quarta-feira, 14 de dezembro de 2016


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

CARTA AO MEU FILHO 

CARLOS HEITOR


Hoje - 18 de novembro - meu filho e companheiro Heitor Montoya, completa 17 anos.

Heitor, quero te dizer duas coisas: "Eu te amo! e Feliz Aniversário".

Essa data filho, marcará a transição da passagem da infância para sua adolecência, uma fase mágica, diferente e misteriosa a ser desvendada, e muitas aventuras a serem vividas. A descoberta de sua própria identidade, uma nova maneira de ver e viver a vida, e enxergar o mundo sobre um novo paradigma.

Heitor, viva com sabedoria e muita dignidade os seus 17 anos, pois será o começo da procura da sua felicidade.

Tenho muito orgulho de você Heitor, que Deus abençoe cada passo que você der e que siga te orientando em suas escolhas e decisões e te proteja a todo instante.

Heitor, às vezes quando discutimos, por motivo bobo e você reage, parece até que estou me vendo, bem mais novo. Que bom saber que você sou eu, que vou continuar aqui mais tempo. Por isso filho, eu quero te homenagear e até te pedir desculpas por me realizar em você.

Hoje, gostaria de socializar com as amigas e amigos, a carta que fiz para o meu amigo, filho, parceiro, cúmplice e confidente Carlos Heitor, no dia do seu aniversário.

Gostaria também - de ratificar toda minha convicção, comprovação e aprendizado - nestes 17 anos de união, cumplicidade, convivência e camaradagem.

VAMOS AO TEXTO:

Carlos Heitor, hoje dia 18/11/2016, fazes 17 anos. Veja como o tempo correu, meu filho! Tornaste-te num bonito e dócil adolescente. Mas, o que mais me faz feliz e orgulhoso é de teres um coração grande e bondoso! E agradeço penhoradamente a Deus todas as noites, pela deferência da tua vida! Que o Pai Eterno possa sempre iluminar o teu caminho.

Sabe Heitor, queria dizer-te, que não existe medida para o amor que tenho por você, ou para o sentimento de orgulho e profunda realização que me transborda a alma cada vez que olho para te e que não é possível definir em palavras o sentimento e prazer que tenho em cada um dos seus sorrisos, em cada uma das tuas palavras, em cada um dos teus gestos, na criança que foste, no adolescente que é hoje e no homem e referência em que te estás a transformar.

Heitor, ter um filho significa tanta coisa, imagine ter um filho como você! Gosto de pensar no orgulho que tenho quando te vejo fazendo o que acredita, tentando ser cada dia uma pessoa melhor. Tentar ser uma pessoa melhor todos os dias não é fácil, é uma batalha. Temos Heitor, que ser inclusive humildes para reconhecer que precisamos ser melhores. Há dias filho, que fazemos coisas que não nos orgulhamos muito e precisamos melhorar.

Heitor, nunca te esqueças, durante toda a tua vida de seres humilde, de teres um coração generoso, de saberes perdoar, de amares o teu próximo, de nunca te esqueceres que és especial para Deus, de seres tolerante, de seres educado, de teres fé, de seres trabalhador, de seres honesto, sincero e solidário, de teres o prazer em estudar e lutares sempre pelos teus sonhos e objetivos!

Heitor, queira agradecer-te por seres o meu melhor amigo e por aceitares que eu seja o teu, por seres a materialização de todos os meus sonhos, tudo que busquei na vida e muito mais, porque cada vez que me abraças fazes de mim o homem mais feliz e poderoso do universo, cada vez que me chamas fazes de mim um herói, porque és a melhor coisa que Deus me presenteou.

Heitor, queria dizer-te que tudo que fiz, mesmo quando errei e contrariei sua vontade, sempre tive o propósito de fazer de ti alguém melhor do que eu, pois vivo para te ver saudável e em paz, que nada neste mundo globalizado é mais importante que tu, que o meu temor, medo e pesadelo é perder-te, magoar-te ou afastar-te de mim.

