EMPRESÁRIOS PEDEM QUE GOVERNO
DO RN BUSQUE SOLUÇÃO SEM
IMPACTAR ECONOMIA
O possível reajuste de impostos
estaduais encaminhado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa,
como forma de arrecadar R$ 230 milhões para aliviar os cofres públicos
em meio à crise econômica, não agradou aos empresários que acreditam
existir outras soluções para o momento delicado da economia.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, Augusto Vaz, esteve reunido na noite desta quinta-feira (24), com empresários do setor varejista para debater o assunto e apontar possíveis caminhos ‘menos agressivos’ para contornar o problema de frustração das receitas estaduais.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, Augusto Vaz, esteve reunido na noite desta quinta-feira (24), com empresários do setor varejista para debater o assunto e apontar possíveis caminhos ‘menos agressivos’ para contornar o problema de frustração das receitas estaduais.
"Vamos nos reunir novamente na
terça-feira para elaborar um documento com sugestões ao governador e
deputados estaduais, pois acreditamos que o modelo de reajuste de
impostos não seja ideal para o momento. Sabemos que o momento é difícil,
mas a elevação dos impostos também prejudica a arrecadação das
empresas, que geram tributo para o Estado”, explicou Vaz.
Augusto apontou que os empresários
levarão sugestões como a redução de gastos da máquina estadual e de
mudanças na tributação, mas que elevem a competitividade dos empresários
locais.
A Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (Fecomércio-RN), também se posicionou sobre o momento
de elevação de impostos. “Ainda não tenho os detalhes do projeto. Mas é
lamentável todo aumento de impostos. Somos contra toda criação de
impostos”, declarou o presidente da Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz.
Para se posicionar de forma mais
contundente sobre o assunto, o presidente Marcelo Queiroz já solicitou à
equipe técnica da Federação que seja feito um levantamento mais preciso
a respeito dos impactos que o aumento destes encargos pode trazer ao
setor produtivo do Rio Grande do Norte, em seus diversos setores,
refletindo diretamente nos índices de desemprego.
O presidente da Federação das Indústrias
do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales, também comentou
que os reajustes seriam inadequados.
“Pelo que já li, o pacote chega em um
momento inadequado para os empreendedores e sem qualquer proposta de
redução na máquina estatal. Ademais, o Governo Estadual, a exemplo do
Federal, não apresenta uma pauta consequente de estímulo ao empreendedor
que fortaleça o círculo virtuoso da economia. Aumentar a alíquota
básica de ICMS de 17% para 18% é danoso a competitividade das empresas
potiguares. Os aumentos em relação a combustíveis (ICMS de 25% para 27%)
e comunicações (ICMS de 26% para 28%) também terão reflexos sobre o
preço dos produtos locais e nas operações comerciais em geral”, afirmou
Sales.
Ainda segundo o presidente da Fiern, os
reajustes implicariam diretamente nos resultados da economia e consumo.
“Não acredito, particularmente, que o Governo do Estado consiga cobrir
uma frustração de receita em torno de R$ 500 milhões sufocando, ainda
mais, a competitividade das empresas potiguares. Reconheço os esforços
do governador Robinson Faria e a crise nacional que nos alcança, mas
creio que deveríamos buscar outros caminhos, para o quê os empresários e
suas instituições se dispõem a conversar”, concluiu Amaro.
Fonte: Portal no Ar
Por Júlio Rocha
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