terça-feira, 27 de setembro de 2011



 FIDEL CRITICA "CONFUSO" DISCURSO 

DE OBAMA NA ONUS


O tempo que o cubano ficou sem escrever terminou gerando rumores de que seu estado de saúde se agravara, fato que foi desmentido pela imprensa local e venezuelana e pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, que visitou Fidel na semana passada

Em seu último escrito, Fidel se mostra em forma. Criticou Obama, os Estados Unidos e as atitudes "belicosas e hipócritas" de ambos e de seus aliados. Segundo o cubano, na ONU, o presidente norte-americano tentou "explicar o inexplicável e justificar o injustificável", ao detalhar a posição de Washington sobre o conflito entre israelenses e palestinos.

"Imagine só: Obama chamando à paz. Com que moral?", provocou Fidel, que, por sua vez, elogiou as intervenções de líderes como os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, entre outros.

No texto, intitulado "Chávez, Evo e Obama", ele comparou a "coragem" dos países "pequenos e pobres" contra o "genocídio da Otan" liderado "pelos EUA na Líbia". E reiterou as críticas feitas pelo mandatário venezuelano ao discurso de Obama. Chávez classificou a intervenção do estadunidense na ONU como um "monumento ao cinismo". 

O ex-presidente da ilha explicou que a reflexão é apenas a primeira parte de sua avaliação sobre a Assembleia da ONU e que voltará a escrever sobre o tema.

"Apesar do monopólio descarado da mídia de massa e dos métodos fascistas dos Estados Unidos e de seus aliados para confundir e enganar a opinião mundial, a resistência do povo cresce, e isso pode ser visto nos debates que ocorrem nas Nações Unidas", disse.
Castro pôs em questão vários trechos do discurso de Obama, acusando-o de tergiversar sobre a situação no Iraque e no Afeganistão, a política de Washington em Israel e na Palestina e os levantes deste ano em vários países do norte da África e do Oriente Médio.

"Quem entende o discurso confuso do presidente dos Estados Unidos à Assembleia Geral?", perguntou. Ele disse que, para grande parte dos presentes no evento da ONU é necessário tomar posição sobre fatos que constituem flagrantes violações de princípios.

"Por exemplo: que posição adotar sobre o genocídio da Otan na Líbia?" questionou. "Alguém deseja fazer constar que, sob sua direção, o governo de seu país apoiou o monstruoso cr ime realizado pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan?", disse.

Aos 85 anos, Fidel afirmou que tem estado ocupado em tarefas que consumiam o seu tempo e, por isso, não vinha se dedicando a suas "Reflexões" (a última foi divulgada no início de julho), mas que desejava comentar a reunião da Assembleia Geral da ONU em Nova York e, em particular, o discurso de Obama na semana passada.

Fidel não deu detalhes sobre o que tem feito. Hugo Chávez e Evo Morales, no entanto, disseram recentemente que ele tem se dedicado à pesquisa científica, envolvendo agricultura e alimentos.

Fonte:  www.vermelho.org.br  
Enviado por Antonio Capistrano 

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