GOVERNO NÃO FAZ PROJEÇÕES
PARA AUMENTAR IMPOSTOS
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou nesta segunda-feira (25)
que não tem feito projeções para elevar tributos, como, por exemplo, o
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre aplicações no
mercado financeiro.
Segundo ele, é importante o governo agir com calma quando se trata de tributação.
"A gente tem que ir com calma na parte dos impostos. Não adianta a
gente inventar novos impostos como se fosse salvar a economia
brasileira. Não é por aí. Temos uma coisa mais profunda, que não se
resolve com coisas fáceis, por mais emocionantes que possam ser ou
atávicas [habituais] que possam ser", afirmou.
Levy disse ainda que a dimensão dos desafios que o governo tem pela
frente pode ser exemplificada pelo anúncio do contingenciamento
(retenção de gastos), ocorrido na sexta-feira (22) sobre o valor de R$
69,9 bilhões. "O governo cortou na carne com equilíbrio e cautela",
disse o ministro.
De acordo com Levy, o contingenciamento foi feito com muito cuidado, tendo como base uma estratégia do governo.
Segundo ele, há uma questão que é estrutural: as condições da economia
brasileira mudaram. Um dos focos do governo agora é elevar a
produtividade.
Arrecadação preocupa
Outra questão que preocupa, segundo o ministro da Fazenda, é a arrecadação.
Conforme lembrou, a arrecadação nos últimos anos tem caído
proporcionalmente à participação da receita no Produto Interno Bruto
(PIB).
"Como o Orçamento prevê receitas e autoriza despesas – acrescentou o
ministro – essas [despesas] não estão nem próximas com aquilo que está o
previsto. Cortou-se com muita cautela e com muito equilíbrio na medida
em que se poderia fazer sem colocar em risco o crescimento econômico. O
PIB não está devagar por causa do ajuste, mas a gente está fazendo o
ajuste porque o PIB vinha devagar", disse.
Fonte: UOL Economia
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