
Segundo informação do Ministério do Trabalho e Emprego, no mês de agosto, foram criado no país 242 mil postos de trabalho formal, o melhor resultado do ano.
No acumulado do ano (janeiro/agosto), foram criadas 680 mil vagas, queda de 62% na comparação com o mesmo período do ano passado (2008), quando o país gerou 1.8 milhões de postos com carteira assinada.
Das 50 cidades que mais geraram postos de empregos no Brasil, 18 são capitais. A décima cidade que mais gerou empregos formais, foi o município de Igerassu em Pernambuco, que tem uma população de um pouco mais de 90 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE.
A expansão da indústria foi a grande responsável pela criação de empregos com carteiras assinadas em pequenas cidades que apresentaram dados positivos sobre o mercado de trabalho no mês de agosto.
Mossoró, como foi amplamente divulgado pela mídia local, ficou entre as cinquenta cidades que mais geraram empregos formais no país no mês de agosto, ocupando a quinquagéssima posição.
No referido mês, a cidade de Mossoró realizou 2.358 admissões, 1.475 demissões, apresentando um superavit de 883 postos de empregos formais, como pode ser visualizado no quadro abaixo.
Em termos absolutos, os destaques por Unidades da Federação foram: São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná, Ceará, Bahia e o Rio Grande do Sul.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto aponta um significativo incremento do emprego nas cinco regiões: Nordeste, 65.751 postos(1,38%); Norte, 16.675 postos(1,41%); Sudeste, 106.085 postos(0,59%); Sul, 37.408 postos(0,63%) e Centro Oeste, 14.209 postos(0,59%).
No caso específico do nosso Estado (RN), o bom desempenho apresentado no mês de agosto indica um estágio de recuperação da nossa economia. No acumulado o ano (janeiro/agosto), ainda apresentamos um deficit na geração de emprego formal de 4.844 postos, tendo em vista que nesse período o RN assinou 98.340 novos trabalhos contra 103.180 pessoas que infelizmente perderam o vínculo formal de trabalho.
No ranking das cidades com melhor desempenho no nosso Estado (RN) na geração de postos de empregos com carteira assinada é liderada por Mossoró.
Com relação a Mossoró, esses dados são importantes, positivos, significativos e animadores.
Para mim e para os que analisam os "fatos e situações" com racionalidade, frieza, equilíbrio, tecnicidade, independência, pragmatismo e outros "ismos" mais, nada de euforismo, festa, desbunde, cirandas e foguetões.
Querer atribuir ou relacionar esses dado as ações da administração "Mossoró da Gente?", é o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira, pisar em ovos sem quebra ou tentar fazer omeletes sem ovos, frigideira e margarina ou óleo.
Querer também preconizar ou afirmar, baseado nestes dados que Mossoró está trilhando ou vivenciando um estágio de desenvolvimento econômico é o mesmo que vestir uma calça cor de burro e sair dando coices Mossoró afora. Em outras palavras é ufanismo periférico, bizarro e jactancioso; é infantilismo latente e exacerbado; é desconhecimento total dos princípios e objetivos básicos das ciências econômicas.
Querer ainda afirmar ou querer induzir a uma, duas ou meia dúzia de pessoa a acreditar que o crescimento (nunca desenvolvimento) de Mossoró, que é real, depende exclusivamente do poder público municipal e que todo retrocesso é obra ou culpa da oposição ou dos que não concordam com a administração "Mossoró da Gente?", é cegueira pura e contagiosa
Finalizando, gostaria ainda de fazer uma ou duas ponderações a respeito do assunto:
1. Mossoró cresce fruto das suas potencialidades, das suas riquezas naturais, do empreendedorismos de alguns mossoroenses, da nossa privilegiada situação geográfica, das opções que a cidade apresenta ao investimento externo e sobretudo induzida pela lei natural do capitalismo que preconiza que o capital, no caso investimentos, se direciona para o local e atividade em que ele é mais rentável e o seu retorno é mais rápido, garantido e lucrativo para o seu investidor.
2. Independente de quem é ou fosse o (ou a) prefeita de Mossoró: Fátima Rosado, Larissa Rosado, Renato Fernandes, Gilson Cardoso, Carlos Heitor Montoya (ou até mesmo o "Paulo Doido"), a situação de Mossoró, não seria , como não é diferente da atual.
