MOSSORÓ: DATAS IMPORTANTES
86 - 17.09.1896
Nasce Lavoisier Maia, depois
médico de largo conceito em Mossoró. Médico
de grande conceito nos círculos da comunidade a que serviu por longos anos e
em meio do corpo clínico de Mossoró. O
Dr.Lavoisier Maia integrou a turma de concluintes da Faculdade de Medicina do
Rio de Janeiro, de que também fazia parte o Dr. Ademar de Barros, ex-Governador
de São Paulo, seu velho amigo, a quem hospedou quando aqui esteve o referido
político, como candidato à Presidência da República. Fez parte do corpo direcional de vários
hospitais e serviu a estabelecimentos de ensino da cidade. Era paraibano, nascido em Brejo do Cruz a
17 de setembro de 1896. Em Mossoró,
chegou em 1927, aqui se matrimoniando e constituindo família. Faleceu a 8 de outubro de 1971.
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87 - 23.04.1897
Falece em Areia Branca o
importante abolicionista Conrado Mayer, grande destaque na libertação
dos escravos em Mossoró no ano de 1883.
De nacionalidade suíça, nascido em 1844 em Aistley, Cantão de São
Galo, Conrado Mayer veio para Mossoró em 1860, na companhia de seu
conterrâneo e patrício John Wlrich Graf, aqui amealhando apreciável fortuna. Estabeleceu-se com a Casa Mayer, na antiga
praça da Independência (depois praça da Redenção), com especialidade na venda
de artigos da moda, importados das praças de Liverpol e Londres e de
exportação para os mesmos portos, de algodão, peles silvestres e produtos da
região. Viveu opulento, tendo aqui
construído sua casa residencial, servida por um mirante, de cuja plataforma
montada a 30 metros
de altura, avistava de binóculos, navios ancorados no porto de Santo Antonio,
alguns ao mesmo consignados, com artigos de tecidos e bebidas estrangeiras de
seu ramo de comércio. Foi um dos
decididos colaboradores da construção do prédio da Loja Maçônica 24 de Junho,
chegando a empunhar o malhete de 1º Vigilante por vários períodos
administrativos. No movimento
libertador de escravos foi sua a expressão ditada ao Capitão Lacerda, quando
este terrível Capitão do Mato tentou recuperar os negros Estevão e Merência,
fugidos de Piancó e aqui guardados pelos seus irmãos libertos: ˝Capitão
Lacerda, se dinheiro valesse esses infelizes escravos não voltariam à
escravidão˝. A sorte, no
entanto, lhe foi adversa. Sua casa
faliu motivada por crises climáticas
(1877/1880). Conrado Mayer morreu em
extrema miséria em Areia Branca.
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88 - 13.02.1899
Falece em
Fortaleza (Ce), o grande tribuno Almino Álvares Afonso, nascido a 17
de abril de 1840, no sítio Coroatá, do município de Martins, local em que
hoje está situada a cidade com seu nome, também pertencido desde seu
desdobramento territorial daquele município ao de Patú. Ingressou Almino Afonso na política potiguar
em 1889, quando lhe foi oferecido o lugar de Deputado Geral por uma facção do
Partido Conservador em que militava.
Foi constituinte eleito além de Senador pelo Rio Grande do Norte na 2ª
e 3ª legislaturas. Ardoroso adepto
abolicionista, tomou parte nas memoráveis campanhas do Ceará e de Mossoró, em
1883, sendo de sua autoria a lavratura
da ata da Sociedade Libertadora Mossoroense. Homem de temperamento irrequieto,
lutou muito através da imprensa com os poderosos de então. Possuidor de grande coragem, jamais temeu
adversários e cangaceiros, sabendo revidar qualquer emboscada tramando sua
morte. Foi bacharelado pela Faculdade
de Direito do Recife, integrando a turma de 1871. Almino Afonso exerceu no Ceará o cargo de
Procurador Fiscal do Tesouro da Fazenda, de que foi demitido em 1883 por
motivo de um discurso proferido no embarque do 15º Batalhão. Representou na sessão do dia 30 de
setembro de 1883, 14 entidades abolicionistas e falou por quatro províncias:
Ceará, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Norte.
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89 - 02.07.1899
Fundação do
˜Instituto Literário de Julho˝ , por um grupo de jovens estudantes
mossoroenses. A entidade foi a de
maior receptividade demonstrada em meio da mocidade estudantil da cidade,
tendo em todo seu período de atividades organizado sessões comemorativas nos
dias festivos da pátria, quando promovia recitais dramáticos, alem de manter
periódicos literários como seu porta voz na imprensa.
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90 - 07.01.1900
Circulação
do jornal manuscrito SÉCULO XIX. Saía
duas vezes por mês e ˝ pedia aos seus leitores a devolução do jornal depois
de lido˝. Órgão do Instituto Literário
˝ 2 de Julho˝. Seu corpo redatorial
era constituído por Luiz Bandeira, Martins de Vasconcelos, Irineu de
Albuquerque (Redator-Chefe), Cunha da Mota, Francisco Izódio de Souza,
Olímpio Melo e Raimundo Rubira da Luz.
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Enviado por Steverson Aquino
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