FOLCLORE POLÍTICO
A Câmara Municipal de Mossoró funcionava normalmente no começo da década de 70, tendo em seu plenário nomes diversos da sociedade local, muitos profundamente identificados com o cotidiano da cidade.
Os debates comuns raramente fugiam ao respeito entre seus integrantes.
Raros eram os atritos mais exacerbados.
Em tarde de mais uma sessão ordinária, um dos vereadores com a palavra facultada pede espaço para se pronunciar em plenário.
Lembra que aquela data estava se completando mais um ano da morte do mossorense Dix-sept Rosado, que morrera no exercício
da Governadoria na década de 50.
Um mossoroense mais do que ilustre e que, em sua ótica, precisaria ser homenageado convenientemente pela Câmara Municipal.
- Senhor presidente, nobres vereadores, proponho uma hora
de silêncio - pronuncia-se.
E o plenário acata.
Seria uma hora de plenária emudecido, sobre protesto, silencioso
do tagarela Expedito Mariano.
"Não é possível um negócio desses", censura.
A explicação vem logo.
"Um minuto é para gente comum, Dix-sept vale uma hora mesmo!"
Carlos Santos - SÓ RINDO
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