GOVERNADOR CONTESTA TCU E
DEFENDE FUNDO PREVIDENCIÁRIO
PARA PAGAR FOLHA
O governador Robinson Faria comentou nesta terça-feira ao Portal No
Ar que não vai ser “burocrata” e que escolheu manter a governabilidade
ao decidir sacar recursos do fundo previdenciário para honrar a folha de
pagamento dos servidores. Nessa segunda-feira, auditoria do Tribunal de
Contas do Estado concluiu que há irregularidade nos saques realizados
pelo Executivo no Fundo Previdenciário do Rio Grande do Norte (Funfir).
“O TCE tem uma opinião, mas temos que cumprir a obrigação do
governador, que é manter a governabilidade. Existe uma lei, aprovada
pela Assembleia Legislativa, que autoriza o uso dos recursos do fundo.
Cobrimos uma parte com recursos da previdência. E herdei o estado com
déficit mensal na previdência no valor de R$ 100 milhões. Preferi me
utilizar dessa lei e pagar a folha dos servidores em dia”, rebateu o
governador, após lançar o programa Ronda Cidadã, no Planalto, na zona
Oeste da capital.
Segundo a auditoria do TCE, a ilegalidade da lei que unificou os
fundos da previdência estadual, e permitiu os saques, seria devido à
burla a legislação federal que disciplina o tema. Portaria do Ministério
da Previdência e Assistência Social condiciona a unificação à aprovação
prévia da Secretaria de Política de Previdência Social, o que não foi
feito. A equipe técnica do TCE sugeriu que o relator do processo,
conselheiro Paulo Roberto Chaves Alves, determine, monocraticamente, a
suspensão imediata dos saques no fundo previdenciário.
“Essa opção que adotamos foi uma reação para ver se o Estado recupera
sua economia. Na hora em que há crescimento, com Proadi, Idema mais
ágil, vamos fomentando a economia e a empregabilidade e renda no Estado
voltam a existir, com cadeias produtivas. Fiz essa opção. Se eu for ser
burocrata, e não vou ser, sem coragem para tomar algumas medidas, o
Estado vai quebrar”, afirmou o governador.
Indagado se já recursos para assegurar a folha de pagamento do mês de
dezembro, Robinson comentou que o dinheiro ainda não está completamente
assegurado. “Estamos trabalhando para honrar a folha. Cada mês é uma
luta”, comentou.
Fonte: Portal no Ar
Por Dinarte Assunção
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