segunda-feira, 27 de setembro de 2010

LOGÍSTICA DE EMPRESAS DE MELÃO


 ESTUDANTES CONHECEM LOGÍSTICA 

DE 

EMPRESAS DE MELÃO


Com 1.900 hectares de plantação de melão, a Mata Fresca Ltda, em Aracati - CE, há 13 anos vem se destacando no mercado com a produção e exportação do fruto. Para conhecer de perto a realidade de uma empresa de portes médio e grande na área da agricultura irrigada, os estudantes do primeiro período do curso de Agronomia da Universidade Federal do Semi-Árido participaram no último sábado, 25, de uma aula de campo, na sede da fazenda localiza na divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.

Tendo como diferencial a organização, a Mata Fresca tem 55% de sua produção destinada a exportação. A empresa, que começou com 50 hectares, em 1997, tem o melão amarelo – cantaloupe orange – como principal produto, inclusive, com aprofundamento na técnica de manejo da cultivares. A empresa também produz caju com 10 hectares da cultura e toda a produção destinada ao mercado local de Mossoró.


“O teor de açúcar – brix – é fator determinante para a aceitação da fruta no mercado externo”, explica o engenheiro agrônomo formado pela UFERSA, Erinaldo José de Souza. “Frutas com teor de açúcar acima de 13 graus brix tem mercado garantido. Abaixo de 10 não há mercado para a comercialização do furto”, explicou o agrônomo para os estudantes.

Segundo o agrônomo, outro diferencial é que a fazenda se encontra em solo rico em nutrientes e com potencial hídrico que são fatores importantes para a fruticultura. “Aqui temos água a partir de 36 metros de profundidade”, colocou. Atualmente, a Mata Fresca conta com um contingente de 350 empregados, sendo apenas um agrônomo. A malha viária também contribui para a comercialização facilitando o escoamento da produção.


A empresa cumpre todas as exigências no que diz respeito a produção de frutas com túneis de resfriamento e câmaras frias. Para cada cultivares, explica o professor da disciplina introdução a agronomia, Josivan Barbosa, é exigido uma temperatura específica. O cantaloupe, por exemplo, é de 3 graus. Já o gália, 7 graus. “Quanto maior for a câmara fria, maior será a empresa”, informou. O processo de refrigeração deve ainda englobar o transporte até a chegada ao consumidor.

O packing house ou casa de embalagem da Mata Fresca obedece as normas de higiene com trabalho intenso dos operários para embalar as 30 toneladas produzidas por cada hectares, algo em torno de 2.500 caixas de melão. O ciclo de cada safra varia em torno de 60 a 75 dias.


Para o universitário Ezequiel Dorneles, que veio de Roraima para estudar agronomia na UFERSA, as aulas de campo tem sido importante para o aprendizado. “É uma oportunidade para conhecer a realidade no campo de atuação profissional do agrônomo, aqui especificamente, a cultura do melão, que é novidade para mim mesmo sendo técnico agrícola”, informou o estudante, acrescentando que no seu estado prevalece grandes lavouras de soja, milho e algodão.


ITAUEIRA 

Ainda no estado do Ceará, os estudantes de agronomia tiveram oportunidade de conhecer a empresa Itaueira Agropecuária S/A, que há 28 anos atua com a produção do melão nos estados do Ceará, Piauí e Bahia, com mil hectares cultivados com a fruta. Segundo o gerente da empresa, João José Brasil, o objetivo da empresa é produzir um melão com sabor.

Segundo Brasil, a uniformidade no manejo é o diferencial da empresa que consegue produzir nos três estados um fruto com o mesmo teor de açúcar (sabor). “A Itaueira é a única empresa do país com esse nível comercial”, informou. A Itaueira utiliza para a irrigação das plantações de melão e a melancia a água do canal do trabalhador, proveniente do Rio Jaguaribe. A empresa conta com um quadro de 800 funcionários, sendo 5 engenheiros agrônomos. Entre as normas da empresa, que investe em merchandising nacional para divulgar seu produto, não permite a captação de imagens no interior da empresa.

“As aulas de campo tem sido bem produtivas sendo uma oportunidade de conhecer uma empresa com grande produção. Observei que apesar do desenvolvimento, as empresas atuam com poucos agrônomos”, opinou a estudante Hewynly Dantas.

Assessoria de Comunicação da UFERSA - Passos Junior

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