sábado, 14 de novembro de 2009

ERROS CAPITAIS

Carlos Escóssia

Como tenho afirmado em outras postagens, os maiores opositores e inimigos da atual administração de Mossoró, estão habitando o Palácio da Resistência e transferindo para essa mesma administração, vícios e desacertos, que são incapazes de, pelo menos, minimizá-los.

De forma sintética vou discorrer sobre os dois grandes erros capitais cometidos de forma amadora e primária, pelos que fazem (ou desfazem) a administração pública municipal de Mossoró.

PRIMEIRO GRANDE ERRO CAPITAL

O primeiro grande erro capital foi o de não terem o entendimento que as instituições (governos) representam o esforço mais vigoroso da mente humana, objetivando racionalizar as ações do Homem em favor da coletividade e ao, mesmo tempo, equacionar os conflitos de interesses surgidos na convivência social.

As instituições se formalizam no alicerço de sustentação de toda uma sociedade. Da forma de atuação das mesmas, e de sua natureza estrutural, depende o grau de conflito ou harmonia dentro de uma sociedade.

A essência do Estado Moderno está respaldo na existência de instituições que servem ao cidadão, com eficiência, transparência e agilidade, e que, acima de tudo, ajam em nome dos interesses da maioria, sem contudo esmagar os indivíduos.

O desenvolvimento institucional significa o esforço contínuo de melhorar a atuação desses órgãos em favor da coletividade.

O SEGUNDO GRANDE ERRO CAPITAL

O segundo grande erro capital, é não terem procedido uma ampla e moderna reforma administrativa, organizacional e estrutural.

É sabido que o atual modelo de gestão foi herdado da administração da hoje senadora Rosalba Ciarline, que tinha outros objetivos, metas e interesses e que tal modelo foi idealizado, elaborado e delineado a “mando e forma” do ex-deputado Carlos Augusto Rosado, objetivando o seu total controle, execução, acompanhamento e avaliação.

Dentro do que planejou a ex-prefeita e atual senadora Rosalba Ciarline, ao lado do seu marido, exímio articulador e homem de rara visão, tara política, tino administrativo e liderança, esse modelo de gestão funcionou com perfeição.

É verdade que o modelo atual, traçado a régua e compasso, como explicito acima, era e é, extremamente burocrático, centralizador, antiquado, ultrapassado e estabelecido para ser coordenado, executado e acompanhado por uma pessoa só - no caso o ex-deputado.

O grande e capital erro da administração Mossoró da Gente, é manter o arcaico e pesado modelo de gestão, sem encontrar um substituto ou alternativas, que o pudesse tocar com maestria, habilidade, determinação e competência.

O QUE FAZER?

É necessário e urgente que a atual administração proceda um minucioso estudo técnico e estrutural, no sentido de adequá-la a um modelo mais enxuto, ágil, racional, prático e funcional, com vista a uma melhor sintonia entre os gestores, a população e a administração central.

O planejamento, entendido como o exercício sistemático da antecipação e a busca de objetivos e os meios para alcançá-los, é condição obrigatório e fundamental para se buscar a modernização administrativa.

Diferentemente da visão da atual administração, a idéia é não ter apenas um governo gerenciador de recursos, mais uma administração impulsionadora do desenvolvimento da cidade, articuladora das forças sociais e da participação efetiva de todos.

Trata-se, portanto, de incorporar à cultura institucional o planejamento estratégico e descentralizado, voltado para a inclusão do conjunto da sociedade no processo de decisões a curto, médio e longo prazo.

NEM TUDO DOESTÁ PERDIDO

Acho que está na hora do chefe de gabinete Gustavo Rosado, puxar para si à responsabilidade (pois competência tem) de coordenar uma reestruturação do modelo administrativo, financeiro e de gestão, que venha dá condições, tranqüilidade e agilidade à senhora prefeita, para que possa buscar a melhoria de Mossoró, bem como o bem-estar da população.

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