terça-feira, 29 de março de 2011

FOLCLORE POLÍTICO



  FOLCLORE POLÍTICO


A Câmara Municipal de Mossoró funcionava normalmente no começo da década de 70, tendo em seu plenário nomes diversos da sociedade local, muitos profundamente identificados com o cotidiano da cidade.

Os debates comuns raramente fugiam ao respeito entre seus integrantes. 

Raros eram os atritos mais exacerbados.

Em tarde de mais uma sessão ordinária, um dos vereadores com a palavra facultada pede espaço para se pronunciar em plenário. 

Lembra que aquela data estava se completando mais um ano da morte do mossorense Dix-sept Rosado, que morrera no exercício
 da Governadoria na década de 50. 

Um mossoroense mais do que ilustre e que, em sua ótica, precisaria ser homenageado convenientemente pela Câmara Municipal.

- Senhor presidente, nobres vereadores, proponho uma hora
 de silêncio - pronuncia-se. 

E o plenário acata. 

Seria uma hora de plenária emudecido, sobre protesto, silencioso
do tagarela Expedito Mariano.

"Não é possível um negócio desses", censura.

A explicação vem logo. 

"Um minuto é para gente comum, Dix-sept vale uma hora mesmo!"

Carlos Santos - SÓ RINDO




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