sábado, 14 de dezembro de 2013

 CONSUMIDOR MAIS CAUTELOSO

 COM COMPRAS DE NATAL


Todo ano é a mesma coisa. No período de festas de final de ano, o comércio se prepara e espera que seus lucros superem os registrados no mesmo período do ano anterior, fazendo do consumo o motor da economia.  Contudo, se depender dos consumidores, as compras de Natal em 2013 não serão iguais às de 2012. Os resultados do quesito especial da Sondagem do Consumidor do IBRE, que procura mapear as expectativas do consumidor brasileiro com relação às compras de Natal, estão mais modestos este ano do que no ano passado. O levantamento mostra que o ânimo do consumidor para compras natalinas caiu 3,9% em relação a 2012, ao passar de 81,2 para 78 pontos. Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, diz que crédito mais caro, inflação alta, expectativa de menor crescimento da massa salarial para 2014 e preocupação com o mercado de trabalho são os principais fatores que contribuíram para o cenário. “A queda é um reflexo da baixa confiança do consumidor influenciado pela preocupação com o ambiente econômico e cautela nas compras de bens duráveis”, destaca.

Na comparação com o ano passado, a parcela dos consumidores que pretendem gastar menos com presentes diminuiu, ainda que modestamente. Foi de 35,9% para 34,2%. O percentual daqueles que pretendem gastar mais também arrefeceu, de 17,2% para 12,2%, o que leva a concluir que o preço médio previsto para os presentes recuou 4,4%, registando o menor valor da série histórica iniciada desde 2007. “Além dos efeitos “reais” da economia, ainda existe o efeito psicológico do cenário econômico. E parece que esse componente de incerteza esteve mais presente para os consumidores em 2013, afetando suas decisões”, avalia a pesquisadora.

Já com relação à lista de presentes deste ano, os brasileiros estão mais dispostos a comprar roupas e calçados. A proporção de consumidores selecionando esses itens aumentou de 43,6% para 46,7%, entre 2012 e 2013. Os presentes que perderam espaço na lista deste ano foram brinquedos e lembranças. Bens duráveis, como eletrônicos, também perderam peso na intenção de presentes, seguindo a tendência de moderação sinalizada pelo Indicador mensal de ímpeto de compras de bens duráveis.

Fonte: Portalibre.FGV 

 

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