
Tenho recebido alguns telefonemas e e-mails, não muitos é verdade, desde que o dileto amigo e proprietário deste blog, Carlos Escóssia, concedeu-me espaço para escrever a respeito de uma das minhas paixões, os BEATLES, solicitando-me que enumerasse curiosidades e fatos do tipo ‘você sabia?’ sobre o quarteto de Liverpool. Confesso que fiquei deveras pensativo de por onde começar. Lado pessoal dos componentes da banda? Detalhes de gravações, como por exemplo, quem toca qual instrumento em uma determinada música? Enfim, da série ‘atendendo aos pedidos’, vamos então às curiosidades dos Fab-Four.
Para iniciar, a discografia oficial da banda é composta de 13 álbuns, que listamos a seguir, incluindo o mês e ano do lançamento. ‘Please please me’ março/1963; ‘With The Beatles’ novembro/1963; ‘A hard day’s night’ julho/1964; ‘Beatles for sale’ dezembro/1964; Help! Agosto/1965; ‘Rubber soul’ dezembro/1965; ‘Revolver’ agosto/1966; ‘Sgt. Pepper’s lonely hearts Club Band’ junho/1967; ‘Magical mystery tour’ novembro/1967; ‘The Beatles’(*) novembro/1968; ‘Yellow submarine’ janeiro/1969; ‘Abbey road’ setembro/1969; ‘Let it be’ maio/1970.
No Brasil, a discografia começa com capas e seleções de músicas diferente das versões inglesas e americanas. Os álbuns possuíam títulos apropriados para nossa língua, como podemos citar o ‘A hard day’s night’ que foi substituído por ‘Os reis do iê, iê, iê’, inclusive no filme. ‘With The Beatles’ foi lançado como ‘Beatlemania’, preservando a mesma capa. O disco ‘Beatles for sale’ tem uma característica incomum: foi lançado com a mesma relação musical, exceto ‘Baby’s in black’ e ‘Every little thing’, mas com uma capa, cuja foto é de uma apresentação da banda em Washington, em 1964, mesmo que o LP não fosse ao vivo e nem as músicas eram da época do show. Mais um detalhe, o disco oficial era em som estéreo e o brasileiro, mono. Outro disco que foi lançado apenas no Brasil, e recebeu o título de ‘Beatles again’ em 1964, tinha uma seleção musical que jamais foi lançada em outro país. Um fato raro. A partir de ‘Help!’, a discografia brasileira seguiu os lançamentos britânicos.
Além desses discos, foram registrados em LPs e, posteriormente, em CDs, coletâneas com as músicas gravadas em compactos simples e duplos que alcançaram os primeiros lugares nas paradas de sucessos na Inglaterra e Estados Unidos, principalmente, perfazendo um total de cinco compilações. Em meados de 1995, a série ‘Anthology’ resgatou fragmentos de gravações, takes e ensaios listados em três discos duplos. Em 2000, foram reeditadas em edições especiais, músicas que chegaram ao topo das listas de sucessos no mundo inteiro, em um disco denominado, simplesmente, 1 (One). Já em agosto de 2003, após um trabalho minucioso dos produtores da Apple, foi remasterizado o disco ‘Let it be’ de 1970, que deu origem ao CD duplo ‘Let it be... Naked’, variando a seqüência das músicas no CD um, inclusão da faixa ‘Don’t let me down’, e excluindo a música ‘Dig it’ do disco anterior, além de contar com a participação, nos teclados, de Billy Preston. No CD dois, denominado de ‘Fly on the wall’, Paul, John, Ringo e George conversam informalmente entre si e ensaiam as músicas que farão parte do disco, sem arranjos especiais ou qualquer instrumento adicional, em um total de vinte e dois minutos, aproximadamente.
No ano de 2006, George Martin, considerado o quinto beatle, e o seu filho Giles Martin, foram convidados por Guy Laliberté, fundador do Cirque Du Soleil para criar um espetáculo baseado na obra dos BEATLES. Surgiu, então, o projeto ‘Love’ que foi entregue ao diretor e coreógrafo Dominique Champagne. ‘Love’, que inicialmente seria apenas uma trilha sonora, foi editado, também, em CD e em DVD, utilizando as mais avançadas tecnologias de sobreposição musical, cujo resultado foi de uma sonoridade inimaginável, em se tratando de músicas do gênero rock’n roll.
O espetáculo estreou no dia 30 de junho de 2006 em Las Vegas, e nele estava presente Paul McCartney, Ringo Star, Yoko Ono, Cynthia Lennon, Julian Lennon, Olivia Harrison, Dhani Harrison e, lógico, George Martin. Foi o maior encontro da ‘família’ BEATLES desde o fim da banda. O espetáculo, até então em cartaz pelo mundo, está sempre de casa cheia.
(*) No Brasil, este disco é conhecido como ‘The White album’ ou álbum branco.
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