TCE SILENCIA SOBRE ARRANJO PARA CONDUZIR
FAFÁ A CARGO DE CONSELHEIRA
Prefeita Fafá Rosado admite renúncia em Mossoró.
Prefeita de Mossoró é cotada para assumir vacância na corte das contas e viabilizar projeto político de Ruth Ciarlini, irmã da governadora
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Valério Mesquita, prefere tratar com silêncio o arranjo político que tenta pavimentar o caminho da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), à Corte de Contas do RN. “Prefiro não opinar sobre o assunto. A competência constitucional é da governadora Rosalba Ciarlini”, sentenciou.
Valério Mesquita afirmou que, ao TCE, cabe receber a indicação que deverá ser feita pela governadora do Estado. Para ele, “as críticas e aplausos virão da opinião pública”.
Instado a se manifestar, generalizadamente, sobre o que pensa a respeito de um cargo de fiscalização ser preenchido para atender interesses políticos, Mesquita descontraiu: “Meu, caro, se você estivesse na cadeira em que estou agora, daria a mesma resposta. Não posso opinar sobre esse assunto”.
A vacância gerada pela aposentadoria do conselheiro Alcimar Torquato, cinco meses atrás, tem servido de trunfo à governadora Rosalba Ciarlini, a quem cabe a indicação.
A estratégia é manter seu grupo no domínio da Prefeitura de Mossoró, da qual Fafá Rosado é alcaidessa em segundo mandato. Vice-prefeita e irmã de Rosalba, Ruth Ciarlini é a preferida dentro do Democratas. A legislação, contudo, impede que ela seja candidata à prefeita, mas permite que dispute a reeleição. Para ser reeleita como prefeita de Mossoró, Ruth precisa da renúncia de Fafá Rosado, a quem está sendo oferecida a vaga no TCE.
Em entrevista ao Nominuto.com no fim de 2011, e no Jornal 96 em janeiro deste ano, a governadora Rosalba Ciarlini negou a existência de articulação para conduzir a prefeita de Mossoró ao TCE e, assim, viabilizar a ascensão da irmã. Fafá tem sido enfática ao dizer que terminará seu mandato. Nem ela mesma, contudo, acha isso provável.
“É provável que Fafá não aceite a vaga, mas renuncie em favor de seu marido”, comentou fonte à reportagem. O esposo é o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). O sacrifício de Fafá se justifica: se a indicação for em seu nome, o Ministério Público Estadual não deverá ficar calado diante de caso que poderá ser enquadrado como nepotismo.
A prefeita Fafá Rosado e seu irmão e chefe de Gabinete, Gustavo Rosado, não atenderam as chamadas da reportagem. O Nominuto tenta falar com a governadora Rosalba Ciarlini.
Preterido, vereador chama DEM de ditadura
Valério Mesquita afirmou que, ao TCE, cabe receber a indicação que deverá ser feita pela governadora do Estado. Para ele, “as críticas e aplausos virão da opinião pública”.
Instado a se manifestar, generalizadamente, sobre o que pensa a respeito de um cargo de fiscalização ser preenchido para atender interesses políticos, Mesquita descontraiu: “Meu, caro, se você estivesse na cadeira em que estou agora, daria a mesma resposta. Não posso opinar sobre esse assunto”.
A vacância gerada pela aposentadoria do conselheiro Alcimar Torquato, cinco meses atrás, tem servido de trunfo à governadora Rosalba Ciarlini, a quem cabe a indicação.
A estratégia é manter seu grupo no domínio da Prefeitura de Mossoró, da qual Fafá Rosado é alcaidessa em segundo mandato. Vice-prefeita e irmã de Rosalba, Ruth Ciarlini é a preferida dentro do Democratas. A legislação, contudo, impede que ela seja candidata à prefeita, mas permite que dispute a reeleição. Para ser reeleita como prefeita de Mossoró, Ruth precisa da renúncia de Fafá Rosado, a quem está sendo oferecida a vaga no TCE.
