PREFEITO ANUNCIOU QUE FARÁ UMA
AUDITORIA NA FOLHA DE PAGAMENTO
O prefeito Francisco José Júnior (PSD) concedeu entrevista coletiva,
na manhã de ontem, no Palácio da Resistência. Ele anunciou que fará uma
auditoria na folha de pagamento do município.
O prefeito quer que os
serviços comecem na primeira semana de janeiro e lembrou que já estava
previsto no contrato com a Consultoria Falconi.
Ele negou ainda que
haja qualquer motivação política para a iniciativa. "A Falconi, uma
empresa de prestígio nacional, que já possui contrato com a Prefeitura,
será a responsável pela auditoria na folha de pagamento. Essa ação não é
motivada por nenhuma questão política, apenas ajudará a nortear a
administração e vai conferir mais transparência ao governo municipal",
disse o prefeito.
Também será realizada uma auditoria nos equipamentos
de saúde do município.
Francisco José Júnior lembrou que,
recentemente, anunciou cortes de custos relacionados a aluguéis de
carros e recolhimento de entulhos da construção civil, e fez um balanço
do período à frente da municipalidade. O prefeito informou ainda que já
autorizou ao setor de compras a abertura da licitação para aquisição de
equipamentos para a Unidade de Pronto Atendimento do Belo Horizonte,
assim como a realização de serviços nas partes hidráulica e elétrica do
prédio da UPA.
CRISE
O episódio de ontem é apenas mais um da crise envolvendo Francisco José Júnior e a prefeita afastada Cláudia Regina. Mesmo com o contrato com a Falconi prevendo a auditoria, ela vinha relutando em fazê-la.
A atitude por tabela atinge a ex-prefeita
Fafá Rosado (PMDB), tendo em vista que pouco mudou na equipe de cargos
comissionados da Prefeitura de Mossoró na gestão seguinte.
Prefeito faz cortes na comunicação e
abertura de UPA será em fevereiro
abertura de UPA será em fevereiro
Mais tarde, em entrevista ao Observador Político, o prefeito interino
Francisco José Júnior afirmou que determinou cortes de R$ 1,5 milhão na
verba da comunicação e anunciou que está formatando as condições para
que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Belo Horizonte funcione até
o final de fevereiro.
Sobre a comunicação, ele disse que o foco
será em campanhas educativas. "Fizemos um corte de um milhão e meio na
comunicação e posso garantir que não haverá nenhuma dificuldade. Apenas
estamos replanejando a mídia e vamos enfatizar uma mídia voltada para a
prevenção com campanhas para a saúde, coleta de lixo, trânsito. Na hora
que a gente faz isso o município gasta menos", frisou.
Para garantir a
inauguração da UPA do bairro Belo Horizonte, ele disse que está
cortando gastos "A gente tem uma perspectiva de redução em torno de R$
200 mil em aluguéis, além dos cortes nas secretarias que nós
solicitamos. Com essas e outras reduções chegaremos a meio milhão/mês",
acrescentou.
Mesmo inaugurada em 28 de fevereiro, o prefeito disse
que ainda faltam equipamentos e que tomou providências para resolver
esse problema. "Já determinamos que nossa equipe econômica licitasse os
equipamentos que ainda faltam como aparelho de raios x, no próprio
prédio ainda faltam ajustes na parte hidráulica e determinamos a
secretária Jacqueline Amaral que forme a própria equipe. A previsão é
que no final de fevereiro ela esteja funcionando. Os encaminhamentos já
foram feitos e ela estará funcionando a partir de 28 de fevereiro",
detalhou.
Ele disse ainda que do quarto mês de funcionamento da UPA em diante o Governo Federal repassará R$ 500 mil/mês para a unidade.
“Eu não tomei a cadeira de ninguém”,
diz Francisco José Jr.
diz Francisco José Jr.
O prefeito interino também abordou a relação dele com a prefeita
afastada Cláudia Regina (DEM). Ele disse que está cumprindo ordem
institucional e evitou ir para o confronto com a antecessora. "Eu não
tomei a cadeira de ninguém, nem fui responsável por este fato que
aconteceu. Assumi a Prefeitura num papel constitucional por decisão
judicial e tenho me esforçado todos os dias trabalhando de 12 a 14 horas
pelo povo de Mossoró", frisou.
Questionado pelo público do
Observador Político a respeito da crise que enfrenta com a demista, ele
saiu pela tangente: "Estou administrando e deixando de lado as questões
políticas em busca da estabilidade administrativa e posso lhe assegurar
que essa estabilidade está acontecendo. Enquanto política e
juridicamente eu reconheço que há uma instabilidade e torço que isso
seja resolvido o mais rápido possível".
Com relação à política
eleitoral, o prefeito interino declarou que há incertezas quanto à
realização do pleito previsto para fevereiro. "Sou um prefeito do povo
de Mossoró. não estou preocupado com questões políticas. Estou fazendo o
melhor pela população. A eleição está marcada para o dia 2 de fevereiro
e há um mandado judicial para suspender as eleições", declarou.
Quando tratou das comparações entre o que ele está fazendo (pagamentos
da Liga Contra o Câncer, atualização da folha de terceirizados,
antecipação dos salários dos efetivos, corte de gastos, etc...)
Francisco José Júnior disse se tratar de uma questão de estilo.
"Governar é eleger prioridades. Ela tem a maneira dela de governar e eu
tenho a minha. A meu ver, quem mais precisa dos serviços públicos são as
pessoas mais carentes. Eu não poderia aceitar que houvesse uma fila de
mais de 100 pessoas, algumas correndo risco de morrer ou ficar
tetraplégico, e eu tendo a oportunidade e a caneta na mão para resolver
determinei o pagamento", acrescentou.
Para pagar a folha de dezembro
na véspera do Natal, o prefeito interino disse que reduziu custos. "Nós
tivemos sensibilidade e priorizamos a folha de pagamento atendendo aos
servidores", lembrou.
O pessedista ainda falou sobre o perfil do
secretariado negando influência do grupo da ex-prefeita Fafá Rosado e
admitindo dificuldades em encontrar nomes dispostos a assumir as
funções. "Os secretários que indiquei sempre foram ligados a algum grupo
político. Todas as decisões foram do prefeito. Mossoró tem excelentes
nomes. Não é fácil alguém aceitar a função de ser secretário num momento
desses", concluiu.
Fonte: O Mossoroense
Bruno Barreto - Editor de Política
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