domingo, 23 de março de 2014

A VOLTA DA CERVEJINHA 

AOS ESTÁDIOS


A globalização desvairada afasta do futebol hábitos naturais. A cervejinha sempre foi um legítimo gole do verdadeiro torcedor.

O rádio de pilha também. Hoje substituído pela impessoalidade dos smartphones, fundamentais no cotidiano, na vida desequilibrada pelo estresse.

A cervejinha tradicional, tomada nos bares ou botequins de arquibancada, sempre foi consumida pelo prazer, para aliviar a tensão, o nervosismo nos tempos de clássicos de estádio lotado. Emoção pendurada em marquises.

A cervejinha terminou proibida e a ela a hipocrisia geral atribuiu grande parcela de culpa pela violência de carnificina no futebol. Como se bandido, para brigar ou matar, precisasse beber. Ou se a venda banida dentro do local do jogo, impedisse o consumo nas imediações.

Aprovada a lei do deputado estadual José Adécio(DEM) liberando bebida alcoólica nos jogos dentro do Rio Grande do Norte. Faz-se Justiça, corrige-se uma bobagem burocrática dos engravatos com horror à massa uivante.

A bebida, quando consumida na paz e pela alegria, não faz mal. O exagero causa doença, crimes, acidentes de carro e até serve de pretexto para o vandalismo, bastardo da maldade nata e turbinado muito mais pelo uso da maconha e na degradação do crack. O projeto só precisa ser sancionado pela governadora.

Salve a cervejinha, bálsamo tão brasileiro quanto uma partida épica. 


Nenhum comentário :