RN E CE PERTO DE EXPORTAREM
MELÃO E MELANCIA PARA O CHILE
Se tudo ocorrer dentro do esperado, a
população chilena em pouco tempo estará consumindo o melão e a melancia
produzidos nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Uma missão
chilena se encontra em Mossoró desde o dia 14 para analisar essa
possibilidade. Nesta segunda-feira, 22, a missão se reuniu com técnicos
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, entre eles, o ex-reitor,
professor Josivan Barbosa, do Coex, do Idiarn e do Ministério da
Agricultura. O encontro aconteceu no prédio da reitoria da Ufersa. O
reconhecimento da Área Livre de Pragas, a ALP, é um ponto positivo para
exportação.
A
missão, que é formada por técnicos do Serviço de Agricultura do Chile –
SAG –, é para conhecer a cadeia produtiva do melão e da melancia nessa
região do semiárido nordestino. Os estrangeiros estão conhecendo toda a
cadeia produtiva. A expectativa mais otimista é de que a primeira
remessa seja feita ainda nesse segundo semestre. “A visita dessa missão é
de grande importância para a fruticultura irrigada uma vez que
possibilitará um avanço nas exportações para o Chile”, considerou o
reitor da Ufersa, professor José de Arimatea de Matos.
O
presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN – Coex, Luiz
Roberto Barcelo, lembrou que a crise vivenciada pela Europa tem afetado
as exportações de frutas. Ele apontou a conquista de novos mercados como
saída para se manter o nível de exportação. “O Chile é um país bastante
interessante, pois a população tem o hábito de consumir frutas”,
frisou. O presidente do Coex explicou ainda que a região tem capacidade
para exportar entre 200 a 300 toneladas de melão para aquele país.
Atualmente, o RN e o CE exportam para os Estados Unidos e Europa mais de
8 mil toneladas, entre melão e melancia.
Além
da autorização para exportação obtida junto aos países europeus e
americanos, os chilenos tomaram conhecimento sobre a história da
fruticultura irrigada, num vídeo produzido pela Ufersa, bem como o
trabalho de controle realizado pelo Instituto de Defesa e Inspeção
Agropecuária do Rio Grande do Norte. “Temos mais de 8,5 mil quilômetros
de área livre da mosca da fruta e somos responsáveis pela emissão da
Certificação Fitossanitária de Origem”, explanou Magno Lacerda, chefe de
gabinete do Idiarn.
O
representante do Ministério da Agricultura, Roberto Papa, mostrou a
importância da fruticultura para o Estado. “A nossa Área Livre de Pragas
é a nossa principal grife”, reforçou, se referindo a Anastrepha
grandis, conhecida popularmente como a mosca das frutas. Para Roberto
Papa, o primeiro passo foi dado com o interesse comercial do Chile no
melão e na melancia produzidos na região do semiárido. “Agora, cabe aos
dois governos os acertos para se iniciar a exportação das frutas”,
acredita Roberto Papa. A Área Livre de Pragas é regulamentada por normas
internacionais de fitossanidade.
Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA
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