terça-feira, 23 de novembro de 2010

SERRA DO MEL


  ESTUDANTES DA UFERSA CONHECEM REALIDADE DOS AGRICULTORES DA SERRA DO MEL


Com a proposta de conhecer a realidade dos moradores do município de Serra do Mel, no Oeste Potiguar, 34 estudantes do curso de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, passaram à manhã de sábado, 20, visitando e entrevistando os moradores das agrovilas que compõem o município. A aula de campo da disciplina Introdução a Agronomia foi supervisionada pelo professor Eudes de Almeida Cardoso, do Departamento de Ciências Vegetais da UFERSA.

Durante a aula de campo, os estudantes levantaram informações sobre as principais atividades desenvolvidas pelos moradores das 23 vilas rurais, transformadas no município de Serra do Mel no ano de 1988 e que tem o cultivo do caju e o extrativismo do mel como principais atividades econômicas. As agrovilas são subdividas em lotes onde os agricultores cultivam o cajueiro, totalizando mais de 4 milhões de pés, dos tipos Sequeiro e Anão Precoce, este último, com maior produtividade.


A maioria dos agricultores de Serra do Mel é familiar e repassa a produção da castanha para as cooperativas ou empresas que atuam na região com o beneficiamento da castanha do caju e do mel de abelha, como é o caso da Procajus, que beneficia a amêndoa para os mercados interno e externo. “Processamos cerca de 10 mil kg castanha por semana, mas em época da safra passamos dos 20 mil”, informa o secretário da Procajus, Samuel Fernandes. A empresa está instalada em Serra do Mel há 12 anos e gera cerca de 30 empregos diretos e indiretos.

Para os agricultores de Serra do Mel é unânime que a escassez de água é o grande problema do município. “Além de pouca, a água é salobra”, se queixa uma moradora que diz está tendo prejuízos para manter uma pequena criação de animais. Os agricultores repassam para os atravessadores o quilo da castanha ao preço de R$ 2,00 e da polpa do caju a R$ 10,00, a caixa. Grande parte da polpa é usada como ração animal por não haver alternativas eficazes para o beneficiamento como a produção de sucos, doces e geléias.


Além do caju e da apicultura, outras atividades agrícolas cultivadas pelos moradores são o feijão, milho e melancia. Grande parte dos moradores tem o Programa Bolsa Família como a única renda fixa mensal. O projeto de colonização da Serra do Mel é da década de 70 e foi implantado dois anos seguintes pelo então governador Cortez Pereira. Em época de safra, o município chega a produzir 10 mil toneladas de castanha e 100 mil toneladas de caju. A castanha tem aproveitamento em 100%, mas o caju não chega a 5%. O município tem aproximadamente 10 mil habitantes.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA - Passos Junior 





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