SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
INICIARÃO GREVE NA PRÓXIMA
SEGUNDA-FEIRA
Servidores públicos municipais de diferentes áreas devem iniciar
greve na próxima segunda-feira. A paralisação das atividades da
categoria será em retaliação à proposta apresentada pela Prefeitura
Municipal de Mossoró (PMM) de concessão de reajuste salarial de 4,04%
aos servidores, menos de um terço dos 13% que os trabalhadores
reivindicam.
"O reajuste que a Prefeitura propôs não chega nem a
compensar a inflação, que este ano está acima de 8%, e ainda propuseram
dividir o aumento em duas parcelas até setembro. Isso é um desrespeito
com a categoria. A categoria está mobilizada e iniciaremos a greve já na
segunda-feira em setores como saúde, secretarias e assistência social",
disse a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de
Mossoró (Sindiserpum), Marleide Cunha.
A presidente conta que uma
nova reunião está marcada entre os servidores públicos e o prefeito
Francisco José Júnior na segunda-feira, 8. No entanto, a categoria
resolveu deflagrar greve porque outras reuniões foram desmarcadas e
acordos firmados no ano passado não foram cumpridos. O indicativo de
greve estava definido desde o dia 15 deste mês e foi aprovado ontem
durante assembleia do Sindiserpum.
Os únicos profissionais que não
devem aderir à greve são os professores da rede municipal de ensino,
porque já conseguiram aumento salarial requerido. No mês passado, os
servidores públicos chegaram a fazer parada de advertência em
reivindicação ao cumprimento da antecipação da data-base da categoria do
mês de maio para o mês de abril, o que não aconteceu.
"A
Prefeitura mantém o discurso de que não pode conceder aumento, um
direito do trabalhador, por causa da crise gerada pela queda na
arrecadação. Nós afirmamos que não é justo que os servidores paguem por
uma crise que não foi provocada por nós", afirma Marleide Cunha.
Greve dos trabalhadores é reflexo do não cumprimento de acordo firmado ano passado
Em
setembro do ano passado, os servidores públicos municipais também
paralisaram as atividades durante uma das mais extensas greves do
município. Na época, o número de profissionais trabalhando em áreas como
odontologia, atenção básica, combate a endemias e de serviços gerais,
de acordo com Marleide Cunha, foi reduzido a 30% do total. Este ano, a
nova greve anunciada é reflexo do não cumprimento de acordos firmados
entre a PMM e os trabalhadores.
Ao todo, os servidores
apresentaram 14 pontos de reivindicação do Plano de Cargos Carreiras e
Remuneração (PCCR) no ano passado. Dentre as pautas estavam a concessão
de adicionais de titulação para os servidores de nível médio e técnico e
antecipação da data-base dos servidores públicos para o mês de abril,
esta última descumprida pela administração municipal no mês passado.
Um
dos entraves apontados pelo município para o atendimento às
reivindicações dos servidores foi o fato de a Prefeitura estar acima do
limite prudencial, com 53,54% do Orçamento destinado ao pagamento da
folha. Hoje, de acordo com informações da Secretaria Municipal da
Fazenda, Mossoró está com percentual de 51,36% da receita comprometida
com o pagamento da folha de funcionários.
Fonte: O Mossoroense
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