Heitor, você sempre cresceu rápido, quer na altura física como moral e hoje com apenas 17 anos és um adolescente completo possuindo a coragem de um gigante, a ternura de um coração divino e a brandura dos grandes.

Heitor, não tenho receitas enlatadas ou conselhos sábios e vazios (que se perdem com o tempo, como as coisas sem consistência) para te dar, mas se a minha vontade te pesa nas decisões - então sê feliz - a vida tem formas estranhas de nos ensinar, e tudo o que precisas saber aprenderás no momento em que conheceres o teu filho, deixarás de pertencer a ti próprio e saberás que o amor não conhece limites ou barreiras.

Parabéns Heitor, parabéns Montoya, parabéns meu filho! Muitas felicidades hoje e sempre! Que tenha saúde, paciência, alegria e amor em quantidade inesgotáveis! O resto eu sei e tenho a real certeza que darás conta... És um gladiador, um vitorioso, um iluminado, um vencedor genuíno!

Um beijo carinhoso e um abraço apertado. Que tenhas um dia feliz e que Deus te guarde e abençoe em cada dia do teu viver.

Atenciosamente,
Teu amigo e pai.
 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PRÉVIA DO PIB SOBE O,15% EM 

SETEMBRO, MAS FECHA O 3º 

TRI COM QUEDA DE 0,78% 

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" do PIB (Produto Interno Bruto), subiu 0,15% em setembro na comparação com o mês anterior, informou o BC nesta quinta-feira (17).

O índice terminou o terceiro trimestre com contração de 0,78% sobre o período anterior.

A comparação é feita já descontando as diferenças sazonais entre os períodos analisados.

Sem descontar as diferenças sazonais, houve queda 2,98% em setembro.

Na comparação com setembro de 2015, o indicador registrou tombo de 3,67% sem o ajuste sazonal, porque considera períodos iguais. Com ajuste, a queda foi de 3,44%.

No acumulado de 12 meses, a atividade econômica encolheu 5,23%. Descontando as diferenças sazonais, o encolhimento foi de 5,42%. 

IBC-Br


O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

 
Fonte: UOL Economia
(Com Reuters) 
 

Indicadores e Índices Econômicos - 17/11/2016

Fonte: Empresário Online

CÂMBIO E OURO

I-Dólar:
Comercial
DIA Compra Venda
10/11
11/11
14/11

R$ 3,358
R$ 3,391
R$ 3,440

R$ 3,361
R$ 3,392
R$ 3,441

Fonte: UOL
II-Euro:

DIA Compra Venda
10/11
11/11
14/11

R$ 3,659
R$ 3,678
R$ 3,695

R$ 3,664
R$ 3,680
R$ 3,698
Fonte: UOL
III-Ouro:

DIA Compra
10/11
11/11
14/11

R$ 136,00
R$ 138,80
R$ 134,50

Fonte: BOVESPA
 
 
 REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:

ÍNDICES ACUMULADO % ATÉ NOVEMBRO/ 16
IGP-M (FGV)
IGP-DI (FGV)
IPC-FIPE
IPCA (IBGE)
INPC (IBGE)
ICV-DIEESE
1,0878
------
------
------
------
------
Fonte: O Estado de S. Paulo
Fatores válidos para contratos cujo último reajuste ocorreu há um ano.
Multiplique o valor pelo fator.



 POUPANÇA/DIA –NOVEMBRO

Período
Poupança (1)
Poupança (2)
21/10 a 21/11
22/10 a 22/11
23/10 a 23/11
24/10 a 24/11
25/10 a 25/11
26/10 a 26/11
27/10 a 27/11
28/10 a 28/11
29/10 a 29/11
30/10 a 30/11
31/10 a 01/12
01/11 a 01/12
02/11 a 02/12
03/11 a 03/12
04/11 a 04/12
05/11 a 05/12
06/11 a 06/12
07/11 a 07/12
08/11 a 08/12
09/11 a 09/12
0,6256%
0,6297%
0,6582%
0,6913%
0,6619%
0,6851%
0,6270%
0,6071%
0,6435%
0,6435%
0,6435%
0,6435%
0,6569%
0,6701%
0,6474%
0,6153%
0,6430%
0,6867%
0,6826%
0,6608%
0,6256%
0,6297%
0,6582%
0,6913%
0,6619%
0,6851%
0,6270%
0,6071%
0,6435%
0,6435%
0,6435%
0,6435%
0,6569%
0,6701%
0,6474%
0,6153%
0,6430%
0,6867%
0,6826%
0,6608%
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
 
