sexta-feira, 23 de abril de 2010

MOSSORÓ É REFERÊNCIA EM PESQUISA COM ABELHAS


MOSSORÓ NA FRENTE EM PESQUISA COM ABELHAS



Dois municípios brasileiros estão se destacando ao realizar pesquisas com abelhas: Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. Ambos contam com a colaboração de pesquisadores da CAPES. Até sexta-feira, 23, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido promove o I Workshop sobre Abelhas.


Em Mossoró, as pesquisas são realizadas nas dependências da Fazenda Experimental da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, no Centro Tecnológico de Apicultura, sob a coordenação dos professores doutores da UFERSA, Lionel Segui Gonçalves e Vera Lúcia Imperatriz Fonseca. Os professores visitantes seniores da UFERSA são as maiores autoridades do país na área da apicultura.


Segundo o professor Lionel Segui, o maior problema enfrentado pelos apicultores é a perca de cerca de 50% das abelhas nas colméias. Isso de deve ao comportamento enxamatório dos insetos, decorrentes das condições ambientais não favoráveis para a sua criação. As altas temperaturas – superior a 41 graus, por exemplo, contribuem para o êxodo das abelhas. “As colméias devem se instaladas na sobra ou meia sombra”, orienta o professor.


As abelhas, disse o professor Lionel, são de grande importância para o ecossistema. Elas são responsáveis pelo aumento de mais de 75% das culturas agrícolas quando utilizadas com a finalidade de polinização. Ainda segundo o professor, elas atuam indiretamente na cadeira alimentar e na preservação de animais em extinção, como por exemplo, o lobo guará, que quando recém-nascido se alimenta de uma fruta que só é germinada com a polinização realizada pelas abelhas.


“A polinização com abelhas aumenta a qualidade do mel e também a qualidade do fruto”, afirmou o pesquisador chamando atenção para a importância da atividade dos apicultores que coloca o Rio Grande do Norte na sexta posição no país quando se trata da exportação do mel. Segundo dados do Sebrae, o estado conta com 2.499 apicultores, totalizando uma média de mais de 51 mil colméias, que além do mel, produzem cera, pólen, própolis e abelhas rainhas. Para ser ter uma ideia do volume, no ano passado o Rio Grande do Norte produziu 1.951 toneladas de mel.

Fonte: Pró-Reitoria de Extensão e Cultura

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