quinta-feira, 31 de maio de 2012

Por Celso Cruz*




OS BARES DA VIDA


Os bares da vida,
as biroscas, os restaurantes,
são refúgios de amantes,
de poetas  e muito  mais!
A  U.T.I.
De quem padece de amores,
de quem já não recebe flores,
do tanto fez, tanto faz.
Recanto de amizades,
De driblar a solidão,
de solfejar a canção
que relembra um amor perdido.
Do coração partido,
da saudade, do indigente,
não se enxerga os diferentes
como sendo desiguais.
Berço da democracia
onde todos são ouvidos
é onde os desiludidos
reacendem a esperança.
Os velhos viram crianças,
perseguem a eternidade,
pregam a justiça, a paz,
tentam consertar o mundo,
lá ninguém é vagabundo,
se nada fez ou nada faz.
Não há distinção,
do importante, do fútil,
do necessário, do inútil ,
tudo é primordial.
Sempre sobra pro garçom,
ser fiel, ser consultor,
ser confidente, doutor,
P.H.D. em assuntos vários,
sorrir em assuntos hilários,
ficar triste na hora certa,
cobrar a conta correta,
o erro não é perdoado.
Tem que estar desocupado,
pra atender prontamente,
satisfazer seu cliente?
procedimento normal.
Sem está escrito é lei!
Todo cliente é rei!
Nesse reinado irreal.
*Celso Cruz (Brocoió) é Poeta e Panderista 
Natal/RN


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