 
 INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA ATUALIZADA NOVEMBRO/2016

ÍNDICES
fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,95
0,90
1,42
0,71
0,89
0,79
0,84
0,76
0,54
1,29
1,45
1,19
0,52
0,05
0,44
0,43
0,43
0,44
0,97
0,43
0,37
0,50
0,64
0,51
0,44
0,58
0,79
0,01
0,64
0,61
0,51
0,57
0,46
0,36
0,29
0,49
0,55
0,33
0,29
0,39
0,41
0,12
0,98
0,78
0,86
0,67
0,57
1,13
1,49
0,64
0,08
0,82
0,98
0,65
0,19
0,03
0,47
0,35
0,40
0,45
0,65
1,63
2,10
0,26
1,93
1,69
2,21
0,33
1,52
3,18


jul/16 ago/16 set/16 out/16 12meses
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%)
IPCA Esp / IBGE (%)
ICV / DIEESE (%)
IPC / FIPE (%)
IGP-DI / FGV (%)
IPA -DI / FGV (%)
IPC-DI / FGV (%)
INCC-DI / FGV (%)
IGP-M / FGV (%)
IPA-M / FGV (%)
IPC-M / FGV (%)
INCC-M / FGV (%)
CUB-Sinduscon (%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
(%)
0,64
0,52
0,54
0,21
0,35
-0,39
-0,81
-0,37
0,49
0,18
-0,01
0,29
1,09
1,15
0,31
0,44
0,46
0,36
0,11
0,43
0,50
0,32
0,29
0,15
0,04
0,40
0,26
0,01

0,08
0,08
0,23
0,03
-0,14
0,03
-0,03
0,07
0,33
0,20
0,18
0,16
0,37
0,21

0,17
0,26

0,37
0,27
0,13
0,04
0,34
0,21
0,16
0,15
0,17
0,17
0,05
8,50
7,87
8,78
7,63
7,61
7,99
8,43
7,65
6,05
8,78
9,57
7,70
6,34
5,55
Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016


POLÍTICA MONETÁRIA
Deixemos de chorumela. Superemos a covardia. É tempo de reconhecer que se, de fato, os bancos centrais fossem capazes de entregar o que prometem, deveriam mesmo ser independentes e autônomos! Independentes com relação à miopia imposta pelo poder desregrado do sistema financeiro privado, que põe em risco o regime democrático. Autônomos ante os Estados que os criaram e a quem devem prestar contas claras e transparentes do cumprimento da missão que lhes foi confiada.

A pergunta é: por que uma agência autônoma, com evidente déficit democrático (uma vez que conduzida por cidadãos não eleitos), a quem é transferida a responsabilidade de suprir um dos mais importantes bens públicos, a relativa estabilidade do valor da moeda? E a resposta é: porque se trata de tarefa eminentemente técnica, cuja execução exige alguma arte.

O controle da inflação e a manutenção da higidez do setor financeiro de qualquer economia envolvem problemas complexos, cuja solução requer conhecimentos especializados executados por agentes experientes e habilidosos, capazes de ajudar a mitigar as flutuações ínsitas às economias de produção monetária. Há outra razão para a autonomia, desta vez em benefício da democracia: ela é o remédio eficaz contra a tentativa de todo (todo!) poder incumbente de ocasião, de forçar uma oportunística expansão de crédito às vésperas de eleições para desequilibrar, a seu favor, o resultado das urnas.

