UFERSA SUBSTITUI EUCALIPTO POR
OUTRAS ESPÉCIES DE ÁRVORES
“O fato de estarmos em uma região
semiárida nos torna obrigados a manejar o ambiente, de forma a minimizar
o uso de plantas exóticas que tem um consumo de água elevado, face aos
escassos lençóis freáticos que temos”. Com essas palavras, o engenheiro
agrônomo da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, Lenilton
Alex, explica o tombamento de todas as árvores de Eucalipto espalhadas
pelo Campus Central da Instituição, que serão substituídas pelas
espécies conhecidas como Ipê-Roxo e Craibeira.
Para
Lenilton, cada região possui espécies adaptadas para suas condições
específicas. Neste contexto, ele esclarece que os Eucaliptos são plantas
exóticas, por serem originárias de outras regiões e países. Em
contraponto, ele diz que as espécies nativas são aquelas mais rústicas e
que consomem menos água, em se tratando de plantas da caatinga, e são
resistentes a ataques de pragas e doenças.
Segundo
o engenheiro, a árvore de Eucalipto é uma planta proveniente da
Austrália. Com consumo diário médio de 200 litros de água, esse vegetal
apresenta elevado porte e peso da madeira, que põe em risco qualquer
edificação que esteja às suas margens. Para Lenilton, “devemos ser
criteriosos em relação ao porte e ao estado físico da planta, para que
essa não ofereça riscos a rede elétrica nem as edificações”.
Por
isso, ainda de acordo com o Lenilton, alguns prédios da UFERSA estavam
em situação de risco devido aos Eucaliptos. “Fizemos um levantamento e
percebemos que algumas das árvores já estavam tomadas por cupins e com o
interior totalmente oco, ameaçando cair sobre os prédios da UFERSA, o
que causaria um grande desastre”, disse Lenilton, completando ainda que a
madeira tombada será utilizada na confecção de cercas para Fazenda
Experimental da UFERSA, localizada na comunidade da Alagoinha.
Por
fim, Lenilton explica porque o Ipê-Roxo e a Craibeira foram as espécies
escolhidas. De acordo com o engenheiro, o Ipê-Roxo é um vegetal
ameaçado de extinção devido à intensa procura por sua casca que é
considerada, pela medicina popular, como anticancerígena, anti-reumática
e antianêmica. Já entre as principais características da Craibeira,
explica Lenilton, está o fato de ela ser uma planta resistente à seca e a
pragas e doenças. Quando utilizada em paisagismo, ela oferece sombra
agradável e floração amarela brilhante bastante chamativa.
Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA
Jornalista Passos Júnior
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