Em entrevista ao Nominuto.com no fim de 2011, e no Jornal 96 em janeiro deste ano, a governadora Rosalba Ciarlini negou a existência de articulação para conduzir a prefeita de Mossoró ao TCE e, assim, viabilizar a ascensão da irmã. Fafá tem sido enfática ao dizer que terminará seu mandato. Nem ela mesma, contudo, acha isso provável.
“É provável que Fafá não aceite a vaga, mas renuncie em favor de seu marido”, comentou fonte à reportagem. O esposo é o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). O sacrifício de Fafá se justifica: se a indicação for em seu nome, o Ministério Público Estadual não deverá ficar calado diante de caso que poderá ser enquadrado como nepotismo.
A prefeita Fafá Rosado e seu irmão e chefe de Gabinete, Gustavo Rosado, não atenderam as chamadas da reportagem. O Nominuto tenta falar com a governadora Rosalba Ciarlini.
Preterido, vereador chama DEM de ditadura
O vereador Chico da Prefeitura criticou duramente o arranjo político que se desenha na cena política. “Acho que deveria existir democracia mais ampla e concreta dentro do partido. Em todas as pesquisas feitas em Mossoró, estou à frente de todos os candidatos do DEM, que se comportar como se fosse uma ditadura”, criticou o vereador.
Chico da Prefeitura aparece na sondagem espontânea em segundo lugar na preferência do eleitorado mossoroense. Na entrevista que concedeu ao Nominuto.com sobre o assunto, ele admitiu que poderá deixar o partido se for ignorado completamente no processo eleitoral.
“Tenho sido fiel todos esses anos à governadora Rosalba Ciarlini. Mas não dá para admitir que, como primeiro colocado dentro do DEM, eu sequer tenha sido consultado sobre o processo eleitoral de Mossoró”, disse.
Ele afirmou que no Democratas, “as decisões são de cima para baixo. Ficamos à distância. Eu e Cláudia [Regina, também pré-candidata], que temos a melhor performance, somos tratados como copos descartáveis”, disparou o parlamentar.
Chico da Prefeitura disse que sua família o pressiona para ele tomar uma medida extrema [deixar o DEM]. “Mas preciso de cautela, até porque muitas águas passarão por debaixo dessa ponte”, disse em tom enigmático.
O vereador antecipou que indicará sua filha, Rafaela Nogueira (PTB) para compor chapa na oposição, caso saia do Democratas.
Larissa considera acordo “um absurdo”
A deputada estadual Larissa Rosado (PSB), líder das pesquisas em Mossoró, espera a concretização do acordo político para opinar sobre o assunto, mas é taxativa ao dizer que, caso ocorra, a indicação de Fafá para o TCE é um absurdo.
“Quem ganhará com essa renúncia? A quem ela interessa?”, indagou. Apesar disso, a pessebista manda o recado: “Enfrentarei o candidato do DEM, seja quem for”.
O cargo
“Quem ganhará com essa renúncia? A quem ela interessa?”, indagou. Apesar disso, a pessebista manda o recado: “Enfrentarei o candidato do DEM, seja quem for”.
O cargo
São sete o número de conselheiros do TCE. Eles são escolhidos entre pessoas com mais 35 e menos de 65, “com de idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou de administração pública, devendo ter mais de dez (10) anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados”, conforme a Constituição do Estado.
Três indicações são do chefe de Executivo estadual; quatro, da Assembleia Legislativa. Os conselheiros têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos desembargadores do Tribunal de Justiça e somente podem aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tenham exercido efetivamente por mais de cinco anos.
Três indicações são do chefe de Executivo estadual; quatro, da Assembleia Legislativa. Os conselheiros têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos desembargadores do Tribunal de Justiça e somente podem aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tenham exercido efetivamente por mais de cinco anos.
Nenhum comentário :
Postar um comentário