Um governo eleito reconhece sua incapacidade para projetar a ponte que “prometeu” na eleição e contrata, para fazê-lo, um grupo de “experts”, engenheiros treinados em calcular o equilíbrio de forças naturais contraditórias e que conhecem a resistência dos materiais. Da mesma forma, reconhece que não tem capacidade direta para administrar o valor da moeda com o qual se comprometeu na campanha eleitoral e “contrata” um grupo de “experts” economistas que, aprovados pelo Senado Federal, serão encarregados de fazê-lo.

A narrativa é bem-arrumada e parece convincente. O problema com a analogia é que ela deixa uma dúvida no observador inocente: ele vê pontes projetadas por “engenheiros” na antiguidade romana que continuam entregando a sua mercadoria. Não vê, entretanto, os bancos centrais (independentes, autônomos ou “farsantes”) entregarem as suas promessas, o que lhe recomenda um ceticismo cauteloso.

A história da criação dos bancos centrais é longa. Há pelo menos 350 anos, por diversos motivos (em geral, problemas fiscais) alguns governos decidiram dar apoio à criação de instituições bancárias. O primeiro foi o Swedish Riskbank, em 1668. O Bank of England foi criado em 1694, para ajudar a financiar a guerra contra a França! O Banque de France, em 1800, para facilitar o financiamento das guerras napoleônicas. Dois exemplos mostram outra faceta dessa história.

O famoso Federal Reserve, o Fed americano, foi criado em 1913, depois da grave crise financeira de 1907, “para garantir a estabilidade financeira”. Depois da Segunda Guerra Mundial, a absoluta estabilidade monetária tornou-se um dogma religioso na Alemanha, com a criação do Bank Deutscher Land, em 1948 e foi entronizado na lei do Bundesbank, em 1957.

Toda essa discussão tem pouca importância diante de um fato concreto e incontornável: a política monetária não pode ser independente da política fiscal por motivos técnicos (como se vê em Sims, C.A. – “Fiscal Policy, Monetary Policy and Central Bank Independency”, que tanta confusão causou em Jackson Hole, August 26, 2016) e por motivos políticos: o regime democrático a rejeita, pelo enorme custo que impõe aos “perdedores” majoritários.

É por isso que, ao contrário da opinião de muitos economistas, cremos que se deve ver com aprovação o voto cauteloso, mas de confiança, do Banco Central, sob o comando do competente Ilan Goldfajn, na expectativa de melhora da situação fiscal. As condições objetivas para uma redução da taxa de inflação parecem confirmar-se, o que significa que a taxa de juro real ex-ante está crescendo, desestimulando os investimentos, valorizando o câmbio, reduzindo o PIB e aumentando o desemprego. É imperioso e urgente, portanto, dar ao Banco Central o conforto que ele precisa para acelerar a baixa da taxa de juro. A aprovação definitiva da PEC 241 pelo Senado será um bom começo.

 Fonte: CartaCapital
Por Delfim Netto
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS
Mês: 10/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 10/2016 1,7013

Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 09/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 09/2016 1,6986
CUB-SINDUSCON/SP 09/2016 0,21
ICV-DIEESE 09/2016 0,03
IGP-FGV 09/2016 0,03
IGP-M FGV 09/2016 0,20
INCC-DI 09/2016 0,33
INCC-M 09/2016 0,3700
INPC-IBGE 09/2016 0,08
IPC-FGV 09/2016 0,07
IPC-FIPE 09/2016 -0,14
IPCA-IBGE 09/2016 0,08
SELIC 09/2016 1,11
Índices Econômicos e Financeiros
Mês: 08/2016
Índice Período Valor
BTN+TR 08/2016 1,6943
CUB-SINDUSCON/SP 08/2016 0,01
ICV-DIEESE 08/2016 0,36
IGP-FGV 08/2016 0,43
IGP-M FGV 08/2016 0,15
INCC-DI 08/2016 0,29
INCC-M 08/2016 0,2600
INPC-IBGE 08/2016 0,31
IPC-FGV 08/2016 0,32
IPC-FIPE 08/2016 0,11
IPCA-IBGE 08/2016 0,44
SELIC 08/2016 1,22

