sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012



 FRUTICULTURA DO RN CRESCEU EM 2011

 O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou dados sobre os produtos vindos do Rio Grande do Norte que foram mais exportados em 2011. A liderança ficou com a produção de melões, que obteve US$ 50.557.900, 00 e cresceu 10,61 % em relação ao ano de 2010.

O melão é exportado para os países europeus como a Rússia. “A nossa meta é ampliar o mercado de produção de melões para os países como Canadá e Estados Unidos, porque lá é um mercado muito amplo”, disse João Hélio, diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae-RN).

Ele disse que vai com sua equipe, em outubro, aos E.U.A. para participar da maior feira de frutas do continente americano e fará reuniões com empresários do ramo com intuito de poder exportar a fruta ainda em 2012. Entretanto, João Hélio reclama que as barreiras protecionistas vindas tanto dos Estados Unidos quanto do Canadá impedem com que o melão potiguar seja comercializado por lá.

A fruticultura no estado foi intensificada no final da década de 90 e os maiores produtores ficam em municípios da região do semiárido como Mossoró e Assú. As condições climáticas daquela região ajudaram no cultivo de frutas tropicais como melão, banana, manga, entre outras.

Em 2009, o Brasil foi o 3º maior exportador de frutas tropicais, perdendo apenas para a Índia e China. Atualmente, o Rio Grande do Norte é o segundo maior produtor de frutas tropicais irrigadas do país.

A castanha de caju foi o segundo produto mais exportado no estado em 2011. A fruta obteve o faturamento de US$ 50.117.836,00 e vendeu, aproximadamente, 5792 toneladas. Em 2010, foi exportado 8434 toneladas de seu peso líquido e teve um lucro de aproximadamente US$ 45 milhões. Contudo, houve um crescimento de 9,21 % entre 2010 e 2011.

Mangas e mamão faturaram, no ano passado, US$ 10.777.527,00 e US$ 3.979.224,00; respectivamente. Além disso, foram exportadas, aproximadamente, 11 mil toneladas de manga e 3.200 toneladas de mamão.

O mamão teve um crescimento de 45 % entre os anos de 2010 e 2011, foi a fruta que mais cresceu no Rio Grande do Norte. Entretanto, a banana sofreu uma queda de 22,80 %. Em 2011, a sua exportação foi de US$ 13. 621.237,00, que corresponde US$ 4.023.669,00 a menos que 2010.

De acordo com o João Hélio, a queda da produção de banana se deu devido às enchentes que aconteceram na região do Vale do Assú e fazendo, assim, com que a empresa produtora de banana, Del Monte, saísse daquela região, já que os hectares da produção foram reduzidos. A empresa estava no estado desde 1998.

A melancia teve uma variação de 22,53 % na exportação. Comercializou, em peso líquido, 12 mil toneladas, e teve um faturamento de US$ 6.042.420,00. O Rio Grande do Norte foi o segundo maior exportador de melancia do Brasil, no ano passado, e perdeu apenas para o estado do Ceará.

No total, as cinco frutas apresentadas obteve um faturamento total de US$ 135.156.144,00 em 2011. Em 2010, o valor foi de US$ 125.063.824, 00 e isso quer dizer que houve um crescimento de 8,70 % em relação a 2010.

Para Franco Marinho, responsável pelo setor de Fruticultura do Sebrae, esse crescimento é considerado leve. Nos dias 09 e 10 de fevereiro, alguns produtores agrícolas estão na Fruit Logística, maior feira de frutas e hortaliças do mundo, localizada na Alemanha, para fechar as últimas negociações e para saber como será a safra de 2012.

Sobre o mercado interno e regional, Franco disse que o Rio Grande do Note também cresceu nesses quesitos, já que o aumento se deu devido ao crescimento da renda familiar brasileira. “As pessoas estão consumindo mais frutas”, disse.
 
Novas cidades e pesquisas para o ramo da fruticultura

De acordo com o João Hélio, o Rio Grande do Norte está produzindo goiaba orgânica no município do Serra Negra do Norte. Além disso, neste ano, o Sebrae junto com o Banco do Nordeste e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão fazendo uma pesquisa para cultivar frutas que não condiz com o clima do semiárido.

“Estamos querendo cultivar outros tipos de frutas como a maçã, o caqui e até mesmo o café”, diz. Para João, isso seria um momento muito interessante para o estado e, principalmente, para os pequenos produtores. 


                                       Outros Produtos
 
Combustível para navios, peixes, balas e bombons, roupas de cama, sal e granito está entre os 10 produtos que o estado mais exportou e os países que mais compraram os produtos potiguares foram os Estados Unidos, Holanda, Espanha e Reino Unido.

Apesar de haver um crescimento na fruticultura, o Rio Grande do Norte faturou apenas US$ 281.044.367, 00 com todas as suas mercadorias, um decréscimo de 1, 25% em relação ao ano de 2010.



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