DIA DE CÃO

VEREADORES SÃO CONTRA FECHAMENTODE UNIDADES DE SAÚDE

A reunião na Câmara Municipal de Mossoró sobre redimensionamento da Saúde, hoje (14), reiterou pleito do Legislativo contra prejuízos no atendimento à população. Os vereadores pediram ao secretário Francisco Carlos (Cidadania) e à gerente Jaqueline Amaral (Saúde) manutenção da qualidade do atendimento, apesar das mudanças anunciadas na Saúde.

Em carta aberta à prefeita Fafá Rosado (DEM), lida e entregue a Francisco Carlos no plenário, a bancada governista fez um apelo à Prefeitura: que não feche o Centro de Acompanhamento Psicossocial (CAPS), Ambulatório Materno Infantil (AMI), Unidade Básica de Saúde (UBS) do conjunto Abolição II e Centro Clínico do conjunto Abolição IV. No documento, os vereadores governistas dizem compreender a dificuldade do Município para financiar a Saúde, mas que é possível mudar o quadro sem fechar unidades de saúde, porque farão falta àcomunidade.

A bancada também se coloca à disposição para encontrar saída para a crise, afim de evitar prejuízos à população. A nossa posição é, e sempre será, de ajudar a nossa cidade a sair das dificuldades (...). Por isso, estamos irmanados neste propósito, o de tentar encontrar uma solução que seja satisfatória, fazendo com que o impasse não penalize mais ainda a população, que precisa ter de volta a normalidade dos serviços essenciais, escrevem os vereadores.

Assinam a carta os vereadores Claudionor dos Santos (PDT), Chico da Prefeitura (DEM), Ricardo de Dodoca (PDT), Jório Nogueira (PDT), Maria das Malhas (PSL), Flávio Tácito (PSL), Daniel Gomes (PMDB), Zé Peixeiro (PMDB) e Niná Rebouças (DEM).

BANCADAS SE UNEM EM DEFFESA DA SAÚDE

A carta do bloco situacionista à prefeita Fafá Rosado reforçou pleito da bancada de oposição, que também apelou para que o redimensionamento na Saúde não comprometa o serviço à população.

Os três vereadores oposicionistas se pronunciaram na reunião desta quarta-feira e cobraram aos gestores municipais melhorias na Saúde.

Os vereadores Francisco José Júnior (PMN), Genivan Vale (PR) e Lahyre Rosado Neto (PSB) denunciaram problemas e pediram soluções. Também se posicionaram contra o fechamento de unidades de saúde. "Apelamos para que a Prefeitura não economize em Saúde, mas em outros setores do Município",disse Francisco José Júnior.

Os vereadores governistas Cláudia Regina, Chico da Prefeitura, Niná Rebouças e Jório Nogueira também discursaram na reunião. O tom dos pronunciamentos foi o mesmo da carta aberta à prefeita Fafá Rosado. "Precisamos rever alguns pontos desse redimensionamento para que não haja retrocesso", alertou Niná Rebouças.

SECRETÁRIO JUSTIFICA MUDANÇAS NO SETOR

O secretário municipal da Cidadania, Francisco Carlos Carvalho de Melo, atribuiu a redistribuição dos serviços à necessidade de economia, já que a Prefeitura tem dificuldade para custear a Saúde. "Faz mais de três anos que alertamos para esse problema de financiamento, que afeta não só Mossoró, mas todo o Brasil", disse.

Francisco Carlos citou exemplo de outras cidades brasileiras, que, segundo ele, enfrentam problemas semelhantes, e acrescentou que a situaçãode Mossoró requer medidas para o enfrentamento da crise. "O sistema de Saúde de Mossoró precisa ser reestruturado para preservá-lo, daí a necessidade das medidas", explicou.

A saída, segundo ele, é a aprovação no Congresso Nacional da Emenda Constituição 29, que destina mais recursos para a saúde, e atualização da Programação Pactuada Integrada (PPI), a fim de que Mossoró não continue a atender pacientes de outros municípios, sem receber a devida compensação pelos serviços.

Ao final da reunião, foi decidida formação de comissões de vereadores para acompanhar as mudanças no sistema de Saúde de Mossoró, a fim de tentar amenizar o impacto à população, e avaliar a proposta do Orçamento Municipal para 2010, em busca de remanejamentos para Saúde.

Assessoria de Comunicação - Regy Carte

Foto - Polayrinho