terça-feira, 8 de novembro de 2016


O NOBEL DA ECONOMIA
Observando os economistas honrados com o Prêmio Nobel nos últimos quatro anos, temos a impressão de que alguma coisa se move em Estocolmo. Infelizmente, a lista dos premiados de 1969 a 2016 não revela alguém que tenha, de fato, contribuído para melhorar o bem-estar da humanidade, como é o caso dos agraciados com o Nobel de Física, Química e Medicina.

Estamos diante de um clamoroso fracasso da ciência “macroeconômica”, revelado não apenas na sua incapacidade de antecipar a maior crise econômica desde 1929, mas porque, pela teoria, ela não poderia ocorrer...

De 2009 até 2016, entretanto, dos 15 premiados, nove, pelo menos, são “microeconomistas” que avançaram em novas soluções nos problemas de alocação de bens em mercados eticamente sensíveis e na harmonização de conflitos, como é o caso da chamada “teo­ria dos contratos”.

Os prêmios nesse período parecem reconhecer, implicitamente, o desencanto com a macroeconomia e aceitar que os avanços do conhecimento econômico eficaz, capaz de gerar maior eficiência produtiva e aumentar a harmonia entre os membros da sociedade, inclusive na relação público-privada, reside na microeconomia. É o caso dos trabalhos de Jean Tirole, prêmio de 2014, e de Bengt Holmström e Olivier Hart, o de 2016.

Essencialmente, trata-se de desenvolver instrumentos que facilitem a cooperação entre pessoas que têm interesses não necessariamente alinhados e garantam que os benefícios e os riscos dela decorrentes sejam distribuídos de uma forma sentida como “justa”, sem que haja coerção física ou institucional.

Temos, aqui, uma certa equiparação de poder entre as partes, apoiada num “contrato” garantido pelo Estado. Como o comportamento dos participantes é condicionado pelos “incentivos” que recebem, constrói-se uma relação (um “contrato”) entre um indivíduo ou uma organização (a que se dá o nome de “principal”) e um outro indivíduo ou uma organização (a que se dá o nome de “agente”), pela qual o “agente”, no seu próprio interesse, tem vantagem em obedecê-la, mesmo quando não vigiado diretamente pelo “principal”.

Deve ser claro que tal “contrato” transcende aos aspectos puramente econômicos da relação entre o “principal” e o “agente” que lhe deu origem: é um instrumento que, mediado pelas instituições que dão materialidade ao Estado, equilibra a relação de poder entre eles.

A teoria dos contratos, em parte criada pelos ganhadores no Nobel, é muito útil para explicar como melhorar as relações entre acionistas e administradores; como controlar a remuneração extravagante de “geniais” CEOs; como aumentar o valor das empresas com “fusões”; como avaliar os efeitos de transferência de atividades do Estado para o setor privado; como criar consórcios intermunicipais; como entender as eventuais vantagens da verticalização ou terceirização das empresas etc.

No Brasil de hoje, talvez a sua maior utilidade seja a de chamar a atenção para o nosso “contrato de trabalho”, de clara inspiração corporativista como então era moda, incluindo na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), outorgada por Getúlio Vargas em 1943.

Ela prestou excelente serviço civilizatório, mas, depois de 70 anos, carece de um aggiornamento em benefício da liberdade e do aumento da produtividade do trabalho, que, por definição, é sinônimo de desenvolvimento econômico.

Na última semana, por coincidência, dois magníficos artigos no Estadão, um publicado pelo competente economista, professor José Márcio Camargo (“Contratos falsos”, 9 de outubro) e outro pelo reconhecido jurista Ney Prado (“Disfuncionalidade do modelo trabalhista”, 12 de outubro), analisam o problema. Expõem as contradições internas de uma regulação que pretende proteger o trabalhador, porque ele é um hipossuficiente incapaz de entender onde está o seu interesse e o empresário é um contraventor “enrustido”, o que exige a mediação externa do juízo trabalhista.

