sábado, 19 de dezembro de 2015

MOSSORÓ TEM SALDO NEGATIVO NA 

GERAÇÃO DE EMPREGO EM NOVEMBRO


Mossoró fechou o mês de novembro com déficit na geração de empregos formais. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ao longo do penúltimo mês do ano foram admitidas 1.684 pessoas com carteira assinada e demitidas 1.848, resultado em um saldo negativo de 164 postos de trabalho e uma variação de -0,27%.

No acumulado de janeiro a novembro as perdas de empregos celetistas também superaram a geração de novos postos, resultando em um déficit de 559 postos de trabalho. Ao longo dos 11 meses deste ano contabilizados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), o setor que registrou maior saldo negativo na cidade foi o da construção civil, equivalente a -1.158, seguido do comércio, que correspondeu a -323, no período de janeiro a novembro.

Já em termos de resultados positivos, os setores da agropecuária, com saldo 946, e o de serviços, com saldo de 112, foram os que apresentaram os melhores resultados na diferença entre o número de admissões e demissões no acumulado do ano.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Mossoró (SINTRACOM), Francisco Neves de Brito, o ano já começou negativo e terminou na mesma situação. Segundo ele, 2015 começou com obras da Prefeitura e do Governo do Estado, mas está terminando com as obras paralisadas. Com relação às obras privadas, ele comenta que as grandes empresas também estão demitindo.

O presidente do Sindicato afirma que dos 14 mil associados, aproximadamente, apenas cerca de 3.500 estão trabalhando no momento. Ainda de acordo com Francisco de Brito, durante o mês de setembro todos os dias foram registradas cerca de 60 homologações. Isso em relação aos trabalhadores com mais de um ano de carteira assinada, já que os que trabalharam por período inferior a um ano homologam as rescisões nas próprias empresas contratantes. Ele considera que setembro foi o mês mais difícil, já que a data-base da categoria é outubro e as demissões no mês da data-base são mais complicadas para as empresas.

Para tentar garantir algum ganho diante do quadro, muitos buscam alternativas. O sindicalista afirma que boa parte desses trabalhadores atua, os demais estão ‘soltos’, fazendo trabalhos informais extras.

Francisco Brito espera melhorias no setor por volta de março ou abril do próximo ano, pois comenta que as contratações só começam a melhorar após o Carnaval.

Ele conta que há cinco projetos de obras do Minha Casa, Minha Vida para Mossoró para serem liberados. No entanto, para que isso aconteça os construtores dependem da perfuração de poços profundos. Se essa liberação saísse a realidade começaria a mudar.

A situação cria uma reação em cadeia, pois, como lembra o dirigente sindical, quando a construção civil está nessa situação o comércio de material de construção também é afetado.

Fonte: Gazeta do Oeste 

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