segunda-feira, 21 de setembro de 2009

MOSSORÓ É QUEM MAIS EMPREGA NO RN

Carlos Escóssia

Segundo informação do Ministério do Trabalho e Emprego, no mês de agosto, foram criado no país 242 mil postos de trabalho formal, o melhor resultado do ano.

No acumulado do ano (janeiro/agosto), foram criadas 680 mil vagas, queda de 62% na comparação com o mesmo período do ano passado (2008), quando o país gerou 1.8 milhões de postos com carteira assinada.

Das 50 cidades que mais geraram postos de empregos no Brasil, 18 são capitais. A décima cidade que mais gerou empregos formais, foi o município de Igerassu em Pernambuco, que tem uma população de um pouco mais de 90 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE.

A expansão da indústria foi a grande responsável pela criação de empregos com carteiras assinadas em pequenas cidades que apresentaram dados positivos sobre o mercado de trabalho no mês de agosto.

Mossoró, como foi amplamente divulgado pela mídia local, ficou entre as cinquenta cidades que mais geraram empregos formais no país no mês de agosto, ocupando a quinquagéssima posição.

No referido mês, a cidade de Mossoró realizou 2.358 admissões, 1.475 demissões, apresentando um superavit de 883 postos de empregos formais, como pode ser visualizado no quadro abaixo.

Em termos absolutos, os destaques por Unidades da Federação foram: São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná, Ceará, Bahia e o Rio Grande do Sul.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto aponta um significativo incremento do emprego nas cinco regiões: Nordeste, 65.751 postos(1,38%); Norte, 16.675 postos(1,41%); Sudeste, 106.085 postos(0,59%); Sul, 37.408 postos(0,63%) e Centro Oeste, 14.209 postos(0,59%).

No caso específico do nosso Estado (RN), o bom desempenho apresentado no mês de agosto indica um estágio de recuperação da nossa economia. No acumulado o ano (janeiro/agosto), ainda apresentamos um deficit na geração de emprego formal de 4.844 postos, tendo em vista que nesse período o RN assinou 98.340 novos trabalhos contra 103.180 pessoas que infelizmente perderam o vínculo formal de trabalho.

No ranking das cidades com melhor desempenho no nosso Estado (RN) na geração de postos de empregos com carteira assinada é liderada por Mossoró.
Com relação a Mossoró, esses dados são importantes, positivos, significativos e animadores.

Para mim e para os que analisam os "fatos e situações" com racionalidade, frieza, equilíbrio, tecnicidade, independência, pragmatismo e outros "ismos" mais, nada de euforismo, festa, desbunde, cirandas e foguetões.

Querer atribuir ou relacionar esses dado as ações da administração "Mossoró da Gente?", é o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira, pisar em ovos sem quebra ou tentar fazer omeletes sem ovos, frigideira e margarina ou óleo.

Querer também preconizar ou afirmar, baseado nestes dados que Mossoró está trilhando ou vivenciando um estágio de desenvolvimento econômico é o mesmo que vestir uma calça cor de burro e sair dando coices Mossoró afora. Em outras palavras é ufanismo periférico, bizarro e jactancioso; é infantilismo latente e exacerbado; é desconhecimento total dos princípios e objetivos básicos das ciências econômicas.

Querer ainda afirmar ou querer induzir a uma, duas ou meia dúzia de pessoa a acreditar que o crescimento (nunca desenvolvimento) de Mossoró, que é real, depende exclusivamente do poder público municipal e que todo retrocesso é obra ou culpa da oposição ou dos que não concordam com a administração "Mossoró da Gente?", é cegueira pura e contagiosa

Finalizando, gostaria ainda de fazer uma ou duas ponderações a respeito do assunto:

1. Mossoró cresce fruto das suas potencialidades, das suas riquezas naturais, do empreendedorismos de alguns mossoroenses, da nossa privilegiada situação geográfica, das opções que a cidade apresenta ao investimento externo e sobretudo induzida pela lei natural do capitalismo que preconiza que o capital, no caso investimentos, se direciona para o local e atividade em que ele é mais rentável e o seu retorno é mais rápido, garantido e lucrativo para o seu investidor.