O problema que se coloca na negociação direta é como buscar a “paridade de poder” exigida na teoria dos contratos, incentivo à criação de um autêntico sindicalismo. Ao contrário do que temos hoje, ele deve passar longe da unicidade e do financiamento obrigatório que – a história revela – são instrumentos que induzem à manipulação política dos trabalhadores nos estados corporativos, como em 1934...

Fonte: CartaCapital
Por Delfim Netto 
 

MANIFESTANTES PROTESTAM EM

 FRENTE AO FÓRUM DE MOSSORÓ 

CONTRA PRIVATIZAÇÃO DA UERN


Estudantes, professores e egressos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) participam de protesto na manhã desta terça-feira, 08 de novembro, em frente ao Fórum Desembargador Silveira Martins, em Mossoró, contra a proposta de privatização da universidade feita pelo presidente do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), desembargador Cláudio Santos.

A passagem do presidente do TJRN por Mossoró nesta terça-feira, como esperado, será marcada por protestos. Participam também dos atos em repúdio ao desembargador servidores da Justiça do Estado, que reclamam de cortes de salários e no Plano de Cargos Carreiras e Remuneração promovidos por Cláudio Santos nos últimos dois anos.

“Nós, servidores do Judiciário Estadual, fomos vítimas desse gestor. Há dois anos atrás esse homem [Cláudio Santos] iniciou uma campanha em Natal reduzindo apenas salários dos servidores. Jamais se falou em contenção dos aumentos dos magistrados ou dos desembargadores. Estamos sem perspectivas, por anos, de sequer uma correção em nosso vencimentos”, disse o diretor jurídico do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do RN (SISJERN), Fábio Antônio Menezes.

Os manifestantes chamam atenção ainda para o fato de, enquanto o desembargador aponta a UERN como um gasto para o Estado, o último vencimento do presidente do TJRN, de R$ 44.155,37, é o suficiente para manter uma turma de 30 alunos por um mês.

Manifestantes se posicionaram ainda contra as propostas do presidente do TJRN de que o Estado privatize também a Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN) e a Potigás. O grupo informou que fará vigília em frente ao Fórum à espera da chegada do desembargador.

Fonte: O Mossoroense Online 
 

OCUPAÇÃO DA UERN EM

 PAU DOS FERROS DÁ EXEMPLO 

DE CIDADANIA E RESISTÊNCIA


O Campus Avançado Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM), em Pau dos Ferros, já não é mais o mesmo desde a manhã do dia 1 de novembro. Nesta data, dezenas de alunos e alunas realizaram uma grande assembleia estudantil e ocuparam as instalações da unidade, protestando contra o sucateamento da UERN e o pacote de medidas federais que desmantelam a universidade pública como um todo.

Munidos de uma coesa pauta de reivindicações, os/as estudantes estiveram reunidos por mais de 6 horas com o Reitor Pedro Fernandes no último sábado (05), na tentativa de negociar alguns dos pontos e garantir a retomada das aulas.  

Os/as discentes cobram a limpeza imediata de todo o campus e garantia do pagamento das bolsas atrasadas para que a ocupação seja suspensa. Além destes pontos, o documento com as reivindicações dos/as estudantes ainda conta com outras 19 exigências, endereçadas tanto ao Governo do Estado como à administração da UERN. (veja o documento completo aqui)

O reitor e sua equipe administrativa se comprometeram a enviar até amanhã (08) uma equipe de Auxiliares de Serviços Gerais (ASG’s) para que seja feita a limpeza do CAMEAM. Quanto ao pagamento das bolsas, que há três meses se encontram atrasadas, o compromisso foi de que até o dia 20 deste mês os valores estarão quitados.

