PROCISSÃO DE SANTA
LUZIA DESPONTA COMO VITRINE
PARA SUCESSÃO MOSSOROENSE
Como tradicionalmente acontece quando dezembro antecede ano eleitoral
à Prefeitura, a procissão da padroeira Santa Luzia, hoje, promete ser
vitrine para sucessão mossoroense de 2016. Sobretudo, por causa de
indefinições que cercam o pleito e a expectativa em torno de alianças.
Alguns movimentos na peregrinação podem alimentar especulações.
Tudo porque os principais atores da política de Mossoró, e que
certamente serão protagonistas no próximo pleito, estarão no meio do
povo. Como se comportarão os pré-candidatos? Com quem caminharão? Qual a
reação popular às suas passagens? São perguntas cujas respostas
curiosos da cena política local pretendem ter ao final da procissão.
Existe grande expectativa em torno da participação da ex-governadora e
ex-prefeita Rosalba Ciarlini, que se tornou pré-candidata com a
decisão, proclamada há dez dias, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
que a tornou apta a disputar a Prefeitura, em 2016, pela quarta vez
(foi eleita em 1988, 1996 e 2000). O tipo do assédio a Rosalba é
aguardado com curiosidade.
E não só o assédio popular, que pode aferir parte do humor do
mossoroense em relação à sua possível volta ao Palácio da Resistência.
Mas, também, a companhia que ela pode ter, no trajeto da procissão, de
certas lideranças políticas, o que pode ensejar afinidades em potencial
para alianças na campanha. Será que Rosalba caminhará ao lado de algum
futuro aliado, mas hoje adversário?
Especula-se que os grupos da ex-deputada federal Sandra Rosado (PSB) e
da ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) podem, um dos dois, indicar o
candidato a vice de Rosalba, ou o companheiro de chapa do porventura
candidato por ela indicado. Eventuais encontros entre essas personagens
com a ex-governadora poderão fornecer pista sobre relação política e o
desenrolar para 2016.
Além delas, não se pode esquecer, nem subestimar, a importância da
presença da ex-deputada estadual Larissa Rosado (PSB) na procissão.
Candidata nas últimas eleições, continua com nome vívido no imaginário
do eleitorado e capital eleitoral suficiente para atuar como
protagonista, ou até mesmo fiel da balança na sucessão mossoroense do
próximo ano.
Outra expectativa da procissão de Santa Luzia é concernente à reação
popular ao prefeito Francisco José Júnior (PSD). Com dificuldades na
gestão, o chefe do Executivo, virtual candidato à reeleição, pode passar
por dissabores no corpo a corpo. Inclusive, tende a enfrentar protesto
de servidores municipais com salários atrasados.
Outra atração é o governador Robinson Faria (PSD). Há meses ausente
de Mossoró, ele retorna à cidade para aferir, no contato direto com o
povo, se ainda possui o capital que levou os mossoroenses a decidirem, a
seu favor, a eleição estadual de 2014. Também é oportunidade para que
ele confira, in loco, a popularidade do aliado Francisco José Júnior.
Esses e outros ingredientes prometem transformar a procissão de Santa
Luzia de, um dos maiores eventos sociorreligiosos do Nordeste, a
concorrido evento político. Personagens para isso não faltam. E as
indefinições e conjecturas sobre a sucessão mossoroense despertam, nos
interessados em política, inquietações e dúvidas que podem ser dirimidas
na caminhada em louvor à padroeira de Mossoró.
Campanha de rua será a mais curta das últimas décadas
O calendário eleitoral para eleição 2016, aprovado dia 10 de agosto
deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estabelece a campanha
do próximo ano como a mais curta das últimas décadas. Foi reduzida pela
metade, de 90 para 45 dias. Antes, começava em 6 de julho. Em 2016,
começará em 16 de agosto. A eleição ocorrerá dia 2 de outubro, em
primeiro turno, e no dia 30 de outubro, nos casos de segundo turno.
O calendário contém as datas do processo eleitoral a serem
respeitadas por partidos políticos, candidatos, eleitores e pela própria
Justiça Eleitoral, e incorpora alterações produzidas pela reforma
eleitoral. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV
também foi diminuído de 45 para 35 dias, tendo início em 26 de agosto,
em primeiro turno.
Quem quiser concorrer no próximo ano deve se filiar a um partido
político até o dia 2 de abril de 2016, ou seja, seis meses antes da data
das eleições. Pela regra anterior, para disputar uma eleição, o cidadão
precisava estar filiado a um partido político um ano antes do pleito.
As convenções para a escolha dos candidatos pelos partidos e a
deliberação sobre coligações devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto
de 2016. O prazo antigo estipulava que as convenções partidárias
deveriam acontecer de 10 a 30 de junho do ano da eleição.
Os pedidos de registro de candidatos devem ser apresentados pelos
partidos políticos e coligações ao respectivo cartório eleitoral até as
19h do dia 15 de agosto de 2016. Pela regra passada, esse prazo
terminava às 19h do dia 5 de julho.
TSE concluirá esta semana resoluções para pleito 2016
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluirá, na sessão
administrativa de terça-feira (15), a deliberação sobre seis minutas de
resoluções que estabelecem as regras das Eleições Municipais de 2016. Na
sessão de quinta-feira (10), os ministros fizeram algumas sugestões
acerca de dispositivos dos textos ao ministro Gilmar Mendes, relator das
resoluções do próximo pleito. Algumas observações dos ministros já
foram acolhidas e outras serão avaliadas.
Das minutas de resoluções examinadas, cinco tratam, respectivamente,
dos atos preparatórios para a eleição; registro e divulgação de
pesquisas eleitorais; escolha e registro de candidatos; limites de
gastos a serem observados por candidatos a prefeito e vereador;
propaganda eleitoral, utilização e geração do horário gratuito e
condutas ilícitas em campanha eleitoral.
Na sessão administrativa de quinta-feira, os ministros iniciaram a
análise da resolução sobre a cerimônia de assinatura digital,
fiscalização do sistema eletrônico de votação, do registro digital do
voto, da auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas e dos
procedimentos de segurança dos dados dos sistemas eleitorais.
No exame inicial pelo plenário da minuta de resolução sobre os
limites de gastos a serem observados por candidatos a prefeito e
vereador, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, destacou que a
eleição de 2016 será a primeira em que a legislação traz os limites de
gastos de candidatos.
Já o ministro Gilmar Mendes disse que o tema “merece toda a atenção,
porque houve uma significativa mudança – como nós sabemos a lei [reforma
eleitoral de 2015] estabeleceu limites de gastos a partir das
referências de gastos anteriores, e adotou um redutor”.
Fonte: O Mossosorense
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