quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O QUE É SALDO EM CONTA CORRENTE?

Por Jorge Luiz de Souza
Consultor: José Aparecido Carlos Ribeiro


É um dos principais resultados computados no balanço de pagamentos. A conta corrente, ou conta de transações correntes, reúne a balança comercial (exportações e importações) e a balança de serviços (transportes, seguros, remessas e recebimento de juros e lucros, rendas e transações unilaterais). Só não contabiliza o investimento direto e os créditos financeiros.

O saldo em conta corrente é visto de várias formas: indica se os habitantes de um país estão concedendo ou tomando empréstimos do resto do mundo; o déficit menos o investimento estrangeiro direto líquido mostra a necessidade de financiamento externo; modelos pós-keynesiano e estruturalista consideram o déficit em conta corrente como uma das principais restrições ao crescimento econômico; outros interpretam que o déficit, ao contrário, pode resultar de expectativas otimistas sobre o crescimento econômico futuro.

O Brasil historicamente tem saldo negativo em conta corrente, mas de 2003 a 2007 teve um período contínuo de saldo positivo.


Carga tributária
A desigualdade dos impostos no Brasil

De 1995 a 2007, a carga tributária bruta no Brasil cresceu 8,5 pontos percentuais (p.p.) do Produto Interno Bruto (PIB), sendo 1,6 p.p. em impostos indiretos (que incidem sobre o consumo), 1,8 p.p. em contribuições previdenciárias e 5,0 p.p. em impostos diretos (que incidem sobre a renda, a propriedade e o patrimônio).

A tributação indireta é regressiva - incide mais sobre os mais pobres -, e a direta é progressiva, incidindo mais sobre os mais ricos. O peso da tributação indireta no país é maior que o da direta, tornando regressivo o sistema tributário. Tributos são considerados uma importante ferramenta para reduzir as desigualdades - há forte correlação entre a justeza de um sistema tributário e a desconcentração da riqueza e da renda nacional.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a carga tributária líquida (o que o governo arrecada menos o que retorna às mãos dos cidadãos por meio das transferências de renda como benefícios previdenciários e assistenciais) cresceu menos que a bruta, e, se descontado também o que foi pago na forma de juros, a carga praticamente não cresceu de 2000 a 2007.
Fonte: Revista Desafios do Desenvolvimento - IPEA

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