MOSSORÓ TEM SALDO NEGATIVO NA
GERAÇÃO DE EMPREGO EM NOVEMBRO
Mossoró fechou o mês de novembro com déficit na geração de empregos
formais. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), ao longo do penúltimo mês do ano foram admitidas 1.684 pessoas
com carteira assinada e demitidas 1.848, resultado em um saldo negativo
de 164 postos de trabalho e uma variação de -0,27%.
No acumulado de janeiro a novembro as perdas de empregos celetistas
também superaram a geração de novos postos, resultando em um déficit de
559 postos de trabalho. Ao longo dos 11 meses deste ano contabilizados
pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), o setor que
registrou maior saldo negativo na cidade foi o da construção civil,
equivalente a -1.158, seguido do comércio, que correspondeu a -323, no
período de janeiro a novembro.
Já em termos de resultados positivos, os setores da agropecuária, com
saldo 946, e o de serviços, com saldo de 112, foram os que apresentaram
os melhores resultados na diferença entre o número de admissões e
demissões no acumulado do ano.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da
Construção Civil de Mossoró (SINTRACOM), Francisco Neves de Brito, o ano
já começou negativo e terminou na mesma situação. Segundo ele, 2015
começou com obras da Prefeitura e do Governo do Estado, mas está
terminando com as obras paralisadas. Com relação às obras privadas, ele
comenta que as grandes empresas também estão demitindo.
O presidente do Sindicato afirma que dos 14 mil associados,
aproximadamente, apenas cerca de 3.500 estão trabalhando no momento.
Ainda de acordo com Francisco de Brito, durante o mês de setembro todos
os dias foram registradas cerca de 60 homologações. Isso em relação aos
trabalhadores com mais de um ano de carteira assinada, já que os que
trabalharam por período inferior a um ano homologam as rescisões nas
próprias empresas contratantes. Ele considera que setembro foi o mês
mais difícil, já que a data-base da categoria é outubro e as demissões
no mês da data-base são mais complicadas para as empresas.
Para tentar garantir algum ganho diante do quadro, muitos buscam
alternativas. O sindicalista afirma que boa parte desses trabalhadores
atua, os demais estão ‘soltos’, fazendo trabalhos informais extras.
Francisco Brito espera melhorias no setor por volta de março ou abril
do próximo ano, pois comenta que as contratações só começam a melhorar
após o Carnaval.
Ele conta que há cinco projetos de obras do Minha Casa, Minha Vida
para Mossoró para serem liberados. No entanto, para que isso aconteça os
construtores dependem da perfuração de poços profundos. Se essa
liberação saísse a realidade começaria a mudar.
A situação cria uma reação em cadeia, pois, como lembra o dirigente
sindical, quando a construção civil está nessa situação o comércio de
material de construção também é afetado.
Fonte: Gazeta do Oeste
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