3. Não custa nada lembrar, que no período em que os dados a respeito da expansão dos postos de empregos formais foram coletados, foi exatamente o período que que á prefeitura de Mossoró mais demitiu trabalhadores com carteira assinada no últimos dez anos.
Posição | Município | Admissões | Demissões | Saldo |
1º | São Paulo (SP) | 153.343 | 126.696 | 26.647 |
2º | Rio de Janeiro (RJ) | 66.302 | 57.417 | 8.885 |
3º | Belo Horizonte (MG) | 48.755 | 41.397 | 7.358 |
4º | Manaus (AM) | 17.584 | 11.463 | 6.121 |
5º | Salvador (BA) | 21.609 | 16.239 | 5.370 |
6º | Fortaleza (CE) | 20.854 | 16.480 | 4.374 |
7º | Porto Alegre (RS) | 22.146 | 18.269 | 3.877 |
8º | Recife (PE) | 14.798 | 11.185 | 3.613 |
9º | Curitiba (PR) | 28.464 | 25.037 | 3.427 |
10º | Igarassu (PE) | 3.194 | 219 | 2.975 |
11º | Goiânia (GO) | 17.765 | 14.928 | 2.837 |
12º | Brasília (DF) | 25.568 | 22.801 | 2.767 |
13º | Ribeirão Preto (SP) | 8.903 | 6.576 | 2.327 |
14º | Sobral (CE) | 3.015 | 708 | 2.307 |
15º | Belém (PA) | 8.742 | 6.557 | 2.185 |
16º | Florianópolis (SC) | 7.462 | 5.393 | 2.069 |
17º | Guarulhos (SP) | 9.880 | 7.836 | 2.044 |
18º | Teresina (PI) | 5.709 | 3.737 | 1.972 |
19º | Uberlândia (MG) | 9.369 | 7.463 | 1.906 |
20º | Timbaúba (PE) | 1.800 | 95 | 1.705 |
21º | Campinas (SP) | 14.643 | 12.952 | 1.691 |
22º | Porto Velho (RO) | 5.101 | 3.509 | 1.592 |
23º | Sao José dos Campos (SP) | 7.550 | 6.064 | 1.486 |
24º | Coelho Neto (MA) | 1.514 | 35 | 1.479 |
25º | Sorocaba (SP) | 6.689 | 5.257 | 1.432 |
26º | Matão (SP) | 2.463 | 1.051 | 1.412 |
27º | São Bernardo do Campo (SP) | 8.061 | 6.693 | 1.368 |
28º | Duque de Caxias (RJ) | 5.644 | 4.282 | 1.362 |
29º | Londrina (PR) | 7.395 | 6.044 | 1.351 |
30º | Franca (SP) | 4.781 | 3.529 | 1.252 |
31º | Santo André (SP) | 6.784 | 5.538 | 1.246 |
32º | São Caetano do Sul (SP) | 5.500 | 4.256 | 1.244 |
33º | Bebedouro (SP) | 2.740 | 1.509 | 1.231 |
34º | Feira de Santana (BA) | 3.510 | 2.368 | 1.142 |
35º | Aracaju (SE) | 4.909 | 3.783 | 1.126 |
36º | Birigui (SP) | 2.354 | 1.249 | 1.105 |
37º | Marabá (PA) | 2.243 | 1.176 | 1.067 |
38º | Joinville (SC) | 7.327 | 6.267 | 1.060 |
39º | Maceió (AL) | 4.484 | 3.443 | 1.041 |
40º | São José do Rio Preto (SP) | 4.781 | 3.744 | 1.037 |
41º | Contagem (MG) | 8.441 | 7.405 | 1.036 |
42º | Taubaté (SP) | 3.402 | 2.415 | 987 |
43º | Santa Rita (PB) | 1.203 | 218 | 985 |
44º | Aparecida de Goiânia (GO) | 4.875 | 3.906 | 969 |
45º | Lauro de Freitas (BA) | 3.240 | 2.288 | 952 |
46º | Sete Lagoas (MG) | 2.426 | 1.506 | 920 |
47º | Sapé (PB) | 934 | 24 | 910 |
48º | Campo Grande (MS) | 7.949 | 7.044 | 905 |
49º | Maringá (PR) | 6.187 | 5.301 | 886 |
50º | Mossoró (RN) | 2.358 | 1.475 | 883 |
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego | |
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