Além da conquista das reivindicações imediatas, ao longo desses dias os/as estudantes de Pau dos Ferros deram uma aula de respeito e cuidado com as instalações do CAMEAM. Juntos, eles assumiram a responsabilidade de limpar, organizar e zelar pelo Campus enquanto um acordo com a reitoria não é firmado.

Através de uma força-tarefa, os/as discentes mantiveram a unidade impecável, mesmo sem a ajuda dos servidores terceirizados, que até a última semana estavam com suas atividades paralisadas, mostrando a todos que uma ocupação em nada tem de vandalismo e depredação do patrimônio público.

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A estudante Taíza Barros, que participa da ocupação, destacou o respeito dos/as alunos/as ao espaço coletivo e ao direito do outro. Em conversa com docentes da UERN, a aluna destacou o amadurecimento dos discentes nos dias em que a mobilização está ocorrendo.

“ Aqui a gente passa por um processo psicológico forte, estamos longe de nossas casas, sem contato com nossos pais, confinado com pessoas até então desconhecidas. Mas tudo isso faz com que a gente tenha que dialogar com novas pessoas, conviver junto, conhecer suas personalidades”, afirmou.

Politização e cultura – Outro ponto importante na ocupação de Pau dos Ferros foram as ações voltadas para a formação política e cultural de estudantes e docentes que participam da mobilização. Já na primeira noite, os manifestantes realizaram um grande sarau que atraiu dezenas de pessoas com poesia, música, arte e debates.

Nos dias seguintes o movimento realizou as rodas de conversa como:  “Memórias e Histórias do movimento estudantil na UERN Pau dos Ferros: experiências e reflexões”, ministrada pelo Prof. Gilton Sampaio e “Uma História de Luta: O Manifesto Comunista e os Movimentos Sociais”, entre outras.  Além disso, foram realizadas uma sessão de cinema (que apresentou o clássico ‘O pianista’, grande vencedor do Oscar de 2002) e uma roda de capoeira, que contou com a presença de moradores de Pau dos Ferros.

Apoio e solidariedade – A ocupação na UERN de Pau dos Ferros mobilizou não só o movimento estudantil do município e região, mas também professores/as, servidores/as técnicos, docentes da rede municipal e estadual de ensino e a população em geral. Foram inúmeras as manifestações de solidariedade e apoio, com destaque para as doações de alimentos e suprimentos básicos para os/as estudantes.

O movimento também contou com a participação massiva de alunos secundaristas de Pau dos Ferros, que se integraram à ocupação. Muitos dos alunos decidiram participar da ação pensando na importância da UERN na cidade e em como ela é fundamental para o futuro de todas as pessoas daquela região.

Visita da ADUERN na ocupação – A diretoria da ADUERN também esteve presente na ocupação, garantindo o apoio do movimento docente à luta dos/as estudantes. No último sábado (05), professores e professoras foram à Pau dos Ferros e conversaram com representantes do movimento.

Durante assembleia docente, realizada na última sexta-feira (04) o estudante Jack Jones, que está ocupando o CAMEAM pode falar por alguns minutos para toda a categoria, apresentando a pauta de reivindicações dos/as alunos/as, que foi amplamente apoiada pelos/as professores/as.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ADUERN
Por Cláudio Palheta Jr,

sábado, 5 de novembro de 2016

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

FÓRUM DE REITORES DO RN EMITE 

NOTA DE APOIO À UERN


O FÓRUM DOS REITORES DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS DO RIO GRANDE DO NORTE vem a público se manifestar em defesa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) como Instituição pública, gratuita e de qualidade.

Há 48 anos, a UERN vem levando ensino superior público e de qualidade para o interior do Rio Grande do Norte, nos mais de 31 cursos de graduação (Bacharelado, Licenciatura e Tecnólogo) e 52 cursos de Pós-graduação (Mestrado, Doutorado, Especialização e Residência Médica). Atualmente, a UERN preenche 50% de suas vagas com o egresso das escolas municipais e estaduais do RN e devolve profissionais formados, em sua maioria, para atuarem na educação básica do RN e seus municípios, minimizando o déficit de formação do ensino superior, ainda muito expressivo na Região Nordeste.

