NOMES DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
JÁ DIZEM TUDO
Os atuais ocupantes do Palácio da Resistência não toleram uma crítica mais contundente. Na ótica dos atuais administradores, a imprensa tem que dizer apenas o que a eles convém. Qualquer crítica mais picante é rechaçada com ações judiciais, que o digam o blogueiro Carlos Santos e o caricaturista Túlio Ratto.
Não é de hoje, contudo, que os administradores de Mossoró possuem visão ditatorial. As oligarquias que comandam nossa cidade sempre foram mais ligadas à repressão do que a liberdade.
Um simples passeio pela cidade mostra a admiração de nossos políticos por monstros da Ditadura Militar. Temos a Ponte Castelo Branco, a Avenida Presidente Dutra, o Bairro Costa e Silva, a Rua Lira Tavares etc. Todos personagens do período negro que viveu o Brasil.
Não temos nenhum logradouro com o nome de opositores do sistema ditatorial. Não há nenhuma Ponte Vladimir Herzog, nenhuma Rua Leonel Brizola, nenhum Bairro Luís Carlos Prestes e nenhuma Avenida Ullysses Guimarães.
A idolatria pelos monstros da ditadura é tão grande que até Tancredo Neves – primeiro presidente pós-redemocratização – foi “desomenageado”.
O “Hospital Tancredo Neves” passou a ser “Hospital Regional Tarcísio Maia”. O atual homenageado era pai do senador José Agripino, conhecido no RN como um dos filhotes da ditadura.
Vem de longe a incompatibilidade dos nossos governantes com a democracia. Para eles, tudo deve ser resolvido no chumbo grosso.
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