MULHERES GANHAM EM MÉDIA
24% MENOS QUE OS HOMENS,
MOSTRA RELATÓRIO
Atualmente, as mulheres fazem 52% de todo o trabalho no mundo, mas
quando estão em uma atividade remunerada ganham, em média, 24% menos do
que os homens. Na América Latina e Caribe, elas ganham 19% menos e são
frequentemente excluídas dos cargos superiores de gestão. Os dados sobre
o desequilíbrio de gênero no mercado de trabalho estão no Relatório de
Desenvolvimento Humano 2015, lançado hoje (14) pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
A
América Latina e Caribe é também a região com o maior percentual de
trabalhadores domésticos, a maioria mulheres, somando quase 20 milhões
de pessoas, ou 37% do total mundial, de acordo com o documento. O texto
registra que essa é uma ocupação em que “as condições de trabalho
frequentemente não são ideais”.
“O relatório mostra que é preciso
começar a focar nessa questão da desigualdade de remuneração. É
inaceitável que um homem e uma mulher façam a mesma coisa e a mulher
ganhe menos. Tem aí um trabalho mais profundo, mais cultural, de
transformar as normas sociais que excluem as mulheres do trabalho”,
disse a coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional do
Pnud, Andréa Bolzon.
O documento traz ainda dados positivos da
região, que registra a menor disparidade de gênero na média de anos de
escolaridade de adultos. Além disso, o índice de assentos parlamentares
ocupados por mulheres (27%) é superior à média mundial (21,8%).
O
relatório sugere que sejam tomadas medidas para garantir a igualdade de
remuneração, combater o assédio e as normas sociais que excluem
mulheres do trabalho remunerado. “Só então poderá a sobrecarga do
trabalho de prestação de cuidados não remunerado ser partilhada, dando
assim às mulheres a possibilidade de integrar o mercado de trabalho”,
diz o texto.
O documento informa que dos 204 milhões de desempregados no mundo, 74 milhões são jovens.
Fonte: Agência Brasil
Por Yara Aquino
Edição: Graça Adjuto
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