quinta-feira, 29 de abril de 2010

BRASIL CAI 18 POSIÇÕES NO RANKING GLOBAL DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM 2010


Rogério Marinho cobra investimento correto em Educação e cita Metrópole Digital como exemplo de parceria de Universidade com o setor produtivo


O relatório que mede o Índice de Inovação Global divulgado recentemente, aponta uma queda significativa do Brasil, saindo da 50ª posição para a 68ª. Entre os países latino-americanos, o país ficou com a 7ª posição, perdendo neste ano para nações muito inferiores em termos econômicos, tais como Costa Rica e Uruguai. Esse foi o tema abordado hoje (29/04) pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB/RN) em Plenário.


“Qualquer comparação econômica do nosso Brasil a países assemelhados mostra-nos o peso da falta de qualidade na educação e dos investimentos em inovação nos impedindo de deslanchar em um crescimento que se sustente ao longo do tempo. Um exemplo contundente deste problema é que entre os países da OCDE encontramos uma taxa de acesso ao ensino superior de cerca de 20% das pessoas entre 25 e 34 anos, no Brasil, esta taxa é de menos de 10%”, disse o parlamentar.


O relatório que contém o Índice de Inovação Global é produzido pela Escola mundial de Negócios Insead em parceria com a Confederação da Indústria Indiana. O ranking se refere a 132 países e baseia-se em dados tais como patentes, número de usuários de internet e burocracia para se abrir empresas e negócios, dentre outros indicadores. Lideram o ranking de 2010 a Islândia, a Suécia e Hong Kong.


O estudo também cita que o Brasil ainda mantém políticas de governo burocráticas e ineficientes, além de não ter uma educação fundamental de qualidade. Há um destaque no relatório que serve de exemplo para que o Brasil possa entrar na rota do dinamismo e da inovação tecnológica: Cingapura, 7º colocado no ranking. Segundo o estudo, Cingapura responde aos investimentos governamentais em educação, em pesquisa e na indústria tecnológica.


Registro de patentes


O número de patentes registradas é outro indicador importante para analisar como anda a inovação tecnológica e o desenvolvimento do País, sempre em comparação com os demais.


Segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, em 2009, os Estados Unidos registraram 45.790 patentes, o Japão 29.827, a Alemanha 16.736, a Coréia do Sul 8.066, a China 7.946, a França 7.166, o Reino Unido 5.320, a Holanda 4.471, a Suíça 3.688 e a Suécia, o 10º no ranking, registrou 3.667 patentes.


O Brasil é o 43º do ranking e registrou, em 2009, apenas 480 patentes e em 2008, 472. Estamos muito atrasados quando consideramos a inovação tecnológica e o registro de patentes, a invenção que move recursos financeiros e humanos.


“É evidente que o Brasil pode mais e o caminho é o investimento correto em Educação, corrigindo os problemas do ensino básico e fomentando a implantação de centros vocacionais tecnológicos e ampliando e aprimorando o ensino técnico. Além disso, é preciso políticas estratégicas de aproximação das Universidades aos setores produtivos, ávidos em ciência e tecnologia”, ressaltou Rogério Marinho.


Natal concentra pólo de tecnologia da informação


A capital potiguar vai contribuir para a melhora do Brasil no ranking da tecnologia. Até 2012 o Projeto Metrópole Digital formará 200 mil jovens como profissionais da TI –Tecnologia da Informação. O projeto é uma parceria com o setor produtivo, Universidade Federal e o mandato de Rogério Marinho, que indicou recursos federais por meio de emenda.


Já foi Iniciada a formação dos primeiros 1.200 jovens em um curso totalmente elaborado por professores da UFRN com carga horária de 900 horas, com programação, inglês técnico e empreendedorismo. Após passarem por um exame de seleção, os alunos estão enfrentando dez meses de curso, com monitores do CEFET, SENAC e UFRN e, ainda, terão uma bolsa de incentivo ao bom rendimento. A idéia é formar 12.000 programadores de nível médio em 10 anos, insumo adequado para a consolidação do pólo local.


“Este é um exemplo do muito que se pode fazer para a formação de nossos jovens: unir o setor produtivo às Universidades, atrair empresas, fomentar negócios, incentivar pesquisas concatenadas com o mundo real, investir na formação de recursos humanos para agregar valor e criar empregos bem remunerados levando em consideração o potencial e as vantagens comparativas de cada região do País, é evidente que neste particular o Brasil também pode mais”, concluiu o deputado.

Fonte: Assessoria do dep. Rogério Marinho

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