PT QUER TRAZER GRAVAÇÃO DE JUCÁ
PARA SEGUNDA FASE DO PROCESSO
DE IMPEACHMENT
PT se prepara para uma fase mais técnica do processo de impeachment. O
objetivo é pedir diferentes documentos e perícias, mas também fazer uso
político de situações negativas no governo Temer. Para aproveitar a
primeira crise do presidente em exercício, os petistas querem inserir a
gravação do ex-ministro do Planejamento Romero Jucá no processo.
A
comissão processante retornou aos trabalhos nesta quarta-feira, 25, e o
relator Antonio Anastasia apresentou uma sugestão de calendário para os
trabalhos. O cronograma será votado pelo colegiado na próxima semana.
Na proposta, constam duas semanas dedicadas a ouvir testemunhas,
apresentação de documentos e perícias.
Nessa etapa, os petistas
querem trazer o diálogo entre o senador Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente
da Transpetro Sérgio Machado. O objetivo é alegar que há vício no
processo de impeachment, à semelhança do que foi feito quando o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi afastado do cargo
pelo Supremo sob o argumento de desvio de finalidade na função.
Da
mesma forma, os petistas querem fazer uma correlação da atuação de
Jucá, que foi um dos principais articuladores do processo de
impeachment, com desvio de finalidade. "Ele fala na conversa que é
preciso trocar o governo, fazer o impeachment. Mas ele não fala ali
sobre pedaladas, sobre créditos suplementares. O argumento é parar a
Lava Jato", disse o petistas Lindbergh Farias (PT-RJ). No diálogo Jucá
fala sobre trocar o governo para "estancar" a operação da Polícia
Federal.
Na sessão desta quarta-feira, o presidente da comissão,
Raimundo Lira (PMDB-PB), recusou o pedido de suspensão dos trabalhos por
alegação de vício, considerando a atuação de Jucá. Os petistas querem
levar a questão à Procuradoria Geral da República e ao Supremo.
Provas
Além
da gravação de Jucá, a defesa da presidente Dilma pedirá documentos
relacionados ao Plano Safra para demonstrar que não há autoria de Dilma
Rousseff nas chamadas pedaladas, que atrasou repasses do governo ao
Banco do Brasil.
A defesa pretende ainda trazer perícias feitas
por consultorias externas demonstrando que a edição de créditos
suplementares não alterou a meta fiscal, de forma que não haveria então
crime de responsabilidade.
Fonte: Isto É Dinheiro
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