É inquestionável que as Universidades Públicas do Estado atuam como permanente propulsoras da geração de conhecimento e da redução da desigualdade social. Desse modo, é com preocupação que recebemos a proposta de privatização da UERN como solução para os problemas financeiros do Estado.

A educação sempre será um caminho transformador. É por meio da ciência, do saber e do ensino, da pesquisa e da extensão que serão formuladas as propostas verdadeiramente úteis e viáveis para o enfrentamento dos problemas econômicos e sociais que o Estado vivencia. Um Estado que se pretende forte e estruturado não pode, de forma alguma, prescindir de uma instituição de ensino superior.

Acreditamos que juntas, as universidades públicas do Estado do Rio Grande do Norte reúnem o que há de melhor da educação superior do Estado e emergem como um patrimônio vivo de valor imensurável. Reiteramos, portanto, nosso total e irrestrito apoio à manutenção da UERN como instituição pública e gratuita. E mais que isso, que a instituição receba do Governo do Estado do RN a valorização e o financiamento necessários ao crescimento da UERN.

Mossoró (RN), 31 de outubro de 2016.

Ângela Maria Paiva Cruz
Reitoria da UFRN

Wyllys Abel Farkatt Tabosa
Reitor da IFRN
Pedro Fernandes Ribeiro Neto
 
Reitor da UERN

José de Arimatea de Matos
Reitor da UFERSA

Fonte: Assessoria de Comunicação da UERN 
 

AULAS DA UERN 

SERÃO RETOMADAS HOJE


O reitor Pedro Fernandes Ribeiro Neto assinou o ofício circular 004/2016 reestabelecendo o retorno das aulas da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) para hoje, 4 de novembro.


A decisão foi motivada pelo retorno dos trabalhos dos servidores terceirizados que atuam na vigilância e limpeza.


Você pode ler o ofício AQUI
 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016


PARA ONDE VÃO OS R$ 50,9 BILHÕES 

ARRECADADOS COM A REPATRIAÇÃO?


Nem bem chegou aos cofres públicos, o dinheiro amealhado com a repatriação de recursos do exterior já tem destino certo. Parte dele irá para Estados e municípios. E outra parte será usada para tapar o buraco nas contas do Governo Federal.

A negociação para que o projeto fosse aprovado Congresso envolveu algumas contrapartidas, entre elas que governadores e prefeitos recebessem parte dos R$ 50,9 bilhões que foram arrecadados, segundo informações da Receita Federal.

Em uma conta ainda imprecisa, considerando-se o que foi pactuado, a União ficaria com R$ 28 bilhões (55% do total), os municípios com  R$ 11,96 bilhões (23,5%) e os Estados com R$ 10,94 bilhões (21,5%).

“Para o governo foi um excelente negócio, pois o que se arrecadou equivale quase a cobrança de uma CPMF por um ano”, diz o economista Gilberto Braga, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec- RJ). “Em um período de arrecadação em queda, de vacas magras, este dinheiro é muito bem-vindo.”

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, informou nesta terça-feira, 1, que 25.011 contribuintes pessoas físicas e 103 empresas aderiram ao programa de repatriação. A maior parte dos ativos (R$ 163,87 bilhões) referem-se às pessoas físicas. Já as empresas declararam R$ 6,06 bilhões em ativos no exterior.

“Dinheiro carimbado”


A expectativa do Governo Federal é que o dinheiro obtido com a repatriação ajude a abater parte das contas que estão no vermelho neste ano. A previsão é de que as despesas do Planalto superem a arrecadação (meta fiscal do déficit) em R$ 170,5 bilhões em 2016.

 Um outro destino da parcela destinada ao governo federal com a repatriação de recursos será quitar  a conta de “restos a pagar” (dívida de outros anos) no orçamento, de acordo com informações divulgadas. Hoje essas dívidas somam cerca de R$ 180 bilhões.

Fonte: Isto É Dinheiro