DESEMPREGO BATE 11,2% E ATINGE
11,4% MILHÕES DE PESSOAS;
É O PIOR DESDE 2012
O desemprego no país atingiu, em média, 11,2% nos três meses até
abril. É a maior taxa registrada pela pesquisa, que começou a ser feita
em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil chegou a 11,4 milhões de pessoas.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) e fazem parte da Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São pesquisadas
211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. A pesquisa usa dados de
trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. Na de abril,
são usados dados de fevereiro, março e abril.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum
nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Comparação com resultados anteriores
Entre fevereiro e abril de 2016, a taxa de desemprego foi de 11,2%:
- no trimestre anterior (nov-15 a jan-16), havia sido de 9,5%;
- um ano antes (fev-15 a abr-15), havia sido de 8%;
- no trimestre encerrado em março (jan-16 a mar-16), havia sido de 10,9%.
O número de desempregados chegou a 11,4 milhões de pessoas:
- no trimestre anterior (nov-15 a jan-16), havia sido de 9,6 milhões (alta de 18,6%);
- um ano antes (fev-15 a abr-15), havia sido de 8 milhões (alta de 42,1%);
- no trimestre encerrado em março (jan-16 a mar-16), havia sido de 11,1 milhões (alta de 2,9%).
População ocupada
Segundo a pesquisa, nos três meses até abril, 90,6 milhões de pessoas
tinham trabalho. Esse número caiu 1,7% em um ano, representando 1,5
milhão de pessoas.
Na comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a queda foi de 1,1%.
Número de carteiras assinadas cai 4,3%
Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas ficaram sem carteira assinada em
um ano, de acordo com a pesquisa, uma queda de 4,3%. Na comparação com o
trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a queda foi de 1,8%.
Esses números são apenas de carteiras assinadas no setor privado, não
levando em conta trabalhadores de setores públicos, segundo o IBGE.
Rendimento médio de R$ 1.962
O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores nos
três meses até abril foi de R$ 1.962, caindo 3,3% em um ano. No mesmo
período de 2015, o rendimento era de R$ 2.030.
Em comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, o rendimento ficou estável, segundo o IBGE.
Emprego cai na indústria, comércio e construção
Em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, três
atividades tiveram queda no emprego: indústria (-3,9% ou menos 473 mil
pessoas), construção (-5,1% ou menos 400 mil pessoas) e comércio (-1,7%
ou menos 302 mil pessoas). As demais ficaram estáveis, segundo o IBGE.
Em um ano, a indústria (-11,8%. ou menos 1,6 milhão de pessoas) e
informação, comunicação e atividades financeiras (-7,8%, ou menos 820
mil pessoas) perderam trabalhadores.
Por outro lado, houve
aumento de emprego em transporte, armazenagem e correio (5,3%, ou 227
mil pessoas); serviços domésticos (5,1%, ou 306 mil pessoas) e
administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana
e serviços sociais (2,5%, ou 384 mil pessoas).
Três pesquisas sobre emprego
O IBGE fazia outras duas pesquisas mensais com dados de desemprego, mas
agora tem apenas a Pnad Contínua mensal, que é nacional.
A PME
(Pesquisa Mensal de Emprego) media a taxa mês a mês, com base em seis
regiões metropolitanas: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio
de Janeiro e Porto Alegre. A última divulgação da PME foi em março e
indicou que o desemprego atingiu 8,2% em fevereiro.
A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) foi divulgada até fevereiro e, depois, encerrada. Segundo ela, o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%, quarto ano seguido de queda e o maior tombo desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.
A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) foi divulgada até fevereiro e, depois, encerrada. Segundo ela, o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%, quarto ano seguido de queda e o maior tombo desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.
Fonte: UOL Economia
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