segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PESCA ARTESANAL


UFERSA INICIA DIAGNÓSTICO SOBRE PESCA ARTESANAL EM AREIA BRANCA



A pesca artesanal em três áreas de salinas do município de Areia Branca, no litoral oeste do Estado, está sendo objeto de estudo da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. A proposta, segundo o professor do Departamento de Ciências Animais, Marcelo Augusto Bezerra, é diagnosticar a realidade vivenciada pelos moradores das comunidades de Baixa Grande, Upanema e Arraial. Cerca de 200 famílias sobrevivem de alguma atividade pesqueira nessas três áreas de salinas.

“Queremos identificar os problemas vivenciados por essas pessoas e também conhecer as potencialidades para que possamos apresentar propostas que promovam uma atividade sustentável”, resume o professor Marcelo Augusto, do curso de Engenharia de Pesca da UFERSA. A meta da Universidade é traçar uma política para o desenvolvimento da pesca junto a essas comunidades que nunca foram beneficiadas com nenhuma outra ação.

O trabalho do professor conta com a participação dos alunos de Engenharia de Pesca que já estão nas comunidades realizando o levantamento socioeconômico das famílias que vivem em Baixa Grande, Upanema e Arraial. A pesquisa, Instrumento de Coletas de Informações sobre Pescadores de Pequena Escala em Areia Branca – RN, inclusive, é o tema da monografia de conclusão de curso da estudante do 10º período de Engenharia de Pesca, Vanessa Bento de Albuquerque. “Minha proposta e fazer a coleta de informações para que no futuro sirva de instrumento para futuras intervenções”, explica Vanessa Albuquerque.

O professor Marcelo explica ainda que o trabalho é de extensão universitária ao levar ações da UFERSA para as comunidades salineiras. A atividade que é praticada nessas localidades é do tipo artesanal com a pesca de crustáceos como o camarão, marisco, siri, búzios, entre outros. “Queremos conhecer a realidade atual desses trabalhadores que não têm alternativa de sobrevivência”, frisa o professor.


No primeiro contato do pessoal da universidade com os representantes das três comunidades ficou evidente que a devastação dos mangues e a deságua de águas mães pelas salinas são indícios de que a situação dos pescadores artesanais no município de Areia Branca é crítica. Além dos comunitários, a reunião contou com a presença do secretário municipal de Agricultura e Pesca, Ari Félix, e do gerente de meio ambiente, Julimar França. “Esse trabalho que a UFERSA está trazendo para Areia Branca é de grande importância e a Prefeitura tem todo o interesse em ajudar se colocando a disposição da universidade no que for preciso”, transmitiu o secretário Ari Félix, a recomendação do prefeito Manoel Cunha Neto.


Na primeira etapa do trabalho os estudantes da Universidade do Semi-Árido vão percorrer as três comunidades para aplicar as entrevistas com os pescadores artesanais. O objetivo é colher os dados pessoais, familiares, condições de moradia, acesso aos serviços públicos, bens da família, condições de trabalho, comercialização, fonte de renda e nível de conhecimento sobre a legislação ambiental. Essa primeira fase da pesquisa deve durar dois meses.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA


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