EMPREGO NA INDÚSTRIA CAI 0,7% NO
MÊS; EM UM, ANO CAI 6,4%
O emprego na indústria brasileira caiu 0,7% em julho, na comparação
com junho, no sétimo mês seguido de queda. Quando comparado ao mesmo mês
do ano passado, o recuo é maior: de 6,4%. É o 46º resultado negativo
nesse tipo de comparação e o maior desde julho de 2009 (-6,7%).
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18) pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pesquisa
Industrial Mensal de Emprego e Salário.
No acumulado de janeiro a
julho deste ano, o total de trabalhadores na indústria brasileira
encolheu 5,4%. No acumulado de 12 meses encerrados em julho, o recuo foi
de 4,9%, mantendo a trajetória de queda que começou em setembro de
2013.
Na pesquisa anterior, com dados de junho, a queda do emprego industrial tinha sido de 1%.
Emprego caiu em 17 dos 18 ramos
Em julho, comparado ao mesmo mês do ano passado, foi registrada queda no emprego em 17 dos 18 ramos da indústria pesquisados.
As maiores foram em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de
comunicações (-15,1%), produtos de metal (-10,7%), outros produtos da
indústria de transformação (-10,1%) e máquinas e equipamentos (-9,1%).
Número de horas pagas diminuiu 1,2%
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em julho
diminuiu 1,2% em comparação com junho, quinto mês seguido de queda.
Em relação a julho de 2014, o recuo foi de 7,2%, na 26ª taxa negativa
nesse tipo de confronto e a maior desde julho de 2009 (-7,3%).
De janeiro a julho deste ano, a queda acumulada nas horas pagas foi de 6%; nos 12 meses até julho, de 5,5%.
Valor da folha de pagamento cai 1,8%
O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) caiu 1,8% em
julho na comparação com o mês anterior, perdendo, assim, o ganho de
junho, que tinha sido de 1,3%.
Em relação a julho de 2014, o valor da folha recuou 7%, na 14ª queda seguida nesse tipo de confronto.
Em 2015, até julho, o valor da folha caiu 6,3%. Nos 12 meses até julho,
a queda foi de 5%, maior taxa negativa desde outubro de 2003, quando
foi de 5,2%.
Julho teve aumento do desemprego e corte de vagas
Em julho, o desemprego no
país chegou a 7,5%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada
pelo IBGE no mês passado. A taxa foi a maior para o mês desde 2009.
De acordo com o Ministério do Trabalho, 157.905 vagas de trabalho com carteira assinada foram cortadas em julho, outro recorde para o mês, que registrou o pior resultado desde 1992.
Como forma de conter as demissões, empresas de setores em crise têm adotado o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). A Mercedes-Benz adotou o plano, e os trabalhadores da Volkswagen aprovaram a medida.
O PPE foi criado pelo governo e permite que empresas diminuam temporariamente a jornada de trabalho e os salários em até 30%.
Fonte: UOL Economia
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