CÂMARA APROVA ORÇAMENTO DA
PREFEITURA PARA 2016 COM
123 MUDANÇAS
O plenário da Câmara de Mossoró aprovou, ontem, em primeira votação, o
projeto do Orçamento Geral da Prefeitura para 2016, que estima receitas
e fixa despesas para o próximo ano. O projeto original, elaborado pelo
Executivo, foi aprovado com 123 mudanças, resultado de emendas
apresentadas pelos vereadores.
As emendas redirecionam recursos e reordenam prioridades inicialmente
estabelecidas no projeto. E, dessa forma, incluem na peça orçamentárias
ações administrativas até então não previstas, nas mais diversas áreas
do governo, sobretudo em educação, saúde, segurança, assistência social e
esporte.
Essas demandas são coletadas pelos vereadores em bairros e
comunidades rurais e visam a aperfeiçoar o Orçamento e adequá-lo para
necessidades mais específicas da população. Com a aprovação do projeto,
caberá à Prefeitura executar as ações aprovadas, e a Câmara tem a
prerrogativa de fiscalizar esse cumprimento.
O projeto foi aprovado levando em conta parecer da Comissão de
Orçamento, Finanças e Contabilidade, que, ao aprovar as 123 alterações,
rejeitou outras 126 emendas. Alguns vereadores de oposição reclamaram
que a rejeição levou em conta a questão política para comprometer o
trabalho da bancada oposicionista.
Porém, o líder do Governo na Câmara, vereador Soldado Jadson (SD), e a
presidente da comissão de Orçamento, vereadora Izabel Montenegro
(PMDB), argumentaram que a análise seguiu critérios técnicos. Tanto que,
segundo eles, foram rejeitadas emendas tanto de vereadores da situação
quanto da oposição.
“O vereador Alex Moacir, que é governista, também teve todas as suas
emendas rejeitadas”, exemplificou Izabel, reforçada pelo vereador Tassyo
Mardoni (PSDB), em resposta a questionamento do vereador Lairinho Neto
(PSB), que antes, havia reclamado, em pronunciamento, sobre a rejeição
das emendas de sua autoria.
NORMALIDADE
Em geral, a votação transcorreu sem grandes
sobressaltos, ao contrário de análises de emendas ao Orçamento de anos
recentes, o que fez o vereador Genivan Vale (Pros), da oposição,
reconhecer que, em 2015, não predominou tanta animosidade na Comissão de
Orçamento como em oportunidades anteriores.
Apesar do clima menos do que em outras sessões do gênero, o projeto
do Orçamento foi aprovado por 14 votos a 4. Os oposicionistas votaram
contra o projeto em si por considerar que, mesmo com as emendas
aprovados, não conseguiu refletir o real interesse da população de
Mossoró e não contempla necessidades que deveria.
O próximo e último passo da tramitação do projeto é a segunda
votação, na sessão da próxima quarta-feira, quando o plenário deverá
referendar a votação de ontem. A previsão é que Orçamento para 2016
tenha incremento de R$ 15 milhões, segundo a Prefeitura, apesar da crise
econômica generalizada no Brasil.
Lairinho critica rejeição de emendas: ‘Análise política’
O vereador Lairinho Rosado classificou de frágil o argumento de
“inviabilidade de realização”, apresentado pela Comissão de Orçamento,
Finanças e Fiscalização para rejeitar todas suas emendas ao Orçamento da
Prefeitura de 2016.
Segundo ele, o argumento foi apresentado sem nenhum estudo ou análise
técnica para justificar a derrubada das emendas apresentadas pelo
vereador, após ouvir diversas comunidades.
Para Lairinho Rosado, a análise das emendas é meramente política. “Como já aconteceu em anos anteriores, a análise das emendas ao
Orçamento é meramente política, deixando a necessidade da população de
lado para atender os caprichos de quem estiver comandando a Prefeitura
de Mossoró”, avalia.
No plenário, o parlamentar lembrou que é autor do projeto que hoje é
Lei que estabelece o Orçamento Participativo, ignorado pela gestão do
atual prefeito, segundo ele. “O prefeito de Mossoró não ouve a população
em assembleias para deliberar sobre o Orçamento”, reforça.
Lairinho ainda lamenta o não-cumprimento do Orçamento Impositivo,
“que fortalece o Legislativo a partir do momento que não condicionar a
liberação/aplicação de recursos ao apoio ao gestor do momento”.
“Ficamos tristes quando vemos que a análise das emendas não é
técnica, e sim, pessoal e política. Percebemos que não se analisa o teor
da emenda, mas, quem apresenta. Infelizmente, o relatório não leva em
conta às necessidades da sociedade mossoroense e sim, os interesses
pessoais”, lamentou.
Fonte: O Mossoroense
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