sábado, 31 de julho de 2010

SERÁ MESMO QUE VOCÊ É SUBSTITUÍVEL?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de
gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada, uma
ameaça - "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os
gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - o encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o
Beethoven?

Silêncio Geral.

Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e
achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam
achando que os profissionais são peças dentro da organização
e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha?
Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul
Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico? Machado de Assis?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer
bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim
insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para
alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações
reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua
equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar
'seus gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era
instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte,
discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e
voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o
talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as
fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que
barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na
escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na
gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o
Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias...
E hoje, para substituí-lo, chamamos:............. Ninguém... pois nosso
Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça:
Você é um talento único... Com toda certeza ninguém te
substituirá.

Envido por: Rafaely Fonseca

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