segunda-feira, 23 de abril de 2012

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BANCOS OFERECEM NOVAS TAXAS 

DE JUROS A PARTIR DE HOJE


Os bancos começam a oferecer nesta segunda-feira novas taxas para os seus clientes. Desde o início do mês, as instituições bancárias anunciaram uma série de cortes nos juros das linhas para pessoa física e empresas.

Os juros reduzidos passam a valer hoje na Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco (compare as opções no quadro abaixo).

  Já o Santander modificou as taxas para pessoa física na última sexta-feira (20), enquanto o corte para empresas entrou em vigou no dia 17. Os novos juros do HSBC estão valendo desde o último dia 12.

Na sexta-feira, a Caixa anunciou nova redução de juros para pessoas físicas quanto jurídicas, seguindo medida que o Banco do Brasil havia tomado na véspera (19). As justificativas foram as mesmas: a queda na taxa básica de juros, a Selic.

No dia 18, o Banco Central anunciou a redução de 9,75% para 9% da Selic, o menor patamar em dois anos.

O BB havia sido o primeiro banco a anunciar queda nas taxas de juros, em 4 de abril, com o lançamento do programa Bom Para Todos. No dia seguinte, foi a vez da Caixa Econômica Federal.

Já o HSBC foi o primeiro banco entre os privados a anunciar queda nas taxas, no dia 12. Na sequência, o Santander reduziu os juros para micro e pequenas empresas no dia 17. No dia 18, Bradesco e Itaú, os maiores bancos privados do país, também anunciaram medidas semelhantes.

O Santander também voltou a se manifestar no dia 18. Foi criada uma nova modalidade de conta corrente com juros a partir de 4% ao mês no cheque especial - o banco tinha taxa média de 10,33% no cheque até o dia 4.

A Caixa anunciou na última quinta-feira que irá aumentar o horário de atendimento ao público entre os dias 23 de abril e 11 de maio para atender a demanda do programa de redução de juros.
ESTÍMULO A ECONOMIA

O movimento de redução das taxas nos bancos públicos atende ao chamado da presidente Dilma Rousseff, que tem o assunto como uma de suas prioridades.

A iniciativa é uma forma de acirrar a concorrência com os bancos privados, que também anunciaram cortes após o BB e a Caixa, e estimular a economia para garantir um crescimento próximo a 4% neste ano. 


TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A QUEDA
 DE JUROS NOS BANCOS

O "Paute a Folha", ferramenta para comunicação com o leitor, recebeu 65 perguntas e dúvidas sobre a queda das taxas de juros dos bancos.

Veja, abaixo, algumas das questões e as respostas de especialistas consultados pela reportagem.

Posso renegociar dívida antiga no banco?
Sim, mas essa negociação não interessa ao banco. Para conseguir barganhar, o cliente deve saber se consegue taxas menores em outra instituição e se é factível a mudança.

Quando saberemos se os bancos reduziram de fato os juros ao consumidor?
Só teremos uma ideia quando o BC divulgar as taxas aplicadas nas operações de crédito feitas após o anúncio das mudanças, o que deve levar duas semanas.

Por que os juros do crédito consignado não caem se não há risco?
Os bancos dizem que as taxas já são baixas para a estrutura atual de custos administrativos. Mas a tendência é que haja queda, seguindo a dos juros básicos.

As reduções vão chegar às redes varejistas?
Os varejistas afirmam que aguardam as novas tabelas dos bancos para também reduzir seus juros.

Serviços como SPC e Serasa não ajudam os bancos a saber o risco do cliente, podendo assim reduzir as taxas?
Os bancos reclamam que só há informação negativa, sobre cliente inadimplente. Eles dizem apostar no cadastro positivo, com informações sobre os bons pagadores, para avaliar melhor o risco de novos empréstimos.

Como os juros são altos, vale sempre a pena comprar à vista?
Vale se houver desconto real no preço em relação ao cobrado a prazo. Para as entidades de defesa do consumidor, quem compra à vista sem desconto ªfinanciaº quem compra a prazo, pois o juros estariam embutidos.

O funcionário é obrigado a abrir conta no banco escolhido pela empresa?
Sim, mas pode pedir o benefício da conta-salário, que permite levar o pagamento ao banco de sua escolha sem pagar tarifas.

O gerente do banco pode exigir a compra de outros serviços para dar direito a taxas menores?
Não e isso pode configurar venda casada, o que é proibido pelo BC. Mas o banco pode dar benefícios, incluindo taxas diferenciadas, apenas em determinados pacotes de serviços.

As reduções dos juros vão chegar ao empréstimo imobiliário?
Podem chegar, mas isso será mais consequência da redução do custo de captação dos bancos, que acompanha os juros do governo, do que de alteração nas regras do Sistema Financeiro da Habitação.

O banco pode se recusar a emprestar a quem teve o nome sujo no SPC ou na Serasa, mas já regularizou a situação?
Sim. A análise de crédito é feita segundo o interesse comercial de cada banco.

Fonte: Folha.com
De São Paulo



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