terça-feira, 28 de setembro de 2010



Pescadores da Praia de Peroba descobrem vantagens do G.P.S


Os pescadores da Praia de Peroba, no município de Icapuí, no Ceará, estão tendo a oportunidade de conhecer as vantagens do uso do G.P.S - Sistema de Posicionamento Global ou Geo-Posicionamento por Satélites. A novidade faz parte de um projeto de extensão desenvolvido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido, por meio do curso de Engenharia de Pesca. A praia de Peroba tem como principal atividade econômica a pesca da lagosta.

Com o G.P.S os pescadores passam a contar com um método preciso para a prática a captura da lagosta feita pela grande maioria dos pescadores daquela praia de forma estimada, ou seja, com a utilização do método de navegação astronômica, tendo como guia a posição do sol, da lua e das estrelas. “Acho importante por que fica mais fácil a pessoa se guiar no mar”, reconheceu Raimundo José Viana, de 29 anos, adiantando que os manzuás (gaiolas) ficam até 6 dias em alto mar.


Já no primeiro contato com o equipamento eletrônico, o pescador Francisco Raimundo da Silva, de 32 anos, compreendeu a importância da utilização do G.P.S. “O aparelho vai nos orientar a encontrar o local exato aonde deixamos o material para capturar as lagostas”, disse, adiantando que pretende em muito breve comprar um equipamento.

Para a grande maioria dos pescadores de Peroba o equipamento não é novidade, porém poucos haviam tido a oportunidade de manipular um G.P.S. O primeiro contato aconteceu com os estudantes da disciplina Navegação II, ministrada pelo professor da UFERSA, Marcelo Augusto. “Estamos aqui para somar conhecimentos para melhorar a atividade dos pescadores”, justifica o professor.

No primeiro contato, os estudantes da Universidade do Semi-Árido apresentaram para os pescadores o aparelho eletrônico explicando suas vantagens e como funciona o G.P.S. “É um instrumento de navegação que dinamiza a pescaria e aumenta a segurança no mar”, explicou o acadêmico Paulo Victor, do 9° período de Engenharia de Pesca.

A reunião contou a participação de 20 pescadores que após receberem as informações teóricas foram conferir na prática o funcionamento do aparelho. “Muito bom. É uma forma de nós pescadores conhecer as facilidades que o G.P.S oferece”, opinou o pescador Jussier Bezerra da Cruz, de 18 anos.


A estudante de Engenharia de Pesca Itála Alves acredita que a formação do profissional não deva se restringir apenas a sala de aula. “O que confirma o nosso aprendizado é passar as informações apreendidas. Foi o que aconteceu aqui, facilitamos para que os pescadores consigam dinamizar o processo de exploração com um aumento da sua produtividade”, explicou.

A ideia, informou o professor Marcelo Augusto, é que esses pescadores se tornem multiplicadores das informações. “Estamos preparando um manual com linguagem adaptada a realidade local como forma de facilitar o entendimento dos pescadores”, adiantou a estudante Larissa Mendonça, do 8° período.


A atividade na praia cearense faz parte do curso de extensão Operações Básicas em G.P.S. - Práticas de Uso de Aparelhos Portáteis, desenvolvido pelo curso de Engenharia de Pesca e a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFERSA. Para os estudantes de Engenharia de Pesca levar um novo conhecimento para os pescadores tem sido uma experiência gratificante. “São profissionais que até então só contava com a navegação visual, mas com o uso do G.P.S vão passar a realizar um trabalho preciso e muito mais seguro”, opinou Daniel Barreto, do 9° período.

Assessoria de Comunicação da UFERSA - Passos Junior

Nenhum comentário :