LEVY DIZ QUE MANUTENÇÃO DE
VETOS EVITA NOVOS IMPOSTOS
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje que a manutenção –
pelo Congresso Nacional - dos vetos da presidenta Dilma Rousseff a
projetos que aumentavam gastos do governo evitaram a introdução de novos
impostos no bolso do contribuinte. “[A presidenta] vetou porque era
[preciso] evitar novos impostos”, disse Levy, ao fazer uma palestra no
Fórum de Segurança Jurídica e Infraestrutura, na sede do Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília.
Deputados e
senadores mantiveram na madrugada de hoje (23) os vetos a projetos que
elevariam despesas públicas e dificultariam o ajuste fiscal do governo,
que busca evitar déficit no Orçamento da União de 2015. Se fossem
derrubados, os vetos provocariam um gasto extra para o governo de R$
23,5 bilhões no ano que vem, segundo estimativa do Ministério do
Planejamento.
Segundo Levy, o Brasil – por meio do Congresso Nacional, “deu uma mostra de maturidade com a votação”.
O
ministro da Fazenda disse também que o sucesso da votação se deveu ao
empenho da presidenta Dilma Rousseff em favor da manutenção dos vetos.
Segundo Levy, se os vetos fossem derrubados, haveria o risco de o
aumento de gastos onerar “o bolso do contribuinte”.
O ministro
disse a sociedade brasileira tem de ter consciência de que, sempre que
há uma despesa, é necessário aumentar os impostos para manter a
estabilidade fiscal. Segundo ele, é importante que o Brasil obtenha
avanços em favor da diminuição da desigualdade de renda, mas é
necessário também que haja atenção para os custos custos tributários
decorrentes dessa decisão.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Marcus Vinícius Furtado Coelho, criticou – durante o seminário - o
ajuste proposto pelo governo que inclui a proposta de aprovação da nova
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para
custear a Previdência Social. Em resposta, Levy disse que comunga com as
palavras do presidente da OAB, mas acrescentou que é preciso que o
Brasil tenha uma estratégia para quitar despesas.
“Defendo o
crescimento e manutenção do emprego. Por isso, faremos tudo que for
necessário [para que o Brasil cresça]”, disse. E acrescentou: “Temos de
ter uma estratégia a seguir. A segurança jurídica é fundamental. O
equacionamento tanto das despesas, quanto [de uma] eventual forma
institucional de garantir os recursos são elementos indispensáveis para o
crescimento econômico”, disse.
Fonte: Agência Brasil
Por Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil
Edição: José Romildo
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