
“O que posso dizer sobre mim mesmo, que já não tenha sido revelado por quem não mente?” (John Lennon)
É muita audácia de minha parte, escrever algo sobre John Winston (em homenagem a Winston Churchill) Lennon, depois de ler a frase acima. Mesmo assim, vamos mostrar um pouco da vida do beatle mais controverso da banda. John, que nasceu na cidade portuária de Liverpool, norte da Inglaterra, em 09 de outubro de 1940, sempre foi um garoto rebelde e, também, quando adulto. Pouco teve contato com o pai e perdeu a mãe, em um atropelamento de carro, muito cedo de sua vida. Iniciou sua carreira musical em 1956, ao fundar sua primeira banda, não de rock and roll, e sim de skiffle, ritmo que fazia sucesso na época na Inglaterra, batizada inicialmente de ‘The Black Jacks’, que durou apenas uma semana e, posteriormente, The Quarrymen.
John Lennon e Paul McCartney se conheceram em junho de 1956, após Paul ter visto a banda de John tocando em uma festa na igreja de St. Peter. Naquela oportunidade, Paul mostrou suas habilidades musicais a John que o convidou, de imediato, a entrar na banda. George Harrison passou a fazer parte do grupo, em fevereiro de 1958. Somente em 1960 é que o grupo passou a usar, em definitivo, o nome “THE BEATLES”.
A partir de então, John passou a ser um destaque da banda no cenário musical, quando eles iniciaram uma pequena excursão a Hamburgo-Alemanha. Nesse momento, a banda era formada por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, todos tocando guitarra, Stuart Sutcliffe no baixo e Pete Best na bateria. Nesta primeira viagem a Hamburgo aconteceu à deportação de George, por ser menor de idade. Em 21 de abril de 1961, ficou marcado como a 1ª apresentação oficial da banda “THE BEATLES” no Cavern Club, em Liverpool. Em abril deste mesmo ano, eles voltaram a Hamburgo, onde gravaram um disco acompanhando Tony Sheridan na música ‘My Bonnie’. Nesta oportunidade, Stuart abandonou à banda, não retornando mais à Liverpool. Apenas em maio de 1962 é que Richard Starkey passou a integrar o grupo, tocando bateria, sugerido por George Martin produtor musical dos “BEATLES”, finalizando assim, a formação oficial da banda: John Lennon (guitarra), George Harrison (guitarra solo), Paul McCartney (baixo) e Ringo Star (bateria).
John Lennon casou-se duas vezes. O primeiro casamento, com Cynthia Powell aconteceu em agosto/62, no início da carreira, na fase Beatlemania, tendo que manter em segredo para não magoar as fãs, mas o segrego não durou muito tempo. Deste matrimônio, eles tiveram um filho, Julian Lennon.
O segundo casamento, com a artista plástica Yoko Ono, foi em Gibraltar em março/69, mas somente em outubro de 1975, após uma separação de quase dois anos, nasceu o filho Sean Lennon. É impossível comentar a respeito de John Lennon sem mencionar a influência de Yoko em sua vida. John abandonou a carreira artística para dedicar-se à família. Yoko Ono foi, e ainda é considerada por muitos fãs dos “BEATLES” como a verdadeira responsável pela separação do grupo. Também é tida como uma aproveitadora e manipuladora da carreira solo de John, mulher sem talento musical algum e que se fez presente, mesmo assim, em muitos álbuns solos do marido, além de estimulá-lo a ter atitudes mais preocupada com problemas sociais, tais como guerra, política, violência. De qualquer modo, Yoko será sempre uma figura polêmica entre os fãs do cantor e músico, onde recebeu inúmeras declarações de amor de John, até a sua morte, que ocorreu no dia 08 de dezembro de 1980 – na próxima terça-feira completa-se 29 anos - assassinado que foi por Mark David Chapman, pouco antes de ser fotografado, quando lhe pedia um autógrafo, sendo esta, a última foto de John Lennon vivo.
John Lennon foi muito polêmico em suas declarações. Eis algumas delas: “Nós, BEATLES, somos mais populares do que Jesus Cristo neste momento” A respeito do cristianismo, em 1966.
“Vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor, enquanto a violência é praticada em plena luz do dia”
“Eu leio sobre política, mas não acho que votaria em qualquer um – jamais servirei de porta-voz para as mensagens de um político enganador qualquer”. (minha preferida)
“Durante a próxima música, as pessoas que estiverem nos lugares baratos devem bater palmas, enquanto o resto de vocês deve apenas chacoalhas suas jóias”. Durante uma apresentação para a família real.
John Lennon foi um ativista político. A música ‘Give peace a chance’ de 1969, contra a guerra do Vietnã, transformou-se em uma marca contra o governo do presidente Richard Nixon que culminou com um processo, em 1972, quando o governo norte-americano tentou deportá-lo. John e Yoko mudaram-se para Nova York em agosto/71 e planejaram um concerto que coincidisse com as eleições presidenciais de 1972, quando eles tentariam convencer aos jovens a votarem contra a guerra, ou seja, contra Nixon. Este deixou a Casa Branca após o escândalo de Watergate. Finalmente, em 1975, John Lennon conseguiu o ‘green card’, carta de residência permanente nos Estados Unidos da América. O FBI, polícia federal americana, admitiu ter investigado a vida de Lennon, somente após a sua morte.
Através desse relato, quis mostrar aos leitores deste blog, uma biografia ‘diferente’ de John Lennon. O lado musical, bastante conhecido de todos, será comentado em artigos futuros, por existir uma gama de informações quanto à maneira de compor as canções, como as histórias que as envolve, a quem foram dedicadas, o duplo sentido de títulos, etc.
Por Togo Ferrário.
PS:
Permita-me o comercial, Carlos. Na próxima quarta-feira, 09/12, a partir das 21:00hs, no Seleto, haverá uma homenagem a John Lennon e aos BEATLES, com exposição de LPs, compactos, livros, memorabilia, além de muito som dos FAB-FOUR, com Mp3 e Alfredo (de Alfredo e os Caras). Vá lá! Conheça mais um pouco da história do quarteto de Liverpool, sua música e, também, da obra de John Lennon. Voce verá que vai valer à pena! Até lá, então. BEATLES FOREVER!
Você pode dizer que sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu espero que algum dia você junte-se a nós
E o mundo viverá como um só. (Imagine – John Lennon)
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