terça-feira, 8 de dezembro de 2015

TECNOLOGIA  PARA O 

CONHECIMENTO E PARA VIDA


A tecnologia como importante ferramenta para educação e a saúde. Com este enfoque, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido abriu nesta segunda-feira, 07, a IV Jornada de Estudos do Programa Oficinando em Rede. A abertura aconteceu no Auditório da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura com a presença do reitor, professor José de Arimatea de Matos. Na ocasião, o reitor ressaltou a contribuição que o Programa Oficinando em Rede tem proporcionando à Universidade e à sociedade.

“Um trabalho de grande importância desenvolvido desde 2010 pela professora Karla Demoly beneficiando mais de 250 famílias, assistidas pelos CAPSi de Mossoró, além de dezenas de estudantes de graduação e pós-graduação que atuam como pesquisadores e em atividades de extensão”, disse o reitor. No Programa Oficinando em Rede já foram investidos recursos na ordem de R$ 250 mil.

O reitor ratificou a importância do Oficinando em Rede pela produção acadêmica do Programa com trabalhos publicados em congressos nacionais e internacionais, além de capítulos de livros. “É um programa que tem parcerias importantes e que, num futuro próximo, poderá se transformar num Programa de Mestrado”, opinou o professor Arimatea de Matos.

O trabalho da professora Karla Demoly, ausente por motivo de saúde, foi enaltecido pela professora Ludimilla Oliveira, chefe do Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais. “O Oficinando em Rede tem contribuído para a inclusão social fazendo a diferença no âmbito educacional e da saúde”, considerou, acrescentando que o Programa tem proporcionado a ampliação de uma rede, inclusive, de novos pesquisadores na Ufersa.

PALESTRA – A professora Dra. Fúlvia da Silva Spohr abriu a programação científica da Jornada do Oficinando em Rede abordando o tema Individualização humana e técnica: sobre a experiência em educação e saúde mental. A palestra contou com a participação também da professora Dra. Nize Maria Campos Pellanda. As professoras abordaram as perspectivas das relações individuais, com a natureza e a tecnologia. “Trata-se de articular uma rede de conhecimento que estão dispersos para construirmos novos saberes”, explicou Dra. Fúlvia Spohr. “Saber, viver e conhecer”, resumiu. Para professora, a ciência se equivoca a se manter de fora do objeto de estudo. “Precisamos educar os corações dos pesquisadores”, pontuou. Ao produzir sujeitos egocêntricos, o mundo moderno deixa as pessoas separadas, isoladas da realidade. “Precisamos construir um novo olhar sobre as nossas práticas de trabalho e de ações cotidianas familiares”, aconselhou.

Para a professora Nize Pellanda ao separar a sabedoria do conhecimento, a modernidade propicia uma crise ética e moral. “Temos que nos preocupar com o distanciamento de nós com nós mesmos”, aconselhou. Para a professora, a ética é o primeiro tratado de complexidade. “Não podemos separar as nossas técnicas – rezas e crenças – das demais tecnologias sociais”, afirmou. Nize acredita que o formalismo ainda predomina nas escolas brasileiras. “O sistema educacional está doente, a sociedade também está doente pela baixa do eu”, frisou. Para professora “as pessoas precisam conhecer e aprender a viver”. Nesse sentido, a principal tarefa dos educadores é educar o coração, transformando o caos num cosmos, transformando e fazendo uma nova realidade, a realidade de cada um.

“Os olhares não se excluem, são complementares”, complementou a professora Fúlvia Spohr, para enaltecer o trabalho do Oficinando em Rede que é desenvolvido de forma modulada e integrada com o uso da tecnologia para o bem comum. “A tecnologia é o meio para determinado fim”, no caso do Programa a inclusão social.  A Jornada Oficinando em Rede prossegue à tarde, com 09 Oficinas e, amanhã, terça-feira, 08, com 06 Rodas de Conversas. O encerramento será às 14hs, no Auditório da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, com uma conversação com a professora Nize Maria Campos Pellanda. Durante a Jornada estarão expostos trabalhos realizados nas oficinas promovidas pelo Programa no CAPSi em Mossoró.

 Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA

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