sábado, 5 de setembro de 2009

NÃO ME CONVIDE MAIS "TIO COLORAU"



Carlos Escóssia

Gostaria de pedir fraternalmente ao amigo e blogueiro Tio Colorau, que não mais me convidasse para assistir a uma sessão da Câmara Municipal de Mossoró.

Na última quarta-feira (02), fui a convite e em companhia do Tio Colorau, assistir a sessão ordinária da Câmara de Vereadores. Confesso que fique bastante triste, envergonhado e literalmente decepcionado com o que lá presenciei. Na verdade, trata-se de um teatro (para não chamar de picadeiro ou poleiro) de baixissimo nível, cujos atores, além de despolitizados (na sua quase totalidade) não apresentam sequer um único requisito positivo que os credenciem a representarem os filhos e enteados da terra de Santa Luzia.

Ao sair da sessão (ou feira livre) da Câmara Municipal, confidenciei ao Tio Colorau, que eu tinha a intenção de fazer uma matéria informativa sobre o funcionamento daquela casa, bem como traçar o perfil de cada um dos vereadores, mas que eu tinha desistido do meu intento, depois de tudo que presenciei naquela casa (que levianamente insistem em afirmar que é a casa do povo), o que me convenceu por completo que a atual bancada da nossa Câmara Municipal (com raríssimas exceções) envergonha Mossoró e a nós pobres mortais eleitores.

Confidenciei ainda ao Tio Colorau que graças a Deus, eu tinha perdido o meu voto, que foi dado mais por uma questão familiar, do que por convicção, afinidade ideológica ou perfil político. Daí não poder e não ter o direito de cobrar ou exigir outra postura que não seja essa que presenciei dos pseudos representantes do "povo" que infelizmente ou felizmente compõem a atual legislatura. Afinal, o que se esperar de uma Câmara Municipal de uma cidade em que seu mandatário maior, no caso, a prefeita de Mossoró "nada sabe, nada fala e nada decide" - é uma espécie de marionete - sem norte , sem rumo, sem trilho e com diz o jornalista Carlos Santos, nem seque "bússola possui".

Ao me despedir do Tio Colorau, esternei toda minha preocupação e indignação com a despolitização, a falta de postura, o baixo nível das discussões, a falta de compromisso e vontade política, o jogo de cena e interesses, a falta de respeito para com os eleitores, principalmente dos vereadores comandados de forma militarizada pela líder da bancada governista.

Diante de tudo que presenciei, fiquei ainda mais convencido que Mossoró vem crescendo, fruto das suas potencialidades, das suas riquezas naturais, do empreendedorismos de alguns mossoroenses, das suas opções de investimentos externos, das sua privilegiada localização geográfica e principalmente induzida pela lei natural do capitalismo que preconiza que " o capital (investimentos) se direcionam para o local e atividade em que ele é mais restável e seu retorma e mais rápido e garantido".

Em outras palavras, o crescimento (desordenado), mas bastante significativo que a cidade vem apresentando nos últimos anos, bem com a diversificação da nossa economia, independe totalmente das ações (que não existem) da Prefeitura de Mossoró e muito menos da Câmara Municipal de Mossoró, que até o presente momento, em nada contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, preocupando-se a grande maioria dos nossos nobres vereadores, quase que exclusivamente com vantagens pessoais e a melhoria pecuniária dos seus familiáres, afilhados e amigos, seguindo o mesmo perfil ou rito hediondo da equivocada, atrapalhada, tonta, retardada, tola, acadêmica e sem rumo nem prumo administração "Mossoró da Gente?".

Finalizando, gostaria de dizer as amigas e amigos leitores desse blog, "que eu não levaria um filho meu" para assistir a uma sessão da nossa pobre Câmara Municipal de Mossoró e gostaria de aconselhá-los ao mesmo procedimento. Pobre Mossoró!

(clique aqui) e vejam mais detalhes da reunião ordinária de quarta-feira (02) da Câmara Municipal de Mossoró.




6 comentários :

Alex Polary Brito disse...

É lamtável, pobre Mossoró!

Chico Adolfo disse...

Olá Carlos, concordo, em todos os aspectos, com seu ponto de vista. Acho sim que nossa querida mossoró é carente de "POSTURA PARLAMENTAR".
Quando você trata "sessão" por "feira livre" fico a pensar e imaginar uma grande troca de mercadoria.
Mas Carlos, acredito nas pessoas, tenho fé, creio em Deus e vibro por Mossró.
Sou mossoroense de coração.
Grande abraço.
CHICO ADOLFO

Observador Político disse...

Carlos, seu comentário sobre a Câmara está perfeito.É o retrato real do legislativo municipal. Discordo apenas na decisão de "lavar as mãos". Os blogs e twitteres, onde você participa com credibilidade total, representam a modernidade na comunicação. Mesmo não comparecendo, denuncie e também faça sugestões. Quem sabe, um dia....

WhiteCastlle disse...

Sou Cearense,nascido em Cauipe,municipio de Caucaia.
Acho que os cidadãos Mossoroenses leram ou ouviram falar sobre o que fizemos com um rebanho de individuos parecidissimos com o que vocês tem aqui em Mossoro e se auto proclamam de "Representantes do Povo",povo,que povo?
Só se o povo que eles falam forem seus parentes, a Prefeita,MMM e quejandos.
Resido em Natal,e vivo aqui em Mossoro há 10 longos anos,p/onde vim transferido por conveniencia
da empresa em que trabalho.
Infelizmente durante todo este tempo pouquissimas coisas boas tenho visto vindo da Administração municipal.
Acordem,Mossoroenses,acordem!
Não troque seu voto e nem venda sua consciência.
Vossa cidade precisa com urgência de vossa atitude renovadora.
Quem faz uma cidade não são ás empresas que nela se instalam,e,sim,os cidadãos que ali vivem!

Alfredo & Os Caras disse...

Olá, Carlos!
Na realidade, acho que o fato de você ter ido à Câmara não foi de todo prejudicial como você pensa. Consigo sempre ver e tirar lições positivas de situações adversas, por isso creio que a 'visita' tenha lhe dado uma consciência, ainda maior, de como determinadas instituições funcionam em nossa cidade.
Você, como formador de opinião, agora tem uma responsabilidade maior posto que sabe como transcorrem os trabalhos legislativos em nossa urbe. Se não tivesse ido até a à Câmara, não teria autoridade para tratar do assunto.
E ainda mais, como saber em quem votar, ou pelo menos em quem não votar de maneira alguma, se não acompanhamos a atuação de nenhum deles?
E olhe que seu irmão, até a legislatura passada, também fazia parte da 'casa'.
Portanto, caro colega, muito boa a sua iniciativa de ir até lá e, também, de noticiar as suas impressões para outras pessoas que ainda não se deram aquela oportunidade.
Abraço e 'bola pra frente'!

Rui Nascimento disse...

É com profunda tristeza que leio esse seu relato sobre o que presenciou na Câmara, mas em nada me surpeende, apenas lamento, pois uma cidade tão próspera não merece tamanho desrespeito. Que tais acontecimentos sirvam para que o povo avalie melhor antes de votar, não se vendam, como estes (não todos) mecenários que habitam aquele palácio. Quatro anos pode passar rápido, mesmo assim é muito tempo perdido e que não será recuperado. Tenhamos então cuidado com o que vamos fazer quando estivermos de frente para aquela máquina que definirá nossos destinos por quatro, oito, doze ou mais anos. Custa caro uma escolha mal feita, é mais barato usar a consciência, pois issso refletirá e certamente terá influência na vida de todos.