sábado, 24 de julho de 2010

LINDA LILIAN LINDA MOURA

Leia na íntegra a entrevista concedida pela minha querida e linda amiga, Linda Lílian Linda Moura, ao site Azougue, do também (mais não lindo), amigo Caby da Costa Lima - www.azougue.com


 LILIAN MOURA

Azougue – O despertar para as passarelas era sonho de adolescente?

LÍLIAN MOURA – Na verdade, essa possibilidade nunca conviveu comigo, porque tudo aconteceu de maneira muito rápida e creio não deu nem tempo para pensar exatamente qual a profissão que eu gostaria de abraçar e é facilmente explicável. Já aos 14 anos eu pisava nas passarelas, atendendo ao apelo de uma senhora que tinha uma loja. George Azevedo, indiscutivelmente, o meu “pai” neste universo, me viu e de cara o convite para participar de um desfile no mês de setembro, que aconteceu no restaurante Travessia. Já em novembro, no ano 1995, eu participei do concurso Top Face, onde conquistei a primeira colocação. A partir daí os caminhos passaram a se tornar bem amplos.
 
Azougue – A George Azevedo, então crédito de “pai”?

LM – Mestre, professor, pai e, acima de tudo, muito bom amigo, até porque o fato de aos três anos de idade ter perdido o meu pai biológico, naturalmente esse espaço foi aberto. Ainda sobre George, cito que ele, além do olho clínico, é um dos maiores produtores de talentos que conheci.
 
Azougue – Você perdeu o seu pai quando tinha apenas três anos de idade?

LM – Infelizmente, sim. O meu pai, senhor Raimundo Ferreira Moura, mais identificado com “Doutor”, que gerenciava a empresa Expresso de Luxo, morreu em um acidente automobilístico quando da realização de uma vaquejada, em 1983. O único fato, e de muito positivo no episódio, foi encontrar em minha mãe uma força inigualável, incrível, absolutamente admirável, na difícil missão de ser mãe e pai ao mesmo tempo de quatro filhas. Olha, se você me pedir para citar uma grande mulher, a resposta, incontinenti, é: Marilene Bezerra.

 
Azougue – Quando surgiu o primeiro emprego?
LM – Foi exatamente com o George Azevedo, aos 15 anos de idade, na boutique Tráfego Modas. Em pouco tempo descobri que a bonita arte de saber vender não era a minha praia, optei então pelas passarelas, e olha que aquele a quem batizei de pai e muito bom amigo me permitia atuar nas duas áreas.
 
Azougue – É compensável ser modelo em Mossoró?

LM – Lamentavelmente não, e são muitas as cidades do mesmo porte que não têm a necessária estrutura no segmento. O aspecto financeiro deixa muito a desejar. E põe muito nisso.
 
Azougue – Além-fronteiras mossoroenses, onde você atuou?

LM – No final de 1997 eu fui para São Paulo com passagem em boas passarelas, tendo inclusive recebido convite para trabalhar na mais respeitada agência paulista, a Elite Model. Depois segui para o Rio de Janeiro, onde fiquei por cinco meses. Participei de desfiles, fiz o Fashion Rio, fui capa de revistas que estavam num patamar considerado intermediário. 

 
Azougue – Por que você não ficou no eixo Rio - São Paulo?

LM – Eu convivi com uma autêntica briga de cachorro grande, era cobra engolindo cobra e o cenário que presenciei, por várias vezes, afrontava de maneira absoluta aos meus princípios. Entendi que em muitas e provavelmente na grande maioria das oportunidades que se abriam você tinha que jogar sujo e pagar um preço muito alto. A verdade é que entendi perfeitamente que teria que me submeter a situações que não compactuavam nem de longe com a minha formação. Não foi difícil tomar a decisão de retornar a Mossoró, mesmo tendo convivido em aulas de teatro com Aline Morais, ainda não famosa, e feito teste para Malhação. Olha Caby, era ficar no mundo “assustador” que metia muito medo ou preferir a sua realidade. Optei por continuar me amando, como sempre fui e como sempre me vi. Sem a fama nacional, mas em paz e feliz.
 
Azougue - Saindo do clima meio “esquisito”, o que de melhor viveu Lílian Moura no Rio de Janeiro?

LM – Os melhores momentos foram registrados numa campanha que fiz para a Fabricato, no bondinho do Pão de Açúcar, cujas fotos foram extraordinárias. Neste trabalho vivi situações fantásticas. Aliás, Caby, este é o nosso primeiro contato e como não se falou em cachê (risos), eu peço que anexe uma das fotografias nesta página. Veja bem, se você não fizer isto, eu vou te cobrar um montão de euros (risos) como pagamento.

 
Azougue – Aí se deu o retorno a Mossoró?

LM – Sim e percebi que o meu lado modelo estava perdendo a sua motivação. O tempo passando e aquilo que eu via como prioridade estava virando fumaça, estava desaparecendo. Passei a me dizer “modelo agora só por esporte”, apesar de ainda ter desfilado em Natal, Fortaleza, Recife veio um novo convite para retornar a São Paulo. Em 2003, o irmão do “meu pai”, Georgiano, me falou que iria mandar algumas fotos minhas para um concurso nacional do Portal Terra. Em centenas de milhares de inscritas, houve uma pré-seleção e ficaram quinhentas garotas, e logo em seguida uma nova filtrada para a fase final que contou com apenas vinte. Do Nordeste apenas duas de Fortaleza e esta humilde mossoroense. Passada esta fase, mirei os estudos como primeiríssima prioridade. Como a época não existia em Mossoró o curso de publicidade, segui os caminhos do marketing, onde me encontro até hoje.
 
Azougue – Como surgiu no colunismo social?

LM – O diretor do jornal Correio da Tarde, Walter Fonsêca, me convidou para assinar uma coluna social, sendo negativa a minha resposta. Após a quarta investida aceitei o desafio e já estou há sete anos no CT.
 
Azougue – Observa-se colunismo social em demasia nos jornais. Correto?

LM – Sem dúvidas e daqui nenhum desrespeito a ninguém. Tem muita gente boa e também tem registros que podem ser considerados de supérfluos, descartáveis.
 
Azougue - Você é uma mulher muito bonita. Já surgiu convite de alguma revista para posar nua?

LM - Não e isso acontecendo a minha resposta será não, apesar de ver o nudismo artístico como realmente algo que pode ser considerado de belo. Olha que o meu corpo já passou da idade (risos).
 
Azougue – Casamento à vista

LM – Coloque aí que eu já passei da hora (risos), eu já fui noiva por duas vezes. Mas o sonho de ser mãe é eterno. Eu adoro crianças e a minha convivência com elas é por demais saudável.
 
Azougue – O que faz hoje Lílian Moura?

LM – Há dois meses que desempenho a função de assistente de marketing do Mossoró West Shopping, que tem me dado uma satisfação ímpar, escrevo uma coluna semanal no Correio da Tarde e faço assessoria para algumas empresas. 

 
Azougue – Para finalizar, você aceita produzir uma coluna que tenha o apelo autêntico do jornalismo social no www.azougue.com?

LM - Convite feito, convite aceito.

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