CAADIS TRABALHA PARA INCLUSÃO
DE ESTUDANTES COM SÍNDROME
DE DOWS NA UNIVERSIDADE
Numa sensibilização direcionada para a equipe técnica da Universidade
Federal Rural do Semi-Árido e professores da rede pública, a
Coordenação Geral de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social –
Caadis – promoveu nesta segunda-feira, 23, a palestra Desafios e
perspectivas da Síndrome de Down no Ensino Superior, com a professora
aposentada Maria Vera Lúcia Fernandes Lopes, fundadora e a primeira
Diretora do Departamento de Apoio à Inclusão da Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte – UERN.
Para a professora Ady Canário, a Ufersa se prepara para ser uma
instituição mais inclusiva a partir da criação da Caadis, colocando uma
prática a política de inclusão, acessibilidade, ações afirmativas e
diversidade. “Temos realizado formações continuadas, diagnósticos,
aquisições de recursos tecnologias assistivas, interpretes de libras.
São diversas ações que se voltam para uma Ufersa cada vez mais
inclusiva”, afirmou a coordenadora da Caadis.
A professora, que também é mãe de um rapaz com Síndrome de Down,
iniciou parabenizando a Ufersa pelo projeto de aperfeiçoamento em
educação especializada em execução na Universidade. “Incluir não tem uma
receita pronta. Aprendemos convivendo, tendo como lastro o amor”,
afirmou. Para Vera Lopes é grande o percurso do portador da SD até a
universidade. Para a professora, a inclusão o incentivo familiar são
passos importantes para essa conquista. Atualmente, no Brasil apenas 36
estudantes com Down tem matrículas na universidade, embora apenas 18
estejam efetivamente cursando.
A universidade, a exemplo da escola, deve ser um espaço aberto e
plural. “O grande desafio é tomar consciência da diversidade”, pontuou,
acrescentando que a pessoa com SD, como sujeito, também pode ser
protagonista de uma ação. “As limitações advindas da alteração genética,
como por exemplo, o raciocínio mais lento, pode ser melhorado a partir
da estimulação precoce e da atenção integral à saúde”, colocou Vera
Lopes, reforçando que a SD não é uma doença, mas uma deficiência
genética.
“Devemos trabalhar numa perspectiva inclusiva, com uma prática
especial, ministrada de forma transversal uma vez que inclusão social é
um processo bilateral no qual as pessoas envolvidas e a sociedade
buscam, em parceria, equacionar problemas”, frisou. Diferente da
prática, o Brasil já possui de uma legislação que teoricamente deveria
garantir os direitos das pessoas com algum tipo de deficiência. A
Constituição de 88, a Lei de Diretrizes de Bases, a Política Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e lei que dispõe
sobre a garantia da acessibilidade foram algumas citadas pela
professora.
Para Vera Lopes os desafios ainda são muitos. A começar por uma maior
flexibilização nos currículos para uma melhor qualidade na formação do
portador da SD, bem como um maior incentivo a essa formação. Para isso,
frisa a professora, é importante investir na formação dos docentes.
“Somente os professores que assumem como protagonistas das mudanças
poderão reverter a prática cotidiana de ensinar e aprender”, finalizou.
METAS – Segundo a pedagoga da Caadis/Ufersa,
Gilberliane Melo, ainda nesse ano de 2015, a Caadis estará implementando
programas e ações inclusivos, tendo como objetivo a ampliação de
projetos acerca da acessibilidade. Para o próximo mês de abril, será
lançada uma campanha de sensibilização de atitudes, voltada para a
liberação e expansão de espaços arquitetônicos para livre circulação das
pessoas com deficiência.
“Vamos promover a conscientização das pessoas que visivelmente
estacionam em frente as rampas ou em locais próprios para deficientes e
idosos”, explicou Gilberliane. Outras ações são voltadas para as
formações, extensão do diagnóstico de acessibilidade aos Câmpus da
Ufersa e a modernização do atendimento para melhor ofertar resultados e a
ampliação das ações.
Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA
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