sexta-feira, 25 de setembro de 2015

EMPRESÁRIOS PEDEM QUE GOVERNO 

DO RN BUSQUE SOLUÇÃO SEM
 
 IMPACTAR ECONOMIA


O possível reajuste de impostos estaduais encaminhado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa, como forma de arrecadar R$ 230 milhões para aliviar os cofres públicos em meio à crise econômica, não agradou aos empresários que acreditam existir outras soluções para o momento delicado da economia.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, Augusto Vaz, esteve reunido na noite desta quinta-feira (24), com empresários do setor varejista para debater o assunto e apontar possíveis caminhos ‘menos agressivos’ para contornar o problema de frustração das receitas estaduais.

"Vamos nos reunir novamente na terça-feira para elaborar um documento com sugestões ao governador e deputados estaduais, pois acreditamos que o modelo de reajuste de impostos não seja ideal para o momento. Sabemos que o momento é difícil, mas a elevação dos impostos também prejudica a arrecadação das empresas, que geram tributo para o Estado”, explicou Vaz.

Augusto apontou que os empresários levarão sugestões como a redução de gastos da máquina estadual e de mudanças na tributação, mas que elevem a competitividade dos empresários locais.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-RN), também se posicionou sobre o momento de elevação de impostos. “Ainda não tenho os detalhes do projeto. Mas é lamentável todo aumento de impostos. Somos contra toda criação de impostos”, declarou o presidente da Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz.

Para se posicionar de forma mais contundente sobre o assunto, o presidente Marcelo Queiroz já solicitou à equipe técnica da Federação que seja feito um levantamento mais preciso a respeito dos impactos que o aumento destes encargos pode trazer ao setor produtivo do Rio Grande do Norte, em seus diversos setores, refletindo diretamente nos índices de desemprego.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales, também comentou que os reajustes seriam inadequados.

“Pelo que já li, o pacote chega em um momento inadequado para os empreendedores e sem qualquer proposta de redução na máquina estatal. Ademais, o Governo Estadual, a exemplo do Federal, não apresenta uma pauta consequente de estímulo ao empreendedor que fortaleça o círculo virtuoso da economia. Aumentar a alíquota básica de ICMS de 17% para 18% é danoso a competitividade das empresas potiguares. Os aumentos em relação a combustíveis (ICMS de 25% para 27%) e comunicações (ICMS de 26% para 28%) também terão reflexos sobre o preço dos produtos locais e nas operações comerciais em geral”, afirmou Sales.

Ainda segundo o presidente da Fiern, os reajustes implicariam diretamente nos resultados da economia e consumo. “Não acredito, particularmente, que o Governo do Estado consiga cobrir uma frustração de receita em torno de R$ 500 milhões sufocando, ainda mais, a competitividade das empresas potiguares. Reconheço os esforços do governador Robinson Faria e a crise nacional que nos alcança, mas creio que deveríamos buscar outros caminhos, para o quê os empresários e suas instituições se dispõem a conversar”, concluiu Amaro.

Fonte: Portal no Ar
Por Júlio Rocha
 

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