2. Independente de quem é ou fosse o (ou a) prefeita de Mossoró: Fátima Rosado, Larissa Rosado, Renato Fernandes, Gilson Cardoso, Carlos Heitor Montoya (ou até mesmo o "Paulo Doido"), a situação de Mossoró, não seria , como não é diferente da atual.

3. Não custa nada lembrar, que no período em que os dados a respeito da expansão dos postos de empregos formais foram coletados, foi exatamente o período que que á prefeitura de Mossoró mais demitiu trabalhadores com carteira assinada no últimos dez anos.

Posição

Município

Admissões

Demissões

Saldo

São Paulo (SP)

153.343

126.696

26.647

Rio de Janeiro (RJ)

66.302

57.417

8.885

Belo Horizonte (MG)

48.755

41.397

7.358

Manaus (AM)

17.584

11.463

6.121

Salvador (BA)

21.609

16.239

5.370

Fortaleza (CE)

20.854

16.480

4.374

Porto Alegre (RS)

22.146

18.269

3.877

Recife (PE)

14.798

11.185

3.613

Curitiba (PR)

28.464

25.037

3.427

10º

Igarassu (PE)

3.194

219

2.975

11º

Goiânia (GO)

17.765

14.928

2.837

12º

Brasília (DF)

25.568

22.801

2.767

13º

Ribeirão Preto (SP)

8.903

6.576

2.327

14º

Sobral (CE)

3.015

708

2.307

15º

Belém (PA)

8.742

6.557

2.185

16º

Florianópolis (SC)

7.462

5.393

2.069

17º

Guarulhos (SP)

9.880

7.836

2.044

18º

Teresina (PI)

5.709

3.737

1.972

19º

Uberlândia (MG)

9.369

7.463

1.906

20º

Timbaúba (PE)

1.800

95

1.705

21º

Campinas (SP)

14.643

12.952

1.691

22º

Porto Velho (RO)

5.101

3.509

1.592

23º

Sao José dos Campos (SP)

7.550

6.064

1.486

24º

Coelho Neto (MA)

1.514

35

1.479

25º

Sorocaba (SP)

6.689

5.257

1.432

26º

Matão (SP)

2.463

1.051

1.412

27º

São Bernardo do Campo (SP)

8.061

6.693

1.368

28º

Duque de Caxias (RJ)

5.644

4.282

1.362

29º

Londrina (PR)

7.395

6.044

1.351

30º

Franca (SP)

4.781

3.529

1.252

31º

Santo André (SP)

6.784

5.538

1.246

32º

São Caetano do Sul (SP)

5.500

4.256

1.244

33º

Bebedouro (SP)

2.740

1.509

1.231

34º

Feira de Santana (BA)

3.510

2.368

1.142

35º

Aracaju (SE)

4.909

3.783

1.126

36º

Birigui (SP)

2.354

1.249

1.105

37º

Marabá (PA)

2.243

1.176

1.067

38º

Joinville (SC)

7.327

6.267

1.060

39º

Maceió (AL)

4.484

3.443

1.041

40º

São José do Rio Preto (SP)

4.781

3.744

1.037

41º

Contagem (MG)

8.441

7.405

1.036

42º

Taubaté (SP)

3.402

2.415

987

43º

Santa Rita (PB)

1.203

218

985

44º

Aparecida de Goiânia (GO)

4.875

3.906

969

45º

Lauro de Freitas (BA)

3.240

2.288

952

46º

Sete Lagoas (MG)

2.426

1.506

920

47º

Sapé (PB)

934

24

910

48º

Campo Grande (MS)

7.949

7.044

905

49º

Maringá (PR)

6.187

5.301

886

50º

Mossoró (RN)

2.358

1.475

883

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego



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