0,36
1,36
1,90
0,30
0,43
1,50
2,11
0,27
0,43
0,12
0,61
0,57
0,48
0,64
0,48
0,50
0,63
0,71
0,55
0,26
0,86
1,09
0,43
0,33
0,17
0,54
0,54
0,57
0,45
0,46
0,50
0,28
0,12
0,68
0,35
0,29
0,17
0,65
0,27
0,09
5,58
5,77
5,78
6,03
4,01
5,35
5,49
5,02
5,59
8,16
5,60
5,22
5,55
8,12
7,37
Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas